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Rio de Janeiro (estado): diferenças entre revisões

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'''Rio de Janeiro''' é uma das [[Unidades federativas do Brasil|27 unidades federativas]] do [[Brasil]]. Situa-se a [[sudeste]] da [[Região Sudeste do Brasil|região Sudeste]] do país, tendo como limites os estados de [[Minas Gerais]] (norte e noroeste), [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] (nordeste) e [[São Paulo (estado)|São Paulo]] (sudoeste), além do [[Oceano Atlântico]] (leste e sul). Ocupa uma [[área]] de {{fmtn|43750.425|km²}}.<ref name="IBGE_POP"/> Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de fluminenses (do [[latim]] ''flumen'', literalmente "rio"), e os que nascem na cidade do Rio de Janeiro é chamado cariocas.<ref>[https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/carioca/ ''carioca'' no dicionário Michaelis]</ref><ref>[https://vejario.abril.com.br/cidades/curiosidades-nomes-bairros-rj/ A origem dos bairros cariocas]</ref>
'''Rio de Janeiro''' é uma das [[Unidades federativas do Brasil|27 unidades federativas]] do [[Brasil]]. Situa-se a [[sudeste]] da [[Região Sudeste do Brasil|região Sudeste]] do país, tendo como divisas os estados de [[Minas Gerais]] (norte e noroeste), [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] (nordeste) e [[São Paulo (estado)|São Paulo]] (sudoeste), além do [[Oceano Atlântico]] (leste e sul). Ocupa uma [[área]] de {{fmtn|43750.425|km²}}. Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de fluminenses (do [[latim]] ''flumen'', literalmente "rio").<ref>{{Citar web|url=https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/carioca/|titulo=carioca no dicionário Michaelis|acessodata=2023-11-23|website=michaelis.uol.com.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://vejario.abril.com.br/cidade/curiosidades-nomes-bairros-rj/|titulo=A origem dos bairros cariocas|acessodata=2023-11-23|website=VEJA RIO|lingua=pt-BR}}</ref>


A cidade mais populosa é a sua [[Rio de Janeiro|capital homônima]], polo da segunda maior [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|metrópole]] do Brasil. Apesar de ser, em termos de território, o terceiro menor estado brasileiro (ficando atrás apenas de [[Alagoas]] e [[Sergipe]]), concentra 8,4% da população do país, sendo o estado com [[Lista de estados do Brasil por população|maior densidade demográfica do Brasil]]. Segundo dados do [[Censo demográfico de 2010 (Brasil)|Censo 2010]], o estado é o terceiro mais populoso do Brasil, atrás de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Minas Gerais]]. A estimativa populacional calculada pelo IBGE, tendo como referência em 1° de julho de 2021, foi de {{fmtn|17463349}} habitantes.<ref name="IBGE_POP"/>
A cidade mais populosa é a sua [[Rio de Janeiro|capital homônima]], polo da segunda maior [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|metrópole]] do Brasil.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/06/28/as-dez-maiores-cidades-do-brasil-em-populacao.ghtml|titulo=As dez maiores cidades do Brasil em população|data=2023-06-28|acessodata=2024-03-17|website=G1|lingua=pt-br}}</ref> Apesar de ser, em termos de território, o [[Lista de unidades federativas do Brasil por área|terceiro menor estado brasileiro]] (ficando atrás apenas de [[Alagoas]] e [[Sergipe]]), concentra 7,9% da população do país, sendo o estado com a [[Lista de unidades federativas do Brasil por densidade demográfica|segunda maior densidade demográfica do Brasil]].<ref name=":10">{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/panorama|titulo=Panorama Censo 2022 – Rio de Janeiro|acessodata=2024-03-17|website=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)}}</ref><ref name=":11">{{Citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/quais-sao-os-maiores-e-menores-estados-do-brasil-veja-ranking/|titulo=Quais são os maiores e menores estados do Brasil? Veja ranking|acessodata=2024-03-17|website=CNN Brasil}}</ref><ref name="densidade-RJ_IBGE 2022">{{Citar web|url=https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37238-pais-tem-90-milhoes-de-domicilios-34-a-mais-que-em-2010|titulo=País tem 90 milhões de domicílios, 34% a mais que em 2010|data=2023-06-28|acessodata=2024-03-17|website=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)|lingua=pt-BR}}</ref> Segundo dados do [[Censo 2022]], o estado é o [[Lista de unidades federativas do Brasil por população|terceiro mais populoso do Brasil]], com mais de 16 milhões de habitantes, atrás apenas de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Minas Gerais]].<ref name=":10" /><ref name=":11" /><ref>{{Citar web|url=https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37237-de-2010-a-2022-populacao-brasileira-cresce-6-5-e-chega-a-203-1-milhoes|titulo=De 2010 a 2022, população brasileira cresce 6,5% e chega a 203,1 milhões|data=2023-06-28|acessodata=2024-03-17|website=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/economia/censo/noticia/2023/06/28/censo-2022-brasil-tem-203-milhoes-de-habitantes-47-milhoes-a-menos-que-estimativa-do-ibge.ghtml|titulo=Censo 2022: Brasil tem 203 milhões de habitantes, 4,7 milhões a menos que estimativa do IBGE|data=2023-06-28|acessodata=2024-03-17|website=G1|lingua=pt-br}}</ref>


O [[produto interno bruto]] (PIB) do estado é o [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|segundo maior do país]], enquanto o [[Índice de Desenvolvimento Humano]] (IDH) fluminense é o [[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH|quarto mais elevado]] do Brasil. Além disso, o Rio de Janeiro apresenta a terceira maior [[Alfabetização|taxa de alfabetização]] do país, somente atrás de [[Santa Catarina]] e [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]].
O [[produto interno bruto]] (PIB) do estado é o [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|segundo maior do país]], enquanto o [[Índice de Desenvolvimento Humano]] (IDH) fluminense é o [[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH|quarto mais elevado]] do Brasil. Além disso, o Rio de Janeiro apresenta a terceira maior [[Alfabetização|taxa de alfabetização]] do país, somente atrás de [[Santa Catarina]] e [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]].


O estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a [[Baixada Fluminense|baixada]] e o [[Serra Fluminense|planalto]], que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]], [[Rio Macaé|Macaé]], [[Rio Guandu|Guandu]], [[Rio Piraí (Rio de Janeiro)|Piraí]], [[Rio Muriaé|Muriaé]] e [[Rio Carangola|Carangola]] são os principais [[rio]]s. O [[clima]] varia de [[clima tropical|tropical]] a subtropical. Há ocorrência de geadas, nos meses de [[inverno]], em regiões acima dos mil metros de altitude e inclusive queda de [[neve]] esporádica no [[Parque Nacional de Itatiaia]]. O litoral fluminense é também o terceiro mais extenso do país, atrás das costas de [[Bahia]] e [[Maranhão]].<ref>{{Citar web |url= http://www.infoescola.com/rio-de-janeiro/geografia-do-rio-de-janeiro/ |título= Geografia do Rio de Janeiro |acessodata= 23 de setembro de 2016 |obra= Geografia do Rio de Janeiro |publicado= InfoEscola |último= PACIEVITCH |primeiro= Thais}}</ref>
O estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a [[Baixada Fluminense|baixada]] e o [[Serra Fluminense|planalto]], que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]], [[Rio Macaé|Macaé]], [[Rio Guandu|Guandu]], [[Rio Piraí (Rio de Janeiro)|Piraí]], [[Rio Muriaé|Muriaé]] e [[Rio Carangola|Carangola]] são os principais [[rio]]s. O [[clima]] varia de [[clima tropical|tropical]] a subtropical. Há ocorrência de geadas, nos meses de [[inverno]], em regiões acima 2 000m de altitude e inclusive queda de [[neve]] esporádica no [[Parque Nacional de Itatiaia]]. O litoral fluminense é também o terceiro mais extenso do país, atrás das costas de [[Bahia]] e [[Maranhão]].<ref>{{Citar web |url= http://www.infoescola.com/rio-de-janeiro/geografia-do-rio-de-janeiro/ |título= Geografia do Rio de Janeiro |acessodata= 23 de setembro de 2016 |obra= Geografia do Rio de Janeiro |publicado= InfoEscola |último= PACIEVITCH |primeiro= Thais}}</ref>


== História ==
== História ==
{{Artigo principal|História do Rio de Janeiro}}
{{Artigo principal|História do Rio de Janeiro}}

=== Pré-história e povos indígenas ===
{{Artigo principal|História pré-cabralina do Brasil|Povos indígenas do Brasil}}
Diversos estudos genéticos atestam que os [[Povos ameríndios|povos indígenas das Américas]] descendem diretamente de populações do leste da [[Sibéria]] que migraram para a [[América do Norte]] em algum momento entre 25 e 15 mil anos atrás, dali povoando todo o continente americano.<ref>{{Citar periódico |url=https://cpb-us-w2.wpmucdn.com/people.smu.edu/dist/5/554/files/2021/08/Willerslev-and-Meltzer-2021-NATURE-Peopling-of-the-Americas-as-inferred-from-ancient-genomics.pdf |título=Peopling of the Americas as inferred from ancient genomics |data=2021-06 |periódico=Nature |número=7863 |ultimo=Willerslev |primeiro=Eske |ultimo2=Meltzer |primeiro2=David J. |paginas=356–364 |lingua=en |doi=10.1038/s41586-021-03499-y |issn=1476-4687 |volume=594}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3615710/ |título=Reconstructing Native American population history |data=2012-08 |periódico=Nature |número=7411 |ultimo=Reich |primeiro=David |ultimo2=Patterson |primeiro2=Nick |paginas=370–374 |lingua=en |doi=10.1038/nature11258 |issn=1476-4687 |pmc=3615710 |pmid=22801491 |ultimo3=Campbell |primeiro3=Desmond |ultimo4=Tandon |primeiro4=Arti |ultimo5=Mazieres |primeiro5=Stéphane |ultimo6=Ray |primeiro6=Nicolas |ultimo7=Parra |primeiro7=Maria V. |ultimo8=Rojas |primeiro8=Winston |ultimo9=Duque |primeiro9=Constanza}}</ref>

Dentre os vestígios mais antigos de presença humana no território fluminense, está o Sambaqui da Lagoa de Itaipu, em [[Niterói]], datado de 8 mil anos atrás.<ref>{{Citar periódico |url=https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/704 |título=O protagonismo do Museu Nacional entre a pesquisa e a defesa pela preservação do patrimônio arqueológico de Itaipu (Niterói/RJ) |data=2019-12-30 |periódico=Revista de Arqueologia |número=2 |ultimo=Andrade |primeiro=Marcela Nogueira de |ultimo2=Gaspar |primeiro2=Maria Dulce |paginas=86–103 |lingua=pt |doi=10.24885/sab.v32i2.704 |issn=1982-1999 |volume=32}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/695 |título=A ocupação sambaquieira no entorno da Baía de Guanabara |data=2019-12-30 |periódico=Revista de Arqueologia |número=2 |ultimo=Gaspar |primeiro=Maria Dulce |ultimo2=Bianchini |primeiro2=Gina Faraco |paginas=36–60 |lingua=pt |doi=10.24885/sab.v32i2.695 |issn=1982-1999 |ultimo3=Berredo |primeiro3=Ana Luiza |ultimo4=Lopes |primeiro4=Mariana Samor |volume=32}}</ref>

Em momento controverso, nos primeiros séculos da Era Cristã ou por volta do ano 1000, [[Tronco tupi|povos tupis]], oriundos da [[Amazônia]], ocuparam todo o litoral fluminense, com exceção da região da foz do [[Rio Paraíba do Sul]].<ref>{{Citar periódico |url=https://pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.1909075117 |título=Genomic insight into the origins and dispersal of the Brazilian coastal natives |data=2020-02-04 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences |número=5 |ultimo=Castro e Silva |primeiro=Marcos Araújo |ultimo2=Nunes |primeiro2=Kelly |paginas=2372–2377 |lingua=en |doi=10.1073/pnas.1909075117 |issn=0027-8424 |pmc=7007564 |pmid=31932419 |ultimo3=Lemes |primeiro3=Renan Barbosa |ultimo4=Mas-Sandoval |primeiro4=Àlex |ultimo5=Guerra Amorim |primeiro5=Carlos Eduardo |ultimo6=Krieger |primeiro6=Jose Eduardo |ultimo7=Mill |primeiro7=José Geraldo |ultimo8=Salzano |primeiro8=Francisco Mauro |ultimo9=Bortolini |primeiro9=Maria Cátira |volume=117}}</ref><ref name=":6">BUENO, E. ''Brasil: uma história''. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.</ref>

Quando da chegada dos primeiros europeus ao Estado do Rio de Janeiro, o seu litoral, com exceção da foz do Rio Paraíba do Sul, era habitado por indígenas tupis, destacando-se os [[tamoios]] e [[temiminós]]. A foz do Rio Paraíba do Sul e a região de [[Campos dos Goytacazes|Campos]] eram originalmente habitadas pelos índios [[goitacás]], enquanto o restante do interior fluminense era habitado pelo [[puris]].<ref name=":6" />


=== Primeiros povos e colonização portuguesa ===
=== Primeiros povos e colonização portuguesa ===
{{Artigo principal|Colonização do Brasil|França Antártica}}
{{Artigo principal|Colonização do Brasil|França Antártica}}
[[Imagem:Rio 1555 França Antártica.jpg|thumb|esquerda|Baía de Guanabara na época da [[França Antártica]].]]
[[Imagem:Mapa da França Antártica (Rio de Janeiro) da década de 1660 baseado nos relatos relatos de Léry da década 1550.jpg|thumb|esquerda|Baía de Guanabara na época da [[França Antártica]].]]
[[Imagem:Forte de São Mateus do Cabo Frio 03.jpg|thumb|esquerda|[[Forte de São Mateus do Cabo Frio|Forte de São Mateus]], em [[Cabo Frio]], uma das fortificações construídas pelos portugueses no litoral fluminense.]]
[[Imagem:Forte de São Mateus do Cabo Frio 03.jpg|thumb|esquerda|[[Forte de São Mateus do Cabo Frio|Forte de São Mateus]], em [[Cabo Frio]], uma das fortificações construídas pelos portugueses no litoral fluminense.]]


A primeira expedição a explorar o atual estado do Rio de Janeiro foi a de [[Gonçalo Coelho]] entre 1501 e 1502, a qual, em 1° de janeiro de 1502, descobriu a [[Baía de Guanabara]], que pensaram ser a foz de um grande rio, assim originando o nome “Rio de Janeiro”. A segunda expedição de Coelho, em 1503, verificou os recursos naturais da nova terra e ergueu uma [[Feitoria de Cabo Frio|feitoria]] em [[Cabo Frio]], para a exportação do [[pau-brasil]], que se torna o principal produto explorado em terras fluminenses.<ref name=":7">{{citar web|url=http://www.portaldocidadao.rj.gov.br/historia01.asp|titulo=História|acessodata=2024-01-16|website=Governo do Rio de Janeiro|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070822132111/http://www.portaldocidadao.rj.gov.br/historia01.asp|arquivodata=2007-08-22|urlmorta=sim}}</ref>
O [[continente americano]] já era habitado desde pelo menos 10 000 a.C. por povos provenientes de outros continentes.<ref>BUENO, E. ''Brasil: uma história''. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 12-15.</ref> Por volta do ano 1000, o litoral do Estado, com exceção da região da foz do [[Rio Paraíba do Sul]], foi invadida por povos [[tupis]] provenientes da [[Amazônia]].<ref>BUENO, E. ''Brasil: uma história''. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.</ref>

À época do estabelecimento do sistema de [[Capitanias Hereditárias]] no [[Brasil]], a região da Baía do Rio de Janeiro (mais tarde, renomeada para Baía de Guanabara) foi entregue a [[Martim Afonso de Sousa]] e compunha o 1º lote ou a porção setentrional da Capitania de São Vicente, cujo território ia da atual cidade de [[Macaé]] até a atual cidade de [[Caraguatatuba]], e era separada do 2º lote ou da porção meridional da Capitania de São Vicente pela Capitania de Santo Amaro (de Caraguatatuba a [[Bertioga]]). A região norte do atual Estado do Rio de Janeiro compunha a [[Capitania de São Tomé]] ou Capitania da Paraíba do Sul, e foi entregue inicialmente a [[Pero de Góis]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Cintra|primeiro=Jorge Pimentel|data=2016-04-27|titulo=A formação do território da capitania do Rio de Janeiro|jornal=Acervo|volume=29|numero=1 jan-Jun|paginas=67–81|url=http://revista.arquivonacional.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/653|idioma=pt}}</ref>


No entanto, as primeiras tentativas de colonização portuguesa tanto na parte setentrional de São Vicente quanto em São Tomé acabaram fracassando, em virtude da hostilidade dos tamoios e dos goitacás.<ref name=":1" /> Em 1556, foram concedidas as primeiras sesmarias no território de [[Paraty]] e [[Angra dos Reis]], iniciando a colonização da região.<ref name=":7" />
À época do estabelecimento do sistema de [[Capitanias Hereditárias]] no [[Brasil]], a região da baía do Rio de Janeiro (mais tarde, renomeada para [[baía de Guanabara]]) foi entregue a Martim Afonso de Souza e compunha o 1º lote ou a porção setentrional da Capitania de São Vicente, cujo território ia da atual cidade de [[Macaé]] até a atual cidade de [[Caraguatatuba]], e era separada do 2º lote ou da porção meridional da Capitania de São Vicente pela Capitania de Santo Amaro (de Caraguatatuba a [[Bertioga]]). A região norte do atual Estado do Rio de Janeiro compunha a [[Capitania de São Tomé]] ou Capitania da Paraíba do Sul, e foi entregue inicialmente a Pero de Góis.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Cintra|primeiro=Jorge Pimentel|data=2016-04-27|titulo=A formação do território da capitania do Rio de Janeiro|jornal=Acervo|volume=29|numero=1 jan-Jun|paginas=67–81|url=http://revista.arquivonacional.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/653|idioma=pt}}</ref>


No entanto, as primeiras tentativas de colonização portuguesa tanto na parte setentrional de São Vicente quanto em São Tomé acabaram fracassando, em virtude da hostilidade dos [[tamoios]] (os índios [[tupinambás]] da Guanabara) e dos [[goitacases|goitacás]] (índios [[tapuias]] da região de Campos). Em 1555, os tamoios fizeram uma aliança com a coroa francesa e autorizaram que os franceses estabelecessem uma colônia na margem ocidental da [[baía de Guanabara]], sob o comando do almirante e cavaleiro templário [[Nicolas Durand de Villegagnon]]. Essa colônia recebeu o nome de "França Antártica" e tinha como capital Henriville (cidade de Henrique), localizada no atual bairro do Flamengo na Zona Sul da capital fluminense.<ref name=":1">{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=NDoPAAAAYAAJ&dq=bibliogroup:%22S%C3%ADntese+da+documenta%C3%A7%C3%A3o+hist%C3%B3rico-administrativa+e+geogr%C3%A1fica+dos+estados+do+Brasil%22&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiZ59fntczQAhWGC5AKHXU9DMwQ6AEIHTAA|título=Síntese da documentação histórico-administrativa e geográfica dos estados do Brasil.|primeiro=Lúcio Gonçalves de|editora=Ministério do Planejamento e Orçamento, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Centro de Documentação e Disseminação de Informações, Departamento de Documentação e Biblioteca|ano=1995|isbn=9788524005466|último=MATTOS}}</ref>
Em 1555, os tamoios fizeram uma aliança com a [[Reino da França|coroa francesa]] e autorizaram que os franceses estabelecessem uma colônia na margem ocidental da Baía de Guanabara, sob o comando do almirante e cavaleiro templário [[Nicolas Durand de Villegagnon]]. Essa colônia recebeu o nome de "[[França Antártica]]" e tinha como capital Henriville (cidade de Henrique), localizada no atual bairro carioca do [[Flamengo (bairro do Rio de Janeiro)|Flamengo]].<ref name=":1">{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=NDoPAAAAYAAJ&dq=bibliogroup:%22S%C3%ADntese+da+documenta%C3%A7%C3%A3o+hist%C3%B3rico-administrativa+e+geogr%C3%A1fica+dos+estados+do+Brasil%22&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiZ59fntczQAhWGC5AKHXU9DMwQ6AEIHTAA|título=Síntese da documentação histórico-administrativa e geográfica dos estados do Brasil.|primeiro=Lúcio Gonçalves de|editora=Ministério do Planejamento e Orçamento, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Centro de Documentação e Disseminação de Informações, Departamento de Documentação e Biblioteca|ano=1995|isbn=9788524005466|último=MATTOS}}</ref>


Em 1560, o [[governador-geral do Brasil]], [[Mem de Sá]], recebeu ordens para expulsar os franceses e as tropas portuguesas por ele lideradas derrotaram o inimigo, mas os franceses, com o auxílio dos tamoios, refugiaram-se nas matas e reocuparam as povoações na região da Baía de Guanabara. Em 1565, desembarcou, vindo de Portugal, [[Estácio de Sá]], sobrinho de Mem de Sá, o qual fundou, junto com Dom [[António de Mariz|Antônio de Mariz]] e o [[José de Anchieta|Padre José de Anchieta]], em 1° de março desse ano, em uma várzea entre o [[Pão de Açúcar]] e [[Morro Cara de Cão]], a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (atual [[Rio de Janeiro]]), para servir de quartel-general para a luta contra os franceses e para assegurar a posse portuguesa dessas terras. Em 1567, os franceses foram derrotados e, com isso, foi criada, nesse mesmo ano, a [[Capitania do Rio de Janeiro]], a partir da porção setentrional da Capitania de São Vicente. Logo após o fim da guerra entre portugueses e franceses pelo controle da região da Baía de Guanabara, indígenas que ajudaram os portugueses receberam recompensas, como [[Arariboia]], que recebeu uma sesmaria de quatro léguas na margem oriental da baía de Guanabara, na qual surgiu o povoado de São Lourenço dos Índios (atual Niterói).<ref name=":7" /><ref name=":1" /><ref>{{citar livro|páginas=121-122|título=Brazilian biographical annual|volume=2|último=Macedo|primeiro=J.M. de|idioma=inglês|local=Rio de Janeiro|ano=1876|editora=Typographia e lithographia do Imperial Instituto Artistico}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://edittip.net/2014/02/02/capitania-real/|titulo=Capitania real|data=2014-02-02|acessodata=2017-05-10|obra=da Terra e do Território no Império Português|ultimo=edittip}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=ALMEIDA|primeiro=Maria Regina Celestino de|url=https://arquivo.aplop.org/sartigo/index.php?x=35363|titulo=Araribóia - Ilustríssimo chefe indígena|data=2019|acessodata=23/10/2023|website=APLOP|publicado=ARTIGO PUBLICADO ORIGINALMENTE NA REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL (BRASIL)}}</ref><ref>ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. ''Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro''. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003.</ref> Em 1575, o último reduto da [[Confederação dos Tamoios]] foi liquidado em Cabo Frio.<ref>{{Citar web|url=https://cabofrio.rj.gov.br/historia/|titulo=História|acessodata=2024-01-16|website=Prefeitura Municipal de Cabo Frio|lingua=}}</ref>
Visando a evitar esta ocupação e a assegurar a posse do território para a [[Lista de reis de Portugal|Coroa Portuguesa]], foi fundada a cidade de [[História da cidade do Rio de Janeiro#A cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro|São Sebastião do Rio de Janeiro]], em 1.º de março de 1565, por [[Estácio de Sá]], no morro do Cara de Cão, na atual bairro da Urca. Estácio de Sá pode ser considerado o primeiro [[Lista de governadores-gerais do Brasil|governador-geral]] do Rio de Janeiro, no período colonial.<ref>{{citar livro|páginas=121-122|título=Brazilian biographical annual|volume=2|último=Macedo|primeiro=J.M. de|idioma=inglês|local=Rio de Janeiro|ano=1876|editora=Typographia e lithographia do Imperial Instituto Artistico}}</ref> Entre o grupo de fundadores, incluía-se também Dom [[Antônio de Mariz]] e o Padre José de Anchieta, que participou dos preparativos para a tomada do Rio de Janeiro e mais tarde da organização das primeiras vilas no recôncavo da Guanabara e na sua margem oriental, como, por exemplo, a vila de São Lourenço dos Índios do Rio de Janeiro (atual cidade de [[Niterói]]). Como a região foi recuperada por uma conquista bélica patrocinada pela coroa, a sua propriedade foi revertida para a família real portuguesa (deixando de ser, portanto, uma capitânia hereditária da família Souza). Em decorrência desse fato, a Capitânia de São Vicente Setentrional passou a chamar-se [[Capitania do Rio de Janeiro|Capitania Real do Rio de Janeiro]], tornando-se a segunda capitânia real da América Portuguesa (após a da Bahia de Todos os Santos, em 1548).<ref name=":1" /> Diferentemente das capitanias donatárias, as capitanias reais possuíam administradores indicados pela coroa e não proprietários.<ref>{{Citar web|url=https://edittip.net/2014/02/02/capitania-real/|titulo=Capitania real|data=2014-02-02|acessodata=2017-05-10|obra=da Terra e do Território no Império Português|ultimo=edittip}}</ref>


[[Imagem:Capela de Santa Rita B.jpg|thumb|upright|Rua da cidade histórica de [[Paraty]] inundada pela maré alta. Ao fundo, a [[Igreja de Santa Rita de Cássia (Paraty)|Igreja de Santa Rita de Cássia]].]]
[[Imagem:Capela de Santa Rita B.jpg|thumb|upright|Rua da cidade histórica de [[Paraty]] inundada pela maré alta. Ao fundo, a [[Igreja de Santa Rita de Cássia (Paraty)|Igreja de Santa Rita de Cássia]].]]


