sobre suicidio

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Em 2012, cerca de 804 mil pessoas morreram por suicídio em todo o mundo, o que

corresponde a taxas ajustadas para idade de 11,4 por 100 mil habitantes por ano –
15,0 para homens e 8,0 para mulheres (OMS, 2014).
A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio, e a cada três segundos uma pessoa
atenta contra a própria vida.
As taxas de suicídio vêm aumentando globalmente, a cada ano, ultrapassa o número
de mortes decorrentes de homicídio e guerra combinados. Além disso, cada suicídio
tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas.
No Brasil O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios.
foram registradas 11.821 mortes, cerca de 30 por dia, sendo 9.198 homens e 2.623
mulheres, sendo observado um aumento de mais de 30% em jovens.
Os números brasileiros devem, entretanto, ser analisados com cautela. Em primeiro
lugar porque pode haver uma subnotificação do número de suicídios, em segundo
lugar porque há uma grande variabilidade regional nas taxas.
Definição

• O suicídio pode ser definido


como um ato deliberado
executado pelo próprio
individuo, cuja intenção
seja a morte, de forma
consciente e intencional,
mesmo que ambivalente,
usando um meio que ele
acredita ser letal
Definição

• Automutilação não suicida é qualquer comportamento intencional


envolvendo agressão direta ao corpo, sem intenção de resultado de
morte. Pode ser uma forma de redução de tensão diante de situações
de conflito e um pedido de ajuda.

• Ideação suicida envolve desde pensamentos de morte, desesperança


até preocupações intensas sobre o sentido da vida e morte.

• Planejamento está vinculado a considerar e estruturar um plano e


métodos específicos (data, local, meios entre outros).

• Tentativa de suicídio diz respeito a envolver-se em ações que


provocam lesões auto infligidas em que há uma intenção clara de
morrer.

• Suicídio consumado ato de autoagressão intencional que resulta em


morte.
FATORES DE
RISCO

• Doença mental

• Idade

• Gênero

• ̧Doenças clinicas não psiquiátricas

• Eventos adversos na infância e na


adolescência

• História familiar e genética

• Fatores sociais
Doenças mentais Aspectos sociais

• Depressão;
• Gênero masculino;
• Transtorno bipolar;
• Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos;
• Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras
• Sem filhos;
substâncias;
• Moradores de áreas urbanas;
• Transtornos de personalidade
• Desempregados ou aposentados
• Esquizofrenia;
• Isolamento social
• Aumento do risco com associação de doenças mentais: paciente
• Solteiros, separados ou viúvos
bipolar que também seja dependente de álcool terá risco maior do
• Populações especiais: indígenas, adolescentes e moradores de rua.
que se ele não tiver essa dependência.

Aspectos psicológicos Condição de saúde limitante

• Perdas recentes e perdas de figuras parentais na infância


• Pouca resiliência; • Doenças orgânicas incapacitantes
• Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável; • Dor crônica
• Ter sofrido abuso físico ou sexual na infância; • Doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson, Hungtinton);
• Desesperança, desespero e desamparo. • Trauma medular
• Dinâmica familiar conturbada • Tumores malignos
• Datas importantes • AIDS.
• Reações de aniversário
Características do
comportamento suicida

• Ambivalência

• Rigidez

• Impulsividade
FATORES PROTETIVOS

• Autoestima elevada

• Bom suporte familiar

• Laços sociais bem estabelecidos com família e amigos

• Religiosidade independente da afiliação religiosa

• Ausência de doença mental

• Estar empregado

• Ter crianças em casa


FATORES PROTETIVOS

• Senso de responsabilidade com a


família

• Gravidez desejada e planejada

• Capacidade de adaptação positiva

• Capacidade de resolução de
problemas e relação terapêutica
positiva

• Além de acesso a serviços e


cuidados de saúde mental
Mito ou verdade?
• Apenas pessoas com transtornos mentais têm comportamento suicida.

• Quem planeja se matar está determinado a morrer. m

• Quem fala sobre suicídio não tem a intenção de cometê-lo. m

• A maioria dos suicídios ocorre sem alerta.

