MasterCard Lola
Nome completo | MasterCard Lola Formula One Racing Team |
Sede | Huntingdon, Reino Unido |
Chefe de equipe | Eric Broadley |
Pessoal notável | Al Melling Martin Birrane |
Pilotos | Ricardo Rosset Vincenzo Sospiri |
Chassis | Lola T97/30 |
Motor | Ford ECA Zetec-R V8 |
Pneus | Bridgestone |
Histórico na Fórmula 1 | |
Estreia | GP da Austrália, 1997 (não-classificado) |
Último GP | GP do Brasil, 1997 (não participou) |
Grandes Prêmios | 1 (nenhuma largada) |
Campeã de construtores | 0 |
Campeã de pilotos | 0 |
Vitórias | 0 |
Pole Position | 0 |
Voltas rápidas | 0 |
Pontos | 0 |
Posição no último campeonato (1997) |
não classificado |
MasterCard Lola Formula One Racing Team, também conhecida por MasterCard Lola ou apenas Lola, foi uma equipe de Fórmula 1 que participou da temporada de 1997, porém, não conseguindo se classificar para o Grande Prêmio da Austrália[1]. Após esta corrida, foi declarada a falência da mesma.
Foi fundada por Eric Broadley e tinha sede em Huntingdon.
História
[editar | editar código-fonte]Após 29 anos (havia fornecido chassis para Honda, Embassy Hill, Haas, Larrousse e Scuderia Italia), a Lola volta a investir em um projeto de equipe própria. Seu proprietário, Eric Broadley, oficializou a criação de um time que competiria sob exclusividade da empresa.
Um protótipo batizado de T95/30 foi testado por Allan McNish em 1995 e Broadley manifestou seu desejo de colocar o time na F-1 em 1998, dois anos após a MasterCard confirmar que seria seu principal patrocinador. Mas a empresa de cartões de crédito, juntamente com os demais patrocinadores, pressionou a Lola a antecipar sua estreia na categoria para 1997.
A Lola foi a última equipe a apresentar o carro, chassi nomeado de T97/30, foi baseado na tecnologia da CART, porém foi desenvolvido em apenas cinco meses sem a ajuda de túneis de vento e apresentado à imprensa em 20 de fevereiro de 1997,[2] e que chegou à Austrália com apenas um shakedown (teste de vereficação) feito na Inglaterra. O motivo foi um atraso no desenvolvimento do motor, projetado por Al Melling, e que seria nomeado Lola V10. Desenvolvido fora do tempo necessário, o propulsor foi mudado e o carro utilizaria motores Ford Zetec-R V8, o mesmo usado pela em 1996 pela Forti Corse.[3] A pretensão da escuderia era ficar à frente da também recém-criada Stewart Grand Prix, citando também a tradicional Arrows, que havia contratado Damon Hill, campeão da temporada anterior[4][5].
No lançamento do carro, Broadley afirmou que a equipe tinha como principal objetivo em longo prazo de ser campeã de construtores até 2001[6].
Estreia
[editar | editar código-fonte]O brasileiro Ricardo Rosset, vindo da Footwork-Arrows,[7] e o italiano Vincenzo Sospiri (campeão da Fórmula 3000 em 1995) formaram a dupla de pilotos da Lola para a temporada de 1997. Nos treinos para o GP da Austrália, as falhas no projeto exibiram as dificuldades que o T97/30 teria em Melbourne.
No duelo interno, Sospiri superou Rosset por 1,1 segundo de vantagem - no geral, ficou a espantosos 11,6 segundos do tempo da pole-position de Jacques Villeneuve, enquanto que o brasileiro fez pior: ao iniciar a reaceleração com marcha menor na curva 4, tracionou mais do que o aparato aerodinâmico do carro permitiria, causando uma rodada no local. Rosset faria o tempo de 1.42.086 (12,7 segundos de desvantagem em relação ao tempo da pole).
Mesmo com o vexame causado em Melbourne, a Lola tentou apagar o fiasco da corrida no GP do Brasil. Entretanto, a MasterCard ficou tão insatisfeita com o desempenho que retirou o patrocínio (assim como os demais patrocinadores que se envolveram nesse projeto), causando o encerramento das atividades da equipe na F-1.[8][9] Os pilotos: Ricardo Rosset ficou sabendo que foi desligado do time por Eric Broadley, proprietário da escuderia.[10] Rosset regressou à Fórmula 1 em 1998 pela Tyrrell (já vendida para a Reynard e para a British American Racing em dezembro de 1997[11]) e Vincenzo Sospiri soube na quinta-feira por um jornal brasileiro que o time tinha terminado. Ele ligou para Rosset, que confirmou o encerramento de todos no time.[12] O piloto italiano não voltou a pilotar um carro de F-1.
O péssimo desempenho da Lola na Austrália teve consequências para a empresa, que acumulou 6 milhões de libras em dívidas e entrou em concordata semanas depois.[13] Porém, o empresário irlandês Martin Birrane salvou a Lola da falência e promoveu uma renovação nas finanças da empresa, que não voltaria a investir na F-1 desde então.
Entre a apresentação do carro e o fim da equipe, passaram-se apenas 34 dias.[2]
Resultados[14]
[editar | editar código-fonte](legenda)
Ano | Chassi | Motor | Pneus | N° | Pilotos | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | Pontos | Posição | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
AUS | BRA | ARG | SMR | MON | ESP | CAN | FRA | GBR | GER | HUN | BEL | ITA | AUT | LUX | JPN | EUR | |||||||||
1997 | T97/30 | Ford ECA Zetec-R V8 |
B | 24 | Vincenzo Sospiri | NQ | - | - | |||||||||||||||||
25 | Ricardo Rosset | NQ |
Referências
- ↑ «Bring Back V10s Podcast: Lola's disastrous 1997 F1 team». The Race. The Race Media. 11 de fevereiro de 2021. Consultado em 11 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «A história da equipe que durou um mês na F-1» (em português(Brasil)). Red Bull
- ↑ «Features – Technical – The Lola T97/30». Grandprix.com. 1 de fevereiro de 1997. Consultado em 26 de dezembro de 2010
- ↑ «Lola: We can beat Stewart». www.atlasf1.com. Atlas F1. Consultado em 8 de setembro de 2023
- ↑ Saward, Joe. «The Lola T97/30». www.grandprix.com. GrandPrix.com. Consultado em 1 de fevereiro de 2007
- ↑ «Lola's last-minute launch». www.grandprix.com. GrandPrix.com. Consultado em 8 de setembro de 2023
- ↑ «Ricardo Rosset é piloto da Lola». Folha de Londrina. 18 de dezembro de 1996
- ↑ "Lola out of Brazilian GP and out of season?..." - Autosport.com, 26 de março de 1997. Acessado em 25 de outubro de 2007.
- ↑ «Lola acaba e piloto brasileiro fica a pé». Folha Online. 25 de março de 1997
- ↑ «Brasil perde piloto às vésperas do GP». Folha UOL. 26 de março de 1997
- ↑ «Tyrrell é vendida para fábrica de cigarros». Folha UOL. 2 de dezembro de 1997
- ↑ «Especial: a história da equipe de F1 que fracassou mesmo com nomes fortes por trás». motorsport.uol.com. 27 de março de 2020
- ↑ "Lola Cars in administration" - Grandprix.com, 26 de maio de 1997. Acessado em 25 de outubro de 2007.
- ↑ «Lola T97/30». STATS F1