Anta da Pedra dos Mouros
Tipo | |
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Parte de |
Antas de Belas (d) |
Estatuto patrimonial |
Monumento Nacional (d) |
Localização |
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Coordenadas |
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A Anta da Pedra dos Mouros, também conhecida como Anta do Senhor da Serra, é um dólmen megalítico situado na freguesia de Queluz e Belas, município de Sintra, Distrito de Lisboa, em Portugal.
Acredita-se que remonta às épocas neolítica tardia e calcolítica inicial (4 000 – 2 500 a.C.).
A Anta da Pedra dos Mouros, a Anta da Estria e a Anta do Monte Abraão estão a uma curta distância entre elas e são conhecidas coletivamente como Antas de Belas.
Descrição
[editar | editar código-fonte]A Anta da Pedra dos Mouros foi identificada pela primeira vez na década de 1850 por Carlos Ribeiro. Apesar de ter sido classificado como monumento nacional desde 1910, o dólmen sofreu recentemente danos significativos.[1][2][3][4]
A Anta da Pedra dos Mouros foi identificada pela primeira vez em 1856 por Carlos Ribeiro (1813-1882), que não teve oportunidade de realizar escavações até 1876, depois de receber a aprovação do proprietário, o Marquês de Belas. Naquela época, a câmara funerária já estava em mau estado, com apenas três pedras de suporte na vertical, aparentemente com duas figuras antropomórficas gravadas nela. Ribeiro encontrou três ortostatos restantes in situ. O maior inclinava-se para o norte, com 5 metros de comprimento, 3,7 m de largura e 0,27 m de espessura. Isso foi parcialmente sustentado por uma segunda peça, de 4,5 m de comprimento, 2 m de largura e 0,25 m de espessura, que estava em contato com a terceira pedra, que tinha cerca de 4 m de largura, mas subiu apenas um metro acima do solo, pois estava quebrada. Não havia fragmentos visíveis ao redor. Durante a escavação, Ribeiro também encontrou quatro lajes menores. Ribeiro e estudos subsequentes (de Ferreira, G. e V. Leisner e Boaventura) produziram interpretações diferentes da estrutura exata do sepulcro e de sua orientação.[1][2]
Os itens encontrados por Ribeiro durante suas escavações são mantidos no Museu Geológico de Lisboa. Eles incluem um machado de pedra, ferramentas de sílex, utensílios para uso doméstico, vasos e ossos humanos e de animais. Ribeiro observou que o conteúdo da tumba já havia sido modificado e que suas descobertas "não foram muito proveitosas". Essa impressão foi confirmada pela presença nos espólios de uma moeda portuguesa datada de 1741 e por informações de habitantes locais que aconselharam Ribeiro que o túmulo havia sido invadido uma década antes de suas escavações. No entanto, contrariamente à opinião de Ribeiro (1880) e autores posteriores, os itens coletados, embora escassos, permitem uma compreensão geral da tumba.[1][2]
Durante muito tempo, o local foi de peregrinação para a população local, acreditando-se que as mulheres recém-casadas que deslizassem pela lateral da pedra dominante pudessem conceber. Essas peregrinações chegaram ao fim em 1942, quando o proprietário proibiu o acesso. A pedra dominante foi encontrada quebrada em numerosas peças em junho de 2010: ainda não está claro se isso foi causado por vandalismo ou foi o resultado de detonações durante a construção da nova rodovia A9, que passa perto do dólmen.[5][6]
Referências
- ↑ a b c Boaventura, Rui Jorge Narciso (2009). As antas e o Megalitismo da região de Lisboa. University of Lisbon, History Dept. Lisbon: [s.n.]
- ↑ a b c «Carlos Ribeiro (1813-1882) e as antas de Belas: um contributo para a História da Ciência em Portugal no século XIX». ESTUDOS ARQUEOLÓGICOS DE OEIRAS
- ↑ «Antas de Belas». Patrimonio Cultural
- ↑ «Anta do Senhor da Serra». The Megalithic Portal
- ↑ «PJ investiga destruição da Anta da Pedra dos Mouros». Correio da Manhã
- ↑ «Anta da Pedra dos Mouros destruída : PJ investiga eventual crime contra o património». Cidadania Queluz