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João Rodrigues de Sá, o Velho

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 Nota: Se procura outro significado de João Rodrigues de Sá, veja João Rodrigues de Sá.

João Rodrigues de Sá, o Velho (cerca de 1482 - 25 de janeiro de 1579), cujo nome completo era João Rodrigues de Sá de Meneses, foi um poeta, diplomata e militar português que exerceu as funções de alcaide-mor do Porto e senhor de Sever.

Segundo ele próprio, numa carta que escreve mais tarde com bastante mais idade, ajudou durante cinco anos o seu tio D. João de Meneses, enquanto camareiro-mor da Casa Real, a servir o rei e em especial ao infante D. Afonso até ele ter o desastre que o matou.

Depois ainda jovem passou dois anos em África na companhia de dois dos seus tios, o referido D. João e o Conde de Borba. Isso vai acontecer por duas temporadas. Uma em 1511 em que participaria na defesa de Arzila e Tanger, e, no Verão de 1513, quando regressa na armada de D. Jaime I, duque de Bragança, que finalmente conquistaria a praça de Azamor.

O rei D. Manuel I de Portugal incumbiu-o de o diplomaticamente representar junto de D. Fernando II de Aragão, na corte de Castela, no inicio do ano de 1516, quando ele foi atacado por uma doença que o levaria à morte. Mais tarde, em 1521, será incumbido da missão de fazer parte da delegação, chefiada pelo seu sogro, que acompanhará a infanta D. Beatriz à corte da Casa de Sabóia.

Pouco depois ao morrer o referido monarca português e seu pai, retirou-se para o Porto para assumir a gestão dos encargos familiares e poucas vezes se deslocará à corte de Lisboa.

Morre com 92 ou 93 anos e por isso, devido à sua avançada idade, somado às suas qualidades culturais acima da média, será um dos relatores da História de Portugal que Damião de Góis contará nas suas crónicas.

Enquanto escritor, tem numerosas obras poéticas da sua autoria têm sido referidas como especialmente representativas de qualidade literária. Colaborou com o «Cancioneiro Geral» organizado por Garcia de Resende.

É referido pelo humanista italiano Cataldo Parisio, como seu preceptor com o qual trocou as melhores das impressões e elevava o seu ideal de nobreza alcançado pelas armas, comum em Itália e não tanto no Reino de Portugal de então.


Dados genealógicos

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Filho de:

Casado com: D. Camila de Noronha, filha do Vedor da Fazenda, 1.º conde de Vila Nova de Portimão, D. Martinho de Castelo-Branco.

Pai de:

Referências

Ligações externas

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