No século XVI, a [[pecuária]] e a lavoura de [[cana-de-açúcar]] impulsionaram o progresso, definitivamente assegurado quando o [[Porto do Rio de Janeiro|porto]] começou a exportar o ouro extraído de [[Minas Gerais]], no {{séc|XVII}}. Entre 1583 e 1623, a área de maior destaque de produção de açúcar, no sul do Brasil, se deslocou de [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]] para o Rio de Janeiro, na região da [[baía de Guanabara]]. Se, em 1629, havia sessenta engenhos em produção no Rio de Janeiro, em 1639, já havia 110 engenhos e o Rio de Janeiro passou a fornecer açúcar a [[Lisboa]], devido à tomada de [[Pernambuco]] durante as [[Invasões holandesas do Brasil|invasões neerlandesas]]. Ao final do século, havia 120 engenhos na região.<ref name=":4">{{citar livro|título=O Rio de Janeiro no Século XVII|ultimo=Coaracy|primeiro=Vivaldo|editora=Documenta Histórica Editora Ltda|ano=2009|local=|páginas=|acessodata=}}</ref>
Logo após a criação da Capitania do Rio de Janeiro, foi introduzida, na região da Baía de Guanabara, o cultivo de [[cana-de-açúcar]], que foi a base da economia fluminense na segunda metade do século XVI e no século XVII. A cana era cultivada em latifúndios, com o emprego intensivo da mão-de-obra escrava.<ref name=":7" /><ref name=":8">{{Citar periódico |url=https://www.e-publicacoes.uerj.br/geouerj/article/view/49068 |título=Povoamento do Estado do Rio de Janeiro |data=1999 |periódico=Geo UERJ |número=6 |ultimo=Rahy |primeiro=Ione Salomão |paginas=37–37 |lingua=pt |doi=10.12957/geouerj.1999.49068 |issn=1981-9021}}</ref> Entre 1583 e 1623, a área de maior destaque de produção de açúcar, no centro-sul do Brasil, se deslocou de [[São Vicente (São Paulo)|São Vicente]] para o Rio de Janeiro, na região da baía de Guanabara. Se, em 1629, havia sessenta engenhos em produção no Rio de Janeiro, em 1639, já havia 110 engenhos e o Rio de Janeiro passou a fornecer açúcar a [[Lisboa]], devido à tomada de [[Pernambuco]] durante as [[Invasões holandesas do Brasil|invasões neerlandesas]]. Ao final do século, havia 120 engenhos na região.<ref name=":4">{{citar livro|título=O Rio de Janeiro no Século XVII|ultimo=Coaracy|primeiro=Vivaldo|editora=Documenta Histórica Editora Ltda|ano=2009|local=|acessodata=}}</ref>


Com o crescimento dos engenhos e alambiques do Rio, aumentou a imigração portuguesa para a cidade. É por volta dessa época que os naturais da Capitânia do Rio de Janeiro começam a ser chamados popularmente de "cariocas", em particular, os trabalhadores braçais urbanos livres (pedreiros, pintores, ourives e etc). O termo carioca era utilizado pelos imigrantes brancos da capitânia para se distinguir dos cidadãos mestiços, como lembra a profª Armelle Enders, brasilianista francesa: "No século XVII, os portugueses instalados no Rio recorrem de bom grado a essa alcunha [carioca] para designar os seus compatriotas naturais do lugar e sublinhar-lhes a forte mestiçagem ameríndia".<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=ZnywDQAAQBAJ&pg=PT8&lpg=PT8&dq=%22carioca+e+fluminense%22+++identidade&source=bl&ots=Cvbn6lQFXh&sig=9J4H3uPmnwpIwcplakxF7sCqGOo&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiarJSQj4DUAhUDQpAKHdFzAzI4ChDoAQgiMAA#v=onepage&q=%22carioca%20e%20fluminense%22%20+%20identidade&f=false|título=A história do Rio de Janeiro|ultimo=Enders|primeiro=Armelle|data=2015-02-26|editora=Gryphus Editora|lingua=pt-BR|isbn=9788583110347}}</ref>
Com o crescimento dos engenhos e alambiques do Rio, aumentou a imigração portuguesa para a cidade do Rio de Janeiro. É por volta dessa época que os naturais da Capitania do Rio de Janeiro começam a ser chamados popularmente de "cariocas", em particular, os trabalhadores braçais urbanos livres (pedreiros, pintores, ourives e etc.). O termo carioca era utilizado pelos imigrantes brancos da capitânia para se distinguir dos cidadãos mestiços, como lembra a profª Armelle Enders, brasilianista francesa: "No século XVII, os portugueses instalados no Rio recorrem de bom grado a essa alcunha [carioca] para designar os seus compatriotas naturais do lugar e sublinhar-lhes a forte mestiçagem ameríndia".<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=ZnywDQAAQBAJ&pg=PT8&lpg=PT8&dq=%22carioca+e+fluminense%22+++identidade&source=bl&ots=Cvbn6lQFXh&sig=9J4H3uPmnwpIwcplakxF7sCqGOo&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiarJSQj4DUAhUDQpAKHdFzAzI4ChDoAQgiMAA#v=onepage&q=%22carioca%20e%20fluminense%22%20+%20identidade&f=false|título=A história do Rio de Janeiro|ultimo=Enders|primeiro=Armelle|data=2015-02-26|editora=Gryphus Editora|lingua=pt-BR|isbn=9788583110347}}</ref>

O século XVII foi marcado pela expansão da colonização do território fluminense, da região da Baía de Guanabara para a [[Região dos Lagos]] e litoral norte fluminense e, para essas regiões, também se expandiu o cultivo da cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar continuava sendo a base da economia da Capitania, acompanhando-lhe a pesca e a extração de sal em Cabo Frio.<ref name=":7" />


Com a restauração da [[Restauração Portuguesa|Independência Portuguesa]], em 1640, os comerciantes e donos de embarcações receberam permissão de comercializar diretamente com a África a partir do porto do Rio de Janeiro, visando, complementarmente, ao tráfico de [[escravos]] para o [[rio da Prata]]. O ciclo da prata levou a um rápido desenvolvimento econômico da cidade do Rio de Janeiro, levando a cidade a se tornar no século seguinte o principal elo logístico do Império português. Tal comércio foi bastante impactado pela tomada de [[Angola]] pelos neerlandeses na mesma época. A utilização de escravos indígenas foi ampliada, mas os comerciantes e proprietários tiveram que se indispor com os [[jesuítas]] por causa das proibições papais relativas à escravização dos índios.<ref>{{citar web |url=https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/29866/1/RPH43_artigo5.pdf?ln=pt-pt|título= A presença portuguesa no Rio da Prata (1678-1777}}</ref><ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Christian|primeiro=Lüders, Pedro|data=2017-03-06|titulo=Portugal e o comércio do Rio da Prata (1640 - 1680)|url=http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-13042017-095614/es.php|idioma=pt-br}}</ref>
Com a restauração da [[Restauração Portuguesa|Independência Portuguesa]], em 1640, os comerciantes e donos de embarcações receberam permissão de comercializar diretamente com a África a partir do porto do Rio de Janeiro, visando, complementarmente, ao tráfico de [[escravos]] para o [[rio da Prata]]. O ciclo da prata levou a um rápido desenvolvimento econômico da cidade do Rio de Janeiro, levando a cidade a se tornar no século seguinte o principal elo logístico do Império português. Tal comércio foi bastante impactado pela tomada de [[Angola]] pelos neerlandeses na mesma época. A utilização de escravos indígenas foi ampliada, mas os comerciantes e proprietários tiveram que se indispor com os [[jesuítas]] por causa das proibições papais relativas à escravização dos índios.<ref>{{citar web |url=https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/29866/1/RPH43_artigo5.pdf?ln=pt-pt|título= A presença portuguesa no Rio da Prata (1678-1777}}</ref><ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Christian|primeiro=Lüders, Pedro|data=2017-03-06|titulo=Portugal e o comércio do Rio da Prata (1640 - 1680)|url=http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-13042017-095614/es.php|idioma=pt-br}}</ref>


A Carta Régia de 30 de junho de 1642, passada pela Chancelaria de {{nowrap|[[João IV de Portugal|D. João IV]]}}, outorgou o título de "a muy heróica e leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro", conferindo aos cidadãos do Rio o título de "homens bons do Porto", o que lhe assegurava os mesmos direitos e privilégios dos cidadãos de [[Lisboa]] e do [[Porto]].<ref>{{citar livro|título=O Rio de Todos os Brasis|ultimo=Lessa|primeiro=Carlos|editora=Record|ano=2000|local=Rio de Janeiro|páginas=|acessodata=}}</ref>
A Carta Régia de 30 de junho de 1642, passada pela Chancelaria de {{nowrap|[[João IV de Portugal|D. João IV]]}}, outorgou o título de "a muy heróica e leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro", conferindo aos cidadãos do Rio o título de "homens bons do Porto", o que lhe assegurava os mesmos direitos e privilégios dos cidadãos de [[Lisboa]] e do [[Porto]].<ref>{{citar livro|título=O Rio de Todos os Brasis|ultimo=Lessa|primeiro=Carlos|editora=Record|ano=2000|local=Rio de Janeiro|acessodata=}}</ref>

No final do século XVII, foram descobertas as jazidas de [[ouro]] em [[Minas Gerais]], a qual trouxe como consequências para o estado do Rio de Janeiro o êxodo de muitos fluminenses para as minas e a ampliação do porto da cidade do Rio de Janeiro, para receber o ouro a ser exportado e um grande número de portugueses e escravos africanos que tinham como destino as minas de ouro de Minas Gerais. Graças à prosperidade, a cidade do Rio foi atacada duas vezes pelos franceses em [[Batalha do Rio de Janeiro (1710)|1710]] e [[Batalha do Rio de Janeiro (1711)|1711]]. Nas margens do [[Caminho Novo]], ligando o Rio de Janeiro às jazidas de ouro, surgiram ponto de pouso para tropeiros e aventureiros, originando cidades atuais como [[Paraíba do Sul]] e [[Paty do Alferes]].<ref name=":7" /><ref name=":8" /> Em 1763, a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, devido a proximidade desta cidade das minas e a transferência do eixo econômico brasileiro do [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]] para o [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]].<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/01/26/como-foi-a-mudanca-da-capital-do-brasil-de-salvador-ao-rio-de-janeiro-ha-260-anos.ghtml|titulo=Como foi a mudança da capital do Brasil de Salvador ao Rio de Janeiro há 260 anos|data=2023-01-26|acessodata=2024-01-17|website=G1|lingua=pt-br}}</ref>


=== Transferência da corte portuguesa e século XIX ===
=== Transferência da corte portuguesa e Império ===
{{Artigo principal|Transferência da corte portuguesa para o Brasil|Distrito Federal do Brasil (1891-1960)|Município Neutro}}
{{Artigo principal|Transferência da corte portuguesa para o Brasil|Distrito Federal do Brasil (1891-1960)|Município Neutro}}
[[Imagem:Petropolis 1889 01.jpg|thumb|esquerda|[[Petrópolis]] em 1889.]]
[[Imagem:Petropolis 1889 01.jpg|thumb|esquerda|[[Petrópolis]] em 1889.]]
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[[Imagem:Fazenda Piedade.jpg|thumb|esquerda|Fazenda de café em [[Paty do Alferes]].]]
[[Imagem:Fazenda Piedade.jpg|thumb|esquerda|Fazenda de café em [[Paty do Alferes]].]]


Em 1763, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a sede do vice-reino do Brasil e a capital da colônia. Com a [[transferência da corte portuguesa para o Brasil]], em 1808, na época da tomada da [[Península Ibérica]] por [[Napoleão Bonaparte]], a região foi muito beneficiada com reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro das mudanças promovidas, destacam-se: a transferência de órgãos de administração pública e justiça, a criação de novas igrejas, hospitais, quartéis, fundação do primeiro banco do país — o [[Banco do Brasil]] — e a Imprensa Régia, com a Gazeta do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes também surgiram o [[Jardim Botânico do Rio de Janeiro|Jardim Botânico]], a Biblioteca Real (hoje [[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional]]) e a Academia Real Militar, antecessora da atual [[Academia Militar das Agulhas Negras]]. Assim, ocorreu um processo cultural, influenciado não somente pelas informações trazidas pela chegada da corte e da família real, mas também pela presença de artistas europeus que foram contratados para registrar a sociedade e natureza brasileira. Nessa mesma época, nasceu a [[Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Com a [[transferência da corte portuguesa para o Brasil]], em 1808, na época da tomada da [[Península Ibérica]] por [[Napoleão Bonaparte]], a região do Rio de Janeiro foi muito beneficiada com reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro das mudanças promovidas, destacam-se: a transferência de órgãos de administração pública e justiça, a criação de novas igrejas, hospitais, quartéis, fundação do primeiro banco do país — o [[Banco do Brasil]] — e a [[Imprensa Régia]], com a Gazeta do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, também surgiram o [[Jardim Botânico do Rio de Janeiro|Jardim Botânico]], a Biblioteca Real (hoje [[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional]]) e a Academia Real Militar, antecessora da atual [[Academia Militar das Agulhas Negras]]. Assim, ocorreu um processo cultural, influenciado não somente pelas informações trazidas pela chegada da corte e da família real, mas também pela presença de artistas europeus que foram contratados para registrar a sociedade e natureza brasileira. Nessa mesma época, nasceu a [[Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, a administração da capitania do Rio de Janeiro passou a ser confiada ao ''ministro do Reino'', cargo que foi praticamente um substituto para o de Vice-Rei, pois lhe era confiada a sua administração. Em 1821, pouco após o início da [[Revolução Liberal do Porto]], as [[Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa|Cortes Gerais]] decidem elevar as capitanias à condição de províncias, o que também ocorre no Brasil, quando então nasce a [[Província do Rio de Janeiro]]. A despeito disto, o ''ministro e secretário de Estado dos Negócios do Império'', cargo substituto do ministro do Reino português, continuaria a administrá-la, mesmo após a [[Independência do Brasil]], ocorrida no ano seguinte. Aliado a isto, estava o fato de que a cidade do Rio de Janeiro era a capital do Império, o que fazia com que o ministro administrasse a província inteira por meio de "avisos", os quais dirigia às [[câmara municipal (Brasil)|Câmaras Municipais]] de cidades que, naquela época, começavam a crescer a passos largos devido a ampliação e fortalecimento da lavoura cafeeira no [[Vale do Paraíba Fluminense|Vale do Paraíba]], que já sobrepujava a força da lavoura canavieira na região [[mesorregião do Norte Fluminense|Norte Fluminense]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, a administração da capitania do Rio de Janeiro passou a ser confiada ao ''ministro do Reino'', cargo que foi praticamente um substituto para o de Vice-Rei, pois lhe era confiada a sua administração. Em 1821, pouco após o início da [[Revolução Liberal do Porto]], as [[Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa|Cortes Gerais]] decidem elevar as capitanias à condição de províncias, o que também ocorreu no Brasil, então nascendo a [[Província do Rio de Janeiro]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


No final do século XVIII, o café chegou ao [[Vale do Paraíba]] Fluminense e rapidamente ganhou destaque, se tornando a principal atividade econômica fluminense. O cultivo desse grão foi responsável pela colonização dessa parte do Rio de Janeiro, devido ao afluxo de duas frentes migratórias: uma, mais importante, de migrantes de Minas Gerais que abandonaram as jazidas decadentes, e outra, vinda do litoral fluminense, composta por portugueses e brasileiros que foram incentivados pelo governo para migrarem para essas terras. Formou-se uma aristocracia cafeeira escravocrata. A região do Vale do Paraíba Fluminense prosperou, assim como suas cidades, como [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]], [[Vassouras]] e [[Valença (Rio de Janeiro)|Valença]].<ref name=":7" /><ref name=":8" /><ref name=":9">{{citar web|ultimo=Lima|primeiro=Roberto Guião de Souza|url=https://www.institutocidadeviva.org.br/inventarios/sistema/wp-content/uploads/2008/06/ciclo-do-cafe_pg-13-a-39.pdf|titulo=O Ciclo do Café Vale-paraibano|acessodata=2024-01-16|website=Instituto Cidade Viva}}</ref>
As diferenças com relação às demais unidades administrativas do Brasil fez com que no ano de 1834 o município do Rio de Janeiro fosse transformado em [[Município Neutro]], permanecendo como capital do império, enquanto a província passou a ter a mesma organização político-administrativa das demais, com um [[Governadores do Rio de Janeiro|presidente]] escolhido pelo imperador e uma [[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro|Assembleia Legislativa]], tendo sua capital na ''Vila Real da Praia Grande'', que no ano seguinte passou a se chamar [[Niterói]], enquanto a cidade do Rio de Janeiro passou a ter uma Câmara Municipal, que cuidaria da vida daquela cidade sem interferência do presidente de província e, em 1889, após a implantação da [[Proclamação da República Brasileira|República]] no [[Brasil]], a cidade continuou como capital do país, sendo o Município Neutro transformado em Distrito Federal.


Em 1834, a cidade do Rio de Janeiro se transformou no [[Município Neutro]] e a capital da província do Rio de Janeiro foi transferida para Vila Real da Praia Grande, elevada à categoria de cidade no ano seguinte, com o nome Niterói.<ref name=":7" />
A despeito da grande rotatividade ocorrida no poder da [[Província do Rio de Janeiro|província fluminense]] logo após a criação do Município Neutro (que lhe deu 85 governantes até o fim do império), a expansão da lavoura cafeeira trouxe prosperidade nunca antes alcançada nesta região. A ferrovia construída por [[António Clemente Pinto]], Barão de Nova Friburgo, ligando [[Cantagalo]] ao Porto das Caixas, é um exemplo do poder econômico que alavancou a exploração desta atividade nos sertões da serra fluminense. Tanto com o surgimento de novos centros urbanos pela província, quanto pelo esplendor exibido nas fazendas dos "barões do café" via-se a prosperidade trazida pelo "ouro verde", que também trouxe o desenvolvimento da educação, notado pela construção de várias escolas por todas as cidades. Nesse período, a província se tornou a mais rica e poderosa no país e sua principal exportadora. Essa situação perdurou até por volta de 1888. Com a [[abolição da escravatura]], a aristocracia fluminense se empobrece, já que não tem mais sua [[mão de obra]] e ainda vê a exaustão do solo e a redução das safras colhidas ano após ano.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Na década de 1860, houve um ressurgimento do cultivo de cana-de-açúcar no [[Norte Fluminense]], graças à crescente demanda no exterior, trazendo prosperidade à região.<ref name=":7" />
=== Século XX ===

Em 1888, foi [[Lei Áurea|abolida a escravidão]] no Brasil. Com isso, ressurgimento do açúcar no Norte Fluminense, que utilizava essa mão-de-obra, entrou em decadência, assim como o ciclo do café vale-paraibano, que já estava entrando em decadência há anos, devido à exaustão dos solos, mentalidade conservadora dos cafeicultores, altos preços dos escravizados e concorrência com o interior de São Paulo.<ref name=":7" /><ref name=":8" />

=== República ===
{{Artigo principal|Proclamação da República do Brasil|História de Brasília{{!}}Construção de Brasília|Guanabara}}
{{Artigo principal|Proclamação da República do Brasil|História de Brasília{{!}}Construção de Brasília|Guanabara}}


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[[Imagem:Carlos Frederico Werneck de Lacerda, governador do Estado da Guanabara, comemora a criação do Estado da Guanabara no Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro, GB..tif|thumb|[[Carlos Frederico Werneck de Lacerda]], governador da [[Guanabara]], comemora a criação do estado no [[Palácio Tiradentes]].]]
[[Imagem:Carlos Frederico Werneck de Lacerda, governador do Estado da Guanabara, comemora a criação do Estado da Guanabara no Palácio Tiradentes, Rio de Janeiro, GB..tif|thumb|[[Carlos Frederico Werneck de Lacerda]], governador da [[Guanabara]], comemora a criação do estado no [[Palácio Tiradentes]].]]


Em 1889, foi [[Proclamação da República do Brasil|proclamada a República]]. A Província do Rio de Janeiro foi transformada no Estado do Rio de Janeiro e o Município Neutro, no [[Distrito Federal do Brasil (1891–1960)|Distrito Federal]]. Em 29 de junho de 1891, foi aprovada a primeira Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Devido à [[Revolta da Armada]], em 1893 a capital fluminense foi transferida para [[Teresópolis]], mas tal mudança não foi efetuada e, no ano seguinte, a capital estadual foi transferida para [[Petrópolis]], que deteve tal título até 1903, quando a capital voltou para Niterói.<ref name=":7" /><ref>{{Citar web|ultimo=Alves Netto|primeiro=Jeronymo Ferreira|url=https://ihp.org.br/?p=3976|titulo=Revolta da Armada e a mudança da capital do Estado do Rio para Petrópolis|acessodata=2024-01-17|website=Instituto Histórico de Petrópolis|lingua=}}</ref>
A decadência foi a tônica na província nos últimos dias do regime imperial. Na luta pela República, vários foram os fluminenses que se distinguiram, cabendo citar [[Antônio da Silva Jardim]], [[Lopes Trovão]], [[Rangel Pestana]], entre outros. Também forte foi a presença na campanha abolicionista. Com a proclamação da República, logo ocorreram problemas políticos que foram, com o tempo, lhe retirando a grandeza e o destaque conseguidos durante o Império. Após a aprovação da sua primeira Constituição Estadual, em 9 de abril de 1892, a capital foi transferida para a cidade de [[Petrópolis]], devido às agitações que ocorreram durante o governo do Marechal [[Floriano Peixoto]] nas cidades do Rio de Janeiro e de [[Niterói]], e também à [[Revolta da Armada]], ocorrida naquela época. Após diversos anos em que lutas políticas fizeram o estado perder o rumo administrativo, fato comprovado pela dualidade de Assembleias Legislativas por três períodos, estas fazem aumentar ainda mais a crise econômica fluminense, que se arrasta de tal maneira a transformar, gradualmente, suas plantações de café em pastagens para a pecuária e a fazer com que o mesmo não acompanhe o desenvolvimento industrial experimentado pelo vizinho [[São Paulo (estado)|São Paulo]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Na [[Primeira República Brasileira|República Velha]] (1889-1930), as tradicionais lavouras de cana e café aprofundaram a sua já existente decadência.<ref name=":7" /> No Vale do Paraíba Fluminense, a cultura do café foi substituída pela pecuária, introduzida por migrantes mineiros.<ref name=":7" /><ref name=":9" /> Nesse contexto, com pouco estímulo à produção industrial, a pesca e a extração de sal na Região dos Lagos e a exploração de madeira se desenvolveram.<ref name=":7" />
Com a chegada de [[Getúlio Vargas]] ao poder, vários interventores foram nomeados, o que não alterou o quadro socioeconômico fluminense até que, em 1937, é nomeado [[Ernani do Amaral Peixoto]], genro de Vargas (este casou-se com [[Alzira Vargas]] em 1939) e que pôde realizar muito pelo estado, dando incentivo ao seu desenvolvimento industrial com a construção da [[Companhia Siderúrgica Nacional]], em [[Volta Redonda]], no [[Microrregião do Vale do Paraíba Fluminense|Vale do Paraíba fluminense]], da [[Companhia Nacional de Álcalis]], em [[Arraial do Cabo]], na [[Microrregião dos Lagos|Região dos Lagos]] e da [[Fábrica Nacional de Motores]], em [[Duque de Caxias]], na [[Baixada Fluminense]], bem como a expansão da malha rodoviária estadual.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Após a [[Revolução de 1930]], o Rio de Janeiro foi governado por interventores nomeado pelo novo presidente, [[Getúlio Vargas]], em cujos governos houve um estímulo à produção de cana e um desenvolvimento na indústria do cimento. No entanto, os recursos financeiros continuavam limitados, devido à Grande Depressão, e não houve projetos de infraestrutura. Durante o governo de [[Ernâni do Amaral Peixoto|Amaral Peixoto]] (1937-45), foi desenvolvida a infraestrutura rodoviária e o sistema de abastecimento de água e criou-se a [[Companhia Siderúrgica Nacional]] (CSN).<ref name=":7" />
Amaral Peixoto ainda mobilizou a população fluminense no esforço de guerra, o que resultou na aquisição com os recursos arrecadados, de um novo navio para a [[Marinha do Brasil|Marinha]] de Guerra brasileira. Data desse período, também, a formação de várias instituições de ensino superior e centros de estudo sobre a cultura e história fluminenses, que procuravam resgatar a memória e construir uma identidade para a população do estado, esvaziado econômica e politicamente desde o fim do [[Segundo reinado|Segundo Império]]. Com a queda de Vargas, Peixoto foi afastado do comando do Estado e cinco interventores sucederam-se no governo fluminense até a eleição, em 1947 de [[Edmundo de Macedo Soares e Silva]], construtor da usina da cidade de [[Volta Redonda]], que reorganizou a administração e as finanças estaduais, bem como continuou o incentivo à industrialização e à produção agropecuária. Foi sucedido, entretanto, por Amaral Peixoto, que dá nova força à expansão industrial e rodoviária, datando desse período a criação da [[Companhia Nacional de Álcalis]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Em 1960, com a mudança da capital do país para a nova cidade de [[Brasília]], o antigo [[Distrito Federal do Brasil (1891-1960)|Distrito Federal]] tornou-se o estado da [[Guanabara]]. Até o ano de 1964, os governos estaduais procuram dinamizar a economia fluminense, reformando a estrutura do estado, organizando sua educação superior (cria-se em 1960 a "Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro", posteriormente [[Universidade Federal Fluminense]]), melhorando a infraestrutura elétrica desse período a criação das Centrais Elétricas Fluminenses, posteriormente [[Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro]]) e dando nova feição à cidade de Niterói. Após o [[Golpe de Estado no Brasil em 1964]], o governador [[Badger da Silveira]], recém-eleito em 1963, foi afastado do cargo, sendo substituído pelo general [[Paulo Torres]], que tratou de criar a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Após o fim do Estado Novo, seguiram-se diversos interventores, até a posse, em 1947, de [[Edmundo de Macedo Soares e Silva|Macedo Soares]], em cujo governo (1947-51) houve um forte desenvolvimento da indústria de aço e cimento e estímulos financeiros à agropecuária, reerguendo-a. Sucederam-lhe novos governos de orientação desenvolvimentista: Amaral Peixoto (1951-55), que ampliou a infraestrutura rodoviária, fez importantes obras de saneamento básico, criou a [[Companhia Nacional de Álcalis]] e concluiu a construção da Usina Hidrelétrica de Macacu; [[Miguel Couto Filho]] (1955-58), cuja administração foi marcada pela ampliação do sistema de saúde público e do acesso à eletricidade; [[Roberto Silveira]] (1959-61), dinamizador da administração pública e [[Badger da Silveira]] (1963-4), cassado pelo [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|golpe de 1964]], que dinamizou o fornecimento de energia no estado.<ref name=":7" /> O sucessor de Badger, o general [[Paulo Torres]], criou a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}

Em 1960, a capital federal foi transferida para [[Brasília]] e o antigo Distrito Federal passou a ser o [[Estado da Guanabara]].


