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O Dia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o periódico piauiense, veja O Dia (Teresina).
O Dia
Periodicidade diário
Formato Standard
Sede Rio de Janeiro
País Brasil
Preço R$ 2,00 (segunda-feira a sábado), R$ 4,00 (domingo)
Editor-chefe Bruno Ferreira
Idioma Português
Página oficial O Dia

O Dia é um jornal diário publicado na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.[1][2] Seu preço em banca é R$ 2,00 (segunda-feira a sábado) e R$ 4,00 (domingo).

O jornal foi fundado em 5 de junho de 1951 pelo então deputado Chagas Freitas, futuro governador dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro.

Chagas utilizava o equipamento gráfico do vespertino A Notícia (de propriedade do ex-governador paulista Ademar de Barros) para rodar o jornal. Chagas era sócio e aliado político de Ademar na época.

Na ocasião do Golpe de Estado no Brasil em 1964, o jornal publicou reportagem publicada em 2 de abril daquele ano, em que afirmava:

Em 1983, O Dia foi comprado pelo jornalista e empresário Ary Carvalho. Inicialmente um veículo de forte apelo popular, voltado para notícias policiais e de violência, o jornal passou por ampla reforma no início da década de 1990, com a intenção de competir por leitores com os mais tradicionais.

Com o falecimento de Ary Carvalho em 2003, a propriedade da empresa foi divida entre suas três filhas: Ariane, Gigi e Eliane de Carvalho.

Em 2005, Ariane deixou a sociedade para fundar o jornal Q!, levando junto a rádio MPB FM.

Nesta altura, a Editora O Dia incluia ainda o jornal Meia Hora, o portal O Dia Online, a TV O Dia e a rádio FM O Dia, além de uma agência de notícias e do Instituto Ary Carvalho. Em abril de 2010 a Editora O Dia vendeu parte do seu capital para a EJESA, Empresa Jornalística Econômico SA, que publica o Brasil Econômico, por US$ 75 milhões.

Já com a EJESA, a Editora O Dia lança o desportivo MarcaCampeão - em parceria com o jornal líder espanhol Marca. Em 2019 o jornal ganhou um processo que o presidente Jair Bolsonaro movia contra o jornal.

Nas eleições de 2018 o jornal publicou uma sátira, onde a cabeça do presidente Jair Bolsonaro é inserida em uma suástica (que é associada ao Nazismo) com a indagação: "e ninguém vai dizer nada?" Bolsonaro entrou com um processo contra o jornal. A relatora do processo deu causa ganha para o jornal, argumentando que o presidente não se ofendeu quando circulou sua foto ao lado de uma pessoa fantasiada com o que parece ser Adolf Hitler.[4]

Em meados de 1988, o jornal O Dia apresentou um novo tipo de caderno: o Caderno D, que atualmente é conhecido como O Dia D. O caderno trazia diariamente guias da programação televisiva, piadas, jogo de erros e palavras cruzadas, e também tiras de quadrinhos diárias. As primeiras tiras deste caderno foram:

  • Pelezinho: Um personagem do desenhista Maurício de Sousa, que representava o Rei Pelé em sua juventude. Essa série de tiras foi cancelada em 1990, dando lugar a outras. Pelezinho teve suas revistas nos anos 70 e 80 (canceladas em 1987), mas é atualmente um personagem esquecido.
  • Vereda Tropical: Uma série de tiras realizadas pelo desenhista Nani, que satiriza a situação político-social cotidiana do Brasil. Os personagens principais são: Veizim, um velho índio amarelo de cabelos brancos; Turuna, um índio de pele alaranjada e cabelos pretos; e Fernandias, um personagem há alguns anos esquecido nessa tira, e que é uma paródia de Fernão Dias. Esta série de tiras é a única que estreou junto com o Caderno D e permanece até hoje no mesmo.
  • Dr. Baixada: Uma série de tiras, (hoje já esquecida) realizada pelo desenhista Luscar. Apresentava um personagem chamado Dr. Baixada, um homem baixo, vestido com um chapéu preto, óculos escuros e roupas pretas, que talvez fosse uma paródia do famoso Tenório Cavalcanti. Também retratava situações político-socias cotidianas brasileiras como Vereda Tropical, mas não durou muito tempo, sendo cancelada em 1990.
  • Fujoão: Uma série de tiras realizada pelo cartunista Nivaldo, que esteve presente no Caderno D do início até 1990.

Design de notícias

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Já pelo lado visual, o "Caderno D" sempre foi pioneiro e suas capas são referência no cenário do design de notícias brasileiro. A criatividade e a ousadia são características do caderno diário.

Empresas do Grupo

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Televisão
  • TV O Dia
Rádio
Impresso
Antigas empresas

