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Arthur Nestrovski

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Arthur Rosenblat Nestrovski
Arthur Nestrovski
Arthur Nestrovski durante a 25a edição do Prêmio da Música Brasileira.
Nascimento 26 de dezembro de 1959 (64 anos)
Porto Alegre,  Brasil
Prémios Prémio Jabuti (1987)

Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2014)

Género literário Música

Arthur Nestrovski (Porto Alegre, 26 de dezembro de 1959) é um compositor, violonista, crítico literário e musical, escritor e editor brasileiro. Nomeado diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), assumiu a função em janeiro de 2010 e permaneceu no cargo até outubro de 2022, quando anunciou que deixava a Osesp, depois de treze anos, para voltar a projetos pessoais.

Em 2012 foi nomeado também diretor artístico do Festival de Campos do Jordão, onde ficou até a edição de 2022.

Graduou-se em Música, pela Universidade de York, Inglaterra, em 1983. Obteve seu PhD em Literatura e Música pela Universidade de Iowa, EUA, em 1990. De 1992 até 2009 atuou como crítico de música clássica do jornal Folha de S.Paulo; e de 1999 a 2009 foi editor da PubliFolha. De 1991 a 2005 foi professor na pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC/SP; abandonou a carreira universitária para dedicar-se mais intensivamente à música.[1]

Desde então gravou os cds solo Jobim Violão, Chico Violão e Violão Violão; o disco de composições Tudo o Que Gira Parece a Felicidade e um disco de composições e arranjos, Pra Que Chorar (com o cantor Celso Sim), entre outros projetos, incluindo o DVD O Fim da Canção - TatitWisnikNestrovski e mais recentemente os CDs Pós Você e Eu (2016) e Sarabanda (2020), ambos com a cantora Lívia Nestrovski, sua filha. Apresenta-se regularmente com artistas como Zé Miguel Wisnik, Zélia Duncan, Adriana Calcanhotto e Paula Morelenbaum, no Brasil e no exterior (Alemanha, Portugal, Polônia).[2]

Renomado também como autor de livros para crianças (dez títulos até 2020), recebeu o Prêmio Jabuti de Livro do Ano de Ficção, em 2003, por Bichos Que Existem e Bichos Que Não Existem.[3] Também recebeu um Prêmio Jabuti por seu primeiro livro, Debussy e Poe (1997) e, mais recentemente (2020) o Prêmio Açorianos (Porto Alegre) de "Livro do Ano" por seu livro Tudo Tem a Ver - Literatura e Música, uma antologia de ensaios e outros textos, publicada para marcar seu aniversário de 60 anos. Em 2021, recebeu o Prêmio Governador do Estado (SP).

Como editor (desde 1991 até 2009), esteve à frente de grande número de publicações, com destaque para uma série de livros sobre música na PubliFolha (de Wisnik, Tom Zé, Arnaldo Antunes e Luiz Tatit, entre outros) e para a coleção "Folha Explica" (83 títulos publicados até dezembro de 2009).

Seu trabalho deixa marcas em várias frentes -- música, crítica (musical e literária), literatura infantil, edição e tradução -- de um modo incomum, mas característico de vários artistas contemporâneos no Brasil. As disciplinas se cruzam naturalmente em tudo o que ele produz, sem se prender a rótulos, e sempre com interesse voltado para a cultura brasileira, pensada de modo abrangente e aberto.

Violão Violão (CD). 14 faixas, de Villa-Lobos e 12 outros autores brasileiros. São Paulo: Circus, 2022.

Sarabandas (EP digital). Duas sarabandas de Bach, para violão solo. São Paulo: Circus, 2020.

Sarabanda (CD). Com a cantora Lívia Nestrovski. 17 canções (entre composições próprias, versões para canções de Schumann e Schubert, e arranjos, com letras inéditas, para peças de J.S. Bach, Saint-Saëns e Fernando Sor, lado a lado com canções de Wisnik, Jobim/ Vinicius de Moraes, Francis Hime/ Vinicius e outros). São Paulo: Circus, 2020.

Pós Você e Eu (CD). Com a cantora Lívia Nestrovski. 11 canções (entre composições próprias e de autores como Ary Barroso e Arrigo Barnabé, além de Schubert e Schumann em versões para português). São Paulo: Circus, 2016.

O Fim da Canção. Tatit Wisnik Nestrovski (DVD). 23 canções + entrevistas. São Paulo: SESC, 2012.

Pra Que Chorar (CD). Com o Cantor Celso Sim. 16 canções (entre composições próprias e de autores como Caymmi, Ismael Silva e Cartola, além de Schubert e Schumann em versões para português). São Paulo: SIM/Tratore, 2010; reed. Biscoito Fino, 2011.

Chico Violão (CD). 15 canções de Chico Buarque (e parceiros), em arranjos para violão solo. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2010.

Tudo O Que Gira Parece a Felicidade (CD). Trilha original para o espetáculo do projeto Cidadança. Onze composições (3 em parceria com Eucanaã Ferraz, 2 com Celso Sim), e participação como violonista. São Paulo: Gaia Discos/ Ivaldo Bertazzo, 2007.

Jobim Violão (CD). 14 canções de Tom Jobim, em arranjos para violão solo. São Paulo: Gaia Discos/ Instituto Moreira Salles, 2007. 2a edição, 2007. 3a edição Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2009.

Amor Canção (DVD). Com Ná Ozzetti. Aula-show na série “Café Filosófico”, da CPFL. São Paulo: TV Cultura, 2007.