==== Reunificação ====
==== Reunificação ====
[[Imagem:Niterói_bay_and_contemporary_musem.jpg|thumb|esquerda|[[Niterói]] foi a capital do estado até 1975, ano da fusão do Estado do Rio de Janeiro com o [[Estado da Guanabara]].]]
[[Imagem:Niterói_bay_and_contemporary_musem.jpg|thumb|esquerda|[[Niterói]] foi a capital do estado até 1975, ano da fusão do Estado do Rio de Janeiro com o [[Estado da Guanabara]].]]


Após a edição da [[Lei Complementar nº 20]] em 1974, assinada pelo presidente [[Ernesto Geisel]], reunificaram-se, após 140 anos de separação, os estados da [[Guanabara]] e do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975. A capital do estado passou a ser o município do [[Rio de Janeiro]], voltando-se a situação político-territorial anterior a 1834, ano da criação do Município Neutro. Foram mantidos ainda os símbolos do estado do Rio de Janeiro, enquanto os símbolos do antigo estado da Guanabara passaram a ser os símbolos do município do Rio de Janeiro. Por imposição do regime militar, o gentílico carioca foi reduzido a gentílico municipal da cidade do Rio de Janeiro, embora a maioria da população do Estado do Rio de Janeiro se declare como "carioca". Atualmente, movimentos sociais tentam obter o reconhecimento de carioca como gentílico cooficial do novo Estado do Rio de Janeiro.<ref name=":0">{{Citar periódico |url=http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/ciencia_curso/article/view/2659 |título=Somos todos cariocas: identidade e pertencimentos no mundo globalizado |data=2014-01-01 |jornal=Revista Científica Ciência em Curso |número=2 |último=Lucas |primeiro=Jorge Alexandre |páginas=111–123 |idioma=fr |issn=2317-0077 |volume=3}}</ref>
Após a edição da [[Lei Complementar nº 20]] em 1974, assinada pelo então presidente [[Ernesto Geisel]], reunificaram-se, após 140 anos de separação, os estados da [[Guanabara]] e do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975. A capital do estado passou a ser o município do Rio de Janeiro. Foram mantidos ainda os símbolos do estado do Rio de Janeiro, enquanto os símbolos do antigo estado da Guanabara passaram a ser os símbolos do município do Rio de Janeiro. Por imposição do regime militar, o termo carioca foi reduzido a gentílico municipal da cidade do Rio de Janeiro, embora a maioria da população do Estado se declare como "carioca". Atualmente, movimentos sociais tentam obter o reconhecimento de carioca como gentílico co-oficial do novo Estado do Rio de Janeiro.<ref name=":0">{{Citar periódico |url=http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/ciencia_curso/article/view/2659 |título=Somos todos cariocas: identidade e pertencimentos no mundo globalizado |data=2014-01-01 |jornal=Revista Científica Ciência em Curso |número=2 |último=Lucas |primeiro=Jorge Alexandre |páginas=111–123 |idioma=fr |issn=2317-0077 |volume=3}}</ref>


Alguns alegam que a motivação por trás do presidente Ernesto Geisel para a fusão foi neutralizar a força oposicionista do [[Movimento Democrático Brasileiro]] no estado da Guanabara. O estado do Rio de Janeiro, tradicionalmente foi considerado um polo de conservadorismo, vide governos sucessivos do [[Partido Social Democrático (1945–2003)|Partido Social Democrático]] e posteriormente da [[Aliança Renovadora Nacional]], apesar da grande força do [[Partido Trabalhista Brasileiro]] (que elegeu os dois últimos governadores antes de 1964), e depois do Movimento Democrático Brasileiro nessa região, o que levou à errônea conclusão que esta viria a neutralizar a oposição emedebista guanabarina, evitando maiores problemas para o governo militar, que acaba por indicar como primeiro governador do novo estado o almirante [[Floriano Peixoto Faria Lima]]. Apesar de Faria Lima assumir o estado com promessas do governo federal de maciços investimentos, a fim de compensar os problemas que poderiam advir da fusão, esses não se concretizaram plenamente, mesmo com a implantação das [[Usina Nuclear de Angra|usinas nucleares]] em [[Angra dos Reis]] e a expansão da [[Companhia Siderúrgica Nacional]], o que acarretou problemas que viriam a ser sentidos, principalmente nas áreas de habitação, educação, saúde e segurança partir da década de 1980.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Alguns alegam que a motivação por trás do presidente Ernesto Geisel para a fusão foi neutralizar a força oposicionista do [[Movimento Democrático Brasileiro (1966)|MDB]] no estado da Guanabara. O estado do Rio de Janeiro, tradicionalmente foi considerado um polo de conservadorismo, devido aos governos sucessivos do [[Partido Social Democrático (1945–2003)|PSD]] e posteriormente da [[Aliança Renovadora Nacional|Arena]], apesar da grande força do [[Partido Trabalhista Brasileiro (1945)|PTB]] (que elegeu os dois últimos governadores antes de 1964), e depois do MDB nessa região, o que levou à errônea conclusão que esta viria a neutralizar a oposição emedebista guanabarina, evitando maiores problemas para o governo militar, que acaba por indicar como primeiro governador do novo estado o almirante [[Floriano Peixoto Faria Lima]]. Apesar de Faria Lima assumir o estado com promessas do governo federal de maciços investimentos, a fim de compensar os problemas que poderiam advir da fusão, esses não se concretizaram plenamente, mesmo com a implantação das [[Usina Nuclear de Angra|usinas nucleares]] em [[Angra dos Reis]] e a expansão da [[Companhia Siderúrgica Nacional]], o que acarretou problemas que viriam a ser sentidos, principalmente nas áreas de habitação, educação, saúde e segurança partir da década de 1980.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
[[Imagem:Brizola.jpg|thumb|upright|[[Leonel Brizola]]]]
[[Imagem:Brizola.jpg|thumb|upright|[[Leonel Brizola]].]]


Com a abertura política e a volta das eleições diretas para governador, os fluminenses elegem [[Leonel de Moura Brizola]] ([[Partido Democrático Trabalhista]]) em 1982, exilado político desde 1964 que voltava ao Brasil com a bandeira do trabalhismo varguista, o que conquistou o eleitorado insatisfeito com o segundo governo de [[Chagas Freitas]].<ref name=":3">{{Citar livro |url= http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/leonel_brizola |título= Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930 |último= ABREU |primeiro= Alzira Alves de |último2= BELOCH |primeiro2= Israel |último3= LATTMAN-WELTMAN |primeiro3= Fernando |último4= LAMARÃO |primeiro4= Sérgio Tadeu de Niemeyer |editora= [[Fundação Getúlio Vargas|FGV]] |ano= 2001 |edicao= 2ª |local= [[Rio de Janeiro]] |páginas= |acessodata= 29 de novembro de 2016}}</ref> Em seu primeiro governo, Leonel Brizola constrói o [[Sambódromo do Rio de Janeiro|Sambódromo]] e dá início aos [[Centros Integrados de Educação Pública]] (CIEPs), escolas projetadas por [[Oscar Niemeyer]] e idealizadas pelo professor [[Darcy Ribeiro|Darci Ribeiro]] para funcionarem em tempo integral. A crescente crise na área da segurança pública e os desgastantes atritos com as Organizações Globo (atual [[Grupo Globo]]) acabaram por impedir que ele fizesse seu sucessor.<ref name=":3" /><ref>{{Citar web |url= http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/11/27/ha-30-anos-jb-revelou-escandalo-do-proconsult-e-derrubou-fraude-na-eleicao/ |título= Há 30 anos, 'JB' revelou escândalo do Proconsult e derrubou fraude na eleição |data= 27 de novembro de 2012 |acessodata= 29 de novembro de 2016 |obra= País |publicado= [[Jornal do Brasil]] |último= MELLO |primeiro= Maria Luisa de}}</ref>
Com a abertura política e a volta das eleições diretas para governador, os fluminenses elegeram o ex-governador gaúcho [[Leonel de Moura Brizola]] ([[Partido Democrático Trabalhista|PDT]]) em 1982, exilado político desde 1964 que voltava ao Brasil com a bandeira do trabalhismo varguista, o que conquistou o eleitorado insatisfeito com o segundo governo de [[Chagas Freitas]].<ref name=":3">{{Citar livro |url= http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/leonel_brizola |título= Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930 |último= ABREU |primeiro= Alzira Alves de |último2= BELOCH |primeiro2= Israel |último3= LATTMAN-WELTMAN |primeiro3= Fernando |último4= LAMARÃO |primeiro4= Sérgio Tadeu de Niemeyer |editora= [[Fundação Getúlio Vargas|FGV]] |ano= 2001 |edicao= 2ª |local= [[Rio de Janeiro]] |acessodata= 29 de novembro de 2016}}</ref> Em seu primeiro governo (1983-7), Leonel Brizola constrói o [[Sambódromo do Rio de Janeiro|Sambódromo]] e dá início aos [[Centros Integrados de Educação Pública]] (CIEPs), escolas projetadas por [[Oscar Niemeyer]] e idealizadas pelo professor [[Darcy Ribeiro]] para funcionarem em tempo integral. A crescente crise na área da segurança pública e os desgastantes atritos com as Organizações Globo (atual [[Grupo Globo]]) acabaram por impedir que ele fizesse seu sucessor.<ref name=":3" /><ref>{{Citar web |url= http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/11/27/ha-30-anos-jb-revelou-escandalo-do-proconsult-e-derrubou-fraude-na-eleicao/ |título= Há 30 anos, 'JB' revelou escândalo do Proconsult e derrubou fraude na eleição |data= 27 de novembro de 2012 |acessodata= 29 de novembro de 2016 |obra= País |publicado= [[Jornal do Brasil]] |último= MELLO |primeiro= Maria Luisa de}}</ref>


Nas eleições de 1986, [[Moreira Franco]] foi eleito governador pelo [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro]] numa ampla aliança antibrizolista, que ia do [[Partido da Frente Liberal]] ao [[Partido Comunista do Brasil]]. Moreira teve a ajuda do [[Plano Cruzado]], plano econômico lançado no governo do presidente [[José Sarney]] que visava o controle da inflação e que malogrou ante a acusação, por parte da oposição, de ter sido eleitoreiro. A decepção com o governo Moreira Franco, que não cumpriu a promessa de acabar com a violência em seis meses, levou o eleitorado fluminense a eleger Leonel Brizola novamente, em 1990.<ref name=":3" /><ref>{{Citar web |url= http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/brizola-de-governador-gaucho-deputado-federal-governador-do-rio-duas-vezes-16213690 |titulo= Brizola, de governador gaúcho a deputado federal e governador do Rio de Janeiro duas vezes |data= 20 de maio de 2015 |acessodata= 29 de novembro de 2016 |obra= Acervo O Globo |publicado= [[O Globo]] |último= REMIGIO |primeiro= Marcelo}}</ref> Em seu segundo mandato, Brizola concluiu os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), construiu a [[Linha Vermelha (Rio de Janeiro)|Via Expressa Presidente João Goulart]], a [[Universidade Estadual do Norte Fluminense]], ampliou o sistema de abastecimento hídrico do [[Rio Guandu]] e deu início ao Programa de Despoluição da [[Baía de Guanabara]]. Porém os problemas crônicos na área de segurança, bem como nas contas públicas estaduais, fizeram o estado sofrer uma "intervenção branca" do governo federal no ano de 1992, durante a [[ECO-92|Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento]] e, também, no ano de 1994. A utilização de tropas das [[Forças Armadas do Brasil|Forças Armadas]] no patrulhamento das ruas da capital fluminense foi amplamente apoiada pela população.<ref>{{Citar web |url= http://oglobo.globo.com/rio/relembre-algumas-acoes-das-forcas-armadas-no-rio-de-janeiro-4583428 |título= Relembre algumas ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro |data= 16 de junho de 2006 |acessodata= 29 de novembro de 2016 |obra= Rio |publicado= [[O Globo]] |último= REDAÇÃO}}</ref><ref>{{Citar web |url= http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,medidas-para-conter-violencia-no-rio-foram-adotadas-em-1994,20020626p18227 |título= Medidas para conter violência no Rio foram adotadas em 1994 |data= 26 de junho de 2002 |acessodata= 29 de novembro de 2016 |obra= Brasil |publicado= [[Estadão]] |último=AGÊNCIA |primeiro= Estadão}}</ref>
Nas eleições de 1986, [[Moreira Franco]] foi eleito governador pelo [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro|PMDB]] numa ampla aliança antibrizolista, que ía desde o [[Partido da Frente Liberal|PFL]] ao [[Partido Comunista do Brasil|PCdoB]]. Moreira teve a ajuda do [[Plano Cruzado]], plano econômico lançado no governo do presidente [[José Sarney]] que visava o controle da inflação e que malogrou ante a acusação, por parte da oposição, de ter sido eleitoreiro. A decepção com o governo Moreira Franco (1987-91), que não cumpriu a promessa de acabar com a violência em seis meses, levou o eleitorado fluminense a eleger Leonel Brizola novamente, em 1990.<ref name=":3" /><ref>{{Citar web |url= http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/brizola-de-governador-gaucho-deputado-federal-governador-do-rio-duas-vezes-16213690 |titulo= Brizola, de governador gaúcho a deputado federal e governador do Rio de Janeiro duas vezes |data= 20 de maio de 2015 |acessodata= 29 de novembro de 2016 |obra= Acervo O Globo |publicado= [[O Globo]] |último= REMIGIO |primeiro= Marcelo}}</ref> Em seu segundo mandato (1991-4), Brizola concluiu os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), construiu a [[Linha Vermelha (Rio de Janeiro)|Via Expressa Presidente João Goulart]], a [[Universidade Estadual do Norte Fluminense]], ampliou o sistema de abastecimento hídrico do [[Rio Guandu]] e deu início ao Programa de Despoluição da [[Baía de Guanabara]]. Porém os problemas crônicos na área de segurança, bem como nas contas públicas estaduais, fizeram o estado sofrer uma "intervenção branca" do governo federal no ano de 1992, durante a [[ECO-92|Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento]] e, também, no ano de 1994. A utilização de tropas das [[Forças Armadas do Brasil|Forças Armadas]] no patrulhamento das ruas da capital fluminense foi amplamente apoiada pela população.<ref>{{Citar web |url= http://oglobo.globo.com/rio/relembre-algumas-acoes-das-forcas-armadas-no-rio-de-janeiro-4583428 |título= Relembre algumas ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro |data= 16 de junho de 2006 |acessodata= 29 de novembro de 2016 |obra= Rio |publicado= [[O Globo]] |último= REDAÇÃO}}</ref><ref>{{Citar web |url= http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,medidas-para-conter-violencia-no-rio-foram-adotadas-em-1994,20020626p18227 |título= Medidas para conter violência no Rio foram adotadas em 1994 |data= 26 de junho de 2002 |acessodata= 29 de novembro de 2016 |obra= Brasil |publicado= [[Estadão]] |último=AGÊNCIA |primeiro= Estadão}}</ref>
[[Imagem:Marcello_Alencar_-_Rio_Prefeitura_(cropped).jpg|thumb|esquerda|upright|[[Marcello Alencar]]]]
[[Imagem:Marcello_Alencar_-_Rio_Prefeitura_(cropped).jpg|thumb|esquerda|upright|[[Marcello Alencar]].]]


Em meio a esses problemas, Brizola renunciou ao mandato a fim de concorrer às eleições presidenciais. O governo estadual foi assumido pelo seu vice, [[Nilo Batista]], que, após 8 meses, passou o comando para [[Marcello Alencar]], eleito pelo [[Partido da Social Democracia Brasileira]] em 1994 graças ao bom desempenho de sua passagem pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e ao sucesso do [[Plano Real]]. Marcello retomou as obras do metrô, paralisadas desde a gestão de [[Moreira Franco]], construiu a [[Via Light]], ligando o Rio de Janeiro a [[Nova Iguaçu]], e implementou uma política de segurança pública mais voltada ao confronto armado, o que acabou por gerar antipatia da população de baixa renda, mais exposta aos enfrentamentos entre a polícia e bandidos.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Em meio a esses problemas, Brizola renunciou ao mandato a fim de concorrer às eleições presidenciais. O governo estadual foi assumido pelo seu vice, [[Nilo Batista]], que, após 8 meses, passou o comando para [[Marcello Alencar]] (PSDB), eleito graças ao bom desempenho de sua passagem pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e ao sucesso do [[Plano Real]]. Durante seu governo (1995-9), Marcello retomou as obras do metrô, paralisadas desde a gestão de [[Moreira Franco]], construiu a [[Via Light]], ligando o Rio de Janeiro a [[Nova Iguaçu]], e implementou uma política de segurança pública mais voltada ao confronto armado, o que acabou por gerar antipatia da população de baixa renda, mais exposta aos enfrentamentos entre a polícia e bandidos.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Na eleição seguinte, [[Anthony Garotinho]], apadrinhado à época por Brizola e que, anteriormente, havia perdido a eleição para Alencar, foi eleito governador pelo Partido Democrático Trabalhista, apoiado por uma aliança de esquerda que incluiu, como vice na chapa, a então senadora [[Benedita da Silva]], do [[Partido dos Trabalhadores]], que o substituiu em 2002, quando ele também renunciou, como Brizola, visando à corrida presidencial. Benedita assumiu em meio a problemas de ordem política — Garotinho rompeu a aliança com o Partido dos Trabalhadores, sob acusações de fisiologismo — e fiscal que acabaram por impedi-la de se reeleger, sendo derrotada por [[Rosinha Garotinho]], esposa de Anthony Garotinho, que procurou, após eleita, manter o estilo por vezes controvertido de governar de seu marido, enfrentando ainda duras críticas com relação à situação da segurança pública.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Na eleição de 1998, [[Anthony Garotinho]] (PDT), apadrinhado à época por Brizola e que, anteriormente, havia perdido a eleição para Alencar, foi eleito governador, apoiado por uma aliança de esquerda que incluiu, como vice na chapa, a então senadora [[Benedita da Silva]] ([[Partido dos Trabalhadores|PT]]), que o substituiu em 2002, quando ele também renunciou, como Brizola, visando à corrida presidencial. Benedita assumiu em meio a problemas de ordem política — Garotinho rompeu a aliança com o PT, sob acusações de fisiologismo — e fiscal que acabaram por impedi-la de se reeleger, sendo derrotada por [[Rosinha Garotinho]], esposa de Anthony Garotinho, que procurou, após eleita, manter o estilo por vezes controvertido de governar de seu marido, enfrentando ainda duras críticas com relação à situação da segurança pública.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Nas eleições de 2006, o eleitorado fluminense elegeu [[Sérgio Cabral Filho]] como o novo governador. A vitória ocorreu no segundo turno, após vencer a ex-juíza [[Denise Frossard]], apoiada por [[Cesar Maia]]. Apesar de pertencer ao mesmo partido de Garotinho e Rosinha (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), Cabral vinha dissociando, desde a campanha, sua imagem da do casal. A aproximação com o presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva|Lula]], a nomeação de Benedita da Silva e [[Joaquim Levy]] para o seu secretariado e a extinção de projetos como o Cheque-Cidadão e Jovens pela Paz (considerados como marcas registradas do período Garotinho/Rosinha) foram atitudes tomadas por Cabral que sinalizam este distanciamento, mas que permitiram, ao mesmo, alcançar a reeleição no ano de 2010.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Nas eleições de 2006, o eleitorado fluminense elegeu, em segundo turno, [[Sérgio Cabral Filho]] como o novo governador. Apesar de pertencer ao mesmo partido de Garotinho e Rosinha (PMDB), Cabral vinha dissociando, desde a campanha, sua imagem da do casal. A aproximação com o presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva|Lula]], a nomeação de Benedita da Silva e [[Joaquim Levy]] para o seu secretariado e a extinção de projetos como o Cheque-Cidadão e Jovens pela Paz (considerados como marcas registradas do período Garotinho/Rosinha) foram atitudes tomadas por Cabral que sinalizam este distanciamento, mas que permitiram, ao mesmo, alcançar a reeleição no ano de 2010.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}

Cabral renunciou em abril de 2014, sendo sucedido pelo vice-governador, [[Luiz Fernando Pezão]] (PMDB), reeleito em outubro do mesmo ano em segundo turno. No seu governo (2014-19), o Rio de Janeiro viveu uma situação orçamentária difícil, pedindo, em 2017, financiamento ao governo federal, tendo como uma das garantias a privatização da Cedae. Devido a onda de criminalidade no estado, o governo do então presidente Michel Temer decretou, em fevereiro de 2018, intervenção federal na segurança pública do estado, com vigor até o dia 31 de dezembro daquele ano.<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://www18.fgv.br/CPDOC/acervo/dicionarios/verbete-biografico/luiz-fernando-de-souza|titulo=Luiz Fernando de Souza|acessodata=2024-01-16|website=CPDOC - FGV|lingua=}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Alves|primeiro=Raoni|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/12/27/cerimonia-encerra-intervencao-federal-na-seguranca-do-rj.ghtml|titulo=Cerimônia marca fim da intervenção federal no RJ: 'Cumprimos a missão', diz general|data=2018-12-27|acessodata=2024-01-16|website=G1|lingua=pt-br}}</ref> Sucederam-lhe como governadores [[Wilson Witzel]] (2019-21), que sofreu impeachment em 2021, e [[Cláudio Castro]] (2021-), vice de Witzel, reeleito em 2022 em primeiro turno.<ref>{{Citar web|ultimo=Boeckel|primeiro=Cristina|ultimo2=Coelho|primeiro2=Henrique|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/01/01/wilson-witzel-toma-posse-como-governador-do-rj.ghtml|titulo=Na posse, Wilson Witzel promete retomar crescimento e combater corrupção e violência|data=2019-01-01|acessodata=2024-01-16|website=G1|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Barcellos|primeiro=Renato|url=https://www.cnnbrasil.com.br/politica/entenda-o-processo-de-impeachment-que-resultou-na-cassacao-de-wilson-witzel/|titulo=Entenda o processo de impeachment que resultou na cassação de Wilson Witzel|data=2021-04-30|acessodata=2024-01-16|website=CNN Brasil}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Veloso|primeiro=Natália|url=https://www.poder360.com.br/eleicoes/claudio-castro-e-reeleito-como-governador-do-rj-com-58-dos-votos/|titulo=Cláudio Castro é reeleito governador do RJ com 58% dos votos|data=2022-10-03|acessodata=2024-01-16|website=Poder360|lingua=}}</ref>


== Geografia ==
== Geografia ==
[[Imagem:RJ coast.jpg|thumb|upright=1.3|[[Imagem de satélite]] do território fluminense.]]
[[Imagem:RJ coast.jpg|thumb|upright=1.3|[[Imagem de satélite]] do território fluminense.]]


