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Citroën 2CV

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Citroën 2CV
Visão geral
Produção 19481990
Fabricante Citroën, Grupo PSA
Montagem Levallois-Perret, França,[1]
Forest/Vorst, Bélgica
Liège, Bélgica
Slough, UK
Jeppener, Argentina (1960–1962),
Buenos Aires, Argentina (1962–1980)
Montevideo, Uruguai (Painel de van e pick-up)
Arica, Chile
Mangualde, Portugal (1988–1990),
Vigo, Espanha (PSA Vigo Plant)
Koper, Eslovênia (antiga Jugoslávia)
Modelo
Classe Segmento B
Carroceria Sedã 4 portas
Hatchback 5 portas (3CV)
Furgão 2 portas
Picape 2 portas
Designer André Lefèbvre
Flaminio Bertoni
Walter Becchia
Marcel Chinon
Ficha técnica
Motor 2 cilindros, boxer
375 cc (1948)
425 cc (1962)
602 cc (1966)
435 cc (1979)[2]
Potência 9 cv (1948)
14 cv (1962)
22 cv (1966)
26 cv (1979)[2]
Torque 2,3 m.kgf a 1.800 rpm (1948)
2,4 m.kgf a 2.500 rpm (1962)
4,0 m.kgf a 2.500 rpm (1966)
3,1 m.kgf a 4.000 rpm (1979)[2]
Transmissão Manual, 4 marchas
Layout Motor dianteiro, tração dianteira
Modelos relacionados Citroën FAF
Citroën Méhari
Citroën Ami
Fiat 500
Volkswagen Fusca
Mini
Dimensões
Comprimento 3 860 mm (152 in) [3]
Entre-eixos 2 400 mm (94,5 in)
Largura 1 480 mm (58,3 in)
Altura 1 600 mm (63,0 in)
Altura livre do solo 191 mm (7,52 in)
Peso 560 kg
Tanque 19.9 L
Velocidade máxima 63 km/h (39,1 mph) [4]
Cronologia
Citroën Dyane
Citroën AX (indiretamente)

O Citroën 2CV (deux chevaux - dois cavalos, em francês) é um automóvel de baixo custo da montadora Citroën. Produzido entre 1948 e 1990, foi um dos modelos mais populares da marca, alcançando a incrível marca de 5 114 969 unidades produzidas, sendo 3 868 634[5] unidades da versão sedã e 1 246 335[5] da caminhonete.[6]

A sigla CV que faz parte da denominação desse modelo vem de "cheval fiscal" ou potência fiscal, uma unidade usada para taxar o veículo. Apesar de estar relacionada, entre outros fatores, à potência do motor, a sigla CV nesse caso, não expressa a potência real do motor.[7]

A criação do 2CV deve-se ao engenheiro francês Pierre Jules Boulanger,[8] que começou o desenvolvimento do TPV (acrônimo em francês de Toute Petite Voiture, em português Veículo muito pequeno), e foi presidente da Citroën até o final de 1934, quando a família Michelin tomou o controle da empresa.

Os criadores (que tinham trabalhado na criação do Traction Avant), sob a direção de André Lefèbvre e do italiano Flaminio Bertoni, responsável pelo desenho da carroceria, puseram mãos à obra no projeto TPV (Toute Petite Voiture) para desenvolver aquele "guarda-chuva com 4 rodas", forma irônica com a que se “batizaram” os primeiros 2CV. É de destacar o trabalho do engenheiro Alphonse Forceau, designer da suspensão que constitui uma parte essencial na filosofia do "dois cavalos".

Em 1939 fabricaram-se 250 protótipos (naquele tempo ainda refrigerados a água) do TPV.

Durante a ocupação alemã da França na Segunda Guerra Mundial decidiu-se manter o projeto em segredo. Além disto, todos os galpões de produção desde o início da guerra foram destinados para a construção de carros de combate da marca Renault. Qualquer tentativa de continuar a produção de protótipos seria impossível, e mais, considerando o perigo de que os alemães utilizassem o projeto para seus próprios fins. Alguns protótipos foram escondidos, mas em sua maioria foram destruídos. Em 1994 três protótipos do TPV daquela época foram redescobertos num celeiro na França. Até  2004 tinham sido encontrados um total de cinco protótipos do TPV.[8]

Em 8 de outubro de 1948 no Paris Motor Show mostrou-se finalmente pela primeira vez a versão do TPV tal como se conhece hoje em dia, com um motor bicilíndrico refrigerado a ar de 375 c.c. e uma potência de 9 CV. Já em seu primeiro aparecimento público, o automóvel causou ao mesmo tempo admiração e riso. Segundo parece, um jornalista estadounidense, ao ver pela primeira vez o Citroën 2CV, perguntou: "E onde está o abridor de latas?".

Os últimos modelos do 2CV foram produzidos em Mangualde, Portugal, no dia 27 de julho de 1990.[9]

O modelo era utilizado pelo pai da personagem de histórias em quadrinhos argentina Mafalda como carro familiar comprado a duras prestações/penas.

O 2CV teve também um lugar de destaque nas famosas Aventuras de Tintim de Hergé no livro O Caso Girassol ao ser conduzido pelos detectives Dupond e Dupont. O mais carismático a acarinhado modelo da Citroën de todos os tempos fez ainda parte de uma edição especial dos chocolates da Côte d'Or que juntava as personagens das Aventuras de Tintim a vários modelos da Citroën.

No filme Madeline, a freira Senhorita Clavel dirige um Citroën 2CV, e inclusive é com este automóvel que ela, no clímax do filme, enfrenta os vilões sobre uma ponte numa espécie de jogo da galinha entre veículos.

Na série de filmes “A Pantera Cor-de-rosa”, o inspetor Clouseau (personagem principal), interpretado por Peter Sellers, possui um Citroën 2CV modificado, apelidado de “Silver Hornet”. O veículo aparece no filme “A Vingança da Pantera Cor-de-rosa”, de 1978.

Referências

  1. «Usine Citroën de Levallois». Le site référence sur la 2CV (em francês). Consultado em 7 de Setembro de 2016 
  2. a b c http://bestcars.uol.com.br/cpassado3/citroen-2cv-8.htm
  3. «1954 2cv». carfolio.com. Consultado em 29 de março de 2016 
  4. «2CV AZ». autoviva.sapo.pt. Consultado em 16 de março de 2016 
  5. a b «Citroën Origins». Citroën Origins. Consultado em 29 de dezembro de 2019 
  6. «Vinícius de Oliveira. Quatro Rodas, maio de 2008. Citroën 2CV chega aos 60 anos. Acesso em 30 de agosto de 2013». Consultado em 30 de agosto de 2013. Arquivado do original em 4 de março de 2014 
  7. «Puissance des moteurs: une histoire de chevaux !». easygo.tn. Consultado em 9 de maio de 2015 
  8. a b John Lichtfield (18 de abril de 2008). «The 2CV- A French icon:La toute petite voiture». The Independent. Consultado em 13 de abril de 2015 
  9. «Histórico de Produção». Consultado em 13 de abril de 2015. Arquivado do original em 15 de abril de 2015 

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Citroën 2CV