Comportamento Espectral de Alvos

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Aula 2 - Comportamento

espectral de alvos
Vegetação
 No visível a reflectância é baixa
em função da absorção da radiação
pelos pigmentos da folha (clorofila,
carotenos, xantofilas);
A absorção pela clorofila em 450 nm
(azul) e 650 nm (vermelho), em oposição
um pico de reflectância em 550 nm
(verde).
Os carotenos e xantofilas
quantidades quando em mais
Novo, 2010. apresentam tons amarelados nas folhas;
significativas
 No infravermelho próximo a absorção é pequena, então a reflectância é alta, isso é resultado
da interação da energia incidente com a estrutura do mesófilo esponjoso. Quanto mais
lacunosa for a estrutura interna foliar, maior espalhamento interno, maior reflectância.
 No infravermelho médio existe a absorção devido ao conteúdo de água nas folhas.
Vegetação

• Na vegetação sadia a transição


entre a resposta espectral do
vermelho e do infravermelho
próximo (red edge – borda do
vermelho) é mais abrupta, uma
curva mais vertical.
• Na vegetação estressada ocorre
um deslocamento em direção
aos menores comprimentos de
onda, a curva de transição é
mais inclina em relação à
vertical.
Vegetação: interação da REM com
dosséis vegetais
Fatores que afetam a reflectância:
densidade da cobertura vegetal,
distância entre as folhas, idade da
planta, déficit hídrico.
• No visível quanto maior o IAF (índice
de área foliar) mais energia
é absorvida, menor é a
reflectância;
• No infravermelho próximo
quanto maior o IAF maior a
reflectância.

Jensen, 2009.
Vegetação: interação da REM com
dosséis vegetais
Fatores que influenciam a resposta espectral dos dosséis vegetais são:

• Iluminação: ângulo de incidência características espectrais dos


solar, comprimentos de onda;
• Sensor: ângulo de visada, IFOV, resoluções;
• Vegetação: fechamento, copas, formato...
• Substrato: tipo de solo, cor, textura...
Solo

A reflectância do solo
aumenta com o comprimento
de onda.
Para solos com a mesma
composição mineralógica, a
tendência é a redução da
reflectância com o aumento
do tamanho das partículas.

Jensen, 2009.
Solo
Fatores: cor, tipo de solo, teor de matéria
orgânica, teor de ferro, tamanho das partículas
(areia, silte, argila).

• Umidade: quanto maior umidade menor


a reflectância;
• Matéria orgânica: quanto mais matéria
orgânica, menor a reflectância;
• Granulometria: a medida que o tamanho
partículas diminui, aumenta a reflectância, mas o
das
aumento da reflectância é proporcional ao
aumento da concentração de areia.
• Óxido de ferro: influenciam as cores dos solos
(vermelhos e amarelos), os quais são ricos
em argila.

Jensen, 2009.
Rochas e Minerais
Rochas ígneas: Regiões do espectro mais adequadas para o estudo
• Ácidas: tendem a apresentar de propriedades físico-químicas de rochas
comportamento espectral de materiais
predominantemente transparentes no Regiões do espectro Propriedade
intervalo de 400 a 2500 nm, são
compostas principalmente de feldspato,
quartzo, plagioclásios que exibem alta 2,74 µm Detecção de minerais com presença de
reflectância; hidroxila na estrutura
• Intermediárias e ultrabásicas: possuem
menor teor de sílica, geralmente, menos
quartzo e feldspato . Apresentam cores 1,6 µm Identificação de zonas de alteração
mais escuras e menor reflectância em hidrotermal ricas em argila
geral.
• Básicas: são compostas por minerais
ricos em cálcio e ferro. Por apresentarem 2,17 e 2,20 µm Identificação de minerais de argila
grande quantidade de materiais máficos
e opacos exibem espectros de baixa
reflectância. 0,8 a 1 µm Identificação de ferro
Meneses e Neto, 2001. Adaptado de Novo, 2010.
Rochas e Minerais
Regiões do espectro mais adequadas para o estudo
de propriedades físico-químicas de rochas
Rochas sedimentares: seus
espectros exibem normalmente alto Regiões do espectro Propriedade
albedo e feições bem definidas,
exceto quando há presença de
2,74 µm Detecção de minerais com presença de
material opaco carbonoso. hidroxila na estrutura

Rochas Metamórficas: apresentam 1,6 µm Identificação de zonas de alteração


feições de absorção bem definidas e hidrotermal ricas em argila
padrões de reflectância relacionados
à composição mineralógica das
2,17 e 2,20 µm Identificação de minerais de argila
respectivas rochas originais.
Meneses e Neto, 2001.
0,8 a 1 µm Identificação de ferro
Adaptado de Novo, 2010.
Os espectros padrão para minerais e rochas foram obtidos a partir de
medidas em laboratório, sob condições ideais, onde foram detectadas a localização
das principais bandas de absorção para vários minerais. Assim, de uma maneira
geral, pode-se notar que os valores para reflectância em rochas aumentam com o
comprimento de onda (VENTURIERI, 2007).
Bibliotecas Espectrais
Rochas e Minerais

Rocha sedimentar.
http://www.rc.unesp.br/museudpm/roch
as/sedimentares/folhelho.html

Comportamento espectral de dois tipos de rochas. Novo, 2010.

