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Instituto Fritz Haber da Sociedade Max Planck

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Instituto Fritz Haber da Sociedade Max Planck
Fritz-Haber-Institut der Max-Planck-Gesellschaft
Instituto Fritz Haber da Sociedade Max Planck
FHI
Fundação 1911
Tipo de instituição Max Planck Institute, divisão de instituição de ensino
Localização Berlim
Alemanha
52° 26' 54.6" N 13° 16' 58.8" E
Mapa
Diretor(a) Hans-Joachim Freund
Campus Dahlem
https://www.fhi.mpg.de/de Website oficial

O Instituto Fritz Haber da Sociedade Max Planck (em alemão: Fritz-Haber-Institut der Max-Planck-Gesellschaft - FHI der MPG) é um instituto de pesquisa básica que emergiu do Instituto Kaiser Wilhelm de Físico-Química e Eletroquímica em Berlim-Dahlem.[1] As pesquisas se concentram na compreensão dos processos catalíticos no nível molecular e na física molecular. O instituto atualmente consiste em cinco departamentos (química inorgânica, ciência da interface, física molecular, físico-química e teoria física) e é gerido por um conselho de diretores.

Inauguração do Instituto Kaiser Wilhelm de Físico-Química e Eletroquímica em 1912

Em 1911 foi decidido estabelecer um Instituto Kaiser Wilhelm de Físico-Química e Eletroquímica, sendo Fritz Haber o diretor fundador. Em outubro de 1912 o instituto foi inaugurado pelo Kaiser Guilherme II da Alemanha após apenas onze meses de construção.

Durante as guerras mundiais, e especialmente na Alemanha Nazista, o instituto foi submetido às restrições da política e estratégia militar vigentes na época. Em particular, o trabalho do instituto durante a Primeira Guerra Mundial e, em particular, de seu diretor Fritz Haber lançou as bases para o desenvolvimento da guerra do gás.[2] Seguindo a proposta de Haber, o instituto foi colocado sob o domínio militar em 7 de novembro de 1916.[3] O instituto entregou os resultados da pesquisa para o primeiro uso de gás venenoso em 22 de abril de 1915 perto de Ypres e Fritz Haber havia verificado pessoalmente a posição das botijões de gás na linha de frente com antecedência. A pesquisa para o desenvolvimento de projéteis de gás e o uso de gás mostarda estava em andamento desde 1916, que foi usado pela primeira vez em 12 e 13 de julho de 1917, também perto de Ypres.[4]

Após o fim da guerra foram inicialmente feitas tentativas de usar os resultados obtidos no desenvolvimento de agentes de guerra para fins civis em farmacologia e controle de pragas. Em cooperação com a empresa Degesch foi criado o Zyklon B.[5] Na década de 1920 a viabilidade técnica da obtenção do aouro a partir da água do mar novamente fortaleceu a pesquisa básica no intituto.[6] Fritz Haber renunciou ao cargo de diretor do instituto em 1933, após ser solicitado a demitir funcionários judeus (sua própria demissão não foi inicialmente exigida).

Como seu sucessor Gerhart Jander foi nomeado diretor interino do instituto em 1933.[7] A conversão do instituto para pesquisas a serviço do regime nacional-socialista e a substituição de todo o quadro de funcionários provocou uma queda acentuada nas publicações. No entanto, após a nomeação de Peter Adolf Thiessen como diretor em 1935, a pesquisa voltou ao normal.[8] Sob Thiessen, que também era membro do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), o instituto foi novamente convertido para tarefas importantes para a guerra em 1939, após a eclosão da Segunda Guerra Mundial.[7]

Após a Segunda Guerra Mundial o instituto continuou junto com vários outros Institutos Kaiser Wilhelm de Berlim sob a égide da Deutsche Forschungshochschule.

