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Lago Cuitzeo

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Lago Cuitzeo
Lago Cuitzeo
Localização
Coordenadas 19° 56' N 101° 5' O
País  México
Estado Michoacán
Características
Altitude 1 830 m.s.n. m
Área * 400 km²
Volume * 255.000 km³
Lago Cuitzeo está localizado em: México
Lago Cuitzeo
Localização do Lago de Cuitzeo no México
Mapa
Localização em mapa dinâmico
* Os valores do perímetro, área e volume podem ser imprecisos devido às estimativas envolvidas, podendo não estar normalizadas.

O Lago Cuitzeo é um lago no estado de Michoacán, México. Se encontra na região de Sistema Vulcânico Transversal, e é o segundo maior lago do país, possuindo uma área de aproximadamente 400 Km², superado apenas pelo Lago Chapala.[1][2]

O lago se originou no final do mioceno, quando houve a diminuição das atividades vulcânicas na região. As atividades tectônicas fragmentaram as lavas e depósitos vulcano-clásticos, gerando um graben, onde se formou um lago profundo, cujo depocentro estava localizado na região de Charo, mais ao sul da localização atual do lago. Permaneceu nesta localização por aproximadamente 2 milhões de anos.[1]

Durante o período colonial, foi construído o dreno La Cinta e um canal ligando o Lago Cuitzeo a Lagoa Yuriria. Em 1988, os pescadores bloquearam o canal, devido as sucessivas seca que causava no lago.[1]

Entre 1976 e 1978, foi aterrado uma área de 2.500 hectares na porção leste do lago, para uso agrícola. Este aterro provocou a estagnação de nutrientes e o crescimento da vegetação hidrofílica.[1]

Desde o ano de 1997, houve um aumento de algas cianófitas, da alcalinidade, condutividade, salinidade e de sólidos dissolvidos, e a diminuição da profundidade do lago. Esses problemas são causados por circunstâncias naturais e antropogênicas, e pela intensa atividade humana como o despejo de resíduos domésticos sem o tratamento adequado da água, o uso de agroquímicos e pesticidas nas áreas agrícolas, e despejo de metais e outros resíduos orgânicos das industrias. Atualmente, o lago passa por uma crise hídrica, com 60% de sua área estando seca.[1][2]

Características

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A água que alimenta o lago é proveniente do escoamento dos rios Grande de Morelia, Queréndaro e Zinapécuaro; das nascentes termais existente dentro do lago e ao entorno dele; e de águas pluviais. Possui característica alcalina e salobra, e sua salinidade vem aumentando com o tempo, devido ao déficit hídrico e contribuições de sais provenientes das fontes termais.[1]

O sedimento em seu piso é constituído de 20% a 60% de argila, e possui textura mais arenosa na região sudeste. Também há a presença abundante de carvão, e contém ainda nanodiamantes que datam do início do período Dryas recente.[1][3]

O lago está fragmentado em 3 porções, devido a uma barreira artificial construída para a passagem da Rodovia Federal 43 e da Rodovia Morelia-Salamanca; e de uma barreira natural formada de vegetação hidrofílica. A área de sua superfície sofre alterações sazonalmente, com máxima de 400 Km², e a mínima registrada de 250 Km² (em 1986).[1]

Os trechos mais fundos do lago possui aproximadamente 2 metros de profundidade, e um terço do lago chega a poucos centímetros de profundidade. A porção oeste do lago é a mais rasa, ocorrendo secas por vários meses. O período de maior seca são os meses de janeiro, fevereiro, março e parte de abril.[1][2]

Apresenta 4 tipos de plantas aquáticas: hidrófitas enraizadas emergentes, hidrófitas enraizadas submersas, hidrófitas flutuantes livremente e hidrófitas de folhas flutuantes. 92 espécies são encontradas no lago. As espécies com maior presença são as Typha domingensis Presl., Potamogeton pectinatus L. e Eichhornia crassipes.[1][4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Cram, Silke; Galicia, Leopoldo; Israde, Isabel; Miguel, Celia López (1 de fevereiro de 2010). Atlas de la Cuenca del lago de Cuitzeo: Análisis de su Geografía y entorno socioambiental (em espanhol). [S.l.]: Editorial del CIGA 
  2. a b c «Lake Cuitzeo is dying. It was the second natural water body in the country. Now it's a dry plain -». Mexico Daily Post (em inglês). 21 de março de 2021. Consultado em 10 de janeiro de 2024 
  3. «Sedimentos no México sustentam teoria de impacto extraterrestre». Revista VEJA. Editora Abril. 6 de maio de 2016. Consultado em 10 de janeiro de 2024 
  4. Moreno, Jose Rojas; Retana, Alejandro Novelo (1 de abril de 1995). «Flora y vegetación acuáticas del Lago de Cuitzeo, Michoacán, México». Acta Botanica Mexicana (em espanhol) (31): 1–17. ISSN 2448-7589. doi:10.21829/abm31.1995.733. Consultado em 10 de janeiro de 2024