• A tentativa de suicídio é só para querer aparecer.

• Depois de uma tentativa de suicídio, a melhora rápida significa que o perigo já passou.

• Uma pessoa que tenta se matar uma vez dificilmente tentará novamente.

• Não se deve perguntar se a pessoa está pensando em se matar porque isso pode induzi-la ao suicídio.
MITO: apenas pessoas com transtornos mentais têm comportamento
suicida.
VERDADE: muitas pessoas vivendo com transtorno mental não são
afetadas por comportamento suicida. E nem todas as pessoas que tiram
as suas vidas têm transtorno mental.

MITO: quem planeja se matar está determinado a morrer.


VERDADE: ao contrário. Existe ambivalência entre viver e morrer. A
pessoa muitas vezes não deseja a morte, mas uma vida diferente, uma
saída para seu sofrimento.

MITO: quem fala sobre suicídio não tem a intenção de cometê-lo.


VERDADE: pessoas que falam sobre suicídio estão procurando ajuda ou
suporte.

MITO: a maioria dos suicídios ocorre sem alerta.


VERDADE: a maioria dos casos de suicídio é precedida por sinais de
alerta verbais ou comportamentais.

MITO: a tentativa de suicídio é só para querer aparecer.


VERDADE: a tentativa é um sinal de alerta de que a pessoa está em
grande sofrimento.
MITO: depois de uma tentativa de suicídio, a melhora rápida significa
que o perigo já passou.
VERDADE: a pessoa se mostrar mais calma não significa que o
problema se resolveu. Ela pode estar mais calma justamente por já ter
se decidido pelo suicídio como forma de terminar seu sofrimento,
aguardando apenas uma oportunidade. O início do
tratamento/recuperação da depressão é um momento crítico que
requer o máximo cuidado.

MITO: uma pessoa que tenta se matar uma vez dificilmente tentará
novamente.
VERDADE: a tentativa é o fator de risco mais importante a ser
considerado na prevenção.

MITO: não se deve perguntar se a pessoa está pensando em se matar


porque isso pode induzi-la ao suicídio.
VERDADE: ao perceber sinais de que a pessoa está pensando em
suicídio, o tema deve ser abordado abertamente. Porém, com cautela
e atitude de acolhimento. Proporcionar um espaço para falar sobre seu
sofrimento, de forma respeitosa e compreensiva, favorece o vínculo,
mostrando que nos importamos com ela e que outras saídas são
possíveis.
MANEJO DO PACIENTE SUICIDA: PERGUNTAS
QUE PODEM SER FEITAS A TODOS:

•1. Você tem planos, sonhos, projetos para o futuro?


A resposta do paciente com risco de suicídio é não.

•2. A vida vale a pena ser vivida?


A resposta do paciente com risco de suicídio novamente é
não.

•3. Se a morte viesse, ela seria bem-vinda?


Desta vez a resposta será sim para aqueles que querem
morrer.
MANEJO DO PACIENTE SUICIDA:
PERGUNTAS QUE PODEM SER FEITAS
CASO O PACIENTE APRESENTE O RISCO

4. Você está pensando em se machucar/se ferir/fazer mal a


você/em morrer?

5. Você tem algum plano especifico para morrer/se matar/tirar


sua vida?

6. Você fez alguma tentativa de suicídio recentemente?


MANEJO DO PACIENTE SUICIDA: OUTRAS
PERGUNTAS IMPORTANTES

• Há meios acessíveis para cometer suicídio? (Armas, altura, linha de trem,
viadutos, remédios ou inseticidas).

• Qual a letalidade do plano e a concepção da letalidade pelo paciente?


Qual a probabilidade de resgate/como foi o resgate?

• Alguma preparação foi feita? (Carta, testamento ou acúmulo de


comprimidos).

• Quão próximo o paciente esteve de completar o suicídio? O paciente


praticou anteriormente o ato suicida ou já́ tentou?

• O paciente tem habilidade de controlar seus impulsos?

• Há fatores estressantes recentes que tenham piorado as habilidades de


lidar com as dificuldades ou de participar no plano de tratamento?