Prêmio ExxonMobil de Jornalismo (Esso), Prêmio Tim Lopes e Embratel/Claro

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  • 1991: Esso Regional Sudeste, concedido a Alexandre Medeiros, pela série "Fome na Baixada"
  • 1996: Esso Regional Sudeste, concedido a João Antônio Barros, pela obra "Os 162 Carelis da Polícia"[5]
  • 1997: Esso Regional Sudeste concedido a Albeniza Garcia e Equipe, pela obra "Infância a Serviço do Crime"[6]
  • 1998: Esso de Criação Gráfica, na categoria jornal, concedido a André Hippertt e Renata Maneschy, pela obra "Infância Perdida"[7]
  • 1999: Esso de Criação Gráfica, na categoria jornal, concedido a André Hippertt e Renata Maneschy, pela obra "O Ppreço da Liberdade"[8]
  • 2002: Esso de Reportagem, concedido a Sérgio Ramalho, pela reportagem "Morto Sob Custódia"[9]
  • 2003: Esso Regional Sudeste, concedido a João Antônio Barros, Bartolomeu Brito e Márcia Brasil, pela reportagem "Crime Sobre Rodas"[10]
  • 2004: Esso de Fotografia, concedido Carlos Moraes, pela reportagem "Ataque a Helicóptero: Reação, Fuga e Execução"[11]
  • 2005: Esso Regional Sudeste, concedido a Pedro Landim, Fábio Varsano, Sérgio Ramalho, Aluizio Freire e Equipe, pela reportagem "Chacina"[12]
  • 2006: Esso Regional 3, concedido a Mônica Pereira e equipe, pela reportagem "Venda de Cadastros de Aposentados"[13]
  • 2008: Esso Especial de Primeira Página, concedido a Alexandre Freeland, André Hippertt, Breno Girafa, Ana Miguez e Luisa Bousada, pela reportagem "Cientistas Brasileiros Fazem Alerta: Mais Terremotos Vêm Aí"[14]
  • 2009: Esso Especial de Primeira Página, concedido a André Hippertt, Karla Prado e Alexandre Freeland, pela reportagem "A Faixa Preta Hoje é de Luto"[15]
  • 2010: Esso de Fotografia, concedido a Alexandre Vieira, pela obra "Faroeste Carioca"[16]
  • 2013: Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, concedido a Alexandre Medeiros, com a série "A seca tem rosto, nome e sobrenome"
  • 2014: Prêmio Embratel/Claro, categoria Reportagem, concedido à equipe do Jornal O Dia pela série "50 anos do golpe militar"
Prêmio Vladimir Herzog de Jornal
Ano Obra Veículo de mídia Autor Resultado
2002 "Quando a vida tem preço" O Dia Sérgio Ramalho Araújo Venceu[17]
Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog por Jornal
Ano Obra Veículo de mídia Autor Resultado
2014 'As Confissões do Coronel Malhães" Jornal O Dia – Rio de Janeiro Juliana Dal Piva Venceu[18]
Outros
  • 2012: ganhou o prêmio "Excelência Jornalística" na categoria Cobertura Noticiosa da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) pela série de reportagens sobre a pacificação da Rocinha (2011)[19]

Referências

  1. Solange Garrido da Costa (2005). «Cartas de Leitores do gênero discursivo porta-voz (de queixa, crítica e denúncia) do Jornal O Dia». SOLETRAS - Revista do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. ISSN 2316-8838. Consultado em 5 de abril de 2017. Cópia arquivada em 5 de abril de 2017 
  2. Leonel Azevedo de Aguiar (2008). «Entretenimento : valor-notícia fundamental (Especialmente página 24)». Estudos em Jornalismo e Mídia da Universidade Federal de Santa Catarina. ISSN 1984-6924. doi:10.5007/1984-6924.2008v5n1p13. Consultado em 5 de abril de 2017. Cópia arquivada em 5 de abril de 2017 
  3. O Dia, 2 de abril de 1964.
  4. «Charge que associou Bolsonaro a nazismo é satírica e não ofende a honra, diz TJ do Rio». ANJ. Consultado em 17 de outubro de 2019 
  5. «Prêmio Esso de Jornalismo 1996». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010 
  6. «Prêmio Esso de Jornalismo 1997». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010 
  7. «Prêmio Esso de Jornalismo 1998». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010 
  8. «Prêmio Esso de Jornalismo 1999». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010 
  9. «Prêmio Esso de Jornalismo 2002». Prêmio Esso. Consultado em 23 de março de 2020. Arquivado do original em 21 de julho de 2010 
  10. «Prêmio Esso de Jornalismo 2003». Prêmio Esso. Consultado em 23 de março de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010 
  11. «Prêmio Esso de Jornalismo 2004». Prêmio Esso. Consultado em 23 de março de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010 
  12. «Prêmio Esso de Jornalismo 2005». Prêmio Esso. Consultado em 24 de março de 2020. Arquivado do original em 12 de agosto de 2010 
  13. «Prêmio Esso de Jornalismo 2006». Prêmio Esso. Consultado em 24 de março de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010 
  14. «Prêmio Esso de Jornalismo 2008». Prêmio Esso. Consultado em 25 de março de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010 
  15. «Prêmio Esso de Jornalismo 2009». Prêmio Esso. Consultado em 25 de março de 2020. Arquivado do original em 10 de agosto de 2010 
  16. «Prêmio Esso de Jornalismo 2010». Prêmio Esso. Consultado em 25 de março de 2020. Arquivado do original em 6 de agosto de 2011 
  17. «Globo ganha prêmio Vladimir Herzog com a reportagem sobre a menina Raynara». Jornal Nacional. Rede Globo. 17 de outubro de 2002. Consultado em 3 de abril de 2020. Cópia arquivada em 3 de abril de 2020 
  18. IVH Julio (29 de outubro de 2014). «36º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos». Vladimir Herzog. Consultado em 1 de abril de 2020. Cópia arquivada em 1 de abril de 2020 
  19. «Equipe do jornal carioca O Dia recebe prêmio da SIP». Abraji. 16 de setembro de 2018. Consultado em 14 de novembro de 2019. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2019 

Ligações externas

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