O estado do Rio de Janeiro faz parte do [[bioma]] da [[Mata Atlântica]] brasileira, tendo em seu relevo montanhas e baixadas localizadas entre a [[Serra da Mantiqueira]] e [[Oceano Atlântico]], destacando-se pelas paisagens diversificadas, com [[escarpa]]s elevadas à beira-mar, [[restinga]]s, [[baía]]s, [[laguna]]s e [[floresta tropical|florestas tropicais]]. Fazendo divisa com os estados de [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Minas Gerais]], o Rio de Janeiro é um dos menores estados do país e o menor da [[região Sudeste do Brasil|região Sudeste]]. O [[município]] mais [[setentrional]] do estado é [[Porciúncula]] e o mais [[meridional]] [[Paraty]]. Possui uma costa com 635 quilômetros de extensão, banhados pelo Oceano Atlântico, sendo superada em tamanho apenas pelas costas da [[Bahia]] e [[Maranhão]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
O estado do Rio de Janeiro faz parte do [[bioma]] da [[Mata Atlântica]] brasileira, tendo em seu relevo montanhas e baixadas localizadas entre a [[Serra da Mantiqueira]] e [[Oceano Atlântico]], destacando-se pelas paisagens diversificadas, com [[escarpa]]s elevadas à beira-mar, [[restinga]]s, [[baía]]s, [[laguna]]s e [[floresta tropical|florestas tropicais]]. Fazendo divisa com os estados de [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Minas Gerais]], o Rio de Janeiro é um dos menores estados do país e o menor da [[região Sudeste do Brasil|região Sudeste]]. O [[município]] mais [[setentrional]] do estado é [[Porciúncula]] e o mais [[meridional]] [[Paraty]]. Possui uma costa com 635 km de extensão, banhados pelo Oceano Atlântico, sendo superada em tamanho apenas pelas costas da [[Bahia]] e [[Maranhão]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


=== Solos e relevo ===
=== Solos e relevo ===
De um modo geral, os [[solo]]s fluminenses são relativamente pobres. Os solos mais propícios à utilização [[agricultura|agrícola]] encontram-se em [[Campos dos Goytacazes]], [[Cantagalo (Rio de Janeiro)|Cantagalo]], [[Cordeiro]] e em alguns municípios do vale do [[Rio Paraíba do Sul]]. Existem no estado duas unidades de [[relevo (geografia)|relevo]]: a [[Baixada Fluminense]], que corresponde às terras situadas em geral abaixo de duzentos metros de altitude e o [[Planalto (geografia)|planalto]] ou [[Serra Fluminense]], acima de trezentos metros.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
De um modo geral, os [[solo]]s fluminenses são relativamente pobres. Os solos mais propícios à utilização [[agricultura|agrícola]] encontram-se em [[Campos dos Goytacazes]], [[Cantagalo (Rio de Janeiro)|Cantagalo]], [[Cordeiro]] e em alguns municípios do vale do [[Rio Paraíba do Sul]]. Existem no estado duas unidades de [[relevo (geografia)|relevo]]: a [[Baixada Fluminense]], que corresponde às terras situadas em geral abaixo de 200 m de altitude e o [[Planalto (geografia)|planalto]] ou [[Serra Fluminense]], acima de 300 m.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
{{imagem dupla|left|Pico das Agulhas Negras 06.JPG|220|Amanhecer no Hercules --.jpg|220|[[Pico das Agulhas Negras]], no [[Parque Nacional do Itatiaia]], o ponto mais alto do estado.|[[Parque Nacional da Serra dos Órgãos]] com o [[Dedo de Deus]] ao fundo.}}
{{imagem dupla|left|Pico das Agulhas Negras 06.JPG|220|Amanhecer no Hercules --.jpg|220|[[Pico das Agulhas Negras]], no [[Parque Nacional do Itatiaia]], o ponto mais alto do estado.|[[Parque Nacional da Serra dos Órgãos]] com o [[Dedo de Deus]] ao fundo.}}


A [[Baixada Fluminense]] acompanha todo o [[litoral]] e ocupa cerca de metade da [[superfície]] do estado. Apresenta largura variável, bastante estreita entre as baías da [[baía da Ilha Grande|Ilha Grande]] e de [[baía de Sepetiba|Sepetiba]], alargando-se progressivamente no sentido leste, até o Rio Macacu. No trecho que passa pela capital, erguem-se os maciços da [[Maciço da Tijuca|Tijuca]] e da [[morro da Pedra Branca|Pedra Branca]], que atingem altitudes um pouco superiores a mil metros. Da [[Baía da Guanabara]] até [[Cabo Frio]], a baixada volta a estreitar-se numa sucessão de pequenas elevações, de duzentos a quinhentos metros de altura, os chamados [[maciço]]s litorâneos fluminenses. A partir de Cabo Frio, alarga-se novamente, alcançando suas extensões máximas no delta do [[Rio Paraíba do Sul]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
A [[Baixada Fluminense]] acompanha todo o [[litoral]] e ocupa cerca de metade da [[superfície]] do estado. Apresenta largura variável, bastante estreita entre as baías da [[baía da Ilha Grande|Ilha Grande]] e de [[baía de Sepetiba|Sepetiba]], alargando-se progressivamente no sentido leste, até o Rio Macacu. No trecho que passa pela capital, erguem-se os maciços da [[Maciço da Tijuca|Tijuca]] e da [[morro da Pedra Branca|Pedra Branca]], que atingem altitudes um pouco superiores a 1 000 m. Da [[Baía da Guanabara]] até [[Cabo Frio]], a baixada volta a estreitar-se numa sucessão de pequenas elevações, de 200–500 m de altura, os chamados [[maciço]]s litorâneos fluminenses. A partir de Cabo Frio, alarga-se novamente, alcançando suas extensões máximas no delta do [[Rio Paraíba do Sul]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Os principais acidentes geográficos do estado são a [[Serra do Mar]] e a [[Serra da Mantiqueira]]. A primeira recebe diversas denominações locais: [[Serra dos Órgãos]], [[Serra das Araras]], Serra da Estrela e Serra do Rio Preto. Seu ponto culminante é o [[Pico Maior de Friburgo]], a {{fmtn|2366}} metros de altitude.<ref>{{citar web|url= https://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2014/11/pico-maior-em-nova-friburgo-rj-e-maior-montanha-da-serra-do-mar.html|título= Pico Maior em Nova Friburgo, RJ, é a maior montanha da Serra do Mar|publicado= ''Portal G1''|data= 03-11-2014|acessodata= 24-10-2022}}</ref> A serra da Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do vale do Rio Paraíba do Sul, sendo paralela à Serra do Mar. É lá que se encontra o [[pico das Agulhas Negras]], ponto culminante do estado a 2.791 metros acima do nível do mar, no município de [[Itatiaia]]. Entre as duas serras está o vale do rio Paraíba do Sul, onde a média de altitude cai para 250 metros. A nordeste, observa-se uma série de [[morro]]s e [[colina]]s de baixas altitudes.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Os principais acidentes geográficos do estado são a [[Serra do Mar]] e a [[Serra da Mantiqueira]]. A primeira recebe diversas denominações locais: [[Serra dos Órgãos]], [[Serra das Araras]], Serra da Estrela e Serra do Rio Preto. Seu ponto culminante é o [[Pico Maior de Friburgo]], a {{fmtn|2366}} m de altitude.<ref>{{citar web|url= https://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2014/11/pico-maior-em-nova-friburgo-rj-e-maior-montanha-da-serra-do-mar.html|título= Pico Maior em Nova Friburgo, RJ, é a maior montanha da Serra do Mar|publicado= ''Portal G1''|data= 03-11-2014|acessodata= 24-10-2022}}</ref> A serra da Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do vale do Rio Paraíba do Sul, sendo paralela à Serra do Mar. É lá que se encontra o [[pico das Agulhas Negras]], ponto culminante do estado a 2 791 m acima do nível do mar, no município de [[Itatiaia]]. Entre as duas serras está o vale do rio Paraíba do Sul, onde a média de altitude cai para 250 m. A nordeste, observa-se uma série de [[morro]]s e [[colina]]s de baixas altitudes.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


=== Vegetação ===
=== Vegetação ===
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=== Clima ===
=== Clima ===
[[Imagem:Clima do Rio de Janeiro (Köppen).svg|miniaturadaimagem|Rio de Janeiro de acordo com a [[classificação climática de Köppen]].|218x218px]]
[[Imagem:Clima do Rio de Janeiro (Köppen).svg|miniaturadaimagem|Tipos de clima nas diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro de acordo com a [[classificação climática de Köppen]].|218x218px]]
Predominam no estado do Rio de Janeiro os climas tropical (nas baixadas) e tropical de altitude (nos planaltos). Na [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro]], domina o clima [[tropical]] semiúmido, com [[chuva]]s abundantes no [[verão]], que é muito quente e [[inverno]]s secos, com temperaturas amenas. A [[temperatura]] média anual é de 22&nbsp;°C a 24&nbsp;°C e o índice pluviométrico fica entre 1 000 a 1 500 milímetros anuais. Nos pontos mais elevados da [[Microrregião Serrana|Região Serrana]], observa-se o clima [[tropical de altitude]], mas com verões um pouco quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A temperatura média anual é de 16&nbsp;°C. Na maior parte da Serra Fluminense, o clima também é tropical de altitude, mas com verões variando entre quentes e amenos e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se aproximando dos 2.500&nbsp;mm anuais em alguns pontos.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Predominam no estado do Rio de Janeiro os climas tropicais (nas baixadas) e tropical de altitude (nos planaltos). Na [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro]], domina o clima [[tropical]] semiúmido, com [[chuva]]s abundantes no [[verão]], que é muito quente e [[inverno]]s secos, com temperaturas amenas. A [[temperatura]] média anual é de 22&nbsp;°C a 24&nbsp;°C e o índice pluviométrico fica entre 1 000 e 1 500 mm anuais. Nos pontos mais elevados da [[Microrregião Serrana|Região Serrana]], observa-se o clima [[tropical de altitude]], mas com verões um pouco quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A temperatura média anual é de 16&nbsp;°C. Na maior parte da Serra Fluminense, o clima também é tropical de altitude, mas com verões variando entre quentes e amenos e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se aproximando dos 2 500 mm anuais em alguns pontos.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


Nas Baixadas Litorâneas, a famosa [[Microrregião dos Lagos|Região dos Lagos]], o clima é tropical marítimo, com média anual de cerca de 24&nbsp;°C com verões moderadamente quentes, mas amenizados devido ao vento do mar e invernos amenos. É devido ao vento frio trazido pela [[Corrente das Malvinas]] que esta região é uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750&nbsp;mm em cidades como [[Arraial do Cabo]], [[Armação dos Búzios]] e [[São Pedro da Aldeia]], e não passando de cerca de 1 100&nbsp;mm nas cidades mais chuvosas da região, como [[Saquarema]] por exemplo. Ocasionalmente, podem ocorrer precipitações de [[neve]] nas partes altas da [[Serra da Mantiqueira]], dentro dos limites [[Parque Nacional de Itatiaia]]. Em 1985, foi registrada uma abundante nevada nas proximidades deste pico, com acumulações de um metro em certos pontos.<ref>{{Citar web |url= http://www.brazadv.com/brasil/itatiaia.htm |título= Parque Nacional de Itatiaia |acessodata= 25 de fevereiro de 2014 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20141204103952/http://www.brazadv.com/brasil/itatiaia.htm |arquivodata= 4 de dezembro de 2014 |urlmorta= yes }}</ref>
Nas Baixadas Litorâneas, a famosa [[Microrregião dos Lagos|Região dos Lagos]], o clima é tropical marítimo, com média anual de cerca de 24&nbsp;°C com verões moderadamente quentes, mas amenizados devido ao vento do mar e invernos amenos. É devido ao vento frio trazido pela [[Corrente das Malvinas]] que esta região é uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750 mm em cidades como [[Arraial do Cabo]], [[Armação dos Búzios]] e [[São Pedro da Aldeia]], e não passando de cerca de 1 100 mm nas cidades mais chuvosas da região, como [[Saquarema]] por exemplo. Ocasionalmente, podem ocorrer precipitações de [[neve]] nas partes altas da [[Serra da Mantiqueira]], dentro dos limites [[Parque Nacional de Itatiaia]]. Em 1985, foi registrada uma abundante nevada nas proximidades deste pico, com acumulações de um metro em certos pontos.<ref>{{Citar web |url= http://www.brazadv.com/brasil/itatiaia.htm |título= Parque Nacional de Itatiaia |acessodata= 25 de fevereiro de 2014 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20141204103952/http://www.brazadv.com/brasil/itatiaia.htm |arquivodata= 4 de dezembro de 2014 |urlmorta= yes }}</ref>


== Demografia ==
== Demografia ==
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De acordo com o censo demográfico de 2010, da população total do estado, existiam {{formatnum:7324315}} [[Igreja Católica|católicos]] (45,8%), {{formatnum:4696906}} [[Protestantismo|evangélicos]] (29,4%), {{formatnum:647572}} [[Espiritismo|espíritas]] (4%), e {{formatnum:2416303}} pessoas [[sem religião]] (14,6%). Existem ainda, adeptos aos [[Islão|islamismo]], [[judaísmo]], [[budismo]], [[hinduísmo]], [[esoterismo]] e [[Neopaganismo|neo-paganismo]]. Juntos, os adeptos destas e outras religiões minoritárias somam {{formatnum:711651}} pessoas (4,3%).
De acordo com o censo demográfico de 2010, da população total do estado, existiam {{formatnum:7324315}} [[Igreja Católica|católicos]] (45,8%), {{formatnum:4696906}} [[Protestantismo|evangélicos]] (29,4%), {{formatnum:647572}} [[Espiritismo|espíritas]] (4%), e {{formatnum:2416303}} pessoas [[sem religião]] (14,6%). Existem ainda, adeptos aos [[Islão|islamismo]], [[judaísmo]], [[budismo]], [[hinduísmo]], [[esoterismo]] e [[Neopaganismo|neo-paganismo]]. Juntos, os adeptos destas e outras religiões minoritárias somam {{formatnum:711651}} pessoas (4,3%).


O Rio de Janeiro é o estado com o menor percentual de [[Igreja Católica|católicos apostólicos romanos]], e o estado com o maior percentual de pessoas sem religião (como [[Ateísmo|ateus]], e [[Agnosticismo|agnósticos]]). Além disso, é o estado com o maior percentual de [[Espiritismo|espíritas]] do Brasil. A variedade de denominações é uma marca da presença da diversidade religiosa no perfil demográfico do estado.<ref>{{Citar web |url= http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=rj&tema=censodemog2010_relig |título= Censo 2010 - Religiões |data= 2010 |acessodata= |publicado= IBGE}}</ref>
O Rio de Janeiro é o estado com o menor percentual de [[Igreja Católica|católicos apostólicos romanos]], e o estado com o maior percentual de pessoas sem religião (como [[Ateísmo|ateus]] e [[Agnosticismo|agnósticos]]). Além disso, é o estado com o maior percentual de [[Espiritismo|espíritas]] do Brasil. A variedade de denominações é uma marca da presença da diversidade religiosa no perfil demográfico do estado.<ref>{{Citar web |url= http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=rj&tema=censodemog2010_relig |título= Censo 2010 - Religiões |data= 2010 |acessodata= |publicado= IBGE}}</ref>


=== Composição étnica ===
=== Composição étnica ===
O estado do Rio de Janeiro é formado por enorme gama de etnias e povos das mais variadas procedências, principalmente pelo fato de sua capital ter sido durante um longo período a capital do [[Brasil Colônia|estado brasileiro]]. Inicialmente a população do estado do Rio de Janeiro foi marcada pela presença de povos [[indígena]]s, assim como toda a costa brasileira. No início do {{séc|XVI}}, habitavam o Rio de Janeiro quatro grandes grupos indígenas, classificados de acordo com seu grupo linguístico: [[Tupi-guarani|tupis-guaranis]], que habitavam o litoral e constituíam diversas tribos como os [[tupinambá]]s ou [[tamoios]] e os [[Tupiniquins]]; [[Puri|puri-coroado]], [[maxakali]] e [[botocudo]], da língua [[macro-jê]], que habitavam o interior, sobretudo a [[bacia hidrográfica]] do [[Rio Paraíba do Sul]]; os [[goitacases]], que habitavam a foz do rio Paraíba do Sul; as tribos [[guaianás]] ou Goianás que viviam no litoral sul, entre [[Angra dos Reis]] e [[Paraty]], e na [[Ilha Grande (Rio de Janeiro)|Ilha Grande]]. Com a colonização, as tribos indígenas foram extintas. Em 30 de maio de 1902, na [[paróquia]] de Santo Antônio de Pádua, no município de mesmo nome, foi registrado o último óbito de índio natural do estado do Rio de Janeiro: Joaquina Maria Pury. Em fins da [[década de 1940]], guaranis migraram para a região das cidades de Angra dos Reis e Paraty. Eles só vieram a ser descobertos pelo governo federal em 1974 com a construção da [[Rodovia Rio-Santos]]. Atualmente, os quinhentos guaranis do estado vivem em três aldeias: Sapukaí, Itatiim e Araponga.
O estado do Rio de Janeiro é formado por enorme gama de etnias e povos das mais variadas procedências, principalmente pelo fato de sua capital ter sido durante um longo período a capital do [[Brasil Colônia|estado brasileiro]].
No início do {{séc|XVI}}, habitavam o Rio de Janeiro quatro grandes grupos indígenas, classificados de acordo com seu grupo linguístico: [[Tupi-guarani|tupis-guaranis]], que habitavam o litoral e constituíam diversas tribos como os [[tupinambá]]s ou [[tamoios]] e os [[tupiniquins]]; [[puris]], [[maxacalis]] e [[botocudo|botocudos]], de línguas da família [[macro-jê]], que habitavam o interior, sobretudo a [[bacia hidrográfica]] do [[Rio Paraíba do Sul]]; os [[goitacases]], que habitavam a foz do rio Paraíba do Sul e as tribos [[guaianás]] que viviam no litoral sul, entre [[Angra dos Reis]] e [[Paraty]] e na [[Ilha Grande (Rio de Janeiro)|Ilha Grande]]. Com a colonização, as tribos indígenas foram extintas. Em 30 de maio de 1902, na [[paróquia]] de [[Santo Antônio de Pádua (Rio de Janeiro)|Santo Antônio de Pádua]], no município de mesmo nome, foi registrado o último óbito de índio natural do estado do Rio de Janeiro: Joaquina Maria Pury. Em fins da década de 1940, [[guaranis]] migraram para a região das cidades de Angra dos Reis e Paraty. Eles só vieram a ser descobertos pelo governo federal em 1974 com a construção da [[Rodovia Rio-Santos]]. Atualmente, os quinhentos guaranis do estado vivem em três aldeias: Sapukaí, Itatiim e Araponga.
{{Etnias do Rio de Janeiro}}
{{Raças do Rio de Janeiro}}


No {{séc|XVI}}, desembarcam na região os [[França|franceses]], que na Baía da Guanabara instalam uma colônia de refugiados religiosos. Logo em seguida os portugueses invadem a região, e na guerra com os franceses, saem vitoriosos, sendo fundada a Cidade do Rio de Janeiro pelo português Estácio de Sá. Nos séculos seguintes, a população da região é formada basicamente por [[portugueses]] e [[África|africanos]], trazidos à força pelos portugueses na condição de escravos. Até meados do {{séc|XIX}}, a maioria da população fluminense era composta por [[negros]], porém, o número de [[imigrante]]s portugueses desembarcados na cidade do Rio de Janeiro passou a crescer repentinamente naquele século, o que fez com que praticamente se igualasse o número de pessoas de origem africana e as de origem portuguesa. Posteriormente, outros povos contribuíram para a formação da população do estado, como [[alemães]], [[italianos]], [[suíço]]s, [[Espanha|espanhóis]], dentre outros, aos quais se somaram os brasileiros de todos os estados, atraídos pela capital do país até a década de 1960, a cidade do Rio de Janeiro. Os primeiros imigrantes não portugueses a chegar à região foram os [[Suíça|suíços]], em 1818, fundando na região das serras a cidade de [[Nova Friburgo]]. Pouco mais tarde, começariam a chegar os alemães e os britânicos, que também rumaram para as serras, principalmente para a região de [[Petrópolis]]. Italianos e [[espanhóis]] chegariam mais tarde, contribuindo também para a diversidade étnica fluminense.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
No {{séc|XVI}}, desembarcam na região os [[França|franceses]], que na Baía da Guanabara instalam uma colônia de refugiados religiosos. Logo em seguida os portugueses invadem a região, e na guerra com os franceses, saem vitoriosos, sendo fundada a Cidade do Rio de Janeiro pelo português [[Estácio de Sá]]. Nos séculos seguintes, a população da região é formada basicamente por [[portugueses]] e [[África|africanos]], trazidos à força pelos portugueses na condição de escravos. Até meados do {{séc|XIX}}, a maioria da população fluminense era composta por [[negros]], porém, o número de [[imigrante]]s portugueses desembarcados na cidade do Rio de Janeiro passou a crescer repentinamente naquele século, o que fez com que praticamente se igualasse o número de pessoas de origem africana e as de origem portuguesa. Posteriormente, outros povos contribuíram para a formação da população do estado, como [[alemães]], [[italianos]], [[suíço]]s, [[Espanha|espanhóis]], dentre outros, aos quais se somaram os brasileiros de todos os estados, atraídos pela capital do país até a década de 1960, a cidade do Rio de Janeiro. Os primeiros imigrantes não portugueses a chegar à região foram os [[Suíça|suíços]], em 1818, fundando na região das serras a cidade de [[Nova Friburgo]]. Pouco mais tarde, começariam a chegar os alemães e os britânicos, que também rumaram para as serras, principalmente para a região de [[Petrópolis]]. Italianos e [[espanhóis]] chegariam mais tarde, contribuindo também para a diversidade étnica fluminense.{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


=== Municípios mais populosos ===
=== Municípios mais populosos ===
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{{imagem dupla|right|Palácio Guanabara em agosto de 2017.jpg|240|Palácio Tiradentes.jpg|220|[[Palácio Guanabara]], sede do governo estadual|[[Palácio Tiradentes]], sede da [[Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro|Assembleia Legislativa]]}}
{{imagem dupla|right|Palácio Guanabara em agosto de 2017.jpg|240|Palácio Tiradentes.jpg|220|[[Palácio Guanabara]], sede do governo estadual|[[Palácio Tiradentes]], sede da [[Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro|Assembleia Legislativa]]}}


Por ser a capital do estado, a cidade do [[Rio de Janeiro]] também é sede do [[Governo do Estado do Rio de Janeiro|governo fluminense]]. A [[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]] (ALERJ) é o órgão de [[poder legislativo]] estadual<ref>{{Citar web |url=http://www.alerj.rj.gov.br/(X(1)S(2lnvh1ucf5i4knbdtqcrbjf4))/Alerj/Historia?AspxAutoDetectCookieSupport=1 |titulo=Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro |acessodata=2021-07-04 |website=www.alerj.rj.gov.br}}</ref> e está sediada no [[Palácio Tiradentes]],<ref>{{Citar web |url=http://www.palaciotiradentes.rj.gov.br/linhadotempo/ |titulo=Linha do Tempo – Alerj – Palácio Tiradentes |acessodata=2021-07-04 |website=www.palaciotiradentes.rj.gov.br}}</ref> onde anteriormente funcionou a [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] do [[Brasil]], no [[Centro (Rio de Janeiro)|Centro]] da cidade.<ref name="Acervo O Globo">{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/palacio-tiradentes-palco-da-posse-de-presidentes-de-washington-luis-jk-20472974|titulo=Palácio Tiradentes é palco da posse de presidentes, de Washington Luís a JK|data=17/11/17|autor=O Globo}}</ref>
Por ser a capital do estado, a cidade do [[Rio de Janeiro]] também é sede do [[Governo do Estado do Rio de Janeiro|governo fluminense]]. A [[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]] (ALERJ) é o órgão de [[poder legislativo]] estadual<ref>{{Citar web |url=http://www.alerj.rj.gov.br/(X(1)S(2lnvh1ucf5i4knbdtqcrbjf4))/Alerj/Historia?AspxAutoDetectCookieSupport=1 |titulo=Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro |acessodata=2021-07-04 |website=www.alerj.rj.gov.br}}</ref> e está sediada no [[Palácio Tiradentes]],<ref>{{Citar web |url=http://www.palaciotiradentes.rj.gov.br/linhadotempo/ |titulo=Linha do Tempo – Alerj – Palácio Tiradentes |acessodata=2021-07-04 |website=www.palaciotiradentes.rj.gov.br}}</ref> onde anteriormente funcionou a [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] do [[Brasil]], no [[Centro (Rio de Janeiro)|Centro]] da cidade.<ref name="Acervo O Globo">{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/palacio-tiradentes-palco-da-posse-de-presidentes-de-washington-luis-jk-20472974|titulo=Palácio Tiradentes é palco da posse de presidentes, de Washington Luís a JK|data=17/11/2017|autor=O Globo}}</ref>


