Emergência étnica
Emergência étnica denomina o processo de autodefinição histórica de um povo indígena, através de uma reformulação dos símbolos e refundação de tradições, em contraposição aos processos de aculturação colonial.[1] O termo é utilizado com frequência no contexto brasileiro para enquadrar a intensificação das autorreivindicações públicas dos povos indígenas no nordeste do Brasil que ocorreu nas últimas décadas,[1] e que tem sido particularmente significativo por se tratar da região de colonização mais antiga, onde a presença indígena era tomada como diluida pelas ciências sociais e relatórios de Estado ao longo do século XX.[1] Consequentemente, o nordeste brasileiro tem sido a região do país com a segunda maior taxa média de crescimento populacional de indígenas, segundo dados do IBGE.[2]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c Silva 2003, p. 43.
- ↑ Secundino, Lubambo & Araújo 2009, p. 274.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Silva, Edson (2003). «Povos indígenas no Nordeste: contribuição à reflexão histórica sobre o processo de emergência étnica». Mneme-Revista de Humanidades. Consultado em 10 de dezembro de 2022
- Secundino, Marcondes de A.; Lubambo, Cátia; Araújo, Maria Lia C. (2009). «Emergência étnico-indígena e conflito socioambiental no Nordeste brasileiro». Ciência & Trópico. Consultado em 10 de dezembro de 2022
- Arruti, José Maurício Andion (1997). «A emergência dos" remanescentes": notas para o diálogo entre indígenas e quilombolas». Mana. Consultado em 10 de dezembro de 2022