Carlinhos Violino
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Luís Carlos Nunes da Silva | |
Data de nasc. | 19 de novembro de 1937 | |
Local de nasc. | Rio de Janeiro, Distrito Federal, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Morto em | 22 de junho de 2015 (77 anos) | |
Local da morte | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil | |
Altura | 1,79 m | |
Pé | canhoto | |
Apelido | Carlinhos Violino | |
Informações profissionais | ||
Período em atividade | Como Jogador: 1958–1969 (11 anos) Como Treinador: 1983–2000 (17 anos) | |
Posição | Meia e Treinador | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1958–1969 | Flamengo | 517 (23) |
Seleção nacional | ||
1964 | Brasil | 1 (0) |
Times/clubes que treinou | ||
1983 1987 1987–1988 1989–1990 1991–1993 1993 1994 1999 2000 |
Flamengo Flamengo Flamengo Remo Flamengo Guarani Flamengo Flamengo Flamengo |
V, 3E, 1D) 6 ( 2V, 4E, 0D) 55 ( 29V, 15E, 11D) ? ( ?V, ?E, ?D) 107 ( 60V, 29E, 18D) ? ( ?V, ?E, ?D) 37 ( 13V, 14E, 10D) 65 ( 36V, 11E, 18D) 38 ( 17V, 8E, 13D) | 5( 1
Luís Carlos Nunes da Silva, mais conhecido como Carlinhos ou Carlinhos Violino (Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1937 — Rio de Janeiro, 22 de junho de 2015) foi um futebolista e treinador brasileiro, que dedicou toda sua vida como futebolista ao Flamengo. Técnico com passagens sempre vitoriosas pelo clube carioca, dirigiu o time no Módulo Verde (Copa União) do Campeonato Brasileiro de 1987 e no Campeonato Brasileiro de 1992, comandando craques como Zico, Bebeto, Leandro, Renato Gaúcho e Júnior, entrando para a galeria eterna dos heróis rubro-negros.
Carreira como jogador
[editar | editar código-fonte]Carlinhos foi um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro segundo principais jornais e revistas do esporte, atuava como meia e jogou no Flamengo de 1958 a 1969. Neste período, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio-São Paulo de 1961, o único vencido pelo rubro-negro.
Logo no início da carreira, recebeu em 20 de janeiro de 1954 simbolicamente as chuteiras do jogador Biguá, destaque do Flamengo na época e que estava encerrando sua carreira.[nota 1]
Foi um dos poucos jogadores a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo. Sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado o valeram o apelido de "violino". É apontado como um dos melhores jogadores de meio campo de todos os tempos do futebol Brasileiro.
O ex meio-campista, apesar de sua qualidade, foi um dos atletas injustiçados por nunca terem tido uma sequência na Seleção Brasileira, tendo disputado apenas uma partida com a camisa canarinho, no ano de 1964 contra a Seleção Portuguesa de Futebol, em uma época onde a maior parte dos craques da seleção e jogadores de maior visibilidade jogavam em Santos e Botafogo. Na referida partida, outro rubro-negro esteve em campo junto com Carlinhos, foi Aírton Beleza, centroavante que fez dupla central de ataque com Pelé. A Seleção Brasileira saiu vitoriosa do Maracanã naquele dia.
Dois anos antes, nos preparativos para a Copa do Mundo de 1962, o então treinador da Seleção Brasileira Aimoré Moreira convocou 41 jogadores para a pré-preparação, destes, apenas 22 iriam ao Chile. Ocorre que, para dar equilíbrio entre os selecionados do Rio e de São Paulo, a comissão técnica preferiu levar, como reserva de Zito, o Zequinha, do Palmeiras, ao invés de Carlinhos Violino, a grande sensação do momento.
Um dos grandes momentos de Carlinhos como jogador foi o Fla-Flu decisivo do campeonato de 1963, quando liderou o time no empate de 0 a 0 que deu o título ao Flamengo. Naquele jogo, no dia 15 de dezembro, registrou-se o maior público em um jogo oficial entre dois clubes no futebol mundial: 177 020 pagantes e 16 947 não pagantes são os números registrados daqueles que lotaram o Maracanã, embora haja especulações de que o total de torcida presente foi de cerca de 200 000 espectadores.[2][3][4]
Carlinhos encerrou sua carreira pelo Flamengo com 514 jogos, 275 vitórias, 112 empates e 127 derrotas; 22 gols.[5]
Carlinhos faleceu aos 77 anos na madrugada do dia 22 de junho de 2015 de insuficiência cardíaca. [6]
Carreira como treinador
[editar | editar código-fonte]Como treinador, Carlinhos chegou a treinar outros clubes, porém, a sua paixão pelo Flamengo resultaria em, nada mais, nada menos, do que sete passagens pela Gávea.
