Aula Avaliação Nutricional Adulto e Idoso

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Avaliação do Estado

Nutricional

Disciplina: Nutrologia
Prof.: Maria Cristina G. de Souza
Avaliação do Estado Nutricional
 Ciência que determina o estado
nutricional por meio de análise da
história médica, dietética e social do
indivíduo.
O Estado Nutricional
 O estado nutricional expressa o grau no
qual as necessidades fisiológicas estão
sendo alcançadas.
 A nutrição é um fator importante na
etiologia e tratamento de muitas causas
de morte (DCNT).
 obesidade, HAS, anemia, diabetes e câncer
(?)
O Estado Nutricional
 As técnicas apropriadas de avaliação...
 detectam a deficiência nutricional nos estágios
iniciais.
 possibilitam que a ingestão dietética possa
melhorar o quadro e evitar lesão mais severa.

 As informações obtidas na AEN (avaliação


do estado nutricional) são usadas
normalmente como base para estabelecer
um plano nutricional.
O Estado Nutricional
 Os objetivos da AEN .....

 identificar os indivíduos que necessitam de


apoio nutricional para manutenção ou
restauração do estado nutricional.
 identificar terapias nutricionais adequadas.

 monitorar a sua eficácia/ eficiência.


O Estado Nutricional
 Uma avaliação completa do estado
nutricional inclui.....
 históriasmédica, social e dietética
 avaliação clínica

 dados bioquímicos

 dados antropométricos
Balanço de Nutrientes
ESTADO NUTRICIONAL
Condição resultante do balanço
nutricional

CRIANÇA ADULTO GESTANTE NUTRIZ


Tipos de Balanço de Nutrientes

EQUILÍBRIO BALANÇO
POSITIVO
BALANÇO
NEGATIVO

consumo gasto
gasto

consumo

consumo

“BALANÇO gasto

ZERO”
Necessidades e recomendações nutricionais

Fatores a serem considerados:


Idade

Sexo

Peso/estatura

Estado nutricional

Atividade física

Composição corporal

Estado de saúde
Avaliação do estado nutricional pode ser feita
a partir de métodos diretos e indiretos.

Métodos diretos - Podem ser objetivos, quando


compreendem exames antropométricos (peso, altura,
dobras cutâneas), laboratoriais (hemoglobina, perfil
lipídico) e outros mais sofisticados (densitometria,
bioimpedância), mas podem também ser subjetivos.
Neste caso, abarcam o exame clínico nutricional ou
semiologia (sinais e sintomas clínicos nutricionais),
avaliação subjetiva global e avaliação muscular
subjetiva.
Avaliação do estado nutricional pode ser feita
a partir de métodos diretos e indiretos.

Métodos indiretos - Identificam os fatores


que explicam ou justificam a ocorrência de
problemas nutricionais diagnosticados por
meio da avaliação nutricional, mas também
permitem discriminar indivíduos ou grupos
populacionais em risco nutricional. Exemplo
deles é inquérito alimentar, caracterizado pelo
recordatório alimentar de 24 horas, frequência
alimentar e pesada direta.
Métodos diretos: Antropometria como instrumento

Entre as vantagens de usar esse


instrumento é o uso de equipamentos portáteis
e de baixo custo, técnicas não invasivas,
obtenção rápida dos resultados e fidedignidade
do método.
Métodos diretos: Antropometria como instrumento

Por outro lado, a antropometria tem algumas


limitações. Não é possível identificar carências
nutricionais específicas; não detecta alterações recentes
na composição e distribuição corporal; depende do estado
de hidratação (por exemplo, casos em que há retenção de
fluidos podem mascarar perda de tecido gorduroso e/ou
muscular). Também são limitações da antropometria a
capacidade limitada dos instrumentos para mensuração,
escassez dos padrões de referência, falta de pontos de
corte específicos para a população brasileira - é comum
uso de estudos populacionais americanos e europeus.
Métodos diretos: Antropometria como instrumento

Para fazer a avaliação antropométrica são


utilizadas medidas (como peso, altura,
circunferência da cintura), índices (ex.: índice
de massa corporal, razão cintura quadril,
perímetro cefálico torácico)
e indicadores (resultado da avaliação do índice
e medidas por meio do uso de referências e/ou
padrões de normalidade).
Classificação de eutrofia e
sobrepeso, Segundo OMS (1998)

Classificação (Kg/m2) Risco de co-


IMC morbidades
Eutrofia 18,5 a 24,9 ----

Pré-obesidade 25,0 a 29,9 Baixo


ou sobrepeso
Obesidade 30,0 a 34,9 Moderado
grau l
Obesidade 35,0 a 39,9 Alto
grau ll
Obesidade  40 Muito Alto
grau lll
Índice de Massa corporal - Adultos
 IMC ou índice de Quetelet:
 Mundialmente utilizado
 Fácil aplicação
 IMC: P (Kg)
A2 (m2)
Índice de Massa corporal -
 Esbarra em limitações como não
avaliar separadamente os
compartimentos corporais ou a
distribuição de gordura corporal e
não ser recomendado para
avaliação de indivíduos muito
baixos ou muito altos, nem para
aqueles com desproporcionalidade
corporal;
Classificação de desnutrição,
segundo a OMS (1995)
Classificação IMC (Kg/m2) Risco de co-
morbidades