Serestando. CD single da canção (em parceria com Zé Celso Martinez Corrêa e Celso Sim). Com Celso Sim e Coro Oficina. Gaia Discos/ Teatro Oficina Uzyna Uzona, 2006.

Milágrimas (DVD). Show da trilha para espetáculo de dança de Ivaldo Bertazzo. Direção musical (com Benjamim Taubkin) e violão. São Paulo: SESC, 2006.

Milágrimas (CD). Trilha para espetáculo de dança de Ivaldo Bertazzo. Direção musical (com Benjamim Taubkin) e violão. Com B. Taubkin, Kholwa Brothers [África do Sul e outros artistas. São Paulo: SESC, 2005.

Livros publicados

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  • Debussy e Poe. Porto Alegre: L&PM, 1986. Prêmio Jabuti (“Revelação”) da Câmara Brasileira do Livro, 1987.
  • Ironias da Modernidade. Ensaios sobre Literatura e Música. São Paulo: Ática, 1996.
  • Notas Musicais. Do Barroco ao Jazz. São Paulo: PubliFolha, 2000. 2a ed., 2005.
  • Três Canções de Tom Jobim . Com Lorenzo Mammì e Luiz Tatit. São Paulo: CosacNaify, 2004.
  • Outras Notas Musicais. Da Idade Média à Música Popular Brasileira. São Paulo: Publifolha, 2009.
  • Palavra e Sombra. Ensaios de Crítica. São Paulo: Ateliê, 2009.
  • Tudo Tem a Ver. Literatura e Música. São Paulo: Todavia, 2019.
Antologias e coletâneas (organizador)

1. riverrun. Ensaios sobre James Joyce . Rio de Janeiro: Imago, 1992. 2. Catástrofe e Representação. Com Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Escuta, 2000. 3. Figuras do Brasil. 80 Autores em 80 Anos de Folha. São Paulo: PubliFolha, 2001. 2a ed. 2002. 4. Música Popular Brasileira Hoje. São Paulo: Publifolha, 2002. 2a ed., 2003. 3a ed., 2008. 5. Em Branco e Preto – Artes Brasileiras na Folha, 1990-2003. São Paulo: Publifolha, 2004. 6. Aquela Canção. 12 Contos Para 12 Músicas (incluindo CD). São Paulo: Publifolha, 2005. Prêmio Vinicius de Moraes da UBE, 2006. 7. Lendo Música. 10 Ensaios Sobre 10 Canções. São Paulo: Publifolha, 2007. 8. O Brasil Não Existe! Ficções e Canções. São Paulo: Publifolha, 2010.

Literatura infantil

1. Histórias de Avô e Avó. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. Ilustrações: Maria Eugenia. 20a.ed., 2021. Selo “Altamente Recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

2. O Livro da Música. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. Ilustrações: Marcelo Cipis. Selo “Altamente Recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. 2a ed. 2002. 3a ed. 2003.

3. Bichos Que Existem e Bichos Que Não Existem. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. Ilustrações: Maria Eugenia. 2a ed., 2003. 3a ed., 2003. 4a ed., 2004. 5a ed., 2005. 6a ed., 2007. Prêmios Jabuti da Câmara Brasileira do Livro 2003: “Livro do Ano/Ficção” e “Melhor Livro Infantil ou Juvenil”. Nova ed. Companhia das Letrinhas, 2018. 2a. ed., 2021.

4. A Iara. [Coleção “Histórias do Rio Moju”.] São Paulo: FTD, 2002. Ilustrações: Caco Galhardo. 2a ed., 2004.

5. Coisas Que Eu Queria Ser. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. Ilustrações: Marcelo Cipis. 2a ed., 2003. 3a ed., 2008. Acervo Básico – Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil 2003.

6. Barulho, Barulhinho, Barulhão. São Paulo: Cosac & Naify, 2004. Ilustrações: Marcelo Cipis. 2a ed., 2004.

7. Cores das Cores. São Paulo: Cosac & Naify, 2006. Ilustrações: Marcelo Cipis. Prêmio Jabuti (2° lugar) de “Melhor Ilustração/ Livro Infantil”, 2007.

8. Viagens para Lugares Que Eu Nunca Fui. Ilustrações: Andrés Sandoval. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2008. Selo "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

9. Agora eu era. Ilustrações: Laerte. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2009. 3.a ed., 2021.

10. "Pelo Nariz".São Paulo: CosacNaify, 2013. Ilustrações: Marcelo Cipis. Prêmio Sylvia Orthoff da Biblioteca Nacional 2014, Melhor Livro Infantil. Nova ed., Editora do Sesi, 2018.

Prêmios literários

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  • Prêmio Jabuti (“Autor Revelação”) da Câmara Brasileira do Livro, 1987.
  • Prêmio Jabuti (“Melhor Livro Infantil”) da Câmara Brasileira do Livro, 2003.
  • Prêmio Jabuti (“Livro do Ano/ Ficção”) da Câmara Brasileira do Livro, 2003.
  • Prêmio Vinicius de Moraes da União Brasileira de Escritores/ RJ, 2006.
  • Prêmio Açorianos/ Porto Alegre ("Livro do Ano"), 2020.

Referências

  1. «De harpas e bagagens». revista piauí. Consultado em 17 de maio de 2020 
  2. Frota, Gonçalo. «Como o mito de Orfeu fundou a bossa nova». PÚBLICO. Consultado em 17 de maio de 2020 
  3. «Folha de S.Paulo - Infantil: Livro de Arthur Nestrovski é lançado no MIS - 04/10/2003». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 17 de maio de 2020 

Ligações externas

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