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Sri Lanka

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Bandeira de Ruanda
Bandeira de Ruanda
Brasão de armas do Sri Lanka
Brasão de armas do Sri Lanka
Bandeira Brasão de armas
Lema: nenhum
Hino nacional: "Sri Lanka Matha" ("Mãe Sri Lanka")
Gentílico: cingalês(a)[1]

Localização República Democrática Socialista do Sri Lanka
Localização República Democrática Socialista do Sri Lanka

Capital Kotte
6° 54′ N, 79° 59′ L
Cidade mais populosa Colombo
Língua oficial cingalês e tâmil
Governo República semipresidencialista
• Presidente Mahinda Rajapaksa
• Primeiro-Ministro D. M. Jayaratne
Independência do Reino Unido
• Data 4 de fevereiro de 1948
• República 22 de maio de 1972
Área
  • Total 65.610 km² (119.º)
 • Água (%) 4,4
 Fronteira não possui; aproxima-se da Índia, a noroeste.
População
 • Estimativa para 2008 21.128.773[2] hab. (53.º)
 • Densidade 305 hab./km² (24.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2009
 • Total US$ : 96.527 bilhões[3]
 • Per capita US$ : 4.079[3]
IDH (2007) 0,759[4] (102.º) – médio
Gini (2003-04) 50,0 [5]
Moeda Rupia ceilandesa (LKR)
Fuso horário (UTC+5:30)
 • Verão (DST) não observado (UTC+5:30)
Cód. ISO LKA
Cód. Internet .lk
Cód. telef. +94
Website governamental http://www.gov.lk/home.asp

O Sri Lanka ou Sri Lanca[6][7][8] (por vezes aportuguesado para Seri-Lanca[9]; conhecido pela forma portuguesa equivalente Ceilão, adotada pelo país até 1972; e chamado de Taprobana na Antiguidade), é um país insular asiático, localizado ao largo da extremidade sul do subcontinente indiano. Tem costas para a Baía de Bengala a leste, Oceano Índico a sul e a oeste, e o Estreito de Palk a noroeste, que o separa da Índia. A sua capital é Sri Jayawardenapura-Kotte (ou simplesmente Kotte), subúrbio da antiga capital Colombo, desde a inauguração do novo edifício do parlamento, em 1982.

Etimologia

São os seguintes os significados dos vários nomes por que foi conhecido este país:

  • Sri Lanka: “ilha resplandecente” em sânscrito (श्रीलंका).
  • Ceilão: antigo nome do país derivado da palavra em língua páli "sinhalana" (शिन्हल) significando “terra dos leões”.
  • Taprobana: derivada de "dip-Raawan", "ilha do rei Rawana"

História

Ver artigo principal: História do Sri Lanka

Os registros mais antigos da história do Sri Lanka datam do século VI a.C. quando o povo cingalês (ou sinhala) migrou para a ilha a partir de Bengala, no subcontinente indiano. Antes da invasão cingalesa, a ilha era ocupada pelo povo hoje conhecido como Vedas, que se acredita serem de origem malaia. Ainda hoje, pessoas de origem Veda vivem no leste da ilha de Ceilão.

A crônica cingalesa de Mahavamsa relata a chegada de Vijaya, o primeiro rei cingalês, em 543 a.C.. A língua cingalesa (sinhala) é relacionada ao sânscrito, tal como ocorre com o hindi. O primeiro reino do Sri Lanka tinha sua capital em Anuradhapura. No terceiro século a.C., os cingaleses se converteram ao budismo, e a ilha se converteu em um centro de estudos budista e de trabalho missionário. Isto separou o Sri Lanka da cultura hindu do sul da Índia.

Anuradhapura permaneceu como capital do reino cingalês até o século VIII, quando foi substituída por Polonnaruwa. Os tamis, do sul da Índia, começaram a chegar à ilha no início do século III, e houve seguidas guerras entre cingaleses e os invasores do sul da Índia. Durante boa parte do primeiro milênio d.C., a ilha foi controlada por vários príncipes de origem tâmil.

O período áureo do reino do Sri Lanka ocorreu no século XII, quando o rei cingalês Prakrama Bahu derrotou os tamis, unificou a ilha sob o seu governo, e ainda invadiu a Índia e Burma. No século XV a ilha foi atacada pela China, e por 30 anos os reis locais prestaram tributo ao imperador chinês.