Em 1953 Max von Laue conseguiu a incorporação do antigo Instituto Kaiser Wilhelm à Sociedade Max Planck, e ao mesmo tempo o instituto recebeu o nome pelo qual ainda hoje é oficialmente designado. O instituto foi dividido em vários departamentos de pesquisa. Em 1957 o departamento de microscopia eletrônica (chefiado por Ernst Ruska) foi convertido em um instituto independente com o nome de Institut für Elektronenmikroskopie am Fritz-Haber-Institut. Como parte de uma reforma estrutural, o Instituto Fritz Haber foi dividido em três subinstitutos a partir de 1974: o Instituto de Físico-Química, o Instituto de Pesquisa Estrutural e o Instituto de Microscopia Eletrônica. Em uma reforma posterior, esses subinstitutos foram dissolvidos novamente em 1980, e o instituto novamente consistiu em departamentos como antes de 1974. Ao mesmo tempo, a instituição do diretor do instituto, que era a norma até então (vitalícia ou até a aposentadoria), foi abandonada em favor da liderança colegiada; o diretor executivo do instituto passou a ser nomeado dentre os diretores de departamento por um período de dois anos.

Laureados com o Prêmio Nobel

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Max von Laue recebeu o Prêmio Nobel de Física de 1914 por seu trabalho sobre a difração de raios X em cristais. Fritz Haber recebeu o Prêmio Nobel de Química de 1918 “pela síntese de amônia a partir de seus elementos”. Otto Hahn recebeu o Prêmio Nobel de Química de 1944 por seu trabalho sobre a fissão nuclear, mas o prêmio só foi entregue a ele dois anos depois. Em 1986 Ernst Ruska recebeu o Prêmio Nobel de Física por seu trabalho em microscopia eletrônica. Em 2007 Gerhard Ertl recebeu o Prêmio Nobel de Química por pesquisas sobre catalisadores químicos de superfície.

Em 1980, como parte de um processo de reestruturação, foi criado um colégio de diretores do qual as seguintes pessoas foram ou são membros:

Chefes de departamento

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Membros científicos externos

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A Sociedade Max Planck nomeia cientistas que alcançaram realizações notáveis ​​na área de pesquisa de um instituto como membros científicos externos.

Ex-membros científicos externos:

  • Bretislav Friedrich, Thomas Steinhauser, Jeremiah James, Dieter Hoffmann: Hundert Jahre an der Schnittstelle von Chemie und Physik : Das Fritz-Haber-Institut der Max-Planck-Gesellschaft zwischen 1911 und 2011 (unter Mitwirkung von Hans-Joachim Freund, Gerard Meijer, Matthias Scheffler, Robert Schlögl und Martin Wolf), De Gruyter, Berlim 2011, ISBN 978-3-11-219043-2.
  • Max-Planck-Gesellschaft (Hrsg.): Fritz-Haber-Institut der Max-Planck-Gesellschaft. München, 1999. (Berichte und Mitteilungen der Max-Planck-Gesellschaft, Heft 99,1.), ISSN 0341-7778.
  • Arbeitsgruppe der ÖTV Berlin: „… im Frieden der Menschheit, im Kriege dem Vaterlande …“. 75 Jahre Fritz-Haber-Institut der Max-Planck-Gesellschaft. Bemerkungen zu Geschichte und Gegenwart. Berlim 1986.

Referências

  1. B. Friedrich, D. Hoffmann, J. James (2011). «One Hundred Years of the Fritz Haber Institute». Angew. Chem. Int. Ed. 50 (43): 10022–10049. doi:10.1002/anie.201104792 
  2. Arne Schirrmacher: Die Physik im Großen Krieg, Physik Journal 13 (2014) Nr. 7, S. 43–48.
  3. Margit Szöllosi-Janze, Fritz Haber 1868–1934, Eine Biografie, München 1998, S. 338
  4. Florian Schmaltz, Kampfstoff-Forschung im Nationalsozialismus, Wallstein Verlag 2005, S. 20f.
  5. Zyklon B – ein Schädlingsbekämpfungsmittel wird zum Mordwerkzeug
  6. FHI - Geschichtlicher Rückblick: Die Jahre 1919-1933
  7. a b FHI - Geschichtlicher Rückblick: Machtübernahme der Nationalsozialisten und Zweiter Weltkrieg
  8. Arbeitsgruppe der ÖTV Berlin: „… im Frieden der Menschheit, im Kriege dem Vaterlande …“. 75 Jahre Fritz-Haber-Institut der Max-Planck-Gesellschaft. Bemerkungen zu Geschichte und Gegenwart, Berlin 1986, S. 43

Ligações externas

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