O [[Palácio Guanabara]] (anteriormente conhecido como Paço Isabel) fica em [[Laranjeiras (cidade do Rio de Janeiro)|Laranjeiras]], na [[Zona Sul (Rio de Janeiro)|zona sul]] da [[Rio de Janeiro|Capital]], é a sede oficial do [[poder executivo]] fluminense. O Palácio Guanabara não deve ser confundido com o [[Palácio Laranjeiras]], situado no mesmo bairro (na Rua Paulo Cesar Andrade, 407), que é a residência oficial do [[governador do Rio de Janeiro]].<ref name=hist>[http://diariodorio.com/historia-do-palacio-guanabara/ História do Palácio Guanabara], por Felipe Lucena. ''Diário do Rio'', 4 de outubro de 2015.</ref>
O [[Palácio Guanabara]] (anteriormente conhecido como Paço Isabel) fica em [[Laranjeiras (cidade do Rio de Janeiro)|Laranjeiras]], na [[Zona Sul (Rio de Janeiro)|zona sul]] da [[Rio de Janeiro|Capital]], é a sede oficial do [[poder executivo]] fluminense. O Palácio Guanabara não deve ser confundido com o [[Palácio Laranjeiras]], situado no mesmo bairro (na Rua Paulo Cesar Andrade, 407), que é a residência oficial do [[governador do Rio de Janeiro]].<ref name=hist>[http://diariodorio.com/historia-do-palacio-guanabara/ História do Palácio Guanabara], por Felipe Lucena. ''Diário do Rio'', 4 de outubro de 2015.</ref>
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== Subdivisões ==
== Subdivisões ==
=== Regiões geográficas intermediárias e imediatas ===
=== Regiões geográficas intermediárias e imediatas ===
O estado do Rio de Janeiro é composto por 92 [[Município (Brasil)|municípios]], que estão distribuídos em 14 [[Região geográfica imediata|regiões geográficas imediatas]], que por sua vez estão agrupadas em cinco [[Região geográfica intermediária|regiões geográficas intermediárias]], segundo a divisão do [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE) vigente desde 2017.<ref name="IBGE_DTB_2017">{{citar web |url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/tabelas/regioes_geograficas_composicao_por_municipios_2017_20180911.xls |título=Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=20 de janeiro de 2018}}</ref>
O estado do Rio de Janeiro é composto por 92 [[Unidades federativas do Brasil|municípios]], que estão distribuídos em 14 [[Região geográfica imediata|regiões geográficas imediatas]], que por sua vez estão agrupadas em cinco [[Região geográfica intermediária|regiões geográficas intermediárias]], segundo a divisão do [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE) vigente desde 2017.<ref name="IBGE_DTB_2017">{{citar web |url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/tabelas/regioes_geograficas_composicao_por_municipios_2017_20180911.xls |título=Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=20 de janeiro de 2018}}</ref>


As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas [[Mesorregiões do Brasil|mesorregiões]], que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as [[Microrregiões do Brasil|microrregiões]].<ref>{{citar web|url=https://www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/cartas-e-mapas/redes-geograficas/2231-np-divisoes-regionais-do-brasil/15778-divisoes-regionais-do-brasil.html |título=Divisão Regional do Brasil |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=20 de janeiro de 2018 |wayb=20180120174049}}</ref>
As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas [[Mesorregiões do Brasil|mesorregiões]], que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as [[Microrregiões do Brasil|microrregiões]].<ref>{{citar web|url=https://www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/cartas-e-mapas/redes-geograficas/2231-np-divisoes-regionais-do-brasil/15778-divisoes-regionais-do-brasil.html |título=Divisão Regional do Brasil |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=20 de janeiro de 2018 |wayb=20180120174049}}</ref>
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No ano de 2012, o Rio de Janeiro foi o segundo estado que mais exportou no país, como a participação de 12,88%<ref>{{Citar web |título= Exportações do Brasil por Estado (2012) |obra= Plataforma DataViva |url= http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/all/all/all/bra/?controls=true&year=2012&value_var=val_usd&depth=bra_2&color_var=color |acessodata= 13 de janeiro de 2014 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20141010034427/http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/all/all/all/bra/?controls=true&year=2012&value_var=val_usd&depth=bra_2&color_var=color |arquivodata= 2014-10-10 |urlmorta= yes }}</ref> com destaque para os produtos Petróleo Cru (64,21%), Petróleo Refinado (6,07%), Produtos Semimanufaturados de Ferro (4,79%), Plataformas de Perfuração (2,33%) e Outras Ligas de Aço, em Lingotes ou Outras Formas Primárias (2,09%).<ref name="dataviva.info"/>
No ano de 2012, o Rio de Janeiro foi o segundo estado que mais exportou no país, como a participação de 12,88%<ref>{{Citar web |título= Exportações do Brasil por Estado (2012) |obra= Plataforma DataViva |url= http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/all/all/all/bra/?controls=true&year=2012&value_var=val_usd&depth=bra_2&color_var=color |acessodata= 13 de janeiro de 2014 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20141010034427/http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/all/all/all/bra/?controls=true&year=2012&value_var=val_usd&depth=bra_2&color_var=color |arquivodata= 2014-10-10 |urlmorta= yes }}</ref> com destaque para os produtos Petróleo Cru (64,21%), Petróleo Refinado (6,07%), Produtos Semimanufaturados de Ferro (4,79%), Plataformas de Perfuração (2,33%) e Outras Ligas de Aço, em Lingotes ou Outras Formas Primárias (2,09%).<ref name="dataviva.info"/>


O estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do [[Brasil]], atrás do estado de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], e a quarta da [[América do Sul]], tendo um [[Produto Interno Bruto]] superior ao do [[Chile]], com uma participação no produto interno bruto nacional de 15,8% (2005 [[Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro|Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro]] e [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]).<ref>{{Citar web |url= http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/11/22/cinco-estados-concentram-652-do-pib-de-acordo-com-ibge.htm |título= Três Estados concentram mais da metade do PIB do país, diz IBGE |data= 22 de novembro de 2013 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |obra= UOL Economia |publicado= [[UOL]] |último= DO UOL, em São Paulo}}</ref>
O estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do [[Brasil]], atrás do estado de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], e a quarta da [[América do Sul]], tendo um [[Produto Interno Bruto]] superior ao do [[Chile]], com uma participação no produto interno bruto nacional de 15,8% (2005 [[Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro|Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro]] e [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]).<ref>{{Citar web |url= http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/11/22/cinco-estados-concentram-652-do-pib-de-acordo-com-ibge.htm |título= Três Estados concentram mais da metade do PIB do país, diz IBGE |data= 22 de novembro de 2013 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |obra= UOL Economia |publicado= [[UOL]] |último= DO UOL, em São Paulo}}</ref>


=== Indústria ===
=== Indústria ===
{{imagem dupla|right|Oil platform P-51 (Brazil).jpg|220|Estaleiro Mauá by Diego Baravelli 01.jpg|220|[[Plataforma petrolífera]] P-51 da [[Petrobras]] na [[bacia de Campos]].|Imagem aérea do [[Estaleiro Mauá]], em [[Niterói]].}}
{{imagem dupla|right|Oil platform P-51 (Brazil).jpg|220|Estaleiro Mauá by Diego Baravelli 01.jpg|220|[[Plataforma petrolífera]] P-51 da [[Petrobras]] na [[bacia de Campos]].|Imagem aérea do [[Estaleiro Mauá]], em [[Niterói]].}}


O Rio de Janeiro tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 150 bilhões, equivalente a 11,4% da indústria nacional e empregando 580.334 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais do Rio são: Extração de Petróleo e Gás Natural (25,9%), Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (18,7%), Construção (15,5%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (10,6%), e Metalurgia (4,2%). Estes 5 setores concentram 74,9% da indústria do estado.<ref>{{Citar web |url=http://perfil.portaldaindustria.com.br/ |titulo=CNI - Perfil da Indústria nos Estados |acessodata=2021-07-04 |website=perfil.portaldaindustria.com.br}}</ref>
O Rio de Janeiro tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 150 bilhões, equivalente a 11,4% da indústria nacional e empregando 580 334 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais do Rio são: Extração de Petróleo e Gás Natural (25,9%), Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (18,7%), Construção (15,5%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (10,6%), e Metalurgia (4,2%). Estes 5 setores concentram 74,9% da indústria do estado.<ref>{{Citar web |url=http://perfil.portaldaindustria.com.br/ |titulo=CNI - Perfil da Indústria nos Estados |acessodata=2021-07-04 |website=perfil.portaldaindustria.com.br}}</ref>


Com 37,5% do produto interno bruto vem o setor [[Indústria|industrial]] — metalúrgica, siderúrgica, gás-química, petroquímica, naval, automobilística, audiovisual, cimenteira, salineira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de papel e [[celulose]], de extração mineral, extração e refino de [[petróleo]]. A indústria química e farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia fluminense. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado, com destaque para Merck, Glaxo, [[Hoffmann–La Roche|Roche]], Arrow, Barrenne, [[Casa Granado]], Darrow Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt, Lundbeck, Mayne e Mappel. A Fundação Oswaldo Cruz ([[Fiocruz]]), localizada no bairro carioca de Manguinhos, é o maior laboratório público da [[América Latina]] e um dos maiores do mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios para diversas moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de vários produtos de limpeza e desinfetantes, também tem sede no Rio de Janeiro. No sul do estado também se localiza um importante parque industrial, com destaque para a [[Companhia Siderúrgica Nacional]] sediada em [[Volta Redonda]], [[PSA Peugeot Citroën]], Volkswagen Caminhões e Ônibus (MAN), [[Coca-Cola]] (Companhia Fluminense de Refrigerantes), a fabricante de vidros Guardian do Brasil, Galvasud, [[Indústrias Nucleares do Brasil]], [[Michelin]], White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados, Companhia Estanífera Brasileira, [[Usina Nuclear de Angra|Usinas Nucleares Angra 1, 2 e 3]], entre outras. A [[Nissan]] também irá construir uma nova fábrica no município de [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]] no sul do estado.<ref>{{Citar web |url= http://economia.ig.com.br/empresas/industria/presidente-da-nissan-confirma-a-dilma-nova-fabrica-no-rio/n1597251928301.html |título= Presidente da Nissan confirma à Dilma nova fábrica no Rio]}}</ref>
Com 37,5% do produto interno bruto vem o setor [[Indústria|industrial]] — metalúrgica, siderúrgica, gás-química, petroquímica, naval, automobilística, audiovisual, cimenteira, salineira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de papel e [[celulose]], de extração mineral, extração e refino de [[petróleo]]. A indústria química e farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia fluminense. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado, com destaque para Merck, Glaxo, [[Hoffmann–La Roche|Roche]], Arrow, Barrenne, [[Casa Granado]], Darrow Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt, Lundbeck, Mayne e Mappel. A Fundação Oswaldo Cruz ([[Fiocruz]]), localizada no bairro carioca de Manguinhos, é o maior laboratório público da [[América Latina]] e um dos maiores do mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios para diversas moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de vários produtos de limpeza e desinfetantes, também tem sede no Rio de Janeiro. No sul do estado também se localiza um importante parque industrial, com destaque para a [[Companhia Siderúrgica Nacional]] sediada em [[Volta Redonda]], [[Volkswagen Caminhões e Ônibus]] (MAN), [[Coca-Cola Brasil|Coca-Cola]] (Companhia Fluminense de Refrigerantes), a fabricante de vidros Guardian do Brasil, Galvasud, [[Indústrias Nucleares do Brasil]], [[Michelin]], White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados, Companhia Estanífera Brasileira, [[Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto]], entre outras. A [[Nissan]] também irá construir uma nova fábrica no município de [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]] no sul do estado.<ref>{{Citar web |url= http://economia.ig.com.br/empresas/industria/presidente-da-nissan-confirma-a-dilma-nova-fabrica-no-rio/n1597251928301.html |título= Presidente da Nissan confirma à Dilma nova fábrica no Rio]}}</ref>
{{imagem dupla|left|CSN01.jpg|220|Brasil Kirin.jpg|260|[[Companhia Siderúrgica Nacional]] em [[Volta Redonda]].|Fábrica da [[Brasil Kirin]] em [[Cachoeiras de Macacu]].}}
{{imagem dupla|left|CSN01.jpg|220|Brasil Kirin.jpg|260|[[Companhia Siderúrgica Nacional]] em [[Volta Redonda]].|Fábrica da [[Brasil Kirin]] em [[Cachoeiras de Macacu]].}}


O estado também abriga o segundo maior polo cervejeiro do país. [[Petrópolis]] é a sede de algumas das maiores [[cervejaria]]s do pais (como o [[Grupo Petrópolis]], e a [[Cervejaria Bohemia]]).{{dn}} Além disso, inúmeras fábricas se espalham pelo estado.<ref>{{Citar web |url= http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,petropolis-assume-2-lugar-no-mercado-de-cervejas,88337,0.htm |título= Polo cervejeiro}}</ref>
O estado também abriga o segundo maior polo cervejeiro do país. [[Petrópolis]] é a sede de algumas das maiores [[cervejaria]]s do país (como o [[Grupo Petrópolis]], e a [[Bohemia (cerveja)|Cervejaria Bohemia]]). Além disso, inúmeras fábricas se espalham pelo estado.<ref>{{Citar web |url= http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,petropolis-assume-2-lugar-no-mercado-de-cervejas,88337,0.htm |título= Polo cervejeiro}}</ref>


No que diz respeito à indústria do [[Sal de cozinha|sal]], a [[Região dos Lagos]] é a segunda maior região produtora do Brasil, perdendo apenas para a região do Polo Costa Branca, localizado no estado do [[Rio Grande do Norte]]. No município de [[Cabo Frio]] está sediada a [[Refinaria Nacional de Sal]], que é uma das principais indústrias salineiras do país.
No que diz respeito à indústria do [[Sal de cozinha|sal]], a [[Região dos Lagos]] é a segunda maior região produtora do Brasil, perdendo apenas para a região do Polo Costa Branca, localizado no estado do [[Rio Grande do Norte]]. No município de [[Cabo Frio]] está sediada a [[Refinaria Nacional de Sal]], que é uma das principais indústrias salineiras do país.


No setor de petróleo, estão sediadas no Rio de Janeiro as maiores empresas do país, incluindo a maior companhia brasileira, a [[Petrobras]]. Além dela, [[Shell]], [[Esso]], [[Petróleo Ipiranga]] e [[El Paso Corporation]] mantêm suas sedes e centros de pesquisa no estado. Juntas, todas estas empresas produzem mais de quatro quintos dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do país. O governo do estado monitora a produção de petróleo e gás através do [[Centro de Informações sobre o Petróleo e Gás Natural do Estado do Rio de Janeiro]].
No setor de petróleo, estão sediadas no Rio de Janeiro as maiores empresas do país, incluindo a maior companhia brasileira, a [[Petrobras]]. Além dela, [[Shell]], [[Esso]], [[Ipiranga (empresa)|Petróleo Ipiranga]] e [[El Paso Corporation]] mantêm suas sedes e centros de pesquisa no estado. Juntas, todas estas empresas produzem mais de quatro quintos dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do país. O governo do estado monitora a produção de petróleo e gás através do [[Centro de Informações sobre o Petróleo e Gás Natural do Estado do Rio de Janeiro]].


=== Serviços ===
=== Serviços ===
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[[Imagem:Projac, Globo.jpg|thumb|Reprodução do [[rio Ganges]] para a telenovela ''[[Caminho das Índias]]'' na cidade cenográfica dos [[Estúdios Globo]].]]
[[Imagem:Projac, Globo.jpg|thumb|Reprodução do [[rio Ganges]] para a telenovela ''[[Caminho das Índias]]'' na cidade cenográfica dos [[Estúdios Globo]].]]


Os serviços representam 62,1% do [[Produto Interno Bruto|produto interno bruto]] do estado, em áreas como [[telecomunicação|telecomunicações]], audiovisual, [[tecnologia da informação]] (TI), [[turismo]], turismo de negócios, [[ecoturismo]], seguros e [[comércio]]. O estado é a sede da maior parte das operadoras de telefonia do país, como [[TIM Brasil|TIM]], [[Oi (empresa)|Oi]] e [[Embratel]]. O estado também ocupa posição de destaque no setor de vendas a varejo, sendo sede de grandes cadeias de lojas, como [[Lojas Americanas]], [[Ponto Frio]] e [[Casa & Vídeo]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}
Os serviços representam 62,1% do [[Produto Interno Bruto|produto interno bruto]] do estado, em áreas como [[telecomunicação|telecomunicações]], audiovisual, [[tecnologia da informação]] (TI), [[turismo]], turismo de negócios, [[ecoturismo]], seguros e [[comércio]]. O estado é a sede da maior parte das operadoras de telefonia do país, como [[TIM Brasil|TIM]], [[Oi (empresa)|Oi]] e [[Embratel]]. O estado também ocupa posição de destaque no setor de vendas a varejo, sendo sede de grandes cadeias de lojas, como [[Lojas Americanas]], [[Ponto Frio]] e [[Casa & Video|Casa & Vídeo]].{{Carece de fontes|Brasil=sim|br|geo-am|data=setembro de 2016}}


O Estado do Rio de Janeiro e, mais especificamente sua capital, são frequentemente associados à produção audiovisual. Segundo dados do Ministério da Cultura, cerca de 80% das produtoras cinematográficas do país têm sede no estado e é da mesma proporção a produção de filmes do estado em relação ao total nacional.<ref>{{Citar web |url= http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/28/cultura/1414514648_639527.html |título= Rio, Hollywood à brasileira |data= 28 de outubro de 2014 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |obra= Cultura |publicado= [[El País|El País Brasil]] |último=MORAES |primeiro= Camila}}</ref> O Rio de Janeiro abriga atualmente a maior parte dos estúdios de dublagem de filmes e séries estrangeiras. Na capital do estado ficava a [[Herbert Richers]], maior empresa de tradução e dublagem do Brasil.<ref>{{Citar web |url= http://vejario.abril.com.br/materia/cidade/herbert-richers |título= O segundo adeus de Herbert Richards |data= 24 de outubro de 2012 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |obra= Cotidiano |publicado= [[Veja Rio]] |último= BRISO |primeiro= Caio Barretto}}</ref> A cidade do Rio de Janeiro é o berço e quartel-general do [[Grupo Globo]], maior conglomerado de empresas de comunicações e produção cultural da [[América Latina]].<ref name=":2">{{Citar web |url= http://historiagrupoglobo.globo.com/hgg/index.htm |título= História Grupo Globo |acessodata= 28 de novembro de 2016 |obra= História Grupo Globo |publicado= [[Globo.com]] |último= GLOBO Comunicações e Participações S/A}}</ref> Também estão sediadas no Rio de Janeiro a [[Rede Globo de Televisão]], a [[Globosat]], maior empresa de televisão geradora de conteúdo por assinatura do país, a [[Rádio Globo]] e o jornal [[O Globo]], primeira empresa da holding.<ref name=":2" />
O Estado do Rio de Janeiro e, mais especificamente sua capital, são frequentemente associados à produção audiovisual. Segundo dados do Ministério da Cultura, cerca de 80% das produtoras cinematográficas do país têm sede no estado e é da mesma proporção a produção de filmes do estado em relação ao total nacional.<ref>{{Citar web |url= http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/28/cultura/1414514648_639527.html |título= Rio, Hollywood à brasileira |data= 28 de outubro de 2014 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |obra= Cultura |publicado= [[El País|El País Brasil]] |último=MORAES |primeiro= Camila}}</ref> O Rio de Janeiro abriga atualmente a maior parte dos estúdios de dublagem de filmes e séries estrangeiras. Na capital do estado ficava a [[Herbert Richers (estúdio)|Herbert Richers]], maior empresa de tradução e dublagem do Brasil.<ref>{{Citar web |url= http://vejario.abril.com.br/materia/cidade/herbert-richers |título= O segundo adeus de Herbert Richards |data= 24 de outubro de 2012 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |obra= Cotidiano |publicado= [[Veja Rio]] |último= BRISO |primeiro= Caio Barretto}}</ref> A cidade do Rio de Janeiro é o berço e quartel-general do [[Grupo Globo]], maior conglomerado de empresas de comunicações e produção cultural da [[América Latina]].<ref name=":2">{{Citar web |url= http://historiagrupoglobo.globo.com/hgg/index.htm |título= História Grupo Globo |acessodata= 28 de novembro de 2016 |obra= História Grupo Globo |publicado= [[Globo.com]] |último= GLOBO Comunicações e Participações S/A}}</ref> Também estão sediadas no Rio de Janeiro a [[TV Globo]], a [[Rádio Globo]] e o jornal [[O Globo]], primeira empresa da holding.<ref name=":2" />


Também está presente o [[Casablanca Estúdios]], complexo de estúdios de produção e teledramaturgia da [[RecordTV]].<ref>{{Citar web |url= http://rd1.com.br/recnov-e-a-nova-sede-da-record-no-rio-de-janeiro-saiba-mais/ |título= RecNov é a nova sede da Record no Rio de Janeiro; saiba mais |data= 25 de maio de 2015 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |publicado= RD1 |último= AZZALI |primeiro= Leonardo}}</ref> Também se sediou no Rio de Janeiro a [[Rede Manchete]], fundada em 1983 e extinta em 1999.<ref>{{Citar web |url= http://www.conjur.com.br/2007-jun-23/predio_rede_manchete_rio_janeiro_leilao |título= Prédio da Rede Manchete do Rio de Janeiro vai a leilão |data= 23 de junho de 2007 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |publicado= Consultor Jurídico |último= DIAS |primeiro= Bruno}}</ref> O estado (e especificamente a cidade do Rio de Janeiro), ultimamente tem se destacado como cenário para filmes estrangeiros, principalmente norte-americanos.<ref>{{Citar web |url= http://www.purebreak.com.br/noticias/assim-como-trash-veja-outros-filmes-estrangeiros-filmados-no-rio-de-janeiro/8177 |título= Assim como "Trash", veja outros filmes estrangeiros no Rio de Janeiro |data= 9 de outubro de 2014 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |publicado= Purebreak |último= JANOT |primeiro= Bruno}}</ref>
Também está presente o [[Casablanca Estúdios]], complexo de estúdios de produção e teledramaturgia da [[Record (rede de televisão)|Record]].<ref>{{Citar web |url= http://rd1.com.br/recnov-e-a-nova-sede-da-record-no-rio-de-janeiro-saiba-mais/ |título= RecNov é a nova sede da Record no Rio de Janeiro; saiba mais |data= 25 de maio de 2015 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |publicado= RD1 |último= AZZALI |primeiro= Leonardo}}</ref> Também se sediou no Rio de Janeiro a [[Rede Manchete]], fundada em 1983 e extinta em 1999.<ref>{{Citar web |url= http://www.conjur.com.br/2007-jun-23/predio_rede_manchete_rio_janeiro_leilao |título= Prédio da Rede Manchete do Rio de Janeiro vai a leilão |data= 23 de junho de 2007 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |publicado= Consultor Jurídico |último= DIAS |primeiro= Bruno}}</ref> O estado (e especificamente a cidade do Rio de Janeiro), ultimamente tem se destacado como cenário para filmes estrangeiros, principalmente norte-americanos.<ref>{{Citar web |url= http://www.purebreak.com.br/noticias/assim-como-trash-veja-outros-filmes-estrangeiros-filmados-no-rio-de-janeiro/8177 |título= Assim como "Trash", veja outros filmes estrangeiros no Rio de Janeiro |data= 9 de outubro de 2014 |acessodata= 28 de novembro de 2016 |publicado= Purebreak |último= JANOT |primeiro= Bruno}}</ref>


== Infraestrutura ==
== Infraestrutura ==
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Entre os principais [[museu]]s do estado estão o [[Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro]],<ref>{{Citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-de-arte-moderna-mam|titulo=Museu de Arte Moderna (MAM) {{!}} Mapa de Cultura RJ}}</ref> o [[Museu de Arte do Rio|Museu de Arte do Rio (MAR)]],<ref>{{Citar web|titulo=Museu de Arte do Rio - MAR {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-de-arte-do-rio-mar}}</ref> [[Museu Nacional (Rio de Janeiro)|Museu Nacional]],<ref>{{Citar web|titulo=Museu Nacional {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-nacional}}</ref> [[Museu Nacional de Belas Artes (Brasil)|Museu Nacional de Belas Artes]],<ref>{{Citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-nacional-de-belas-artes|titulo=Museu Nacional de Belas Artes {{!}} Mapa de Cultura RJ}}</ref> o [[Museu Histórico Nacional]],<ref>{{Citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-historico-nacional|titulo=Museu Histórico Nacional {{!}} Mapa de Cultura RJ}}</ref> o [[Palácio do Catete|Museu da República]],<ref>{{Citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-da-republica|titulo=Museu da República {{!}} Mapa de Cultura RJ}}</ref> Museu Histórico de Campos dos Goytacazes,<ref>{{Citar web|titulo=Museu Histórico de Campos dos Goytacazes {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-historico-de-campos-dos-goytacazes}}</ref> [[Museu Imperial de Petrópolis]],<ref>{{Citar web|titulo=Museu Imperial {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-imperial}}</ref> o [[Museu da Chácara do Céu|Museu da]] Chácara do Céu ("Museus Castro Maya"),<ref>{{Citar web|titulo=Museu Chácara do Céu {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-chacara-do-ceu}}</ref> o [[Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro]], [[Museu do Amanhã]], [[Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro)|Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ)]]<ref>{{Citar web|titulo=Centro Cultural Banco do Brasil {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/centro-cultural-banco-do-brasil}}</ref> o Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, o [[Museu de Arte Contemporânea de Niterói]], [[Museu da Aviação Naval]] — único do gênero no [[Brasil]] e o do [[Forte de Copacabana]].
Entre os principais [[museu]]s do estado estão o [[Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro]],<ref>{{Citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-de-arte-moderna-mam|titulo=Museu de Arte Moderna (MAM) {{!}} Mapa de Cultura RJ}}</ref> o [[Museu de Arte do Rio|Museu de Arte do Rio (MAR)]],<ref>{{Citar web|titulo=Museu de Arte do Rio - MAR {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-de-arte-do-rio-mar}}</ref> [[Museu Nacional (Rio de Janeiro)|Museu Nacional]],<ref>{{Citar web|titulo=Museu Nacional {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-nacional}}</ref> [[Museu Nacional de Belas Artes (Brasil)|Museu Nacional de Belas Artes]],<ref>{{Citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-nacional-de-belas-artes|titulo=Museu Nacional de Belas Artes {{!}} Mapa de Cultura RJ}}</ref> o [[Museu Histórico Nacional]],<ref>{{Citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-historico-nacional|titulo=Museu Histórico Nacional {{!}} Mapa de Cultura RJ}}</ref> o [[Palácio do Catete|Museu da República]],<ref>{{Citar web|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-da-republica|titulo=Museu da República {{!}} Mapa de Cultura RJ}}</ref> Museu Histórico de Campos dos Goytacazes,<ref>{{Citar web|titulo=Museu Histórico de Campos dos Goytacazes {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-historico-de-campos-dos-goytacazes}}</ref> [[Museu Imperial de Petrópolis]],<ref>{{Citar web|titulo=Museu Imperial {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-imperial}}</ref> o [[Museu da Chácara do Céu|Museu da]] Chácara do Céu ("Museus Castro Maya"),<ref>{{Citar web|titulo=Museu Chácara do Céu {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/museu-chacara-do-ceu}}</ref> o [[Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro]], [[Museu do Amanhã]], [[Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro)|Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ)]]<ref>{{Citar web|titulo=Centro Cultural Banco do Brasil {{!}} Mapa de Cultura RJ|url=http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/centro-cultural-banco-do-brasil}}</ref> o Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, o [[Museu de Arte Contemporânea de Niterói]], [[Museu da Aviação Naval]] — único do gênero no [[Brasil]] e o do [[Forte de Copacabana]].