Em 1987, foi campeão da Copa União (Módulo Verde).
É verdade que muitas vezes foi usado como um técnico "tampão", porém, entre 1991-1993, começou a ganhar respeito ao trazer para a Gávea um improvável troféu de campeão brasileiro em 1992.
Sua última passagem pelo Flamengo como técnico ocorreu entre maio e outubro de 2000, época em que conquistou a Taça Rio e logo depois o bicampeonato estadual.
Ao longo da brilhante carreira como profissional disputou 880 partidas: 517 como jogador e 313 como técnico.
Em 12 de fevereiro de 2011, Carlinhos foi homenageado pelo Flamengo, com a inauguração de um busto e uma praça na sede social do Clube, no bairro da Gávea.
No Brasil, dirigiu também o Guarani de Campinas e o Clube do Remo, do Pará.
Há quem afirma que Carlinhos, e não Andrade (em 2009), tenha sido o primeiro negro a conquistar, como técnico de futebol, o Campeonato Brasileiro. Porém Carlinhos pode ser identificado como mestiço e não necessariamente negro.[carece de fontes]
Morte
[editar | editar código-fonte]Anos antes de falecer, Carlinhos já sofria com problemas de saúde. A elevação da taxa de ácido úrico causou problemas de cicatrização, obrigou a amputação de um dedo do pé, gerou complicações no sistema circulatório, perda de memória e, além disso, complicações na carótida e a necessidade de colocar pontes de safena. Ele morreu no dia 22 de junho de 2015 em função destes problemas.[7]
Títulos
[editar | editar código-fonte]Como jogador
[editar | editar código-fonte]- Flamengo
Como treinador
[editar | editar código-fonte]- Flamengo
- Copa Mercosul: 1999
- Campeonato Brasileiro: 1992
- Copa União (Módulo Verde): 1987
- Campeonato Carioca: 1991, 1999 e 2000
- Taça Guanabara: 1988 e 1999
- Taça Rio: 1991 e 2000
Precedido por Paulo César Carpeggiani Sebastião Lazaroni Antônio Lopes Vanderlei Luxemburgo Júnior Evaristo de Macedo Carlos Cesar (interino) |
Técnico do Flamengo 1983 1987 1987-1988 1991-1993 1994 1999 2000 |
Sucedido por Cléber Camerino Antônio Lopes João Carlos Costa (interino) Jair Pereira Edinho Paulo César Carpegiani Zagallo |
Notas e referências
Notas
Referências
- ↑ Morre Carlinhos, ídolo como jogador e técnico do Flamengo ESPN, 22/6/2015
- ↑ Stein, Leandro (8 de fevereiro de 2014). «O jogo que eternizou a grandeza do Fla-Flu: 194 mil no Maracanã em 1963». Site Trivela. Consultado em 2 de abril de 2014
- ↑ «Em foco: A mística do Fla-Flu.». Site do jornal O Globo (foto 3/7). Consultado em 5 de abril de 2015
- ↑ «Fla-Flu é o clássico de maior público da história do futebol mundial». Site do jornal O DIA. 4 de março de 2017. Consultado em 6 de março de 2018
- ↑ «Hall do Manto: escolha o seu time dos sonhos de todos os tempos». GE. Consultado em 4 de julho de 2023
- ↑ Nação Rubro-Negra dá adeus a Carlinhos 'Violino'
- ↑ GE - A última nota do Violino: Flamengo perde ex-jogador e técnico Carlinhos
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Flamengo: O Vermelho e o Negro» de Ruy Castro, 2004, 231 pág. ISBN 8500015896
- Nascidos em 1937
- Mortos em 2015
- Futebolistas do estado do Rio de Janeiro
- Futebolistas do Clube de Regatas do Flamengo
- Treinadores de futebol do estado do Rio de Janeiro
- Treinadores de futebol do Clube de Regatas do Flamengo
- Mortes por insuficiência cardíaca
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro
- Jogadores da Seleção Brasileira de Futebol
- Treinadores campeões do Campeonato Brasileiro de Futebol
- Treinadores do Clube do Remo
- Treinadores do Guarani Futebol Clube