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Sucessões Aula 5 2024

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DIREITO CIVIL Mônica Tucunduva Spera

* SUCESSÕES * Manfio

Anhanguera

2024

P
Assis-S
DIREITO DAS
SUCESSÕES

Sucessão testamentária
SUCESSÃO
TESTAMENTÁRIA

Testamento
em
geral
Sucessão testamentária
Vimos que, há sucessão legítima quando a herança é deferida a pessoas da
família do de cujus, quando não deixou testamento. Se não fez testamento,
presume-se estar de acordo com a ordem de vocação hereditária prevista na
lei. É considerada uma vontade presumida do de cujus.

Quando, porém, não tem herdeiros necessários ou quando tem, mas respeita
a legítima (parte indisponível), o autor da herança pode dispor de seu
patrimônio, alterando a ordem da vocação hereditária por testamento. Tem
irmãos, sobrinhos, tios – mas pode deixar testamento para um amigo ou um
parente.
Nesse caso, há sucessão testamentária: que decorre de expressa
manifestação de última vontade do autor da herança, em testamento ou
codicilo.
Sucessão testamentária
A ideia de “testar” é de dispor, por meio de um instrumento formal, chamado
testamento, de seus bens, de forma total ou parcial, após o advento da morte.

Poder testar – fundamentado na autonomia da vontade e no exercício do


direito de propriedade. Se o testador poderia dispor dos seus bens em vida,
por que não autorizar, atendendo à sua vontade, o seu direcionamento post
mortem ?

Disposição parcial quando houver a necessidade de preservar a legítima.

Disposição total quando não houver herdeiros necessários (descendentes,


ascendentes, cônjuge)
Testamento

Testamento – constitui o ato de última vontade, pelo qual o autor da herança


dispõe de seus bens para depois de sua morte e faz outras disposições.

Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus
bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.
§ 1 o A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento.
§ 2 o São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que
o testador somente a elas se tenha limitado.

Além de manifestar sua vontade no tocante a disposições patrimoniais, pode


também, por exemplo, reconhecer filho havido fora do casamento, nomear tutor para
filho menor, reabilitar indigno etc.
Testamento - características
Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo.

a) é um ato personalíssimo – privativo do autor da herança. Não pode ser feito por
procurador, nem mesmo com poderes especiais.

b) é um negócio jurídico unilateral – aperfeiçoa-se com uma única manifestação de


vontade (testador).
Proíbe-se o testamento conjuntivo (de mão comum ou mancomunado), feito por
duas ou mais pessoas no mesmo documento, seja:

- simultâneo (ex. disposição conjunta em favor de terceira pessoa – marido e


mulher fazem um testamento único deixando a parte disponível a um dos filhos).
Podem cada um fazer em instrumentos diversos.
- recíproco (instituindo benefícios mútuos – esposa faz para o marido, marido à
esposa).
Testamento - características
c) é um ato solene – só tem validade se forem observadas todas as formalidades
previstas na lei.
Exceção – testamento nuncupativo (de viva voz), admissível somente como espécie
de testamento militar (art. 1.896).

d) é um ato gratuito – não visa à obtenção de vantagens ao testador. Eventual


imposição de encargo ao beneficiário não lhe retira essa característica.

e) é revogável – a revogabilidade é da essência do testamento, não estando o


testador obrigado a declinar os motivos de sua ação. Pode revogar total ou
parcialmente quantas vezes quiser (arts 1.858, 2ª parte, e 1.969).
Exceção – é irrevogável na parte que, eventualmente, tenha reconhecido filho
havido fora do casamento.

f) causa mortis – só produz efeitos após a morte do testador.


Capacidade de testar

Capacidade testamentária ativa – testador

Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-
lo, não tiverem pleno discernimento.

Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

Para um negócio jurídico ser válido, é necessário que o agente que


manifesta a vontade tenha capacidade para a sua realização.
A incapacidade civil e a ausência de pleno discernimento são óbices para a
prática de um ato jurídico.
Capacidade de testar

Exceto os incapazes, todas as pessoas podem fazer testamento válido (ex.


cego, analfabeto).
Absolutamente incapazes – não podem
Relativamente incapazes – não podem (regra)

Exceção: os maiores de dezesseis anos. Dentre os incapazes (relativamente),


só os maiores de 16 anos podem (p.u.), inclusive sem serem assistidos.
Podem fazer sozinhos.