Desnutrição  18,5 -----------

Leve 17 – 18,4 Baixo

Moderada 16 – 16,9 Moderado

Grave  16 Alto
Classificação
 IMC médio - adultos saudáveis: (Não é
padrão, não é indicado para indivíduos
com algumas patologias, atletas e
idosos)

 Homens: 22,0
 Mulheres: 20,8
Avaliação do Estado Nutricional de
Indivíduos e Populações

Caracterize o seu próprio estado nutricional?


Circunferência do braço (CB)
 É utilizada para estimar a
proteína somática e tecido
adiposo. É combinada com a
dobra cutânea triciptal para
cálculo da circunferência
muscular do braço e área
muscular e adiposa do braço.
 Homens: 29,3 cm
 Mulheres: 28,5 cm
Circunferência do braço (CB)
Circunferência Abdominal / Cintura
 A medida da circunferência da cintura
indica o acúmulo de gordura na região
abdominal, a qual tem-se revelado como
fator de risco para doença coronária,
diabetes tipo 2 e mortalidade.
Avaliação Nutricional do Adulto

 Circunferência da cintura
Relação Cintura - Quadril
 Utilizada para avaliar a distribuição do tecido
adiposo no indivíduo.

 RCQ = Perímetro da Cintura (cm)


Perímetro do Quadril (cm)

 O parâmetro de normalidade adotado pelo


Ministério da Saúde (2002) é de relação C/Q
até 1 para homens e até 0,85 para
mulheres.
 Segundo ISSA (1996), são considerados de
alto risco para DAC (Doença Arterial
Coronariana) homens com RCQ  0,95 e
mulheres com RCQ  0,8.
Bioimpedância
 A análise de Bioimpedância Elétrica (BIA)
é um método rápido, portátil e não
invasivo para avaliar a composição
corporal, além de não necessitar de
treinamento muito especializado para o
seu uso.
 É uma técnica de análise corporal
baseada no princípio de que, com relação
à água, o tecido magro apresenta
condutividade elétrica maior e
impedância menor do que o tecido
gorduroso devido ao seu teor de
eletrólitos.
Bioimpedância
 A BIA envolve a colocação de eletrodos
na mão, punho, tornozelo e pé de um
indivíduo, sendo padronizadas as medidas
no lado direito do corpo. O aparelho é
conectado aos dois pares de eletrodos,
onde uma corrente de baixa voltagem é
passada pelo corpo, sendo medidas a
resistência e a reactância elétrica. Os
valores obtidos combinados com a altura,
peso e sexo, possibilitam o cálculo de
compartimentos corporais.
Aparelhos de Bioimpedância
Bioimpedância
 Ou seja o corpo humano tem seu
volume total distribuídos em fluidos
intra e extracelulares, que
representam condutores elétricos.
 A facilidade de condução elétrica é
diretamente proporcional à
quantidade de água corporal e de
eletrólitos dos tecidos corporais.
Bioimpedância
 A medida da BIA é o resultado da
resistência oferecida pelos tecidos
corporais à passagem de uma
corrente elétrica, que não é capaz
de determinar alterações
fisiológicas. Portanto, a BIA é
utilizada para determinar a água
corporal e estimar a massa magra e
o percentual de gordura.
Bioimpedância
 Limitações técnicas:
 Fatores que alteram o estado de
hidratação – alimentações, bebidas, uso
de determinados medicamentos,
desidratação e exercícios físicos.
 Temperatura corporal
 Posicionamento dos eletrodos
 Não identifica distribuição de gordura.
BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA -
BIA:
 PREPARO PARA O EXAMA DA BIA:

 - Jejum hídrico e sólido nas 4 horas que antecedem o teste;


 - Não praticar atividade física moderada ou intensa nas 12 horas
que antecedem o
 teste;
 - Urinar dentro dos 30 minutos que antecedem o teste;
 - Não consumir bebidas alcoólicas nas 48 horas que antecedem o
teste;
 - Não ingerir medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem
o teste;
 - Não avaliar mulheres com retenção aumentada de líquidos em
função do estágio
 de seu ciclo menstrual;
 - Não avaliar pacientes com marcapasso;
 - Não avaliar gestantes;

Valores de referências para percentuais de gordura
corporal para sedentários e ou praticantes de atividade
física leve.