O Sri Lanka era conhecido dos gregos e dos romanos, que o chamavam de Taprobana.[10] Depois da conquista do Oriente Médio pelos árabes, mercadores freqüentemente visitavam a ilha, e existia uma comunidade árabe no Sri Lanka desde o século X. Os árabes conheciam a ilha como Serendib.[11]

Os primeiros europeus a visitarem o Sri Lanka foram os portugueses: Dom Lourenço de Almeida chegou à ilha em 1505, e encontrou-a dividida em sete reinos que guerreavam entre si, incapazes de derrotar um invasor. Os portugueses ocuparam primeiro a cidade de Kotte mas, devido à insegurança do local, fundaram a cidade de Colombo em 1517, e gradualmente estenderam seu controle pelas áreas costeiras. Em 1592 os cingaleses mudaram sua capital para a cidade interior de Kandy, local mais seguro contra o ataque de invasores. Guerras intermitentes prosseguiram durante o século XVI.

Muitos cingaleses se converteram ao cristianismo, porém a maioria budista odiava os portugueses, e apoiariam qualquer um que os enfrentasse. Então, em 1602, quando o capitão holandês Joris Spilberg chegou à ilha, o rei de Kandy pediu-lhe auxílio. Porém, somente em 1638 os holandeses atacaram pela primeira vez, e apenas em 1656 Colombo foi tomada. Por volta de 1660 os holandeses controlavam toda a ilha, exceto o reino de Kandy. Os holandeses perseguiram os católicos, porém deixaram os budistas, os hindus e os islâmicos professarem suas religiões. No entanto, cobravam impostos mais pesados que os portugueses. Como resultado do domínio holandês, mestiços de holandeses e cingaleses, conhecidos como burghers existem até hoje no país; também existem ainda hoje muitas famílias com nomes de família de origem portuguesa.

Durante as Guerras Napoleônicas, o Reino Unido, temendo que o controle da França sobre os Países Baixos fizesse com que o Sri Lanka passasse ao controle francês, ocuparam a ilha (a qual chamavam de Ceylon) com pouca dificuldade, em 1796. Em 1802 a ilha foi formalmente cedida à Grã-Bretanha e tornou-se uma colônia real. Em 1815 Kandy foi ocupada, pondo fim à independência do reino do Sri Lanka. Um tratado em 1818 preservou a monarquia de Kandy, porém como dependência britânica.

Os ingleses introduziram o cultivo do chá, café e borracha nas montanhas da ilha. Em meados do século XIX o Ceilão já trouxera fortuna a uma pequena classe de plantadores de chá. Para trabalhar nas fazendas, os proprietários importaram grande quantidade de trabalhadores tâmeis do sul da Índia, que logo chegaram a 10% da população.

Os britânicos, seguindo sua prática comum de "dividir para governar", favoreciam ora um grupo ora outro para fomentar a rivalidade. Também favoreceram os "burghers" e também alguns cingaleses de castas mais altas, fomentando divisões e inimizades que sobrevivem desde então. Os "burghers" receberam um certo grau de auto-governo no início de 1833. Somente em 1909 é que um desenvolvimento constitucional ocorreu, com uma assembléia parcialmente eleita. O sufrágio universal só foi introduzido em 1931 sob o protesto dos cingaleses, que rejeitavam o direito a voto para os tâmeis.

Independência

Sri Lanka tornou-se independente em 4 de fevereiro de 1948, mediante a realização de tratados militares com a Grã-Bretanha. Permaneceram intactas as bases aéreas e navais britânicas instaladas no país.

Guerra civil

Ver artigo principal: Guerra civil do Sri Lanka

Guerrilheiros da minoria étnica tâmil lutam pela independência da pátria tâmil. As ações guerrilheiras contra as tropas cingalesas (a maioria da população é cingalesa) já duram mais de 15 anos.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia do Sri Lanka

O Sri Lanka, antigo Ceilão, é um país situado numa ilha do Oceano Índico. Está separado da Índia pelo Golfo de Bengala e pelo estreito de Palk.

A ilha tem cerca de 65 000 km², e se situa entre as latitudes 6 e 10 graus N e as longitudes 80 e 82 graus Leste. Seu comprimento máximo é de 432 km e sua largura é de 224 km. Fica a 880 km ao Norte da linha do Equador.

O pico mais alto é o monte Pidurutalagala com aproximadamente 2 520 metros.

O país tem duas capitais, Colombo (capital comercial) e Sri Jayawardenepura (capital política).