O Museu de Arte Contemporânea de Niterói é conhecido pela sua arquitetura exterior que lembra bastante o formato de um cálice ou um disco voador. O MAC possui quatro andares e aproximadamente&nbsp;2 500m² com espaços de exposições e galerias, mas também tem um restaurante e um auditório. Através das janelas, montadas a um ângulo de 40° você pode curtir um vista panorâmica do Rio de Janeiro, do Pão de Açúcar e da Baía de Guanabara.<ref>{{Citar web|URL=https://www.agencia-heidelberg.com/pt/attraction/FI04A/museu-de-arte-contemporanea-mac-niteroi|título=Agência Heidelberg - Rio de Janeiro|data=|acessadoem=|autor=|publicado=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150402102904/https://www.agencia-heidelberg.com/pt/attraction/FI04A/museu-de-arte-contemporanea-mac-niteroi|arquivodata=2015-04-02|urlmorta=yes}}</ref> A capital fluminense, na [[Barra da Tijuca]], conta também, desde 2013, com a [[Cidade das Artes]], um complexo que abriga a maior sala de concertos da [[América Latina]].<ref>{{Citar web|url= http://www.rio.rj.gov.br/culturas/site/cult.php?go=&id=240198|titulo= Cópia arquivada|acessodata= 2008-05-02|arquivourl= https://web.archive.org/web/20080420062936/http://www.rio.rj.gov.br/culturas/site/cult.php?go=&id=240198|arquivodata= 2008-04-20|urlmorta= yes}}</ref>
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói é conhecido pela sua arquitetura exterior que lembra bastante o formato de um cálice ou um disco voador. O MAC possui quatro andares e aproximadamente&nbsp;2 500m² com espaços de exposições e galerias, mas também tem um restaurante e um auditório. Através das janelas, montadas a um ângulo de 40° você pode curtir um vista panorâmica do Rio de Janeiro, do Pão de Açúcar e da Baía de Guanabara.<ref>{{Citar web|url=https://www.agencia-heidelberg.com/pt/attraction/FI04A/museu-de-arte-contemporanea-mac-niteroi|título=Agência Heidelberg - Rio de Janeiro|data=|acessadoem=|autor=|publicado=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150402102904/https://www.agencia-heidelberg.com/pt/attraction/FI04A/museu-de-arte-contemporanea-mac-niteroi|arquivodata=2015-04-02|urlmorta=yes}}</ref> A capital fluminense, na [[Barra da Tijuca]], conta também, desde 2013, com a [[Cidade das Artes]], um complexo que abriga a maior sala de concertos da [[América Latina]].<ref>{{Citar web|url= http://www.rio.rj.gov.br/culturas/site/cult.php?go=&id=240198|titulo= Cópia arquivada|acessodata= 2008-05-02|arquivourl= https://web.archive.org/web/20080420062936/http://www.rio.rj.gov.br/culturas/site/cult.php?go=&id=240198|arquivodata= 2008-04-20|urlmorta= yes}}</ref>


=== Cinema ===
=== Cinema ===
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Assim como em outras unidades da federação brasileiras, todos os anos é realizado o Campeonato Estadual de Futebol. O campeonato do atual Estado do Rio de Janeiro é disputado desde 1979, após a fusão dos estados da [[Guanabara]] e do antigo estado do Rio de Janeiro, cuja capital era [[Niterói]]. Até então existiam os campeonatos Carioca e [[Campeonato Fluminense de Futebol|Fluminense]], além do [[Campeonato Fluminense de Futebol de Seleções|Fluminense de Seleções]]. Os quatro principais clubes de futebol do Rio de Janeiro são os clubes de [[futebol]], [[Botafogo de Futebol e Regatas|Botafogo]], [[Clube de Regatas Flamengo|Flamengo]], [[Fluminense Football Club|Fluminense]] e [[Club de Regatas Vasco da Gama|Vasco da Gama]]. Os quatro estão entre os mais tradicionais do [[Brasil]] e possuem performances mais destacadas que os outros clubes que representam o [[Estado do Rio de Janeiro]] em competições nacionais e internacionais.<ref>{{citar web|url=https://globoplay.globo.com/v/1444563/|titulo=Presidentes dos 4 grandes clubes cariocas anunciam oficialmente a saída do Clube dos 13|data=24 de fevereiro de 2011|acessodata=24 de fevereiro de 2017|publicado=Site Globoplay|autor=GLOBOPLAY, Equipe do site|língua=pt}}</ref><ref>{{citar web|url=http://esporteinterativo.com.br/futebol-brasileiro/confira-as-perspectivas-dos-quatro-grandes-clubes-do-rio-de-janeiro-para-a-temporada-de-2016/|titulo=Confira as perspectivas dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro para a temporada de 2016|data=14 de janeiro de 2016|acessodata=24 de fevereiro de 2017|publicado=Site Esporte Inetrativo|autor=ESPORT EINTERATIVO, Equipe do site|língua=pt}}</ref><ref>{{citar web|url=http://deprimeira.org/?p=111|titulo=O G-12 brasileiro.|data=18 de maio de 2012|acessodata=17 de outubro de 2016|publicado=Site deprimeira|autor=TARGINO, Maurício|língua=pt}}</ref><ref>{{citar web|url=https://pandabooks.websiteseguro.com/livro/317/a-historia-das-camisas-dos-12-maiores-times-do-brasil.html|titulo=Livro A história das camisas dos 12 maiores times do Brasil|data=3 de agosto de 2009|acessodata=26 de dezembro de 2013|publicado=Panda Books|autor1=RODRIGUES, Rodolfo|autor2=GINI, Paulo Villena|língua=pt}}</ref><ref>[http://revistaplacar.uol.com.br/noticias/futebol-nacional/livro-sobre-camisa-dos-12-grandes-clubes-do-brasil-ganha-versao-atualizada.phtml#.WGgH1tIrLIU Site da revista PLACAR - Livro sobre camisa dos 12 grandes clubes do Brasil ganha versão atualizada, página editada em 13 de dezembro de 2016 e disponível em 31 de dezembro de 2016.]</ref> A cidade do Rio de Janeiro, sede dos quatro grandes, é aquela que reunia mais clubes profissionais no Brasil em 2018, um total de 28 clubes, contra 9 clubes de [[Belém (Pará)|Belém]], a segunda colocada, com o Estado do Rio de Janeiro tendo 69 clubes em todas as suas divisões nesse ano.<ref>[https://www.verminososporfutebol.com.br/papo-serio/quais-as-8-cidades-com-mais-clubes-profissionais-no-brasil-fizemos-o-ranking/ AZEVEDO, Rafael Luis - Quais as 8 cidades com mais clubes profissionais no Brasil? Fizemos o ranking, página editada em 23 de novembro de 2018 e disponível em 30 de janeiro de 2019.]</ref>
Assim como em outras unidades da federação brasileiras, todos os anos é realizado o Campeonato Estadual de Futebol. O campeonato do atual Estado do Rio de Janeiro é disputado desde 1979, após a fusão dos estados da [[Guanabara]] e do antigo estado do Rio de Janeiro, cuja capital era [[Niterói]]. Até então existiam os campeonatos Carioca e [[Campeonato Fluminense de Futebol|Fluminense]], além do [[Campeonato Fluminense de Futebol de Seleções|Fluminense de Seleções]]. Os quatro principais clubes de futebol do Rio de Janeiro são os clubes de [[futebol]], [[Botafogo de Futebol e Regatas|Botafogo]], [[Clube de Regatas Flamengo|Flamengo]], [[Fluminense Football Club|Fluminense]] e [[Club de Regatas Vasco da Gama|Vasco da Gama]]. Os quatro estão entre os mais tradicionais do [[Brasil]] e possuem performances mais destacadas que os outros clubes que representam o [[Estado do Rio de Janeiro]] em competições nacionais e internacionais.<ref>{{citar web|url=https://globoplay.globo.com/v/1444563/|titulo=Presidentes dos 4 grandes clubes cariocas anunciam oficialmente a saída do Clube dos 13|data=24 de fevereiro de 2011|acessodata=24 de fevereiro de 2017|publicado=Site Globoplay|autor=GLOBOPLAY, Equipe do site|língua=pt}}</ref><ref>{{citar web|url=http://esporteinterativo.com.br/futebol-brasileiro/confira-as-perspectivas-dos-quatro-grandes-clubes-do-rio-de-janeiro-para-a-temporada-de-2016/|titulo=Confira as perspectivas dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro para a temporada de 2016|data=14 de janeiro de 2016|acessodata=24 de fevereiro de 2017|publicado=Site Esporte Inetrativo|autor=ESPORT EINTERATIVO, Equipe do site|língua=pt}}</ref><ref>{{citar web|url=http://deprimeira.org/?p=111|titulo=O G-12 brasileiro.|data=18 de maio de 2012|acessodata=17 de outubro de 2016|publicado=Site deprimeira|autor=TARGINO, Maurício|língua=pt}}</ref><ref>{{citar web|url=https://pandabooks.websiteseguro.com/livro/317/a-historia-das-camisas-dos-12-maiores-times-do-brasil.html|titulo=Livro A história das camisas dos 12 maiores times do Brasil|data=3 de agosto de 2009|acessodata=26 de dezembro de 2013|publicado=Panda Books|autor1=RODRIGUES, Rodolfo|autor2=GINI, Paulo Villena|língua=pt}}</ref><ref>[http://revistaplacar.uol.com.br/noticias/futebol-nacional/livro-sobre-camisa-dos-12-grandes-clubes-do-brasil-ganha-versao-atualizada.phtml#.WGgH1tIrLIU Site da revista PLACAR - Livro sobre camisa dos 12 grandes clubes do Brasil ganha versão atualizada, página editada em 13 de dezembro de 2016 e disponível em 31 de dezembro de 2016.]</ref> A cidade do Rio de Janeiro, sede dos quatro grandes, é aquela que reunia mais clubes profissionais no Brasil em 2018, um total de 28 clubes, contra 9 clubes de [[Belém (Pará)|Belém]], a segunda colocada, com o Estado do Rio de Janeiro tendo 69 clubes em todas as suas divisões nesse ano.<ref>[https://www.verminososporfutebol.com.br/papo-serio/quais-as-8-cidades-com-mais-clubes-profissionais-no-brasil-fizemos-o-ranking/ AZEVEDO, Rafael Luis - Quais as 8 cidades com mais clubes profissionais no Brasil? Fizemos o ranking, página editada em 23 de novembro de 2018 e disponível em 30 de janeiro de 2019.]</ref>


No estado nasceram medalhistas olímpicos como [[Martine Grael]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/martine-soffiatti-grael/|título= Martine Grael| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Clinio de Freitas]], [[Daniel Adler]], [[Eduardo Penido]], [[Isabel Swan]], [[Kiko Pelicano]], [[Marcelo Ferreira]], [[Marcos Soares]], [[Nelson Falcão]] e [[Ronaldo Senfft]] no iatismo;<ref>{{citar web | URL = https://www.guiadasemana.com.br/esportes/galeria/conheca-todos-os-medalhistas-brasileiros-de-vela-nas-olimpiadas|título= Conheça todos os medalhistas brasileiros de vela nas Olimpíadas| autor = Guia da Semana | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Thiago Pereira (nadador)|Thiago Pereira]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/thiago-machado-vilela-pereira/|título= Thiago Pereira| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Bruno Fratus]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/bruno-giuseppe-fratus/|título= Bruno Fratus| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Jorge Luiz Fernandes Leite|Jorge Fernandes]] na natação;<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/jorge-luiz-leite-fernandes/|título= Jorge Fernandes| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Robson Caetano]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/robson-caetano-da-silva/|título= Robson Caetano| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Rosângela Santos]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/rosangela-cristina-oliveira-santos/|título= Rosângela Santos| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[José Telles da Conceição]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/jose-telles-da-conceicao/|título= José Telles da Conceição| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> no atletismo; [[Luiz Felipe de Azevedo]] no hipismo;<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/luiz-felipe-cortizo-goncalves-de-azevedo/|título= Luiz Felipe de Azevedo| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Afrânio da Costa]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/afranio-antonio-da-costa/|título= Afrânio da Costa| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Fernando Soledade]] no tiro;<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/fernando-soledade/|título= Fernando Soledade| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Affonso de Azevedo Évora|Affonso Évora]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/affonso-de-azevedo-evora/|título= Affonso de Azevedo Évora| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Alfredo da Motta]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/alfredo-rodrigues-da-motta/|título= Alfredo da Motta| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Algodão (basquetebolista)|Algodão]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/zenny-de-azevedo/|título= Algodão| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Edson Bispo dos Santos|Edson Bispo]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/edson-bispo-dos-santos/|título= Edson Bispo| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Fernando Pereira de Freitas|Fernando Brobró]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/fernando-pereira-de-freitas/|título= Fernando Brobró| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Friedrich Wilhelm Braun|Fritz]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/friedrich-wilhem-braun/|título= Fritz| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Marcus Vinícius Dias]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/marcus-vinicius-dias/|título= Marcus Vinícius Dias| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Ruy de Freitas]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/ruy-de-freitas/|título= Ruy de Freitas| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Sérgio Toledo Machado|Sérgio Macarrão]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/sergio-de-toledo-machado/|título= Sérgio Macarrão| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> no basquete; [[Adriana Samuel]], [[Ana Cristina de Souza|Ana Cristina]], [[André Nascimento]], [[Bernard Rajzman|Bernard]], [[Bernardinho]], [[Bruno Mossa de Rezende|Bruninho]], [[Fabiana Alvim]], [[Fernanda Ferreira]], [[Fernando Roscio de Ávila|Fernandão]], [[Janina Conceição|Janina]], [[Kátia Lopes]], [[Leandro Vissotto Neves|Leandro Vissotto]], [[Marcelo Elgarten]], [[Nalbert Bitencourt|Nalbert]], [[Rui Campos do Nascimento|Rui]], [[Tande]], [[Thaísa Menezes|Thaísa]] e [[Valeska Menezes|Valeskinha]] no vôlei;<ref>{{citar web|título = Event results General|obra = ''Olympic.org'' [[Comité Olímpico Internacional|Comitê Olímpico Internacional]]|data = 26 de março de 2003|url = https://www.olympic.org/olympic-results|acessodata = 5 de abril de 2016|arquivourl = http://web.archive.org/web/20151002012558/http://www.olympic.org/content/results-and-medalists/eventresultpagegeneral/?athletename=&country=&sport2=31407&games2=&event2=&mengender=true&womengender=true&mixedgender=false&goldmedal=true&silvermedal=true&bronzemedal=true&worldrecord=true&olympicrecord=false&teamclassification=true&individualclassification=true&winter=false&summer=true|arquivodata = 2022-02-19|urlmorta = yes}}</ref> [[Bárbara Seixas]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/barbara-seixas-de-freitas/|título= Bárbara Seixas| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Jaqueline Silva|Jackie Silva]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/jacqueline-louise-cruz-silva/|título= Jaqueline Silva| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Raquel da Silva]],<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/raquel-peluci-xavier-camargo-da-silva/|título= Raquel da Silva| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Sandra Pires]]<ref>{{citar web | URL = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/sandra-tavares-pires/|título= Sandra Pires| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> no vôlei de praia, além de [[Hugo Calderano]], o maior mesatenista da história do Brasil;<ref>{{citar web | URL = https://ge.globo.com/tenis-de-mesa/noticia/hugo-calderano-chega-ao-melhor-ranking-da-carreira-3o-do-mundo-no-tenis-de-mesa.ghtml|título= Hugo Calderano chega ao melhor ranking da carreira: 3º do mundo no tênis de mesa| autor = Globoesporte | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Nelson Piquet]], tricampeão mundial de F1,<ref>{{citar web | URL = https://autopapo.uol.com.br/noticia/10-fatos-nelson-piquet/|título= Conheça 10 fatos marcantes sobre o tricampeão Nelson Piquet| autor = Autopapo UOL | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Bob Burnquist]], considerado um dos maiores skatistas de todos os tempos<ref>{{citar web | URL = https://diariodoestadogo.com.br/10-maiores-skatistas-de-todos-os-tempos-108146/|título= 10 maiores skatistas de todos os tempos| autor = Diário do Estado | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Marcus Vinicius D'Almeida]], vice-campeão mundial de tiro com arco.<ref>{{citar web | URL = https://ge.globo.com/tiro-com-arco/noticia/marcus-vinicius-dalmeida-e-vice-campeao-mundial-de-tiro-com-arco.ghtml|título= Marcus Vinicius D´Almeida é vice-campeão mundial de tiro com arco| autor = Globoesporte | acessodata = 21 de fevereiro de 2022}}</ref>
No estado nasceram medalhistas olímpicos como [[Martine Grael]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/martine-soffiatti-grael/|título= Martine Grael| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Clinio de Freitas]], [[Daniel Adler]], [[Eduardo Penido]], [[Isabel Swan]], [[Kiko Pelicano]], [[Marcelo Ferreira]], [[Marcos Soares]], [[Nelson Falcão]] e [[Ronaldo Senfft]] no iatismo;<ref>{{citar web |url= https://www.guiadasemana.com.br/esportes/galeria/conheca-todos-os-medalhistas-brasileiros-de-vela-nas-olimpiadas|título= Conheça todos os medalhistas brasileiros de vela nas Olimpíadas| autor = Guia da Semana | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Thiago Pereira (nadador)|Thiago Pereira]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/thiago-machado-vilela-pereira/|título= Thiago Pereira| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Bruno Fratus]]<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/bruno-giuseppe-fratus/|título= Bruno Fratus| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Jorge Luiz Fernandes Leite|Jorge Fernandes]] na natação;<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/jorge-luiz-leite-fernandes/|título= Jorge Fernandes| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Robson Caetano]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/robson-caetano-da-silva/|título= Robson Caetano| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Rosângela Santos]]<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/rosangela-cristina-oliveira-santos/|título= Rosângela Santos| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[José Telles da Conceição]]<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/jose-telles-da-conceicao/|título= José Telles da Conceição| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> no atletismo; [[Luiz Felipe de Azevedo]] no hipismo;<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/luiz-felipe-cortizo-goncalves-de-azevedo/|título= Luiz Felipe de Azevedo| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Afrânio da Costa]]<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/afranio-antonio-da-costa/|título= Afrânio da Costa| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Fernando Soledade]] no tiro;<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/fernando-soledade/|título= Fernando Soledade| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Affonso de Azevedo Évora|Affonso Évora]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/affonso-de-azevedo-evora/|título= Affonso de Azevedo Évora| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Alfredo da Motta]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/alfredo-rodrigues-da-motta/|título= Alfredo da Motta| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Algodão (basquetebolista)|Algodão]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/zenny-de-azevedo/|título= Algodão| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Edson Bispo dos Santos|Edson Bispo]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/edson-bispo-dos-santos/|título= Edson Bispo| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Fernando Pereira de Freitas|Fernando Brobró]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/fernando-pereira-de-freitas/|título= Fernando Brobró| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Friedrich Wilhelm Braun|Fritz]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/friedrich-wilhem-braun/|título= Fritz| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Marcus Vinícius Dias]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/marcus-vinicius-dias/|título= Marcus Vinícius Dias| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Ruy de Freitas]]<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/ruy-de-freitas/|título= Ruy de Freitas| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Sérgio Toledo Machado|Sérgio Macarrão]]<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/sergio-de-toledo-machado/|título= Sérgio Macarrão| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> no basquete; [[Adriana Samuel]], [[Ana Cristina de Souza|Ana Cristina]], [[André Nascimento]], [[Bernard Rajzman|Bernard]], [[Bernardinho]], [[Bruno Mossa de Rezende|Bruninho]], [[Fabiana Alvim]], [[Fernanda Ferreira]], [[Fernando Roscio de Ávila|Fernandão]], [[Janina Conceição|Janina]], [[Kátia Lopes]], [[Leandro Vissotto Neves|Leandro Vissotto]], [[Marcelo Elgarten]], [[Nalbert Bitencourt|Nalbert]], [[Rui Campos do Nascimento|Rui]], [[Tande]], [[Thaísa Menezes|Thaísa]] e [[Valeska Menezes|Valeskinha]] no vôlei;<ref>{{citar web|título = Event results General|obra = ''Olympic.org'' [[Comité Olímpico Internacional|Comitê Olímpico Internacional]]|data = 26 de março de 2003|url = https://www.olympic.org/olympic-results|acessodata = 5 de abril de 2016|arquivourl = http://web.archive.org/web/20151002012558/http://www.olympic.org/content/results-and-medalists/eventresultpagegeneral/?athletename=&country=&sport2=31407&games2=&event2=&mengender=true&womengender=true&mixedgender=false&goldmedal=true&silvermedal=true&bronzemedal=true&worldrecord=true&olympicrecord=false&teamclassification=true&individualclassification=true&winter=false&summer=true|arquivodata = 2022-02-19|urlmorta = yes}}</ref> [[Bárbara Seixas]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/barbara-seixas-de-freitas/|título= Bárbara Seixas| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Jaqueline Silva|Jackie Silva]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/jacqueline-louise-cruz-silva/|título= Jaqueline Silva| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Raquel da Silva]],<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/raquel-peluci-xavier-camargo-da-silva/|título= Raquel da Silva| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Sandra Pires]]<ref>{{citar web |url= https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/sandra-tavares-pires/|título= Sandra Pires| autor = COB | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> no vôlei de praia, além de [[Hugo Calderano]], o maior mesa-tenista da história do Brasil;<ref>{{citar web |url= https://ge.globo.com/tenis-de-mesa/noticia/hugo-calderano-chega-ao-melhor-ranking-da-carreira-3o-do-mundo-no-tenis-de-mesa.ghtml|título= Hugo Calderano chega ao melhor ranking da carreira: 3º do mundo no tênis de mesa| autor = Globoesporte | acessodata = 19 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Nelson Piquet]], tricampeão mundial de F1,<ref>{{citar web |url= https://autopapo.uol.com.br/noticia/10-fatos-nelson-piquet/|título= Conheça 10 fatos marcantes sobre o tricampeão Nelson Piquet| autor = Autopapo UOL | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> [[Bob Burnquist]], considerado um dos maiores skatistas de todos os tempos<ref>{{citar web |url= https://diariodoestadogo.com.br/10-maiores-skatistas-de-todos-os-tempos-108146/|título= 10 maiores skatistas de todos os tempos| autor = Diário do Estado | acessodata = 20 de fevereiro de 2022}}</ref> e [[Marcus Vinicius D'Almeida]], vice-campeão mundial de tiro com arco.<ref>{{citar web |url= https://ge.globo.com/tiro-com-arco/noticia/marcus-vinicius-dalmeida-e-vice-campeao-mundial-de-tiro-com-arco.ghtml|título= Marcus Vinicius D´Almeida é vice-campeão mundial de tiro com arco| autor = Globoesporte | acessodata = 21 de fevereiro de 2022}}</ref>


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{{Subdivisões do Rio de Janeiro}}
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Edição atual tal como às 02h49min de 19 de outubro de 2024

 Nota: Este artigo é sobre o estado. Para a capital, veja Rio de Janeiro. Para outros significados, veja RJ (desambiguação).
Estado do Rio de Janeiro
Bandeira do Rio de Janeiro
Brasão de Armas do Rio de Janeiro
Brasão de Armas do Rio de Janeiro
Bandeira Brasão
Lema: RECTE REM PVBLICAM GERERE
(traduzido do latim, significa: "Gerir a Coisa Pública com Retidão")
Hino: Hino do Rio de Janeiro
Gentílico: fluminense

Localização do Rio de Janeiro no Brasil
Localização do Rio de Janeiro no Brasil

Localização
 - Região Sudeste
 - Estados limítrofes Espírito Santo (nordeste), Minas Gerais (noroeste) e São Paulo (sudoeste)
 - Regiões geográficas
   intermediárias
5
 - Regiões geográficas
   imediatas
14
 - Municípios 92
Capital Brasão da cidade do Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Governo
 - Governador(a) Cláudio Castro (PL)
 - Vice-governador(a) Thiago Pampolha (MDB)
 - Deputados federais 46
 - Deputados estaduais 70
 - Senadores Carlos Portinho (PL)
Flávio Bolsonaro (PL)
Romário (PL)
Área
 - Total 43 750,425 km² (24º) [1]
População
 - Censo 2022 16 055 174 hab. ()[2]
 - Densidade 366,97 hab./km² ()
Economia 2021[3]
 - PIB R$ 949.301 bilhões ()
 - PIB per capita R$ 54.359,61 ()
Indicadores 2016/2017[4][5]
 - Esperança de vida (2017) 76,5 anos ()
 - Mortalidade infantil (2017) 11,1‰ nasc. (20º)
 - Alfabetização (2016) 97,3% ()
 - IDH (2021) 0,762 () – alto [6]
Fuso horário UTC−3, America/Sao_Paulo
Clima tropical
tropical de altitude Aw, Cwa
Cód. ISO 3166-2 BR-RJ
Site governamental http://www.rj.gov.br/

Mapa do Rio de Janeiro
Mapa do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se a sudeste da região Sudeste do país, tendo como divisas os estados de Minas Gerais (norte e noroeste), Espírito Santo (nordeste) e São Paulo (sudoeste), além do Oceano Atlântico (leste e sul). Ocupa uma área de 43 750,425 km². Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de fluminenses (do latim flumen, literalmente "rio").[7][8]

A cidade mais populosa é a sua capital homônima, polo da segunda maior metrópole do Brasil.[9] Apesar de ser, em termos de território, o terceiro menor estado brasileiro (ficando atrás apenas de Alagoas e Sergipe), concentra 7,9% da população do país, sendo o estado com a segunda maior densidade demográfica do Brasil.[2][10][11] Segundo dados do Censo 2022, o estado é o terceiro mais populoso do Brasil, com mais de 16 milhões de habitantes, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.[2][10][12][13]

O produto interno bruto (PIB) do estado é o segundo maior do país, enquanto o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) fluminense é o quarto mais elevado do Brasil. Além disso, o Rio de Janeiro apresenta a terceira maior taxa de alfabetização do país, somente atrás de Santa Catarina e Distrito Federal.