*** Pode um incapaz (relativamente) praticar sozinho algum ato da vida civil?
Sim, o maior de 16 anos pode fazer testamento, agindo sozinho, sem
assistência, por expressa disposição legal.
Capacidade de testar
O testamento, porém, será nulo se efetuado por quem, no ato de testar, não tinha
pleno discernimento (higidez mental).
A capacidade testamentária é examinada no momento em que o ato é praticado, no
dia da feitura do testamento.

Estatuto da Pessoa com Deficiência – Lei. 13.146/15 e art. 4º, III do CC


Relativamente incapaz: “aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir sua vontade”. Não podem testar:
- menores de 16
- não estiverem em seu perfeito juízo (prova)
- surdos-mudos que não tiverem desenvolvimento mental completo
Se houve interdição – há presunção absoluta de ausência de pleno discernimento. Nulidade
absoluta.
Se praticado antes da sentença, a decretação de nulidade depende da produção de prova
inequívoca da insanidade.
CAPACIDADE - CÓDIGO CIVIL
• O estatuto trouxe uma grande alteração no CC, deixando que só os menores
de 16 anos de idade sejam considerados absolutamente incapazes, que
precisam ser representados para prática de atos da vida civil.

• Os relativamente incapazes são assistidos (podem praticar os atos da vida


civil, assistidos pelo representante - curador).

• Isso é uma grande alteração, porque antes da lei, qualquer deficiência era
motivo para entrar com ação de interdição e a pessoa era considerada
absolutamente incapaz.

12
CÓDIGO CIVIL
Art. 3º - são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil os menores de 16 (dezesseis) anos

Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:


I. os maiores de 16 e menores de 18
II. ébrios habituais e os viciados em tóxico
III.aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir
sua vontade
IV.os pródigos

13
Estatuto da Pessoa com Deficiência
Alteração do Código Civil – quanto à capacidade da pessoa com
deficiência.
Regra: é plenamente capaz para praticar os atos da vida civil (salvo se
não puder exprimir sua vontade (art. 4º, III)
Pode administrar seus bens, constituir família, decidir por tratamentos
médicos.

O Estatuto retirou a pessoa com deficiência da categoria de incapaz.


Em homenagem ao princípio da dignidade da pessoa humana, fez com que a
pessoa com deficiência não fosse rotulada como “incapaz” (Pablo Stolze).

14
Estatuto da Pessoa com Deficiência

Art. 6º - A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa

Art. 84 – A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua


capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
Em alguns casos, mesmo com a maioridade, pode acontecer a incapacidade, mas agora,
pelo Estatuto, em regra, será incapacidade relativa.
Incapacidade da pessoa com deficiência ou idosa só vai ser reconhecida, por exemplo, se
ela não tiver condições de expressar sua vontade. “aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade” (art. 4º CC).

15
Estatuto da Pessoa com Deficiência

Estatuto – pessoa com deficiência

REGRA: plenamente capaz

Excepcionalmente: relativamente incapaz


16
Capacidade de testar
Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o
testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da
capacidade.

A capacidade deve ser analisada no momento em que o testamento é redigido.

Se, no ato de testar, o testador tinha pleno discernimento, o testamento será


válido mesmo que ele venha a perder, posteriormente, a lucidez.
E, nulo será o testamento elaborado por quem, no ato, encontrava-se
completamente embriagado, ainda que no dia seguinte estivesse curado da
embriaguez.
Testamenteiro – Cap. XIV
Aberta a sucessão, com a morte do autor da herança, não há como adivinhar
se existe ou não um testamento. Surge, então, a figura do testamenteiro.

Testamenteiro – é o sujeito designado pelo testador ou nomeado pelo juiz para


fazer cumprir as disposições de última vontade; defender a validade, fazer
cumprir e fiscalizar o cumprimento do testamento.
O nomeado pode ser herdeiro legítimo ou testamentário, ou legatário, ou,
ainda, pessoa estranha. É figura indispensável no Direito brasileiro.

Art. 1.976. O testador pode nomear um ou mais testamenteiros, conjuntos ou


separados, para lhe darem cumprimento às disposições de última vontade.

Art. 1.984. Na falta de testamenteiro nomeado pelo testador, a execução


testamentária compete a um dos cônjuges, e, em falta destes, ao herdeiro
nomeado pelo juiz.
Testamenteiro
Testamenteiro testamentário ou instituído – designado pelo testador
(qualquer pessoa capaz). Pode ser um herdeiro ou qualquer outra pessoa.

