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Cerco de Montevidéu (1843–1851)

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Cerco de Montevidéu
Guerra Grande
Guerra do Prata

Uma ilustração da defesa de Montevidéu a partir de Isidoro De-Maria
Data 16 de fevereiro de 1843-8 de outubro de 1851
Local Montevidéu, Uruguai
Desfecho Vitória decisiva da coligação anti-rosita.
Beligerantes
Império do Brasil
Gobierno de la Defesa

França
Reino Unido Império Britânico
Camicie rosse
República Riograndense (1843-1845)

Gobierno del Cerrito

Revolucionários Lavallejistas
Confederação Argentina

Comandantes
Fructuoso Rivera
Melchor Pacheco y Obes
José María Paz
José Rondeau
Martín Rodríguez
Luís Alves de Lima e Silva
Giuseppe Garibaldi
José Urquiza (No final)
Manuel Oribe
Ignacio Oribe
William Brown
Manuel Lavalleja
José Urquiza (No início)
Forças
Na cidade:
  • Uruguai 100 - 540
  • 400 - 600
  • 500
  • 1 500 - 2 000

Total: 3 000 - 8 000 (1843)
7 800 (1844)
4 000 - 4 095 (1845)

Reforços (1844): 2 000

Reforços (1851):

  • 12 000 - 19 000
  • 5 000
  • 1 000
* 3 000
  • 3 550
  • 630
Total: 7 000

O Cerco de Montevidéu ou Cerco Grande foi uma importante batalha que ocorreu entre 1843 e 1851 na cidade de Montevidéu, durante as chamadas Guerra Grande e Guerra do Prata.

Durante a chamada Guerra Grande (1839-1851), as forças de Manuel Oribe tinham dominado grande parte do Uruguai, após a vitória na Batalha de Arroyo Grande, Oribe cruzou o Rio Uruguai e em fevereiro de 1843 iniciou o cerco a cidade de Montevidéu, capital do Uruguai, com o objetivo de depor o governo local e se tornar oficialmente o presidente do país. Oribe contou com reforços vindos da Argentina e de milicianos a serviço de Juan Antonio Lavalleja para o apoiar no cerco da cidade.

Com o cerco em seu auge, Oribe criou o chamado "Gobierno del Cerrito", onde se nomeou presidente do Uruguai e nomeou até mesmo ministros para o seu governo, enquanto o governo da cidade criou o chamado "Gobierno de la Defensa", liderado por Fructuoso Rivera e administrado pelos colorados, o governo de Rivera era um governo de resistência contra o avanço das tropas blancas.

A defesa da cidade

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Enquanto Oribe cercava Montevidéu, os colorados criaram o chamado "Ejército de la defesa", liderado pelo argentino José María Paz e pelo uruguaio Melchor Pacheco y Obes. Na época do cerco, o italiano Giuseppe Garibaldi estava estabelecido na cidade, o governo local então nomeou Garibaldi chefe da defesa e o italiano ficou responsável pela defesa naval da cidade, onde deveria enfrentar os navios do Almirante Brown, comandando os navios da Confederação Argentina. Os colorados contaram ainda com o apoio da República Rio-Grandense, estado rebelde que pretendia se separar do Império do Brasil. As forças rio-grandenses foram lideradas pelo general Bento Manuel Ribeiro, um general experiente que havia lutado na Guerra da Cisplatina.[1]

Guerra do Prata

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Em 1851, com o início da Guerra do Prata, forças brasileiras lideradas por Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, marcharam para Montevidéu juntamente com tropas vindas de Entre Ríos e Corrientes com o objetivo de socorrer as tropas coloradas, Oribe, sabendo da vinda de um gigantesco exército anti-rosita, se rendeu para as forças coloradas, chegando assim ao fim, do Cerco de Montevidéu após 8 anos.[2]

Referências

  1. Mariano Balbino Berro (1895). Anales de la República Oriental del Uruguay: notas para escribir la historia civil y colonial.
  2. Barroso, Gustavo. Guerra do Rosas: 1851-1852. Fortaleza: SECULT, 2000.