O estado é formado por duas regiões morfologicamente distintas: a baixada e o planalto, que se estendem, como faixas paralelas, do litoral para o interior. Paraíba do Sul, Macaé, Guandu, Piraí, Muriaé e Carangola são os principais rios. O clima varia de tropical a subtropical. Há ocorrência de geadas, nos meses de inverno, em regiões acima 2 000m de altitude e inclusive queda de neve esporádica no Parque Nacional de Itatiaia. O litoral fluminense é também o terceiro mais extenso do país, atrás das costas de Bahia e Maranhão.[14]

Ver artigo principal: História do Rio de Janeiro

Pré-história e povos indígenas

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Diversos estudos genéticos atestam que os povos indígenas das Américas descendem diretamente de populações do leste da Sibéria que migraram para a América do Norte em algum momento entre 25 e 15 mil anos atrás, dali povoando todo o continente americano.[15][16]

Dentre os vestígios mais antigos de presença humana no território fluminense, está o Sambaqui da Lagoa de Itaipu, em Niterói, datado de 8 mil anos atrás.[17][18]

Em momento controverso, nos primeiros séculos da Era Cristã ou por volta do ano 1000, povos tupis, oriundos da Amazônia, ocuparam todo o litoral fluminense, com exceção da região da foz do Rio Paraíba do Sul.[19][20]

Quando da chegada dos primeiros europeus ao Estado do Rio de Janeiro, o seu litoral, com exceção da foz do Rio Paraíba do Sul, era habitado por indígenas tupis, destacando-se os tamoios e temiminós. A foz do Rio Paraíba do Sul e a região de Campos eram originalmente habitadas pelos índios goitacás, enquanto o restante do interior fluminense era habitado pelo puris.[20]

Primeiros povos e colonização portuguesa

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Baía de Guanabara na época da França Antártica.
Forte de São Mateus, em Cabo Frio, uma das fortificações construídas pelos portugueses no litoral fluminense.

A primeira expedição a explorar o atual estado do Rio de Janeiro foi a de Gonçalo Coelho entre 1501 e 1502, a qual, em 1° de janeiro de 1502, descobriu a Baía de Guanabara, que pensaram ser a foz de um grande rio, assim originando o nome “Rio de Janeiro”. A segunda expedição de Coelho, em 1503, verificou os recursos naturais da nova terra e ergueu uma feitoria em Cabo Frio, para a exportação do pau-brasil, que se torna o principal produto explorado em terras fluminenses.[21]

À época do estabelecimento do sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil, a região da Baía do Rio de Janeiro (mais tarde, renomeada para Baía de Guanabara) foi entregue a Martim Afonso de Sousa e compunha o 1º lote ou a porção setentrional da Capitania de São Vicente, cujo território ia da atual cidade de Macaé até a atual cidade de Caraguatatuba, e era separada do 2º lote ou da porção meridional da Capitania de São Vicente pela Capitania de Santo Amaro (de Caraguatatuba a Bertioga). A região norte do atual Estado do Rio de Janeiro compunha a Capitania de São Tomé ou Capitania da Paraíba do Sul, e foi entregue inicialmente a Pero de Góis.[22]

No entanto, as primeiras tentativas de colonização portuguesa tanto na parte setentrional de São Vicente quanto em São Tomé acabaram fracassando, em virtude da hostilidade dos tamoios e dos goitacás.[23] Em 1556, foram concedidas as primeiras sesmarias no território de Paraty e Angra dos Reis, iniciando a colonização da região.[21]

Em 1555, os tamoios fizeram uma aliança com a coroa francesa e autorizaram que os franceses estabelecessem uma colônia na margem ocidental da Baía de Guanabara, sob o comando do almirante e cavaleiro templário Nicolas Durand de Villegagnon. Essa colônia recebeu o nome de "França Antártica" e tinha como capital Henriville (cidade de Henrique), localizada no atual bairro carioca do Flamengo.[23]

Em 1560, o governador-geral do Brasil, Mem de Sá, recebeu ordens para expulsar os franceses e as tropas portuguesas por ele lideradas derrotaram o inimigo, mas os franceses, com o auxílio dos tamoios, refugiaram-se nas matas e reocuparam as povoações na região da Baía de Guanabara. Em 1565, desembarcou, vindo de Portugal, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, o qual fundou, junto com Dom Antônio de Mariz e o Padre José de Anchieta, em 1° de março desse ano, em uma várzea entre o Pão de Açúcar e Morro Cara de Cão, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (atual Rio de Janeiro), para servir de quartel-general para a luta contra os franceses e para assegurar a posse portuguesa dessas terras. Em 1567, os franceses foram derrotados e, com isso, foi criada, nesse mesmo ano, a Capitania do Rio de Janeiro, a partir da porção setentrional da Capitania de São Vicente. Logo após o fim da guerra entre portugueses e franceses pelo controle da região da Baía de Guanabara, indígenas que ajudaram os portugueses receberam recompensas, como Arariboia, que recebeu uma sesmaria de quatro léguas na margem oriental da baía de Guanabara, na qual surgiu o povoado de São Lourenço dos Índios (atual Niterói).[21][23][24][25][26][27] Em 1575, o último reduto da Confederação dos Tamoios foi liquidado em Cabo Frio.[28]

Rua da cidade histórica de Paraty inundada pela maré alta. Ao fundo, a Igreja de Santa Rita de Cássia.

Logo após a criação da Capitania do Rio de Janeiro, foi introduzida, na região da Baía de Guanabara, o cultivo de cana-de-açúcar, que foi a base da economia fluminense na segunda metade do século XVI e no século XVII. A cana era cultivada em latifúndios, com o emprego intensivo da mão-de-obra escrava.[21][29] Entre 1583 e 1623, a área de maior destaque de produção de açúcar, no centro-sul do Brasil, se deslocou de São Vicente para o Rio de Janeiro, na região da baía de Guanabara. Se, em 1629, havia sessenta engenhos em produção no Rio de Janeiro, em 1639, já havia 110 engenhos e o Rio de Janeiro passou a fornecer açúcar a Lisboa, devido à tomada de Pernambuco durante as invasões neerlandesas. Ao final do século, havia 120 engenhos na região.[30]

Com o crescimento dos engenhos e alambiques do Rio, aumentou a imigração portuguesa para a cidade do Rio de Janeiro. É por volta dessa época que os naturais da Capitania do Rio de Janeiro começam a ser chamados popularmente de "cariocas", em particular, os trabalhadores braçais urbanos livres (pedreiros, pintores, ourives e etc.). O termo carioca era utilizado pelos imigrantes brancos da capitânia para se distinguir dos cidadãos mestiços, como lembra a profª Armelle Enders, brasilianista francesa: "No século XVII, os portugueses instalados no Rio recorrem de bom grado a essa alcunha [carioca] para designar os seus compatriotas naturais do lugar e sublinhar-lhes a forte mestiçagem ameríndia".[31]

O século XVII foi marcado pela expansão da colonização do território fluminense, da região da Baía de Guanabara para a Região dos Lagos e litoral norte fluminense e, para essas regiões, também se expandiu o cultivo da cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar continuava sendo a base da economia da Capitania, acompanhando-lhe a pesca e a extração de sal em Cabo Frio.[21]

Com a restauração da Independência Portuguesa, em 1640, os comerciantes e donos de embarcações receberam permissão de comercializar diretamente com a África a partir do porto do Rio de Janeiro, visando, complementarmente, ao tráfico de escravos para o rio da Prata. O ciclo da prata levou a um rápido desenvolvimento econômico da cidade do Rio de Janeiro, levando a cidade a se tornar no século seguinte o principal elo logístico do Império português. Tal comércio foi bastante impactado pela tomada de Angola pelos neerlandeses na mesma época. A utilização de escravos indígenas foi ampliada, mas os comerciantes e proprietários tiveram que se indispor com os jesuítas por causa das proibições papais relativas à escravização dos índios.[32][33]

A Carta Régia de 30 de junho de 1642, passada pela Chancelaria de D. João IV, outorgou o título de "a muy heróica e leal cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro", conferindo aos cidadãos do Rio o título de "homens bons do Porto", o que lhe assegurava os mesmos direitos e privilégios dos cidadãos de Lisboa e do Porto.[34]

No final do século XVII, foram descobertas as jazidas de ouro em Minas Gerais, a qual trouxe como consequências para o estado do Rio de Janeiro o êxodo de muitos fluminenses para as minas e a ampliação do porto da cidade do Rio de Janeiro, para receber o ouro a ser exportado e um grande número de portugueses e escravos africanos que tinham como destino as minas de ouro de Minas Gerais. Graças à prosperidade, a cidade do Rio foi atacada duas vezes pelos franceses em 1710 e 1711. Nas margens do Caminho Novo, ligando o Rio de Janeiro às jazidas de ouro, surgiram ponto de pouso para tropeiros e aventureiros, originando cidades atuais como Paraíba do Sul e Paty do Alferes.[21][29] Em 1763, a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, devido a proximidade desta cidade das minas e a transferência do eixo econômico brasileiro do Nordeste para o Sudeste.[35]

Transferência da corte portuguesa e Império

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Petrópolis em 1889.
Mapa do Estado do Rio de Janeiro, 1892. Arquivo Nacional.
Fazenda de café em Paty do Alferes.

Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, na época da tomada da Península Ibérica por Napoleão Bonaparte, a região do Rio de Janeiro foi muito beneficiada com reformas urbanas para abrigar a Corte portuguesa. Dentro das mudanças promovidas, destacam-se: a transferência de órgãos de administração pública e justiça, a criação de novas igrejas, hospitais, quartéis, fundação do primeiro banco do país — o Banco do Brasil — e a Imprensa Régia, com a Gazeta do Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, também surgiram o Jardim Botânico, a Biblioteca Real (hoje Biblioteca Nacional) e a Academia Real Militar, antecessora da atual Academia Militar das Agulhas Negras. Assim, ocorreu um processo cultural, influenciado não somente pelas informações trazidas pela chegada da corte e da família real, mas também pela presença de artistas europeus que foram contratados para registrar a sociedade e natureza brasileira. Nessa mesma época, nasceu a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.[carece de fontes?]

Após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, a administração da capitania do Rio de Janeiro passou a ser confiada ao ministro do Reino, cargo que foi praticamente um substituto para o de Vice-Rei, pois lhe era confiada a sua administração. Em 1821, pouco após o início da Revolução Liberal do Porto, as Cortes Gerais decidem elevar as capitanias à condição de províncias, o que também ocorreu no Brasil, então nascendo a Província do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

No final do século XVIII, o café chegou ao Vale do Paraíba Fluminense e rapidamente ganhou destaque, se tornando a principal atividade econômica fluminense. O cultivo desse grão foi responsável pela colonização dessa parte do Rio de Janeiro, devido ao afluxo de duas frentes migratórias: uma, mais importante, de migrantes de Minas Gerais que abandonaram as jazidas decadentes, e outra, vinda do litoral fluminense, composta por portugueses e brasileiros que foram incentivados pelo governo para migrarem para essas terras. Formou-se uma aristocracia cafeeira escravocrata. A região do Vale do Paraíba Fluminense prosperou, assim como suas cidades, como Resende, Vassouras e Valença.[21][29][36]

Em 1834, a cidade do Rio de Janeiro se transformou no Município Neutro e a capital da província do Rio de Janeiro foi transferida para Vila Real da Praia Grande, elevada à categoria de cidade no ano seguinte, com o nome Niterói.[21]

Na década de 1860, houve um ressurgimento do cultivo de cana-de-açúcar no Norte Fluminense, graças à crescente demanda no exterior, trazendo prosperidade à região.[21]

Em 1888, foi abolida a escravidão no Brasil. Com isso, ressurgimento do açúcar no Norte Fluminense, que utilizava essa mão-de-obra, entrou em decadência, assim como o ciclo do café vale-paraibano, que já estava entrando em decadência há anos, devido à exaustão dos solos, mentalidade conservadora dos cafeicultores, altos preços dos escravizados e concorrência com o interior de São Paulo.[21][29]

Estação das barcas de Niterói, década de 1940. Arquivo Nacional.
Carlos Frederico Werneck de Lacerda, governador da Guanabara, comemora a criação do estado no Palácio Tiradentes.

Em 1889, foi proclamada a República. A Província do Rio de Janeiro foi transformada no Estado do Rio de Janeiro e o Município Neutro, no Distrito Federal. Em 29 de junho de 1891, foi aprovada a primeira Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Devido à Revolta da Armada, em 1893 a capital fluminense foi transferida para Teresópolis, mas tal mudança não foi efetuada e, no ano seguinte, a capital estadual foi transferida para Petrópolis, que deteve tal título até 1903, quando a capital voltou para Niterói.[21][37]

Na República Velha (1889-1930), as tradicionais lavouras de cana e café aprofundaram a sua já existente decadência.[21] No Vale do Paraíba Fluminense, a cultura do café foi substituída pela pecuária, introduzida por migrantes mineiros.[21][36] Nesse contexto, com pouco estímulo à produção industrial, a pesca e a extração de sal na Região dos Lagos e a exploração de madeira se desenvolveram.[21]

Após a Revolução de 1930, o Rio de Janeiro foi governado por interventores nomeado pelo novo presidente, Getúlio Vargas, em cujos governos houve um estímulo à produção de cana e um desenvolvimento na indústria do cimento. No entanto, os recursos financeiros continuavam limitados, devido à Grande Depressão, e não houve projetos de infraestrutura. Durante o governo de Amaral Peixoto (1937-45), foi desenvolvida a infraestrutura rodoviária e o sistema de abastecimento de água e criou-se a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).[21]

Após o fim do Estado Novo, seguiram-se diversos interventores, até a posse, em 1947, de Macedo Soares, em cujo governo (1947-51) houve um forte desenvolvimento da indústria de aço e cimento e estímulos financeiros à agropecuária, reerguendo-a. Sucederam-lhe novos governos de orientação desenvolvimentista: Amaral Peixoto (1951-55), que ampliou a infraestrutura rodoviária, fez importantes obras de saneamento básico, criou a Companhia Nacional de Álcalis e concluiu a construção da Usina Hidrelétrica de Macacu; Miguel Couto Filho (1955-58), cuja administração foi marcada pela ampliação do sistema de saúde público e do acesso à eletricidade; Roberto Silveira (1959-61), dinamizador da administração pública e Badger da Silveira (1963-4), cassado pelo golpe de 1964, que dinamizou o fornecimento de energia no estado.[21] O sucessor de Badger, o general Paulo Torres, criou a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.[carece de fontes?]

Em 1960, a capital federal foi transferida para Brasília e o antigo Distrito Federal passou a ser o Estado da Guanabara.

Reunificação

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Niterói foi a capital do estado até 1975, ano da fusão do Estado do Rio de Janeiro com o Estado da Guanabara.

Após a edição da Lei Complementar nº 20 em 1974, assinada pelo então presidente Ernesto Geisel, reunificaram-se, após 140 anos de separação, os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 15 de março de 1975. A capital do estado passou a ser o município do Rio de Janeiro. Foram mantidos ainda os símbolos do estado do Rio de Janeiro, enquanto os símbolos do antigo estado da Guanabara passaram a ser os símbolos do município do Rio de Janeiro. Por imposição do regime militar, o termo carioca foi reduzido a gentílico municipal da cidade do Rio de Janeiro, embora a maioria da população do Estado se declare como "carioca". Atualmente, movimentos sociais tentam obter o reconhecimento de carioca como gentílico co-oficial do novo Estado do Rio de Janeiro.[38]

Alguns alegam que a motivação por trás do presidente Ernesto Geisel para a fusão foi neutralizar a força oposicionista do MDB no estado da Guanabara. O estado do Rio de Janeiro, tradicionalmente foi considerado um polo de conservadorismo, devido aos governos sucessivos do PSD e posteriormente da Arena, apesar da grande força do PTB (que elegeu os dois últimos governadores antes de 1964), e depois do MDB nessa região, o que levou à errônea conclusão que esta viria a neutralizar a oposição emedebista guanabarina, evitando maiores problemas para o governo militar, que acaba por indicar como primeiro governador do novo estado o almirante Floriano Peixoto Faria Lima. Apesar de Faria Lima assumir o estado com promessas do governo federal de maciços investimentos, a fim de compensar os problemas que poderiam advir da fusão, esses não se concretizaram plenamente, mesmo com a implantação das usinas nucleares em Angra dos Reis e a expansão da Companhia Siderúrgica Nacional, o que acarretou problemas que viriam a ser sentidos, principalmente nas áreas de habitação, educação, saúde e segurança partir da década de 1980.[carece de fontes?]

Leonel Brizola.

Com a abertura política e a volta das eleições diretas para governador, os fluminenses elegeram o ex-governador gaúcho Leonel de Moura Brizola (PDT) em 1982, exilado político desde 1964 que voltava ao Brasil com a bandeira do trabalhismo varguista, o que conquistou o eleitorado insatisfeito com o segundo governo de Chagas Freitas.[39] Em seu primeiro governo (1983-7), Leonel Brizola constrói o Sambódromo e dá início aos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), escolas projetadas por Oscar Niemeyer e idealizadas pelo professor Darcy Ribeiro para funcionarem em tempo integral. A crescente crise na área da segurança pública e os desgastantes atritos com as Organizações Globo (atual Grupo Globo) acabaram por impedir que ele fizesse seu sucessor.[39][40]

Nas eleições de 1986, Moreira Franco foi eleito governador pelo PMDB numa ampla aliança antibrizolista, que ía desde o PFL ao PCdoB. Moreira teve a ajuda do Plano Cruzado, plano econômico lançado no governo do presidente José Sarney que visava o controle da inflação e que malogrou ante a acusação, por parte da oposição, de ter sido eleitoreiro. A decepção com o governo Moreira Franco (1987-91), que não cumpriu a promessa de acabar com a violência em seis meses, levou o eleitorado fluminense a eleger Leonel Brizola novamente, em 1990.[39][41] Em seu segundo mandato (1991-4), Brizola concluiu os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), construiu a Via Expressa Presidente João Goulart, a Universidade Estadual do Norte Fluminense, ampliou o sistema de abastecimento hídrico do Rio Guandu e deu início ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. Porém os problemas crônicos na área de segurança, bem como nas contas públicas estaduais, fizeram o estado sofrer uma "intervenção branca" do governo federal no ano de 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento e, também, no ano de 1994. A utilização de tropas das Forças Armadas no patrulhamento das ruas da capital fluminense foi amplamente apoiada pela população.[42][43]

Marcello Alencar.

Em meio a esses problemas, Brizola renunciou ao mandato a fim de concorrer às eleições presidenciais. O governo estadual foi assumido pelo seu vice, Nilo Batista, que, após 8 meses, passou o comando para Marcello Alencar (PSDB), eleito graças ao bom desempenho de sua passagem pela prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e ao sucesso do Plano Real. Durante seu governo (1995-9), Marcello retomou as obras do metrô, paralisadas desde a gestão de Moreira Franco, construiu a Via Light, ligando o Rio de Janeiro a Nova Iguaçu, e implementou uma política de segurança pública mais voltada ao confronto armado, o que acabou por gerar antipatia da população de baixa renda, mais exposta aos enfrentamentos entre a polícia e bandidos.[carece de fontes?]

Na eleição de 1998, Anthony Garotinho (PDT), apadrinhado à época por Brizola e que, anteriormente, havia perdido a eleição para Alencar, foi eleito governador, apoiado por uma aliança de esquerda que incluiu, como vice na chapa, a então senadora Benedita da Silva (PT), que o substituiu em 2002, quando ele também renunciou, como Brizola, visando à corrida presidencial. Benedita assumiu em meio a problemas de ordem política — Garotinho rompeu a aliança com o PT, sob acusações de fisiologismo — e fiscal que acabaram por impedi-la de se reeleger, sendo derrotada por Rosinha Garotinho, esposa de Anthony Garotinho, que procurou, após eleita, manter o estilo por vezes controvertido de governar de seu marido, enfrentando ainda duras críticas com relação à situação da segurança pública.[carece de fontes?]

Nas eleições de 2006, o eleitorado fluminense elegeu, em segundo turno, Sérgio Cabral Filho como o novo governador. Apesar de pertencer ao mesmo partido de Garotinho e Rosinha (PMDB), Cabral vinha dissociando, desde a campanha, sua imagem da do casal. A aproximação com o presidente Lula, a nomeação de Benedita da Silva e Joaquim Levy para o seu secretariado e a extinção de projetos como o Cheque-Cidadão e Jovens pela Paz (considerados como marcas registradas do período Garotinho/Rosinha) foram atitudes tomadas por Cabral que sinalizam este distanciamento, mas que permitiram, ao mesmo, alcançar a reeleição no ano de 2010.[carece de fontes?]

Cabral renunciou em abril de 2014, sendo sucedido pelo vice-governador, Luiz Fernando Pezão (PMDB), reeleito em outubro do mesmo ano em segundo turno. No seu governo (2014-19), o Rio de Janeiro viveu uma situação orçamentária difícil, pedindo, em 2017, financiamento ao governo federal, tendo como uma das garantias a privatização da Cedae. Devido a onda de criminalidade no estado, o governo do então presidente Michel Temer decretou, em fevereiro de 2018, intervenção federal na segurança pública do estado, com vigor até o dia 31 de dezembro daquele ano.[44][45] Sucederam-lhe como governadores Wilson Witzel (2019-21), que sofreu impeachment em 2021, e Cláudio Castro (2021-), vice de Witzel, reeleito em 2022 em primeiro turno.[46][47][48]

Imagem de satélite do território fluminense.

O estado do Rio de Janeiro faz parte do bioma da Mata Atlântica brasileira, tendo em seu relevo montanhas e baixadas localizadas entre a Serra da Mantiqueira e Oceano Atlântico, destacando-se pelas paisagens diversificadas, com escarpas elevadas à beira-mar, restingas, baías, lagunas e florestas tropicais. Fazendo divisa com os estados de Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, o Rio de Janeiro é um dos menores estados do país e o menor da região Sudeste. O município mais setentrional do estado é Porciúncula e o mais meridional Paraty. Possui uma costa com 635 km de extensão, banhados pelo Oceano Atlântico, sendo superada em tamanho apenas pelas costas da Bahia e Maranhão.[carece de fontes?]

Solos e relevo

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De um modo geral, os solos fluminenses são relativamente pobres. Os solos mais propícios à utilização agrícola encontram-se em Campos dos Goytacazes, Cantagalo, Cordeiro e em alguns municípios do vale do Rio Paraíba do Sul. Existem no estado duas unidades de relevo: a Baixada Fluminense, que corresponde às terras situadas em geral abaixo de 200 m de altitude e o planalto ou Serra Fluminense, acima de 300 m.[carece de fontes?]