Rocha Ígnea.
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/rochas-igneas.htm
Águ
a A energia refletida pela água é consideravelmente menor que os
demais alvos.
• Água no estado líquido:
apresenta
baixa refletâncianos λ do visível
e absorve a REM a partir do
IVP.

• Água em forma de nuvens:


alta
reflectância em praticamente
todos λ
• do
Águaespectrorefletido,
em forma de neve: com
bandas
elevada de
absorção
refletância,em 1000 nm,
(maiorque 1300 nm
a das
nuvens), e 2000 nm. Novo, 2010.
entre 700 nm e 1200 nm. A partir
de
Águ
a Fatores que influenciam na reflectância da água: a própria água,
fitoplâncton e macrófitas, partículas orgânicas,
partículas inorgânicas. (constituintes opticamente
ativos).

A radiação
descendente penetra a
interface ar-água,
interagindo com a água e
seus componentes
opticamente ativos e
emergem da coluna
d’água sem interagir com o
fundo. Essas radiações
fornecem informações sobre
as características da
composição da coluna
Água e clorofila
A clorofila ao ser introduzida na
água pura provoca mudanças
em suas características de
reflectância espectral.
Quando a concentração de
clorofila aumenta na coluna
d’água, há um significativo
decréscimo na quantidade relativa
de energia refletida nos
comprimentos de onda do azul
e do vermelho, mas um
aumento na reflectância do
comprimento de onda do verde. Medidas in situ de reflectância espectral da água
clara e de água contendo clorofila. JENSEN, 2009.
Água e TSS
A reflectância da água clara
começa a diminuir a partir de 550
nm devido à absorção da coluna
d’água.
Com maior concentração de
sedimentos em suspensão, a
reflectância é maior em todos os
comprimentos de onda,
principalmente na faixa 500 e 700
nm. Ainda é verificado um aumento
em direção do infravermelho
(JENSEN, 2009).
Medidas in situ de reflectância espectral da água clara e de água com vários
níveis de concentração de sedimentos em suspensão de solo siltoso. JENSEN,
2009.
Superfícies construídas
Normalmente a cobertura referente à área
urbana aparece cinza-claro em imagens de
composição colorida, pois a superfície
urbana, consistindo basicamente de vias de
concreto e asfalto, áreas de estacionamento,
telhas e solo exposto, reflete tipicamente
altas parcelas do fluxo radiante incidente do
verde, vermelho e infravermelho próximo.

• Concreto: aumento de reflectância


com o comprimento de onda;
• Asfalto: reflectância baixa.

JENSEN, 2009.
Florenzano, 2002
Banda 2 Banda 4

Banda 3 Banda 5

Landsat8/OLI: Órbita/ponto 221/81 - RGB432


Referências
FLORENZANO, T. G. Imagens de satélite para estudos ambientais. São Paulo: Oficina de Textos, 2002.
Fundamentos de mecânica orbital II. Disponível em: https://educacaoespacial.files.wordpress.com/2011/08/mecc3a2nica-
orbital-parte-2.pdf. Acesso em 10 de março de 2016.
JENSEN, J. R. Sensoriamento remoto do ambiente: uma perspectiva em recursos naturais. São José dos Campos, SP: Parêntese,
2009.
LORENZZETI, J. A. Princípios físicos de sensoriamento remoto. São Paulo: Blucher, 2015.
MENESES, P. R.; ALEMIDA, T. de. Introdução ao Processamento de Imagens em Sensoriamento Remoto. Brasília, 2012. Disponível
em: http://www.cnpq.br/documents/10157/56b578c4-0fd5-4b9f-b82a-e9693e4f69d8. Acesso em 20 de março de 2016.
MENESES, P. R.; MADEIRA NETTO, J. da S. (Orgs.). Sensoriamento Remoto: Reflectância dos Alvos Naturais. Brasília: UnB;
Planaltina: Embrapa Cerrados, 2001.
NOVO, E. M. L. M. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. 3 ed. São Paulo: Blucher, 2010.
ROSA, R. Introdução ao sensoriamento remoto. 7 ed. Uberlândia: EDUFU, 2009.
VENTURIERI, A. Curso de Introdução às Técnicas de Sensoriamento Remoto. Belém, 2007. Disponível em:
<http://www.ufpa.br/epdir/images/docs/paper64.pdf.> Acesso 04 de abril de 2016.
Biblioteca espectral de solos do Brasil. http://bibliotecaespectral.wix.com/esalq
Questõ
es
1. Descreva como é o comportamento espectral do solo, água
e vegetação nas regiões do visível e infravermelho próximo do
espectro eletromagnético.

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