Mino Carta
Mino Carta | |
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Mino Carta em 2006. | |
Nome completo | Demetrio Carta |
Nascimento | 6 de setembro de 1933 (91 anos) Gênova, Itália |
Nacionalidade | ítalo-brasileiro |
Ocupação | |
Cônjuge | Maria Angélica Presotto |
Filho(s) | 2, incluindo Gianni Carta |
[blogdomino.com.br [ligação inativa][1] Site oficial] |
Demetrio Carta,[2] mais conhecido como Mino Carta (Gênova, 6 de setembro de 1933), é um jornalista, editor, escritor e empresário ítalo-brasileiro.[2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido na Itália, chegou a São Paulo em 1946 e escreveu sobre esse período:
“ | Agosto de 1946, cheguei a São Paulo, trazido por meus pais, ainda vestia calças curtas. A cidade não passava de 1,5 milhão de habitantes, tinha medidas humanas. Pacata, ordeira, elegante em várias ruas centrais. São Luís, Barão de Itapetininga, Marconi, Vieira de Carvalho. Recantos verdes e vibrantes. Praça da República, Largo do Arouche. Senhorial a Avenida Paulista, ladeada por casarões, um deles o do Conde Matarazzo, dono de um Packard suntuosamente negro, na placa ostentava apenas e tão-somente o número 1. – Mino Carta[4] | ” |
Carreira
[editar | editar código-fonte]Em 1951, prestou vestibular e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, constando de sua ficha de matrícula ter nascido em 3 de setembro de 1933. Cursou os primeiros anos, mas abandonando o curso, não chegou a se formar.
Carta dirigiu as equipes de criação de publicações que fizeram história na imprensa brasileira, como Quatro Rodas, o Jornal da Tarde, Veja, IstoÉ e CartaCapital, da qual ainda é diretor de redação. Dos jornais que ajudou a fundar, apenas um não prosperou: o Jornal da República, fundado junto com Cláudio Abramo, foi fechado por problemas financeiros.[5] Mantinha um blog pessoal, que desativou por discordância com as políticas econômica e ambiental do governo, e por causa da atuação no caso Cesare Battisti,[1] do qual era um dos mais ferrenhos opositores.[6]
No ano de 2016, Mino Carta é referido em áudio do ex-presidente Lula que admite encomendar a este um artigo sobre o autoritarismo. Artigo que, segundo Lula, era necessário para abrir os olhos do brasileiros sobre o que estava ocorrendo no Brasil.[7][8]
Apesar de sua postura crítica também ao governo Lula, Carta se posicionou firmemente contra o impeachment da Presidente Dilma Rousseff, qualificado por ele como "o pior golpe que o Brasil sofreu"[9] e tece acusações contra o Juiz Sérgio Moro.[10]
Livros publicados
[editar | editar código-fonte]Em 2000, lançou o livro O Castelo de Âmbar,[11] em que emprega sua verve num projeto literário-biográfico cuja personagem principal, Mercúcio Parla (um "homem extraordinário", segundo sua secretária Camomila), pode ser seu alter ego e no qual relata, de modo cáustico, o que considera o relacionamento promíscuo entre governantes, jornalistas e "barões da imprensa" durante quase meio século da história recente brasileira. Escrito como um romance de ficção, permite vislumbrar-se a realidade; assim Ausônia seria a Itália e a rua Áurea na Capital da Comarca seria a rua Augusta em São Paulo.
Em 2003, publicou A Sombra do Silêncio, continuação de O Castelo de Âmbar,[11] no qual Mercúcio Parla se encontra, na Rua Áurea, com Cuore Mio, "a moça mais risonha do bairro", iniciando assim um romance que seria o "único e autêntico amor de suas vidas".
Publicações
[editar | editar código-fonte](lista parcial)
- O Castelo de Âmbar. São Paulo: Editora Record, 2000. ISBN 8501060208 (romance)
- Histórias da Mooca, com as bençãos de San Gennaro. São Paulo, Editora Berlendis & Vertecchia, 1ª edição.
- O Restaurante Fasano e A Cozinha de Luciano Boseggia, em parceira com FASANO, Rogério. São Paulo: Editora DBA. 2ª edição, 1996.
- A Sombra do Silêncio. São Paulo: Editora Francis, 2003. ISBN 8589362191 (romance)
- O Brasil. São Paulo: Editora Record, 2013.
- A vida de Mat. São Paulo: Editora Hedra, 2016.
Prêmios e títulos
[editar | editar código-fonte]É doutor honoris causa pela Faculdade Cásper Líbero.
Em novembro de 2006 Mino recebeu o prêmio de Jornalista Brasileiro de Maior Destaque no Ano da Associação dos Correspondentes da Imprensa Estrangeira no Brasil (ACIE).[12]
Referências
- ↑ a b «Jornalista Mino Carta critica Lula e se despede de blog e revista». Diário Catarinense. 6 de fevereiro de 2009. Consultado em 30 de dezembro de 2011
- ↑ a b «Controverso e respeitado, Mino Carta continua se reinventando no mercado jornalístico». Portal Imprensa. Consultado em 1 de novembro de 2018. Cópia arquivada em 22 de maio de 2024
- ↑ «As várias cartadas de Mino». UEL. Consultado em 22 de março de 2013
- ↑ Carta, Mino. (janeiro de 2007). «O caminho do Hades» 428 ed. Revista CartaCapital. Consultado em 30 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007
- ↑ «A história do Jornal da República». Observatório da Imprensa. 17 de agosto de 2004. Consultado em 30 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 12 de novembro de 2011
- ↑ Martins, Rui (9 de junho de 2011). «Bem-vindo ao Brasil, Battisti» 4381 ed. Correio do Brasil. Consultado em 30 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 17 de agosto de 2011
- ↑ «Lula relata que pediu para Mino Carta escrever artigo com críticas a Sérgio Moro». Portal Comunique-se. Consultado em 1 de novembro de 2018[ligação inativa]
- ↑ «Lula confessa encomendar artigo para Mino Carta». archive.is/1ms2A. Consultado em 1 de novembro de 2018
- ↑ Afiada, Conversa. «Mino: é o pior Golpe que o Brasil sofreu». Conversa Afiada
- ↑ «Golpistas são hipócritas, idiotas ou ambas as coisas». Mino Carta. TV Carta. Consultado em 1 de novembro de 2018
- ↑ a b Moraes Neto, Geneton (18 de março de 2004). «Os Mandamentos de Jornalista Segundo Mino carta: Fidelidade, Canina aos Fatos, Espírito Crítico, Fiscalização do Poder.». Site Geneton. Consultado em 30 de dezembro de 2011
- ↑ «"Jornalista do ano": Mino Carta recebe prêmio da Associação de Correspondentes Estrangeiros». Portal Imprensa. 4 de dezembro de 2006. Consultado em 30 de dezembro de 2011[ligação inativa]