Dário Moreira de Castro Alves
Dário Moreira de Castro Alves | |
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Nascimento | 14 de dezembro de 1927 Fortaleza |
Morte | 6 de junho de 2010 (82 anos) Fortaleza |
Cidadania | Brasil |
Cônjuge | Dinah Silveira de Queiroz |
Alma mater | |
Ocupação | diplomata, embaixador, escritor |
Distinções |
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Empregador(a) | União Federal |
Dário Moreira de Castro Alves (Fortaleza, 14 de dezembro de 1927 - Fortaleza, 6 de junho de 2010) foi um escritor, diplomata e embaixador brasileiro.[1][2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Pascoal de Castro Alves e de Maria de Lurdes Moreira de Castro Alves. Frequentou o curso de preparação à carreira de diplomata do Instituto Rio Branco (IRBr) a partir de 1949, sendo nomeado cônsul de terceira classe em outubro de 1951. Nesse período, em 1950, formou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1950. Na Secretaria de Estado das Relações Exteriores (SERE), então funcionando no palácio Itamaraty do Rio de Janeiro, exerceu as funções de auxiliar do secretário-geral (1952 a 1953) do embaixador Vasco Leitão da Cunha e oficial-de-gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Raul Fernandes (1954).[4]
Promovido a segundo-secretário em janeiro de 1954, foi auxiliar do chefe do Departamento Econômico e Consular de 1954 a 1955. Nesse último ano foi removido para a Argentina, onde serviu como segundo-secretário na embaixada em Buenos Aires até 1958, quando foi transferido para a missão junto à Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque. Nesse período participou da Comissão da ONU para Estudos da Utilização Pacífica do Espaço Cósmico (Nova Iorque, 1959), da conferência para constituir o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) (Washington, 1959) e da reunião da Comissão Especial do Conselho da Organização dos Estados Americanos (OEA), Comitê dos 21 (Bogotá, 1960). Voltou dos Estados Unidos em 1960 para exercer as funções de oficial-de-gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Affonso Arinos de Mello Franco, até 1961. Promovido, nesse ano, a primeiro-secretário, foi nomeado assessor de imprensa do Ministério das Relações Exteriores (MRE).[5]
De 1962 a 1964 serviu na embaixada do Brasil em Moscou, na União Soviética. De volta à SERE, foi subchefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Vasco Leitão da Cunha até 1965. Nomeado nesse ano cônsul do Brasil em Roma (Itália), lá permaneceu até 1967, ano em que foi promovido a conselheiro. De volta à SERE, foi, sucessivamente, chefe da Divisão de Comunicações e Arquivo, chefe substituto do Departamento de Administração e chefe da Divisão de Pessoal, sendo promovido a ministro de segunda classe em novembro de 1968. Chefe de gabinete do ministro das Relações Exteriores, embaixador Mário Gibson Barbosa, de 1969 a 1974, em seguida chefiou o Departamento Geral da Administração (1974-1978). Nessa função, foi secretário-geral da IX Conferência dos Países da Bacia do Prata (Rio de Janeiro, 1976). Secretário-geral do MRE (1978) na gestão do embaixador Antônio Azeredo da Silveira, ocupou interinamente a pasta das Relações Exteriores.[6][7]
Nomeado embaixador do Brasil em Portugal em 1979, substituindo Carlos Alberto Fontoura, serviu em Lisboa até 1983. Nesse ano deixou a capital portuguesa, sendo sucedido por Azeredo da Silveira, enviado a Washington como embaixador do Brasil junto à OEA. Nessa função, presidiu o Conselho Permanente da OEA (1984) e chefiou a missão especial do governo brasileiro aos dez países anglofônicos das Caraíbas, membros da OEA (1988). Voltou a Portugal em 1990 como cônsul-geral do Brasil com categoria de embaixador na cidade do Porto, onde trabalhou até sua aposentadoria naquele mesmo ano. Ainda em 1990, fixou residência em Lisboa, onde trabalhou como consultor para firma Noronha Advogados.[8][9]
Foi reconhecido como inventor pelo Departamento de Patentes dos EUA (Washington, 1987) pela criação de uma embalagem de medicamentos à prova de violação. A partir de 1989 pronunciou numerosas conferências sobre literatura, diplomacia, gastronomia e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (nos EUA, no Brasil, em Portugal e na Rússia) e tornou-se colaborador de diversos órgãos de imprensa de Portugal e da Espanha. Viúvo da escritora Dinah Silveira de Queiroz,[10] casou-se com Rina Bonadies de Castro Alves.[11] Faleceu em Fortaleza de insuficiência cardíaca.[12][13]
Obras
[editar | editar código-fonte]Publicou, entre outros:[14]
- Era Lisboa e chovia (1984),[15]
- Dinah, caríssima Dinah (1989),
- Era Tormes e amanhecia (1992),[16]
- Era Porto e entardecia (1995),[17]
- Luso-Brasilidades nos 500 Anos (2000),[18]
- Ensaio Histórico, Literário, Artístico e Sentimental Sobre a Cidade de Lisboa em Toda a Obra de Eça de Queiroz,[19]
- Traduzindo diretamente do idioma russo, lançou em 2006, Eugênio Onegin: um romance em versos, de Aleksandr Pushkin.[20]
Distinções
[editar | editar código-fonte]Foi Membro de várias instituições culturais, como:
- Academia Portuguesa da História,
- Sociedade de Geografia de Lisboa,
- Círculo Eça de Queiroz,
- Centro Nacional de Cultura (de Lisboa),
- Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro,
- Diretor do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade Internacional de Lisboa,
- Presidente do Conselho de Curadores da Fundação Luso-Brasileira para o Desenvolvimento do Mundo de Língua Portuguesa.
