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Ácia

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Ácia Balba Cesônia
Ácia
Ácia em cerâmica de circa 1-25 d.C.
Nascimento 85 a.C.
Morte 43 a.C. (42 anos)
Cônjuge Caio Otávio
Lúcio Márcio Filipo
Descendência Octávia
Augusto, Imperador de Roma
Pai Marco Ácio Balbo
Mãe Júlia César, a Jovem

Ácia Balba Júlio Segunda Cesônia (em latim: Atia Iuliae, de nome completo Atia Balba Iulius Secundia Cæsonia; 85 a.C. - 43 a.C.) foi uma conhecida patrícia romana, pertencente a uma antiga família patrícia, os Júlios (latim: Iuliae), tendo parentesco somente com outras do mesmo estamento. Era filha do pretor Marco Átio Balbo, em latim: Marcus Atius Balbus, membro conhecido da aristocracia da época, e de Júlia César, a Jovem, irmã de Júlio César.[1] Balbo, nativo de Arícia pelo lado paterno, era parente, pelo lado materno, do triunvir Pompeu Magno.[1] Foi a mãe de Otaviano, o futuro imperador Augusto.[1][2]

Casou-se com o senador Caio Otávio Turino (em latim: Gaius Octavius Thurinus),[1] também procônsul na Macedónia, de quem teve Octávia [1] (69 - 11 a.C.) e Caio Otávio, futuro imperador Augusto [1] (23 de Setembro de 63 a.C.[3][Nota 1] - 19 de Agosto de 14 d.C.[4][Nota 2]). Segundo Plutarco, Octávia era filha de um casamento anterior, sendo o nome de sua mãe Ancharia,[2] mas Suetônio enumera três filhos de Caio Otávio, uma filha, Otávia, filha de Ancharia, e dois filhos, Otávia e Augusto, de Ácia.[1] Ficou viúva em 59 a.C.,[carece de fontes?] tendo contraído novas núpcias com Lúcio Márcio Filipo, cônsul da República Romana [5] em 56 a.C que, segundo historiadores da época, seria descendente de Alexandre, o Grande (356-323 a.C.).

Geração Divina

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Representação de Ácia na obra Promptuarii Iconum Insigniorum.

No livro sobre a Vida dos Césares, escrito no começo do século II d.C. pelo historiador Suetônio, aparece a narrativa da geração divina de Caio Júlio César Octaviano Augusto, o primeiro imperador romano, que viveu entre os anos 63 a.C. e 14 d.C. Suetônio atribui a lenda a Asclepias de Mendes, no livro Theologumena. Portanto, César Augusto é contemporâneo ao nascimento de Cristo. A concepção de Augusto foi assim:[6]

Ácia, a mãe de Augusto, tinha ido à meia noite ao templo de Apolo para um sacrifício solene, ficando dormida na liteira, enquanto que foram embora as outras mulheres; diz ainda que se deslizou ao seu lado uma serpente, retirando-se pouco depois; quando despertou, purificou-se como se tivesse saído dos braços do marido, e desde aquele momento ficou para sempre no corpo a imagem que nunca conseguiu apagar, por isso, não quis se mostrar nunca nos banhos públicos; Augusto nasceu dez meses depois e, por esta razão foi considerado como filho de Apolo.

Matrona Romana

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Segundo Tácito, no seu Diálogo dos Oradores, Ácia era uma das mais respeitáveis matronas romanas de sua época:

Em sua presença nenhuma baixeza poderia ser pronunciada ou atitude mal-educada feita sem que considerasse uma grave ofensa. Regulava sua vida pela religião e com a máxima delicadeza tratava não apenas de seus afazeres juvenis como de seus divertimentos e jogos.

Ácia morreu durante o primeiro consulado de seu filho, entre agosto e setembro de 43 a.C., tendo recebido um funeral com grandes honras. Seu marido, Filipo desposou mais tarde uma de suas irmãs, portanto também uma Iulius.

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Árvore genealógica

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Notas e referências

Notas

  1. Segundo Suetônio, Augusto nasceu "um pouco antes do nascer do Sol no nono dia antes das calendas de outubro, durante o consulado de Marco Túlio Cícero e Caio Antônio"
  2. No consulado dos dois Sextuses, Pompeio e Apuleio, no décimo quarto dia antes das calendas de setembro, na hora nona, trinta e cinco dias antes do seu septuagésimo-sexto aniversário

Referências

  1. a b c d e f g Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Augusto, 4.1 [em linha]
  2. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Marco Antônio 31.1 [em linha]
  3. Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Augusto, 5.1
  4. Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Augusto, 100.1
  5. Suetônio, Vida dos Doze Césares, Vida de Augusto, 8.2
  6. Suetônio, Vida dos Doze Césares, Vida de Augusto, 94.4