Do Homicídio
Do Homicídio
Do Homicídio
Aumento de pena
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime
resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o
agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo
doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é
praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos.
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a
pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma
tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o
crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a
metade se o crime for praticado:
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao
parto;
II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou
com doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou
de vulnerabilidade física ou mental;
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente
da vítima;
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência
previstas nos incisos I, II e
CLASSIFICAÇÃO
1. Crime comum, tanto no que diz respeito ao sujeito
ativo, quanto ao sujeito passivo. Qualquer um pode ser
“quem mata” (autor) ou “quem morre” (vítima);
OBS: Devemos ainda destacar que, dos quatro crimes acima mencionados,
apenas homicídio apresenta as formas dolosa e culposa. Os demais
somente são praticados com dolo (direto ou eventual). No caso do homicídio
culposo, a competência para julgar é do juízo singular.
Como isso não acontece, existe ali, tão somente, uma minorante, ou seja, uma
causa de redução de pena, tal como informa a sua rubrica, cujos elementos serão
vistos em tópico próprio.
REQUISITOS DO HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
1. Relevante valor moral: entende-se aquele que diz respeito
aos interesses pessoais do agente e merece apoio da moralidade
média das pessoas. EX: pai que mata o agente que estuprou sua
filha. O ato não é lícito, obviamente, mas sem dúvida faz jus a
uma redução de pena.
ATENÇÃO:
A diferença entre causa de diminuição (que atua na terceira e última
fase da dosimetria da pena e pode levar à imposição da sanção abaixo do
mínimo legal) e atenuante (presente na ‐ segunda fase da dosimetria, quando
é impossível levar a uma pena abaixo do piso legal).
DA EUTANÁSIA
Considera-se eutanásia, “boa morte”, ou homicídio piedoso,
aquele praticado por uma pessoa que antecipa a morte de um
enfermo em estado terminal, procurando assim evitar que este
continue padecendo de intenso sofrimento físico ou psíquico.
Tipos de eutanásia:
1. Ativa (direta ou indireta);
2. Passiva ou ortotanásia.
EUTANÁSIA ATIVA DIRETA: dá-se com a deflagração de um
processo causal que conduz à morte do paciente. Isto é, embora o
paciente tenha sido “desenganado” pelos médicos, por não
encontrarem suficiente tratamento curativo, não havia se
iniciado processo causal algum que conduziria à morte. Ex:
introdução de injeção letal em pessoa que se encontra em estado
de coma irreversível.
Sujeito passivo da mesma forma, também pode ser qualquer pessoa, em face da
ausência de qualquer especificidade constante do tipo penal. É, portanto, o ser vivo,
nascido de mulher.