Demografia

Ver artigo principal: Demografia do Sri Lanka

A população do Sri Lanka é estimada em pouco mais de 21 milhões [2] (2008), o que faz do país o 53° mais populoso do mundo, com uma taxa anual de crescimento populacional de 0,79%. O Sri Lanka tem uma taxa de natalidade de 15,63 nascimentos por 1.000 habitantes e uma taxa de mortalidade de 6,49 mortes por 1.000 habitantes. A densidade populacional é maior no oeste da ilha, especialmente em torno da capital. Há uma pequena população de Veddas, grupo que acredita-se ser o original habitante da ilha. O povo cingalês forma o maior grupo étnico do país, compondo cerca de 81,9% da população do país.

Religião

Religião no Sri Lanka
Religião porcentagem
Budismo
  
69%
Hinduísmo
  
15%
Islão
  
8%
Christianismo
  
8%
Fonte: David, 1993[12]

O Budismo constitui a fé religiosa de cerca de 70% da população da ilha,[13][14] a maioria dos quais seguem a escola budista Theravada [15]. O Hinduísmo é a segunda religião mais predominante no Sri Lanka e, assim como o Budismo, também foi trazida da Índia. Hoje, a maioria dos hinduístas são Tamil e constituem a maioria no norte do país.

Além destas duas religiões, que juntas englobam cerca de 84% da população, também é professado no país o Islão, bem como várias igrejas da cristiandade. O Islão é seguido por cerca de 8% dos habitantes do Sri Lanka [16], e foi trazido pelos comerciantes árabes ao longo de muitos séculos; são, na maioria, sunitas que seguem a escola islâmica Shafi'i[17].

Política

Ver artigo principal: Política do Sri Lanka

O Sri Lanka é uma república. O presidente do país é eleito directamente para um mandato de seis anos, e ocupa a função de chefe de Estado, chefe de Governo e comandante-chefe das Forças Armadas. Responsável pelo Parlamento para o exercício dos deveres sob o constituição e das leis, o presidente pode ser removido do gabinete por dois terços do Parlamento e por decisão favorável do Tribunal Supremo.

O presidente tem que encaminhar a relação de ministros ao Parlamento. O deputado eleito indicado pelo presidente é o principal ministro, sendo responsável pela liderança do partido do governo no Parlamento. O sistema legislativo no de Sri Lanka é unilateral, com 225 membros eleitos por sufrágio universal. Os parlamentares representam os distritos do país durante seis anos.

O partido que receber o maior número de votos válidos em cada distrito eleitoral ganhará uma nova cadeira no Parlamento. O presidente pode convocar o Parlamento para uma sessão extraordinária, para definir a dissolução da câmara representativa. Um exemplo disso é quando o Parlamento foi dissolvido em 7 de fevereiro de 2004 pelo presidente Chandrika Kumaratunga. Novas eleições aconteceram no dia 2 de abril, e a posse aconteceu no dia 23 do mesmo mês.

Subdivisões

Ver artigo principal: Províncias do Sri Lanka

Províncias

As províncias do Sri Lanka (Sinhala: පළාත; Tamil: மாகாணம்) existiam desde o século XIX, mas não tinham nenhum estatus legal até 1987, quando a emenda 13 da constituição de 1978 do Sri Lanka estabeleceu a divisão provincial do país, com o fim de promover a descentralização do governo do Sri Lanka.[18]

O país é dividido em 9 províncias[19] e 25 distritos.[20] Cada província é administrada por um conselho provincial eleito:

Divisões administrativas do Sri Lanka
provícia Capital Área (km²) População
Central Kandy 5.674 2.423.966
Nordeste Trincomalee 9.996 1.460.939
Centro-Norte Anuradhapura 10.714 1.104.664
Norte Jaffna 8.884 1.311.776
Noroeste Kurunegala 7.812 2.169.892
Sabaragamuwa Ratnapura 4.902 1.801.331
Sul Galle 5.559 2.278.271
Uva Badulla 8.488 1.177.358
Oeste Colombo 3.709 5.361.200

Economia

Ver artigo principal: Economia do Sri Lanka
O chá é o principal produto de exportação do Sri Lanka.

