Cerca moura
A cerca moura de Lisboa, mais conhecida por cerca velha, trata-se da primitiva muralha de Lisboa.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A Cerca Velha remonta ao final da época romana ou seja é tardo-romana e defendia o núcleo urbano da cidade de Lisboa na época medieval, até à construção da Cerca Fernandina, já no século XIV. Quando, no século XIV, foi construída a Cerca Fernandina, a Cerca Velha perdeu a sua função defensiva, sendo parcialmente destruída para permitir a abertura de novos acessos ou integrada nas paredes das casas. Resultado que seja difícil de identificar em muitos troços a velha muralha.
Para divulgar a Cerca Velha a Câmara Municipal de Lisboa inaugurou, em finais de Setembro de 2014[2], um circuito pedonal sinalizado por 16 painéis com informação histórica recolhida e reunida pelo Museu de Lisboa/ Núcleo Arqueológico da Casa dos Bicos e pelo Centro de Arqueologia de Lisboa, que permite, a quem o percorre, identificar o que resta da Cerca Velha.
A cerca velha nascia no Castelo de São Jorge nas proximidades da Porta de São Jorge, e pela Porta da Alfôfa descia por São Crispim, Sé, e Rua das Canastras à Porta do Mar antiga; ia correndo beiramar até São Pedro de Alfama, donde, pela Adiça, subia à Porta do Sol, a incorporar-se com a do Castelo, junto à Porta de D. Fradique.[3]
Contava a cerca moura com doze portas, para sua serventia:[3][4]
- Porta de São Jorge
- Porta da Alfôfa
- Porta do Ferro
- Porta do Mar antiga
- Porta do Mar a São João
- Postigo do Conde de Linhares
- Porta do Chafariz de El-Rei
- Porta de Alfama
- Porta do Sol
- Porta de D. Fradique
- Porta do Moniz
- Porta da Traição
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Castro, João Baptista de (1763). Mappa de Portugal antigo e moderno. [S.l.]: Francisco Luiz Ameno
- Moreira, António Joaquim (1838). «Antigas Portas de Lisboa, e sua Cerca». O Panorama. II (78)