A Baixada Fluminense acompanha todo o litoral e ocupa cerca de metade da superfície do estado. Apresenta largura variável, bastante estreita entre as baías da Ilha Grande e de Sepetiba, alargando-se progressivamente no sentido leste, até o Rio Macacu. No trecho que passa pela capital, erguem-se os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, que atingem altitudes um pouco superiores a 1 000 m. Da Baía da Guanabara até Cabo Frio, a baixada volta a estreitar-se numa sucessão de pequenas elevações, de 200–500 m de altura, os chamados maciços litorâneos fluminenses. A partir de Cabo Frio, alarga-se novamente, alcançando suas extensões máximas no delta do Rio Paraíba do Sul.[carece de fontes?]

Os principais acidentes geográficos do estado são a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. A primeira recebe diversas denominações locais: Serra dos Órgãos, Serra das Araras, Serra da Estrela e Serra do Rio Preto. Seu ponto culminante é o Pico Maior de Friburgo, a 2 366 m de altitude.[49] A serra da Mantiqueira cobre o noroeste do estado, ao norte do vale do Rio Paraíba do Sul, sendo paralela à Serra do Mar. É lá que se encontra o pico das Agulhas Negras, ponto culminante do estado a 2 791 m acima do nível do mar, no município de Itatiaia. Entre as duas serras está o vale do rio Paraíba do Sul, onde a média de altitude cai para 250 m. A nordeste, observa-se uma série de morros e colinas de baixas altitudes.[carece de fontes?]

Parque Nacional da Tijuca.

A vegetação original do estado inclui a Mata Atlântica, restingas, manguezais e campos de altitude. Devido à ocupação agropastoril, o desmatamento a modificou sensivelmente.

Atualmente, as florestas ocupam um décimo do território fluminense, concentrando-se principalmente nas partes mais altas das serras. Há grandes extensões de campos produzidos pela destruição, próprios para a pecuária, e, no litoral e no fundo das baías, registra-se a presença de manguezais (conjunto de árvores chamadas mangues, que crescem em terrenos lamacentos).[carece de fontes?]

As principais unidades de conservação do estado são os parques nacionais da Tijuca, de Itatiaia, da Serra da Bocaina, da Serra dos Órgãos e da Restinga de Jurubatiba, os parques estaduais da Pedra Branca, da Ilha Grande e dos Três Picos e a Área de Proteção Ambiental de Guapimirim.[carece de fontes?]

O Rio Paraíba do Sul é o principal rio do estado. Nasce em Taubaté, no estado de São Paulo, e desemboca no Oceano Atlântico — como a maior parte dos rios fluminenses —, na altura do município de São João da Barra. Seus principais afluentes, no estado, são o Paraibuna, Pomba e o Muriaé que possui um importante afluente, o Carangola, subafluente do rio Paraíba do Sul, pela margem esquerda, o Piabinha e o Piraí pela margem direita.

Além do Paraíba do Sul, destacam-se, de norte para sul, os rios Itabapoana, que marca fronteira com o Espírito Santo, o Macabu, que deságua na Lagoa Feia, o Macaé, o São João, o rio Macacu, o Magé e o Guandu.Os principais acidentes são a Baía da Ilha Grande, a Ilha Grande, a Restinga da Marambaia, a Baía de Sepetiba e a Baía de Guanabara, onde se destaca na paisagem a Enseada de Botafogo. Há um total de 365 ilhas espalhadas pela costa somente no município de Angra dos Reis e 65 na baía de Paraty.[carece de fontes?]

O litoral fluminense é pontilhado por numerosas lagoas, antigas baías fechadas por cordões de areia. As mais importantes são as lagoas Feia, a maior do estado, Saquarema, Maricá, Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas, as três últimas no município do Rio de Janeiro. O estado ainda conta com a maior laguna hipersalina do mundo, a Laguna Araruama, que é chamada de lagoa por alguns por um erro, pois, além de ser salobra, tem ligação com o mar através do Canal do Itajuru.[carece de fontes?]

Tipos de clima nas diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro de acordo com a classificação climática de Köppen.

Predominam no estado do Rio de Janeiro os climas tropicais (nas baixadas) e tropical de altitude (nos planaltos). Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, domina o clima tropical semiúmido, com chuvas abundantes no verão, que é muito quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A temperatura média anual é de 22 °C a 24 °C e o índice pluviométrico fica entre 1 000 e 1 500 mm anuais. Nos pontos mais elevados da Região Serrana, observa-se o clima tropical de altitude, mas com verões um pouco quentes e chuvosos e invernos frios e secos. A temperatura média anual é de 16 °C. Na maior parte da Serra Fluminense, o clima também é tropical de altitude, mas com verões variando entre quentes e amenos e na maioria das vezes, chuvosos, e invernos frios e secos, com índice pluviométrico elevado, se aproximando dos 2 500 mm anuais em alguns pontos.[carece de fontes?]

Nas Baixadas Litorâneas, a famosa Região dos Lagos, o clima é tropical marítimo, com média anual de cerca de 24 °C com verões moderadamente quentes, mas amenizados devido ao vento do mar e invernos amenos. É devido ao vento frio trazido pela Corrente das Malvinas que esta região é uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de apenas cerca de 750 mm em cidades como Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e São Pedro da Aldeia, e não passando de cerca de 1 100 mm nas cidades mais chuvosas da região, como Saquarema por exemplo. Ocasionalmente, podem ocorrer precipitações de neve nas partes altas da Serra da Mantiqueira, dentro dos limites Parque Nacional de Itatiaia. Em 1985, foi registrada uma abundante nevada nas proximidades deste pico, com acumulações de um metro em certos pontos.[50]

Crescimento populacional
Censo Pop.
18721 057 696
18901 399 53532,3%
19001 737 47824,1%
19202 717 24456,4%
19403 611 99832,9%
19504 674 64529,4%
19606 709 89143,5%
19709 110 32435,8%
198011 489 79726,1%
199112 783 76111,3%
200014 367 08312,4%
201015 989 92911,3%
202216 055 1740,4%
Fonte: IBGE[51][52]
Ver artigo principal: Demografia do Rio de Janeiro

De acordo com o censo demográfico de 2010, da população total do estado, existiam 7 324 315 católicos (45,8%), 4 696 906 evangélicos (29,4%), 647 572 espíritas (4%), e 2 416 303 pessoas sem religião (14,6%). Existem ainda, adeptos aos islamismo, judaísmo, budismo, hinduísmo, esoterismo e neo-paganismo. Juntos, os adeptos destas e outras religiões minoritárias somam 711 651 pessoas (4,3%).

O Rio de Janeiro é o estado com o menor percentual de católicos apostólicos romanos, e o estado com o maior percentual de pessoas sem religião (como ateus e agnósticos). Além disso, é o estado com o maior percentual de espíritas do Brasil. A variedade de denominações é uma marca da presença da diversidade religiosa no perfil demográfico do estado.[53]

Composição étnica

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O estado do Rio de Janeiro é formado por enorme gama de etnias e povos das mais variadas procedências, principalmente pelo fato de sua capital ter sido durante um longo período a capital do estado brasileiro.

No início do século XVI, habitavam o Rio de Janeiro quatro grandes grupos indígenas, classificados de acordo com seu grupo linguístico: tupis-guaranis, que habitavam o litoral e constituíam diversas tribos como os tupinambás ou tamoios e os tupiniquins; puris, maxacalis e botocudos, de línguas da família macro-jê, que habitavam o interior, sobretudo a bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul; os goitacases, que habitavam a foz do rio Paraíba do Sul e as tribos guaianás que viviam no litoral sul, entre Angra dos Reis e Paraty e na Ilha Grande. Com a colonização, as tribos indígenas foram extintas. Em 30 de maio de 1902, na paróquia de Santo Antônio de Pádua, no município de mesmo nome, foi registrado o último óbito de índio natural do estado do Rio de Janeiro: Joaquina Maria Pury. Em fins da década de 1940, guaranis migraram para a região das cidades de Angra dos Reis e Paraty. Eles só vieram a ser descobertos pelo governo federal em 1974 com a construção da Rodovia Rio-Santos. Atualmente, os quinhentos guaranis do estado vivem em três aldeias: Sapukaí, Itatiim e Araponga.

Cor/Raça População
Brancos 6 739 901 (42,9%)
Pardos 6 682 740 (41,6%)
Pretos 2 594 253 (16,2%)
Amarelos, Indígenas e não declarados 141 207 (0,9%)
Fonte: IBGE (2022) Censo no Rio de Janeiro em 2022.


No século XVI, desembarcam na região os franceses, que na Baía da Guanabara instalam uma colônia de refugiados religiosos. Logo em seguida os portugueses invadem a região, e na guerra com os franceses, saem vitoriosos, sendo fundada a Cidade do Rio de Janeiro pelo português Estácio de Sá. Nos séculos seguintes, a população da região é formada basicamente por portugueses e africanos, trazidos à força pelos portugueses na condição de escravos. Até meados do século XIX, a maioria da população fluminense era composta por negros, porém, o número de imigrantes portugueses desembarcados na cidade do Rio de Janeiro passou a crescer repentinamente naquele século, o que fez com que praticamente se igualasse o número de pessoas de origem africana e as de origem portuguesa. Posteriormente, outros povos contribuíram para a formação da população do estado, como alemães, italianos, suíços, espanhóis, dentre outros, aos quais se somaram os brasileiros de todos os estados, atraídos pela capital do país até a década de 1960, a cidade do Rio de Janeiro. Os primeiros imigrantes não portugueses a chegar à região foram os suíços, em 1818, fundando na região das serras a cidade de Nova Friburgo. Pouco mais tarde, começariam a chegar os alemães e os britânicos, que também rumaram para as serras, principalmente para a região de Petrópolis. Italianos e espanhóis chegariam mais tarde, contribuindo também para a diversidade étnica fluminense.[carece de fontes?]

Municípios mais populosos

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Política e administração

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Por ser a capital do estado, a cidade do Rio de Janeiro também é sede do governo fluminense. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) é o órgão de poder legislativo estadual[55] e está sediada no Palácio Tiradentes,[56] onde anteriormente funcionou a Câmara dos Deputados do Brasil, no Centro da cidade.[57]

O Palácio Guanabara (anteriormente conhecido como Paço Isabel) fica em Laranjeiras, na zona sul da Capital, é a sede oficial do poder executivo fluminense. O Palácio Guanabara não deve ser confundido com o Palácio Laranjeiras, situado no mesmo bairro (na Rua Paulo Cesar Andrade, 407), que é a residência oficial do governador do Rio de Janeiro.[58]

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) é o órgão máximo do poder judiciário do estado. Seu fórum central está localizada no Centro do Rio de Janeiro, mas de 2013 a julho de 2018, algumas das varas judiciais deste foro foram deslocadas para a Cidade Nova.[59]

Regiões geográficas intermediárias e imediatas

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O estado do Rio de Janeiro é composto por 92 municípios, que estão distribuídos em 14 regiões geográficas imediatas, que por sua vez estão agrupadas em cinco regiões geográficas intermediárias, segundo a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017.[60]

As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões.[61]

Oficialmente, as cinco regiões intermediárias do estado são: Rio de Janeiro, Volta Redonda-Barra Mansa, Petrópolis, Campos dos Goytacazes e Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio. O estado também é dividido em quatorze regiões imediatas: Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Rio Bonito, Volta Redonda-Barra Mansa, Resende, Valença, Petrópolis, Nova Friburgo, Três Rios-Paraíba do Sul, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, Cabo Frio, Macaé-Rio das Ostras. Ao todo, o Rio de Janeiro é dividido em 92 municípios.

Divisão das regiões intermediárias em vermelho e das imediatas em cinza no Estado do Rio.
Municípios.
Exportações do Rio de Janeiro (2012).[62]

Grande parte da economia do estado do Rio de Janeiro se baseia na prestação de serviços, tendo uma parte significativa da indústria e pouca influência no setor de agropecuária, que responde por apenas 0,4% do produto interno bruto fluminense e é apoiada quase integralmente na produção de hortaliças da Região Serrana e do Norte Fluminense. No passado, cana-de-açúcar e depois, o café, já tiveram considerável impacto na economia fluminense.[carece de fontes?] A área no entorno de Campos dos Goytacazes foi a mais impactada com a queda da cana-de-açúcar: no início do século XX, Campos possuía 27 usinas funcionando, e ao longo do século, foi uma das maiores produtoras do Brasil, porém, em 2020, apenas duas usinas de açúcar operavam na cidade.[63] O estado, que colhia cerca de 10 milhões de toneladas nos anos 1980,[64] chegou a colher apenas 1 milhão de toneladas em 2017, quando começou a se recuperar, colhendo 1,8 milhões de toneladas na safra de 2019/20.[65] Na agricultura, o estado do Rio, atualmente, se destaca em poucos produtos, como o abacaxi, onde é o 4º maior produtor do país (116 milhões de frutos em 2019),[66] que é produzido nas cidades de São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Campos dos Goytacazes e Quissamã.[67] Tem pequenas produções de mandioca (216 mil toneladas em 2019, 20º lugar no país),[68] banana (76 mil toneladas em 2019, 20º lugar no país),[69] laranja (68 mil toneladas em 2019, 10º lugar no país),[70] tangerina (37 mil toneladas em 2019, 5º lugar no país),[71] limão (20 mil toneladas em 2019, 5º lugar no país)[72] e caqui, onde tem 6% da produção nacional, sendo o 4º lugar no país.[73] O estado também já foi um grande produtor de coco, nas áreas de Quissamã e da Região dos Lagos, e em 2009 era o 7º maior produtor nacional, mas entre 2010 e 2020 vários produtores abandonaram a atividade.[74][75]

No ano de 2012, o Rio de Janeiro foi o segundo estado que mais exportou no país, como a participação de 12,88%[76] com destaque para os produtos Petróleo Cru (64,21%), Petróleo Refinado (6,07%), Produtos Semimanufaturados de Ferro (4,79%), Plataformas de Perfuração (2,33%) e Outras Ligas de Aço, em Lingotes ou Outras Formas Primárias (2,09%).[62]

O estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do Brasil, atrás do estado de São Paulo, e a quarta da América do Sul, tendo um Produto Interno Bruto superior ao do Chile, com uma participação no produto interno bruto nacional de 15,8% (2005 — Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).[77]

O Rio de Janeiro tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 150 bilhões, equivalente a 11,4% da indústria nacional e empregando 580 334 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais do Rio são: Extração de Petróleo e Gás Natural (25,9%), Derivados do Petróleo e Biocombustíveis (18,7%), Construção (15,5%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (10,6%), e Metalurgia (4,2%). Estes 5 setores concentram 74,9% da indústria do estado.[78]

Com 37,5% do produto interno bruto vem o setor industrial — metalúrgica, siderúrgica, gás-química, petroquímica, naval, automobilística, audiovisual, cimenteira, salineira, alimentícia, mecânica, editorial, têxtil, gráfica, de papel e celulose, de extração mineral, extração e refino de petróleo. A indústria química e farmacêutica também ocupa papel de destaque na economia fluminense. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado, com destaque para Merck, Glaxo, Roche, Arrow, Barrenne, Casa Granado, Darrow Laboratórios, Gross, Baxter, Schering-Plough, Musa, Daudt, Lundbeck, Mayne e Mappel. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizada no bairro carioca de Manguinhos, é o maior laboratório público da América Latina e um dos maiores do mundo e ocupa posição de destaque na pesquisa de remédios para diversas moléstias. A Ceras Johnson, fabricante de vários produtos de limpeza e desinfetantes, também tem sede no Rio de Janeiro. No sul do estado também se localiza um importante parque industrial, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional sediada em Volta Redonda, Volkswagen Caminhões e Ônibus (MAN), Coca-Cola (Companhia Fluminense de Refrigerantes), a fabricante de vidros Guardian do Brasil, Galvasud, Indústrias Nucleares do Brasil, Michelin, White Martins, a Indústria Nacional de Aços Laminados, Companhia Estanífera Brasileira, Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, entre outras. A Nissan também irá construir uma nova fábrica no município de Resende no sul do estado.[79]

O estado também abriga o segundo maior polo cervejeiro do país. Petrópolis é a sede de algumas das maiores cervejarias do país (como o Grupo Petrópolis, e a Cervejaria Bohemia). Além disso, inúmeras fábricas se espalham pelo estado.[80]

No que diz respeito à indústria do sal, a Região dos Lagos é a segunda maior região produtora do Brasil, perdendo apenas para a região do Polo Costa Branca, localizado no estado do Rio Grande do Norte. No município de Cabo Frio está sediada a Refinaria Nacional de Sal, que é uma das principais indústrias salineiras do país.

No setor de petróleo, estão sediadas no Rio de Janeiro as maiores empresas do país, incluindo a maior companhia brasileira, a Petrobras. Além dela, Shell, Esso, Petróleo Ipiranga e El Paso Corporation mantêm suas sedes e centros de pesquisa no estado. Juntas, todas estas empresas produzem mais de quatro quintos dos combustíveis distribuídos nos postos de serviço do país. O governo do estado monitora a produção de petróleo e gás através do Centro de Informações sobre o Petróleo e Gás Natural do Estado do Rio de Janeiro.

Panorama da região central da cidade do Rio de Janeiro.
Reprodução do rio Ganges para a telenovela Caminho das Índias na cidade cenográfica dos Estúdios Globo.

Os serviços representam 62,1% do produto interno bruto do estado, em áreas como telecomunicações, audiovisual, tecnologia da informação (TI), turismo, turismo de negócios, ecoturismo, seguros e comércio. O estado é a sede da maior parte das operadoras de telefonia do país, como TIM, Oi e Embratel. O estado também ocupa posição de destaque no setor de vendas a varejo, sendo sede de grandes cadeias de lojas, como Lojas Americanas, Ponto Frio e Casa & Vídeo.[carece de fontes?]

O Estado do Rio de Janeiro e, mais especificamente sua capital, são frequentemente associados à produção audiovisual. Segundo dados do Ministério da Cultura, cerca de 80% das produtoras cinematográficas do país têm sede no estado e é da mesma proporção a produção de filmes do estado em relação ao total nacional.[81] O Rio de Janeiro abriga atualmente a maior parte dos estúdios de dublagem de filmes e séries estrangeiras. Na capital do estado ficava a Herbert Richers, maior empresa de tradução e dublagem do Brasil.[82] A cidade do Rio de Janeiro é o berço e quartel-general do Grupo Globo, maior conglomerado de empresas de comunicações e produção cultural da América Latina.[83] Também estão sediadas no Rio de Janeiro a TV Globo, a Rádio Globo e o jornal O Globo, primeira empresa da holding.[83]

Também está presente o Casablanca Estúdios, complexo de estúdios de produção e teledramaturgia da Record.[84] Também se sediou no Rio de Janeiro a Rede Manchete, fundada em 1983 e extinta em 1999.[85] O estado (e especificamente a cidade do Rio de Janeiro), ultimamente tem se destacado como cenário para filmes estrangeiros, principalmente norte-americanos.[86]

Infraestrutura

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Campus do Gragoatá, da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói.

O estado do Rio de Janeiro possui um dos maiores níveis de educação no Brasil.[87] Apesar da precariedade, os estudos mostram que a nível nacional, escolas públicas fluminenses possuíram bons índices de aproveitamento no último censo.[88]

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2000 o Rio de Janeiro era o terceiro estado brasileiro por número de pessoas acima de quinze anos alfabetizadas, com apenas 6,6% de sua população nessa faixa etária analfabeta. O estado estava atrás apenas do Distrito Federal (5,7%) e do estado de Santa Catarina (6,3%).[89] Dados divulgados pelo mesmo instituto em 2008 indicam que o Rio é hoje o segundo estado do Brasil por número de pessoas acima de quinze anos alfabetizadas, com apenas 4,3% dessa sua população analfabeta, perdendo apenas para o Distrito Federal. Entretanto, em relação ao índice de analfabetos funcionais (14,4%), o estado perde para o Distrito Federal (10,9%) e para São Paulo (14%), ficando na terceira posição na lista.[carece de fontes?]

O estado possui um bom número de universidades federais do Brasil, sendo elas: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. As demais, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Estadual da Zona Oeste, Universidade Estadual do Norte Fluminense também possuem grande destaque e são mantidas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro.[90]

Segurança pública

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Viaturas da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).
Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública fluminense. Para fins de organização é uma força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, assim como suas co-irmãs e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social brasileiro e está subordinada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro através da Secretaria Estadual de Segurança (SESeg). Foi criada em 1809, por dom João 6º, e possui, atualmente, aproximadamente 52 000 militares. Sua principais unidades são o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), o Grupamento Aeromóvel, entre outras, cabendo citar seu principal centro de formação, a Academia de Polícia Militar Dom João VI.[carece de fontes?]

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) é uma corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito fluminense, sendo também força auxiliar e reserva do Exército, subordinada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro por meio da Secretaria Estadual de Defesa Civil (SEDeC). Foi criado em 1856 por Dom Pedro II, possuindo, hoje, cerca de 15 500 militares.[carece de fontes?]

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) é uma das polícias deste estado, órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar.[91] Foi criada em 1808, e possui cerca de 11 000 policiais.[carece de fontes?]

Museus e espaços culturais

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Museu Imperial, em Petrópolis.

Entre os principais museus do estado estão o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro,[92] o Museu de Arte do Rio (MAR),[93] Museu Nacional,[94] Museu Nacional de Belas Artes,[95] o Museu Histórico Nacional,[96] o Museu da República,[97] Museu Histórico de Campos dos Goytacazes,[98] Museu Imperial de Petrópolis,[99] o Museu da Chácara do Céu ("Museus Castro Maya"),[100] o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu do Amanhã, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ)[101] o Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Museu da Aviação Naval — único do gênero no Brasil e o do Forte de Copacabana.

O Museu de Arte Contemporânea de Niterói é conhecido pela sua arquitetura exterior que lembra bastante o formato de um cálice ou um disco voador. O MAC possui quatro andares e aproximadamente 2 500m² com espaços de exposições e galerias, mas também tem um restaurante e um auditório. Através das janelas, montadas a um ângulo de 40° você pode curtir um vista panorâmica do Rio de Janeiro, do Pão de Açúcar e da Baía de Guanabara.[102] A capital fluminense, na Barra da Tijuca, conta também, desde 2013, com a Cidade das Artes, um complexo que abriga a maior sala de concertos da América Latina.[103]

Ver artigo principal: Cinema brasileiro

Em 2006, 65% da produção do cinema nacional foi realizada por produtoras sediadas na capital fluminense,[104] que possui, também, cerca de 180 salas de cinema, maior proporção do país entre as capitais, e a maior proporção também de museus, (80 no total e 43 teatros).[carece de fontes?]

Final do Campeonato Carioca de 2017, no setor Sul do Maracanã (parte da torcida do Fluminense).

Assim como em outras unidades da federação brasileiras, todos os anos é realizado o Campeonato Estadual de Futebol. O campeonato do atual Estado do Rio de Janeiro é disputado desde 1979, após a fusão dos estados da Guanabara e do antigo estado do Rio de Janeiro, cuja capital era Niterói. Até então existiam os campeonatos Carioca e Fluminense, além do Fluminense de Seleções. Os quatro principais clubes de futebol do Rio de Janeiro são os clubes de futebol, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama. Os quatro estão entre os mais tradicionais do Brasil e possuem performances mais destacadas que os outros clubes que representam o Estado do Rio de Janeiro em competições nacionais e internacionais.[105][106][107][108][109] A cidade do Rio de Janeiro, sede dos quatro grandes, é aquela que reunia mais clubes profissionais no Brasil em 2018, um total de 28 clubes, contra 9 clubes de Belém, a segunda colocada, com o Estado do Rio de Janeiro tendo 69 clubes em todas as suas divisões nesse ano.[110]

No estado nasceram medalhistas olímpicos como Martine Grael,[111] Clinio de Freitas, Daniel Adler, Eduardo Penido, Isabel Swan, Kiko Pelicano, Marcelo Ferreira, Marcos Soares, Nelson Falcão e Ronaldo Senfft no iatismo;[112] Thiago Pereira,[113] Bruno Fratus[114] e Jorge Fernandes na natação;[115] Robson Caetano,[116] Rosângela Santos[117] e José Telles da Conceição[118] no atletismo; Luiz Felipe de Azevedo no hipismo;[119] Afrânio da Costa[120] e Fernando Soledade no tiro;[121] Affonso Évora,[122] Alfredo da Motta,[123] Algodão,[124] Edson Bispo,[125] Fernando Brobró,[126] Fritz,[127] Marcus Vinícius Dias,[128] Ruy de Freitas[129] e Sérgio Macarrão[130] no basquete; Adriana Samuel, Ana Cristina, André Nascimento, Bernard, Bernardinho, Bruninho, Fabiana Alvim, Fernanda Ferreira, Fernandão, Janina, Kátia Lopes, Leandro Vissotto, Marcelo Elgarten, Nalbert, Rui, Tande, Thaísa e Valeskinha no vôlei;[131] Bárbara Seixas,[132] Jackie Silva,[133] Raquel da Silva,[134] Sandra Pires[135] no vôlei de praia, além de Hugo Calderano, o maior mesa-tenista da história do Brasil;[136] Nelson Piquet, tricampeão mundial de F1,[137] Bob Burnquist, considerado um dos maiores skatistas de todos os tempos[138] e Marcus Vinicius D'Almeida, vice-campeão mundial de tiro com arco.[139]

Ver também a categoria: Fluminenses

Notas

Referências

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