Testamenteiro legítimo – o cônjuge

Testamenteiro dativo – nomeado subsidiariamente pelo magistrado, na


ausência de designação pelo testador e cônjuge sobrevivente.

Testamenteiro universal – aquele a quem se confere a posse e a


administração da herança ou parte dela (art. 1977)
O testamenteiro pode aceitar ou não o exercício da testamentaria. Mas se
recusar, deve justificar.
Testamenteiro
Art. 1.978. Tendo o testamenteiro a posse e a administração dos bens, incumbe-lhe
requerer inventário e cumprir o testamento.

Art. 1.979. O testamenteiro nomeado, ou qualquer parte interessada, pode requerer,


assim como o juiz pode ordenar, de ofício, ao detentor do testamento, que o leve a
registro.
O testamento e o codicilo devem ser registrados (arts. 1.125 e ss. CPC).

Art. 1.980. O testamenteiro é obrigado a cumprir as disposições testamentárias, no


prazo marcado pelo testador, e a dar contas do que recebeu e despendeu,
subsistindo sua responsabilidade enquanto durar a execução do testamento.
Ele não é obrigado a aceitar a nomeação, mas, uma vez aceita, torna-se obrigado a
cumprir o testamento e prestar contas do que recebeu, do que gastou.
Testamenteiro
Art. 1.981. Compete ao testamenteiro, com ou sem o concurso do inventariante e dos
herdeiros instituídos, defender a validade do testamento. Principal dever do
testamenteiro.
Art. 1.982. Além das atribuições exaradas nos artigos antecedentes, terá o
testamenteiro as que lhe conferir o testador, nos limites da lei.
Art. 1.983. Não concedendo o testador prazo maior, cumprirá o testamenteiro o
testamento e prestará contas em cento e oitenta dias (180 dias), contados da
aceitação da testamentaria.
Parágrafo único. Pode esse prazo ser prorrogado se houver motivo suficiente.
Art. 1.984. Na falta de testamenteiro nomeado pelo testador, a execução
testamentária compete a um dos cônjuges, e, em falta destes, ao herdeiro nomeado
pelo juiz. O testamenteiro é figura obrigatória.
Art. 1.985. O encargo da testamentaria não se transmite aos herdeiros do
testamenteiro, nem é delegável (porque é pessoa de confiança do testador); mas o
testamenteiro pode fazer-se representar em juízo e fora dele, mediante mandatário
com poderes especiais.
Remuneração ao testamenteiro
A testamentaria é uma função remunerada.

O testamenteiro tem direito a um prêmio, que se chama vintena, pelos serviços


prestados.
O montante é fixado livremente pelo testador.
Se não o fizer, será arbitrado pelo juiz.

Mesmo que as dívidas absorva todo o acervo, o testamenteiro não ficará sem
remuneração, pois esta sairá do monte e será, portanto, suportada pelos credores.

O testamenteiro deve ser citado no inventário e ouvido em todos os atos e termos do


processo (CPC, art. 735, §3º)
Remuneração ao testamenteiro

Art. 1.987. Salvo disposição testamentária em contrário, o testamenteiro, que não


seja herdeiro (testamentário) ou legatário, terá direito a um prêmio, que, se o
testador não o houver fixado, será de um a cinco por cento, arbitrado pelo juiz, sobre
a herança líquida, conforme a importância dela e maior ou menor dificuldade na
execução do testamento.

O testador pode estabelecer no testamento expressamente que o testamenteiro deva


atual gratuitamente.
Se não estabelecer, o testamenteiro terá direito a esse prêmio, que se chama
vintena. O testador pode estabelecer o valor da remuneração no próprio testamento.

Se não o fizer, o juiz fixará (entre 1% a 5% da herança líquida – o que resta depois
de pagar o passivo e todas as despesas da sucessão).
Remuneração ao testamenteiro
Parágrafo único. O prêmio arbitrado será pago à conta da parte disponível, quando
houver herdeiro necessário.
A vintena é deduzida da parte disponível quando houver herdeiros necessários.

Art. 1.988. O herdeiro ou o legatário nomeado testamenteiro poderá preferir o prêmio


à herança ou ao legado.
Presume-se que a remuneração deles (herdeiro testamentário ou legatário) já é a
herança ou o legado com os quais foram beneficiados.

Art. 1.989. Reverterá à herança o prêmio que o testamenteiro perder, por ser
removido ou por não ter cumprido o testamento.
BOA SEMANA

ATÉ A PRÓXIMA
AULA

OBRIGADA

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