Jean de Cointac
Jean de Cointac também conhecido como João de Bolés, Jean Cointac, João Cointa, Jean de Bolés, João de Bolés foi um ex-frade dominicano francês que participou da tentativa de colonização francesa do Brasil conhecida como França Antártica. Suas teorias teológicas teriam levado a uma situação de conflito religioso na colônia, culminando com a expulsão dos colonos huguenotes (bem como a execução de alguns deles).[1] Mais tarde, o próprio Jean de Cointac teria sido expulso do Forte Coligny.[2]
De acordo com o livro Cartas Jesuíticas - III , p. 179[3] temos a citação:
- "Finalmente, já em meiados de 1563, avocada a causa pelo Cardeal d. Henrique, Bolés foi remetido para o Reino, na nau Barrileira, de que era 'mestre e senhorio' Gonçalo Dias da Ponte. Entregue, a 28 de outubro do mesmo ano, ao alcaíde do carcere da Inquisição de Lisboa, respondeu a processo, durante o qual requereu uma justificação dos serviços prestados no Rio de Janeiro. O Tribunal, por acórdão de 12 de agosto de 1564, recebeu-o na Santa Madre Igreja, como pedia, sob condição de abjurar seus 'hereticos errores' e condenou-o 'em pena e penitencia' ao carcere, 'pelo tempo que parecer aos Inquisidores'."
É frequentemente confundido com outro francês, um dos autores do primeiro documento sobre a doutrina protestante no Brasil, a Confissão da Guanabara, o missionário calvinista Jacques Le Balleur, executado em Salvador na presença do padre José de Anchieta.[4]
Referências
- ↑ Hack, Sementes do Calvinismo no Brasil Colonial, p. 131.
- ↑ Ribeiro, Álvaro Reis, p. 50.
- ↑ Obras digitalizadas da Biblioteca Nacional)
- ↑ ROCHA POMBO, José Francisco da. História do Brasil. Rio de Janeiro: W. M. Jackson (1935), vol. 3, p. 514. Cf. REIS, Álvaro. O martyr Le Balleur. Rio de Janeiro, s/ed (1917); FERREIRA, Franklin. A presença dos reformados franceses no Brasil colonial, página 15:
Nota de rodapé 54: "Após conseguir viver escondido, Jacques Le Balleur foi preso pelos portugueses nas cercanias de Bertioga. Ele foi enviado para Salvador, na Bahia, que era a sede do governo colonial, onde foi julgado pelo crime de “invasão” e “heresia”, isto em 1559. Em abril de 1567 foi queimado, sendo auxiliar do carrasco, José de Anchieta, para consternação dos católicos." (o grifo não está no texto original).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- DA SILVA, Ivo Pereira. As Aventuras e Desventuras de João de Bolés: um Calvinista Renascentista nos Trópicos do Século XVI. Universidade Federal do Pará
- HACK, Osvaldo Henrique. Sementes do Calvinismo no Brasil Colonial: uma releitura da história do Cristianismo brasileiro. São Paulo: Cultura Cristã, 2007.
- RIBEIRO, Ademir. Álvaro Reis - Pastor, Pregador, Polemista: uma breve análise sobre seu discurso. Dissertação de Mestrado. Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2006.