• Há fatores protetores? Quais os motivos para o paciente se manter vivo?


Qual a visão do paciente sobre o futuro?
MANEJO DO PACIENTE SUICIDA: BAIXO
RISCO

•A pessoa teve alguns pensamentos suicidas, mas não fez


nenhum plano.

Manejo:

•Escuta acolhedora para compreensão e amenização de


sofrimento

•Facilitar a vinculação do sujeito ao suporte e ajuda possível ao


seu redor – social e institucional

•Tratamento de possível transtorno psiquiátrico.


MANEJO DO PACIENTE SUICIDA: MÉDIO
RISCO

• A pessoa tem pensamentos e planos, mas não pretende cometer


suicídio imediatamente.

Manejo:

•Total cuidado com possíveis meios de cometer suicídio que possam estar
no próprio espaço de atendimento

•Escuta terapêutica que o possibilite falar e clarificar para si sua situação


de crise e sofrimento

•Realização de contrato terapêutico de não suicídio

•Investimento nos possíveis fatores protetivos do suicídio

•Faça da família e amigos do paciente os verdadeiros parceiros no


acompanhamento do mesmo.
MANEJO DO PACIENTE
SUICIDA: ALTO RISCO

• A pessoa tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo e planeja fazê-lo
prontamente
• Tentou suicídio recentemente e apresenta rigidez quanto à uma nova tentativa
• Tentou várias vezes em um curto espaço de tempo.

• Manejo:
• Estar junto da pessoa. Nunca deixá-la sozinha;
• Total cuidado com possíveis meios de cometer suicídio que possam estar no
próprio espaço de atendimento;
• Realização de contrato de “não suicídio”
• Informar a família da forma já sugerida.
• Se você esgotou todas as tentativas de convencimento do paciente para uma
internação voluntária e percebe um risco de suicídio iminente, peça ajuda da
família, pois uma internação involuntária poderá ser necessária
Outras
condutas:
• O contato inicial é muito importante. Frequentemente, ele ocorre numa
clínica, casa ou espaço público, onde pode ser difícil ter uma conversa
particular.

• O primeiro passo é achar um lugar adequado, onde uma conversa


tranquila possa ser mantida com privacidade razoável.

• O próximo passo é reservar o tempo necessário. Pessoas com


ideação suicida usualmente necessitam de mais tempo para deixar de
se achar um fardo. É preciso também estar disponível emocionalmente
para lhes dar atenção.
• A tarefa mais importante é ouvi-las efetivamente. Conseguir esse
contato e ouvir é por si só o maior passo para reduzir o nível de
desespero suicida.
Como se comunicar
• Ouvir atentamente, com calma.

• Entender os sentimentos da pessoa (empatia).

• Dar mensagens não verbais de aceitação e respeito.

• Expressar respeito pelas opiniões e pelos valores da pessoa.

• Conversar honestamente e com autenticidade.

• Mostrar sua preocupação, seu cuidado e sua afeição.

• Focalizar nos sentimentos da pessoa.


O que evitar:

• Interromper muito frequentemente

• Ficar chocado ou muito emocionado

• Dizer que você está ocupado

• Fazer o problema parecer trivial

• Tratar o paciente de uma maneira que possa


colocá-lo numa posição de inferioridade.

• Dizer simplesmente que tudo vai ficar bem

• Fazer perguntas indiscretas

• Emitir julgamentos (certo x errado), tentar


doutrinar.
COMO ENCAMINHAR?
• Você deve ter tempo para explicar à pessoa a razão do
encaminhamento

• Marcar a consulta

• Esclareça a pessoa de que o encaminhamento não significa que o


profissional da saúde está lavando as mãos em relação ao problema

• Veja a pessoa depois da consulta

• Tente obter uma contra-referência do atendimento

• Mantenha contato periódico.


Recursos da
comunidade
As fontes de apoio usualmente disponíveis são:

• família

• companheiros/namorados;

• amigos;

• colegas;

• clérigo;

• profissionais de saúde;

• grupos de apoio, ex.: Centro de Valorização da Vida


(CVV)

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