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Golpe de Estado na Síria em 1954

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O golpe de Estado na Síria em 1954 ocorreu em fevereiro daquele ano para depor o governo de Adib Shishakli. Liderando o movimento anti-Shishakli estavam o ex-presidente Hashim al-Atassi e o líder druso veterano Sultan al-Atrash.

O Coronel Adib Shishakli no poder por um golpe em dezembro de 1951, produziu uma autocracia militar. [1] Como líder da Síria, Adib Shishakli reconheceu os desejos da maioria árabe da Síria, e, consequentemente, adotou uma política de pan-arabismo. Ele chocou-se frequentemente com a minoria druza[2] nas montanhas Jabal al-Druze, acusando-as de querer derrubar seu governo usando fundos da Jordânia, e em 1954, recorreu a bombardeios aos baluartes drusos para suprimir a resistência a seu governo.

Derrubada de Shishakli

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O crescente descontentamento acabou por conduzir a um golpe de Estado no qual Shishakli seria deposto em fevereiro de 1954. Os conspiradores incluíam membros do Partido Comunista Sírio, oficiais drusos, membros do Partido Ba'ath e possivelmente apoio iraquiano. Shishakli também havia prendido diversos de oficiais ativos no exército sírio, incluindo o ascendente jovem Adnan al-Malki, também um proeminente baathista. Liderando o movimento anti-Shishakli estavam o ex-presidente Atassi e o veterano líder druso Sultan al-Atrash. A maior conferência anti-Shishakli tinha sido realizada na casa de Atassi em Homs. Shishakli respondeu prendendo Atassi e os filhos de Atrash, Adnan e Mansur (ambos os quais eram políticos de alto escalão na Síria).

Quando a insurgência atingiu seu pico, Shishakli recuou, recusando-se a arrastar a Síria para uma guerra civil. Ele fugiu para o Líbano, mas quando o líder druso Kamal Jumblat ameaçou matá-lo, fugiu para o Brasil, indo morar no município de Ceres, no interior de Goiás, onde seria assassinado dez anos mais tarde pelo druso Nawaf Ghazaleh.

Consequências

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Após a derrota do presidente Shishakli em 1954, ele continuou com manobras políticas apoiadas por facções rivais nas forças armadas e, finalmente, trouxeram elementos árabes nacionalistas e socialistas ao poder. Os primeiros anos da independência foram marcados pela instabilidade política. Antes da união entre a Síria e o Egito em 1958, Shishakli especulou com a ideia de retornar à Síria para lançar um golpe de Estado, usando os fundos fornecidos pelo Iraque. O golpe foi frustrado pela inteligência síria e Shishakli foi condenado à morte in absentia.

Referências

  1. The Middle East and North Africa. Europa Publications Limited, Volume 50: p.1018.
  2. Shishakli Dictatorship - Syria: A Country Study.