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Cuba acusada de violar direitos humanos de trabalhadores estrangeiros

Fonte: Wikinotícias

2 de fevereiro de 2022

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Os marinheiros cubanos que trabalham em cruzeiros de luxo são reduzidos a “'escravos' que recebem apenas 20% de seus salários enquanto o restante de seus salários vai para o governo cubano”, segundo um relatório de grupos de direitos humanos.

A MSC Cruzeiros, uma das maiores companhias de cruzeiros do mundo, foi nomeada no relatório divulgado quarta-feira pela Prisoners Defenders e acusada de manter os passaportes dos marinheiros cubanos.

Tanto a linha de cruzeiros quanto o governo cubano negam qualquer irregularidade.

Marinheiros, juntamente com médicos, engenheiros, arquitetos e músicos, estão entre os cerca de 100.000 profissionais cubanos que trabalham no exterior como parte de um programa internacional lançado por Cuba na década de 1960. O objetivo do programa é ampliar a influência do governo comunista no mundo e, nos últimos anos, tornou-se uma importante fonte de receita para o regime cubano.

Prisioners Defenders, um grupo de direitos humanos com sede na Espanha ligado à oposição cubana, a Human Rights Watch e legisladores do Parlamento Europeu acusam o governo cubano de explorar seus próprios cidadãos com um corte de 80% em seus salários.

Os médicos afirmam que foram abusados ​​sexualmente, enviados para lugares perigosos e enfrentam uma proibição de oito anos de Cuba se decidirem deixar o serviço do governo.

Essas missões internacionais são uma lucrativa fonte de receita para o governo cubano, trazendo a Havana US$ 8,5 bilhões por ano, segundo o relatório Prisoners Defenders, em comparação com o turismo, que gera US$ 2,9 bilhões em receita anual.

Cerca de 41% dos cubanos que trabalham no exterior dizem ter sofrido agressão sexual durante seus cargos, segundo o relatório.

Em uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional e às Nações Unidas, grupos de direitos humanos alegam que Cuba viola os direitos básicos dos profissionais que fazem parte das missões internacionais de Cuba.

O governo cubano defendeu seu histórico sobre seus profissionais de saúde estrangeiros.

A Embaixada de Cuba em Madri não respondeu aos pedidos da VOA para comentar o relatório.

Fontes