Homenagens
[editar | editar código-fonte]Recebeu mais de 30 comendas e distinções, dentre elas:[21]
- Recebeu o título de Doutor Honoris causa pela Universidade Federal do Ceará,[22]
- Recebeu o Troféu Sereia de Ouro, pelo Grupo Edson Queiroz, (1985),[23]
- Titulado Comendador da Ordem do Mérito Naval,
- Agraciado com a Ordem Nacional da Legião de Honra da França,
- Recebeu a comenda Grã-Cruz da Ordem de Cristo (de Portugal).
Referências
- ↑ Brasil, CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «DARIO MOREIRA DE CASTRO ALVES | CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «In Memorian: DÁRIO MOREIRA DE CASTRO ALVES, DIPLOMATA E ESCRITOR». Revista Lusofonia Blog dos Países de Língua Portuguesa. 17 de março de 2011
- ↑ «Família Castro Alves». www.angelfire.com. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Dário Castro Alves Brasileiro, isto é, português». PÚBLICO
- ↑ «O alfenim da infância». DCI Diário Comércio Indústria e Serviços
- ↑ «Óbito: Morreu Dário Castro Alves, ex-embaixador do Brasil em Portugal - Correio do Minho». www.correiodominho.pt (em inglês). Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Ministérios». Biblioteca. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «DÁRIO CASTRO ALVES». e-cultura.blogs.sapo.pt. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Dário Castro Alves (1927-2010)». Biblioteca Nacional de Portugal
- ↑ «Dinah Silveira de Queiroz | Academia Brasileira de Letras». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Dário Moreira de Castro Alves». triplov.com. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Dario Moreira de Castro ALVES». portal.ceara.pro.br (em inglês). Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Morre o ex-embaixador Dário Castro Alves | Página 2 | O POVO Online». www20.opovo.com.br. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Dário Moreira Castro Alves | Wook». www.wook.pt. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ Alves, Dário Moreira de Castro (1984). Era Lisboa e chovia: todas as personagens de Eça na Lisboa bem-amada. [S.l.]: Edição "Livros do Brasil"
- ↑ Alves, Dário Moreira de Castro (1992). Era Tormes e e amanhecia: dicionário gastronómico cultural de Eça de Queiroz. [S.l.]: Ed. Livros do Brasil
- ↑ Alves, Dário Moreira de Castro (1994). Era Porto e entardecia: de absinto a zurrapa : dicionário de vinhos e bebidas alcoólicas em geral na obra de Eça de Queiroz. [S.l.]: ICEP. ISBN 9789728247003
- ↑ Alves, Dário Moreira de Castro (1999). Luso-brasilidades nos 500 anos. [S.l.]: UFC, Casa de José de Alencar, Programa Editorial
- ↑ Queirós, Eça de; Alves, Dário Moreira de Castro (2001). Roteiro de "Os maias" de Eça de Queiroz e de todas as comidas e bebidas no romance. [S.l.]: Hugin. ISBN 9789727940332
- ↑ «GERMINA - REVISTA DE LITERATURA & ARTE». www.germinaliteratura.com.br. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Dário Castro Alves recebe homenagem - Nacional - Diário do Nordeste». Diário do Nordeste. Consultado em 6 de agosto de 2018
- ↑ «Portal da UFC - Universidade Federal do Ceará - Doutor Honoris Causa». www.ufc.br. Consultado em 6 de agosto de 2018. Arquivado do original em 30 de julho de 2018
- ↑ «Grupo Edson Queiroz». www.edsonqueiroz.com.br. Consultado em 6 de agosto de 2018
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- http://dariocastroalves.blogspot.com/ - Site Pessoal.
- Nascidos em 1927
- Mortos em 2010
- Naturais de Fortaleza
- Embaixadores do Brasil em Portugal
- Doutores honoris causa da Universidade Federal do Ceará
- Agraciados com o Troféu Sereia de Ouro
- Grã-Cruzes da Ordem Militar de Cristo
- Grandes-Oficiais da Ordem Militar de Cristo
- Grã-Cruzes da Ordem do Infante D. Henrique
- Grã-Cruzes da Ordem do Mérito
- Mortes por insuficiência cardíaca