Miofibroblasto
Miofibroblasto | |
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Subclasse de | célula |
Cell Ontology | CL_0000186 |
MeSH | D058628 |
Miofibroblasto é uma célula que está entre um fibroblasto e uma célula de músculo liso em diferenciação.
Origem
[editar | editar código-fonte]Há muitos modos possíveis de um miofibroblasto se desenvolver:
- Diferenciação parcial em musculo liso de uma célula fibroblástica.
- Ativação de uma célula estreladas (e.g. Célula estrelada hepática ou Célula estrelada pancreática).
- Perda do fenótipo contrátil (ou aquisição do "fenótipo sintético") de uma célula muscular lisa.
- Diferenciação miofibroblástica direta de uma célula progenitora residente em um tecido estromal.
- Retorno ou recrutamento de um precursor mesenquimal circulante o qual pode diferenciar-se diretamente ou indiretamente através de outro tipo celular intermediário.
- Epitelial a mesenquimal transdiferenciação de uma célula epitelial.
Marcadores
[editar | editar código-fonte]Miofibroblastos usualmente cora-se para o filamento intermediário vimentina, o qual é um marcador mesenquimal geral, e para alfa actina de musculo liso. De forma interessante, podem ser positivos para outros marcadores de musculo liso como a desmina (outro tipo de filamento intermediário) apenas em determinados tecidos e essa heterogeneidade pode existir para todos os marcadores de musculo liso exceto a uns poucos marcadores positivos apenas para musculatura lisa contrátil como a metavinculina e esmotelina. Alguns miofibroblastos (exceto os que possuem forma estrelada) podem também ser positivos para GFAP.
Localização e função
[editar | editar código-fonte]Miofibroblastos são encontrados subepitelialmente em muitas superfícies mucosas como, por exemplo, quase toda extensão do trato gastrointestinal e genitourinário. Aqui eles não agem apenas como regulador da forma das criptas e vilosidades, mas também agem como nichos de células tronco nas criptas intestinais e como parte atípica das células apresentadoras de antígenos. Em muitos lugares têm ambas as funções paracrinas e de suporte. Estão envolvidas na fibrose de muitos órgãos como fígado, pulmões e rins. No tecido lesionado eles atuam no fortalecimento do novo tecido por deposição de fibras de colágeno e na contração da cicatriz por contração intracelular e concomitante alinhamento das fibras de colágeno mediado pelo tracionamento dos feixes de colágeno pela integrina. Pericitos e células mesangiais renais são exemplos de células miofibrobláscias modificadas.
Os miofibroblastos podem interferir com a propagação dos sinais elétricos que controlam o rítmo cardíaco levando a arritmia em pacientes que tenham sofrido ataque cardíaco. Ursodiol e uma droga promissora para esta condição.[1]
Miofibroblastos na cicatrização
[editar | editar código-fonte]Miofibroblastos têm capacidade de contração usando um tipo de complexo actina-miosina da musculatura lisa, rico em uma forma de actina chamada de alfa-actina de músculo liso. Essas células são então capazes de acelerar a cicatrização por contrair as bordas da lesão.
Estudos iniciais sobre cicatrização mostravam que o tecido de granulação originados de lesões pode contrair in vitro de modo similar ao músculo liso quando exposto a substâncias que causam contração da musculatura lisa como adrenalina ou angiotensina.
Mais recentemente, tem sido demonstrado que fibroblastos podem transformar-se em miofibroblastos com fotobiomodulação.
Após a cicatrização estar completa, estas células entram em apoptose. Hoje acredita-se que varias doenças fibróticas (ex.: cirrose hepática, fibrose renal, fibrose retroperitoneal) decorrem da falha dessas células entrarem em apoptose levando a persistência dos miofibroblastos e consequentemente expansão da matriz extracelular (fibrose) e contração. Similarmente, em feridas que não cicatrizam corretamente e torna-se queloides ou cicatrizes hipertróficas, os miofibroblastos podem persistir ao invés de desaparecer por apoptose.