Classificação Gordura Corporal Gordura Corporal


% Homens % Mulheres

Risco de doenças e <5 <8


desordens
associadas à
desnutrição
Abaixo da média 6 - 14 9- 22
Média 15 23
Acima da média 16- 24 24- 31
Risco de doenças ≥ 25 ≥ 32
associadas à
obesidade

Fonte: LOHMAN et al, 1992; Adaptado de NIEMAN, 1995.


gordura corporal (% GC):

Utilizar o somatório das 4 pregas ( triceps + biceps + supra escapular+


supra ilíaca) para adultos eutróficos
* Avaliar o % de GC na tabela.
* Realizar a bioimpedância para indivíduos obesos/sobrepeso.
Somatória das dobras cutâneas para determinar o percentual de
gordura corporal (% GC):
Classificação do Estado Nutricional de indivíduos adultos
de ambos os sexos, de acordo com o % de gordura corporal
estimado por Lohman (1992).

Classificação Homens Mulheres


Desnutrição < 6% < 8%
Normal 6 – 14% 9 – 22%
Média 15% 23%
Acima da média 16 - 24 24 - 31
Obesidade > 25%
Avaliação Nutricional do Adulto

Avaliação da composição corporal


DEXA
Avaliação Nutricional do Adulto

Avaliação da composição corporal


Ultrassonografia
Avaliação Nutricional do Adulto

Avaliação da composição corporal


Ressonância Magnética e
Tomografia computadorizada
Exercício 1
 Homem 35 anos, 1,70 m, 68 kg.
 CA:96 cm (risco aumentado)- ideal< 94 cm
 CB: 29,0 cm (98,9%)- Adequado- Ref: 29,3 cm
 Ideal:90 a 110%
Soma: 60 mm: 23,5% -
 PCB:12 mm acima da média
percentual de gordura
 PCT:14 mm (até 15%)
 PCSE: 16 mm
 PCSI:18mm
 IMC: 68 : 23,53- Eutrofia
 2,89
Exercício 2
 Mulher 24 anos, 1,65 m, 68 kg.
 CA:90 cm (risco muito aumentado)- Ideal <80
cm- acima de 88 cm risco muito aumentado
 CB: 29,5 cm (103,5%)- Adequado:28,5 cm- ideal
de 90 a 110%
Soma: 72 mm:
 PCB:14 mm 31,5% - acima da
 PCT:20 mm média percentual de
gordura (até 23%)
 PCSE: 18 mm
 PCSI:20 mm
 IMC: 68 : 25,0- sobrepeso
 2,72
Avaliação do Estado Nutricional do
Idoso
 As alterações biológicas próprias deste
processo incluem a progressiva diminuição
da massa corporal magra e de líquidos
corpóreos e o aumento da quantidade de
tecido gorduroso.
 Após os 50 anos, numa faixa etária de 20 a
70 anos, ocorre uma perda de 11 Kg de
massa muscular em homens e 4 Kg em
mulheres.
Avaliação do Estado Nutricional do
Idoso
 As medidas antropométricas recomendadas na avaliação
nutricional do idoso são:
Antropometria do Idoso
• Peso (caso haja impossibilidade de medir o peso, utilizar a
estimativa de peso);
• Altura (caso haja impossibilidade de aferir a altura, utilizar
altura do joelho ou envergadura do braço);
• IMC;
• Circunferência do Braço;
• Dobras cutâneas tricipital e subescapular;
• Circunferência da Cintura;
• Circunferência do Quadril;
• Circunferência da Panturrilha;
• Circunferência Muscular do Braço;
• Área Muscular do Braço;
• Bioimpedância elétrica.
IMC – idosos (Kamimura, 2002)
Estado nutricional IMC (kg/m2)

Baixo peso  22

Eutrofia 22 a 27

Obesidade  27
Exercício 3
 Homem idoso 74 anos, 1,70 m, 51 kg.
 CA:68 cm (normal)
 CB: 20,0 cm (%)- 68,26%- Desnutrição grave
 PCB:6 mm Soma: 33 mm:
 PCT:8 mm 20,8% - acima da
média percentual
 PCSE: 12 mm de gordura
 PCSI:7mm
 IMC: 51 : 17,64- Baixo peso
 2,89
Bibliografia
 Dutra, A.C, Semiologia Imunológica Nutricional. Rio de
Janeiro.Axcel Books. 2003.
 FISBERG, M. R et al. Inquéritos Alimentares: métodos e bases
científicas. São Paulo: Manole, 2005
 LAMEU, Edson. Clínica nutricional. Rio de Janeiro: Revinter,
2005. 1071 p.
 Nehme, MN. Contribuição da semiologia para o diagnóstico
 nutricional de pacientes hospitalizados. Alan. V.56, n2. 2006.
 Riela MC. Nutrição e o Rim. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan.
 WAITZBERG, Dan. Linetzky.. Nutrição oral, enteral e parenteral
na prática clínica. 3.ed. São Paulo: Atheneu.V.1 e v.2. 2000.
 WAITZBERG, D.L. Nutrição oral, enteral e parenteral na
prática clinica, 3. ed, São Paulo: Editora Atheneu, 2004

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