O regime de livre imprensa coexiste em Sri Lanka com uma forte intervenção estatal em muitos setores econômicos. Cerca de metade da força de trabalho ocupa-se da agricultura, responsável por quase 20% do produto nacional bruto. Um terço da superfície da ilha é arável. Depois da reforma agrária, boa parte das culturas de exportação, como a borracha e o chá, passou a ser produzida em pequenas propriedades, assim como o arroz, que não atende à demanda interna. O chá, principal produto de exportação, é cultivado nos maçiços centrais, enquanto as seringueiras e coqueiros situam-se em terrenos baixos.

A indústria, que emprega 10% da população ativa, concentra-se nas principais cidades. Destacam-se os setores alimentício, têxtil, de cerâmica, derivados do petróleo, fertilizantes e cimento. As empresas mais importantes do país são de propiedade estatal. Ao norte de Colombo, um pólo industial tenta atrair os investimentos estrangeiros por meio de isenções fiscais. A maior parte da eletricidade produzida no país é de origem hidrelétrica. O setor de serviços é o que tem maior participação no produto nacional bruto e emprega um terço da força de trabalho.

Em 1979, o governo permitiu que bancos estrangeiros abrissem filiais no país, com o objetivo de promover o Sri Lanka como um centro financeiro internacional do sul da Ásia. Porém, em 1983 iniciou-se uma guerra civil entre as etnias cingalesa e a minoria tamil que se prolongou até 2009, causando grandes danos à economia do país. Apesar disso, o produto interno bruto do país cresceu quase 5% ao ano nos últimos 10 anos. Os dispêndios do governo em desenvolvimento e no combate aos Tigres de Liberação do Tamil Eelam fizeram com que o PIB crescesse quase 7% ao ano entre 2006 e 2008[21].

Até o início dos anos 90, o Sri Lanka era o maior exportador mundial de chá, porém a guerra fez com que os investimentos em seu cultivo - na maior parte financiados por companhias britânicas - declinassem ano a ano. O turismo, apesar de ainda figurar como uma importante fonte de divisas, também sofreu com o conflito.

Infraestrutura

Saúde

A expectativa de vida no país é de 69 anos para homens e 76 anos para mulheres no ano de 2006.[22]. O Sri Lanka dispõe de 48,9 médicos para cada 1.00 habitantes.[23]Os Médecins Sans Frontières realizam atividades no Sri Lanka.[23].

Cultura

Ver artigo principal: Cultura do Sri Lanka
Feriados
Data Nome em português Nome local Observações

Referências

  1. Portal da Língua Portuguesa, Dicionário de Gentílicos e Topónimos do Sri Lanka
  2. a b Census.gov
  3. a b «Sri Lanka». International Monetary Fund. Consultado em 21 de abril de 2010 
  4. PNUD, http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3324&lay=pde, 05 de Outubro de 2009
  5. CIA World Factbook, Lista de Países por Coeficiente de Gini (em inglês)
  6. No Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, J.M.C. refere que a grafia correcta é Sri Lanca.[1]
  7. Código de Redacção Interinstitucional da União Europeia
  8. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora (disponível na Infopédia)
  9. Neves Henriques, José; Ciberdúvidas da Língua Portuguesa – O artigo em topónimos estrangeiros
  10. Ver também a utilização do nome Taprobana em Camões, Lusíadas, Canto I
  11. "Sri Lanka - The Pearl of the Orient". Metropolis. Acessada em 2007-06-04.
  12. Crystal, David, ed. (1993). «Sri Lanka». The Cambridge Factfinder 4th South Asian 2001 ed. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 331. ISBN 0 521 79435 8 
  13. «Sri Lanka». International Religious Freedom Report 2007. Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor. 14 de setembro de 2007. Consultado em 30 de março de 2008 
  14. «The World Factbook: Sri Lanka». CIA World Factbook. Consultado em 12 de agosto de 2006 
  15. Theravada Buddhism and Shan/Thai/Dai/Laos Regions, Maung Chan, 2005-03-28.
  16. U.S. Department of States - International Religious Freedom Report 2007: Sri Lanka.
  17. Lankan Muslims' historical links with India, Indian Muslims, April 3, 2006.
  18. Provincial Councils do webSite oficial do governo do Sri Lanka
  19. Constituição do Sri Lanka, Eighth Schedule
  20. Constituição do Sri Lanka, First Schedule.
  21. https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ce.html
  22. «WHO.int». WHO.int. 11 de maio de 2010. Consultado em 2 de junho de 2010 
  23. a b «HumanitarianInfo.org» (PDF). Consultado em 2 de junho de 2010 

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