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Banestado

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Banestado
Razão social Banco do Estado do Paraná S/A
Empresa de capital aberto
Atividade Serviços financeiros
Gênero Sociedade de economia mista
Fundação 1928 (96 anos)
Encerramento 2000
Sede Curitiba,  Paraná,  Brasil
Área(s) servida(s) Paraná
Proprietário(s) Governo do Estado do Paraná
Produtos Banco
Cartão de crédito
Seguros
Banco de investimento
Banco corporativo
Sucessora(s) Itaú

O Banco do Estado do Paraná (BANESTADO) foi um banco estatal pertencente ao estado brasileiro do Paraná. Fundado em 1928 pelo então presidente do estado Affonso Alves de Camargo. Foi um dos bancos mais sólidos do sistema financeiro público do país até meados dos anos 90.[1] A partir de então, o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso estimulou a privatização do banco, como fez com os demais bancos estaduais brasileiros. Assim, em outubro de 2000, o Banco do Estado do Paraná foi desestatizado[2][3] e adquirido pelo Banco Itaú em leilão por 1,6 bilhão de reais.[4]

As decisões de agentes públicos que antecederam a privatização do Banestado foram objeto de processos na Justiça brasileira.[5]

Entre 1996 e 2002, foram desviados cerca de trinta bilhões de reais pelas contas CC5, através de agências bancárias em Foz do Iguaçu, para paraísos fiscais de modo a sonegar impostos.[6][7][8][9][10] O Banestado junto das agências bancárias em Foz do Iguaçu do Banco do Brasil, Bemge, Banco Araucária e Banco Real obtiveram autorizações especiais para manusear as contas CC5, que foram utilizadas para remeter o dinheiro ilegalmente ao exterior.[6][7][10] A ação, apurada pela CPI do Banestado, resultou no Escândalo do Banestado, quando o caso veio a público. O relatório final da CPI, de autoria do deputado José Mentor, pedia o indiciamento de Gustavo Franco, Celso Pitta, Samuel Klein, entre outros nomes, num total de 91 envolvidos.[6][7][8][11]

Ver também

Referências

  1. SALVIANO JUNIOR, Cleofas (2004). «Bancos Estaduais: dos Problemas Crônicos ao Proes» (PDF). Banco Central do Brasil. Consultado em 5 de junho de 2010 
  2. Estado da Reforma Reflexões sobre a experiência de reforma do Estado em Mato Grosso Livro Estado Da Reforma - acessado em 12 de julho de 2019
  3. Supremo Tribunal Federal STF - AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA : ACO 0006154-04.2007.1.00.0000 PR - PARANÁ 0006154-04.2007.1.00.0000 Supremo Tribunal Federal - acessado em 12 de julho de 2019
  4. «Presidente do Itaú diz à CPI que assumiu Banestado com "dificuldades"». Folha Online. Uol 
  5. Justiça Federal (acessado em 6 de janeiro de 2010)
  6. a b c «Ex-presidentes do BC são acusados em ação». Folha de S.Paulo. 4 de dezembro de 2003. Consultado em 30 de julho de 2022 
  7. a b c «"Sacoleiras pressionavam o câmbio", diz BC para justificar regras das CC-5». Folha de S.Paulo. 4 de julho de 2003. Consultado em 30 de julho de 2022 
  8. a b «Ex-dirigentes do banco Araucária são acusados por lavagem de dinheiro». Folha de S.Paulo. 12 de setembro de 2003. Consultado em 30 de julho de 2022 
  9. «Bornhausen e procurador discutem em CPI». Folha de S.Paulo. 31 de julho de 2003. Consultado em 30 de julho de 2022 
  10. a b «A desregulamentação da conta de capitais: limitações macroeconõmicas e regulatórias» (PDF). www.gustavofranco.com.br. Consultado em 30 de julho de 2022 
  11. Diário do Comércio (acessado em 6 de janeiro de 2010)
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