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Januário de Benevento

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 Nota: "São Januário" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja São Januário (desambiguação).
Januário
Santo da Igreja Católica
Bispo de Benevento
Januário de Benevento
Atividade eclesiástica
Diocese Diocese de Benevento
Sucessor Teófilo de Benevento
Ordenação e nomeação
Nomeação episcopal Século III
Santificação
Veneração por Igreja Católica Romana e Igrejas Católicas Ortodoxas
Principal templo Catedral de Nápoles
Festa litúrgica 19 de setembro
Atribuições hábito de bispo, cajado pastoral, palma, ampolas contendo seu sangue, leões de circo
Dados pessoais
Nascimento Benevento
21 de abril de 272
Morte Pozzuoli
19 de setembro de 305 (33 anos)
Nome nascimento Prócolo
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Januário (Latim: Ianuarius; Italiano: Gennaro - século III) é considerado um santo católico; alega-se que foi bispo de Benevento, Itália, e é mártir tanto para a Igreja Católica Romana como para as Igrejas Católicas Ortodoxas.

Januário (em italiano Gennaro), patrono de Nápoles, foi bispo de Benevento no século III. De acordo com a tradição, Januário chamava-se Prócolo e pertencia à família patrícia dos "Ianuarii", consagrada ao deus Jano.

Condenado à morte no ano 305, segundo conta-se, durante as perseguições de Diocleciano, é considerado santo e mártir tanto para a igreja católica como para as ortodoxas.

No Brasil

É um santo de especial devoção na Mooca, tradicional bairro da colônia italiana na cidade de São Paulo que tem uma igreja em homenagem a ele. Na cidade de Ubá, na zona da mata mineira, também encontramos uma igreja em sua honra. [1] e, anualmente, o Santo recebe uma festa em sua homenagem: a Festa de San Gennaro, que é feita de setembro a outubro, sendo uma das festas religiosas mais tradicionais da cidade de São Paulo.

São Januário também é o santo padroeiro do Clube Atlético Juventus, tradicional clube do Futebol Paulista fundado por imigrantes italianos que trabalhavam no Cotonifício Crespi, e viviam no bairro da Mooca.

No Rio de Janeiro o santo dá nome ao estádio do Club de Regatas Vasco da Gama, o Estádio de São Januário. O nome São Januário se popularizou devido à rua homônima que fica próxima ao estádio. São Januário também é padroeiro da cidade de Ubá, em Minas Gerais, onde é feriado em 19 de setembro, dia do santo.

Tesouro de São Januário

Januário de Benevento

A riqueza oferecida durante séculos pelos devotos do santo, patrono de Nápoles, é de um valor incalculável. O tesouro é considerado a maior coleção de pedras preciosas do mundo e suplanta largamente outras coleções de referência, as joias do Czar da Rússia e da Coroa Britânica.

A coleção foi enriquecida ao longo dos anos pelas ofertas feitas por papas, reis, imperadores (Napoleão Bonaparte foi um deles), aristocratas europeus e ricas famílias napolitanas.[2]

Sangue de São Januário

A liquefação do sangue preservado num relicário no tesouro é festejada no dia 19 de setembro, 16 de dezembro e no sábado anterior ao primeiro domingo de maio.

A falta do milagre sempre esteve ligada a momentos nefastos da história da cidade: em setembro de 1939 e 1940, datas do início da Segunda Guerra Mundial e da entrada da Itália na guerra; em setembro de 1943, durante o início da ocupação nazista; em 1973, quando Nápoles foi atingida por uma epidemia de cólera; e, em 1980, por fim, ano em que se deu um terremoto de alta magnitude em Irpínia.[3]

Em dezembro de 2016, a liquefação não aconteceu. Às 19h15min do dia 16 de dezembro de 2016, a ampola foi recolocada no relicário que a custodia, e a Capela do Tesouro de São Januário, na Catedral de Nápoles, foi fechada.[3]


Controvérsias

O suposto milagre que faz o sangue de São Januário se liquefazer seria uma farsa fabricada por alquimistas medievais numa época caracterizada pelo lucrativo comércio através da compra e venda de relíquias sagradas. De notar que a Igreja Católica nunca permitiu que o sangue fosse submetido a análise científica do material do interior da ampola lacrada.[4]

No entanto, nenhum cientista pôde sequer levantar hipótese que contestasse a inconstância do volume do líquido no interior da ampola a cada milagre ocorrido e o ganho de massa da ampola, de aproximadamente 25 gramas, quando ocorre a liquefação, visto que a mesma se encontra hermeticamente fechada. [5]

Ver também

Referências

Ligações externas

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