Palaeoloxodon antiquus
Palaeoloxodon antiquus | |
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Esqueleto em Roma | |
Crânio na Alemanha | |
Classificação científica | |
Domínio: | Eukaryota |
Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Mammalia |
Ordem: | Proboscidea |
Família: | Elephantidae |
Gênero: | Palaeoloxodon |
Espécies: | P. antiquus
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Nome binomial | |
Palaeoloxodon antiquus | |
Distribuição aproximada de P. antiquus | |
Sinónimos | |
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Palaeoloxodon antiquus, comummente conhecido como elefante-de-presas-retas[2] ou elefante-europeu-de-presas-direitas[3],[4] é uma espécie extinta de mamífero proboscídio da família dos elefantídeos que viveu durante o Pleistoceno, há cerca de 800.000 a 30.000 anos.[5][6]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Estes paquidermes podiam chegar aos quatro metros de altura, orçando um peso estimado de cerca de 6.000 a 7.000 kg.[7] Tinham as patas relativamente mais compridas do que as dos elefantes modernos e presas compridas e rectilíneas rematadas numa pequena curva, que fazem jus ao seu nome comum.[7] Crê-se que estes elefantes tinham uma língua de 80 centímetros de comprimento, a qual poderia projectar-se a pouca distância para apanhar folhas e ervas.[7]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]O Elephas (Palaeoloxodon) antiquus teve a sua origem em África, sendo certo que se evidencia a sua rápida distribuição pela Eurásia em territórios das Penínsulas Itálica e Ibérica.[6]
O P. antiquus vivia nos ambientes quentes e florestais que havia no continente europeu durante os períodos interglaciares.[6] Os vestígios que se descobriram mais recentemente encontravam-se em Portugal e têm cerca de 30.000 anos.[6] Tratar-se-ão, presumivelmente, dos antepassados dalguns dos elefantes anões das varias ilhas mediterrâneas que se extinguiram durante o Holoceno.[6]
Em sedimentos eólicos do Pleistoceno superior do Alentejo Litoral, descobriram-se várias icnitas da icnoespécie Proboscipeda panfamilia, atribuídas ao Palaeoloxodon antiquus.[5][6]
Portugal
[editar | editar código-fonte]Os raros achados de proboscídeos no Plistocénico português reportam-se quase exclusivisamente a esta espécie.[6] Foram identificados vestígios osteológicos desta espécie não muito longe da praia do Malhão[4] em Santa Cruz (em Santiago do Cacém).[6] Alguns dos achados mais recentes desta espécie na Europa têm uma idade 33600 ± 500 e foram encontrados na Bacia do rio Tejo, em Vila Velha de Ródão, correspondendo ao início da última glaciação.[6]
Referências
- ↑ Benoit, J., Legendre, L. J., Tabuce, R., Obada, T., Mararescul, V., & Manger, P. (2019). Brain evolution in Proboscidea (Mammalia, Afrotheria) across the Cenozoic. Scientific Reports, 9(1), 9323. https://doi.org/10.1038/s41598-019-45888-4
- ↑ «elefante-de-presas-retas». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia
- ↑ «elefante-europeu-de-presas-direitas». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia
- ↑ a b Renascença (27 de junho de 2023). «Fósseis de trilhos de aves com milhares de anos encontrados na costa sudoeste - Renascença». Rádio Renascença. Consultado em 30 de junho de 2023
- ↑ a b Neto de Carvalho, C. (2009). «Vertebrate tracksites from the Mid–Late Pleistocene eolianites of Portugal: the first record of elephant tracks in Europe». Geological Quarterly (em inglês). 53 (4): 407–414
- ↑ a b c d e f g h i Neto de Carvalho, Carlos (dezembro de 2011). «Pegadas de vertebrados nos eolianitos do Plistocénico Superior do Sudoeste Alentejano, Portugal.». LNEG – Laboratório Nacional de Geologia e Energia IP. Comunicações Geológicas (98): 99-108. Consultado em 2 de março de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 14 de dezembro de 2014
- ↑ a b c Stuart, A. J. (1999). «Late Pleistocene megafaunal extinctions: a european perspective». En: McPhee, R. D. E.; Ross, D. E. y Sues, H.-D. (eds.) Extinctions in Near Time: Causes, Contexts, and Consequences. Advances in Vertebrate Paleobiology, 2: 257-270 (pág. 262)