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Palaeoloxodon antiquus

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Palaeoloxodon antiquus
Intervalo temporal: Pleistoceno Médio-Superior
~0,78–0,03 Ma
Esqueleto em Roma
Crânio na Alemanha
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Proboscidea
Família: Elephantidae
Gênero: Palaeoloxodon
Espécies:
P. antiquus
Nome binomial
Palaeoloxodon antiquus
(Falconer & Cautley, 1847)
Distribuição aproximada de P. antiquus
Sinónimos
  • Elephas antiquus (Falconer & Cautley, 1847)
  • Loxodonta antiquus[1]
  • Hesperoloxodon antiquus Osborn, 1931

Palaeoloxodon antiquus, comummente conhecido como elefante-de-presas-retas[2] ou elefante-europeu-de-presas-direitas[3],[4] é uma espécie extinta de mamífero proboscídio da família dos elefantídeos que viveu durante o Pleistoceno, há cerca de 800.000 a 30.000 anos.[5][6]

Estes paquidermes podiam chegar aos quatro metros de altura, orçando um peso estimado de cerca de 6.000 a 7.000 kg.[7] Tinham as patas relativamente mais compridas do que as dos elefantes modernos e presas compridas e rectilíneas rematadas numa pequena curva, que fazem jus ao seu nome comum.[7] Crê-se que estes elefantes tinham uma língua de 80 centímetros de comprimento, a qual poderia projectar-se a pouca distância para apanhar folhas e ervas.[7]

Distribuição

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O Elephas (Palaeoloxodon) antiquus teve a sua origem em África, sendo certo que se evidencia a sua rápida distribuição pela Eurásia em territórios das Penínsulas Itálica e Ibérica.[6]

O P. antiquus vivia nos ambientes quentes e florestais que havia no continente europeu durante os períodos interglaciares.[6] Os vestígios que se descobriram mais recentemente encontravam-se em Portugal e têm cerca de 30.000 anos.[6] Tratar-se-ão, presumivelmente, dos antepassados dalguns dos elefantes anões das varias ilhas mediterrâneas que se extinguiram durante o Holoceno.[6]

Em sedimentos eólicos do Pleistoceno superior do Alentejo Litoral, descobriram-se várias icnitas da icnoespécie Proboscipeda panfamilia, atribuídas ao Palaeoloxodon antiquus.[5][6]

Os raros achados de proboscídeos no Plistocénico português reportam-se quase exclusivisamente a esta espécie.[6] Foram identificados vestígios osteológicos desta espécie não muito longe da praia do Malhão[4] em Santa Cruz (em Santiago do Cacém).[6] Alguns dos achados mais recentes desta espécie na Europa têm uma idade 33600 ± 500 e foram encontrados na Bacia do rio Tejo, em Vila Velha de Ródão, correspondendo ao início da última glaciação.[6]

Referências

  1. Benoit, J., Legendre, L. J., Tabuce, R., Obada, T., Mararescul, V., & Manger, P. (2019). Brain evolution in Proboscidea (Mammalia, Afrotheria) across the Cenozoic. Scientific Reports, 9(1), 9323. https://doi.org/10.1038/s41598-019-45888-4
  2. «elefante-de-presas-retas». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  3. «elefante-europeu-de-presas-direitas». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  4. a b Renascença (27 de junho de 2023). «Fósseis de trilhos de aves com milhares de anos encontrados na costa sudoeste - Renascença». Rádio Renascença. Consultado em 30 de junho de 2023 
  5. a b Neto de Carvalho, C. (2009). «Vertebrate tracksites from the Mid–Late Pleistocene eolianites of Portugal: the first record of elephant tracks in Europe». Geological Quarterly (em inglês). 53 (4): 407–414 
  6. a b c d e f g h i Neto de Carvalho, Carlos (dezembro de 2011). «Pegadas de vertebrados nos eolianitos do Plistocénico Superior do Sudoeste Alentejano, Portugal.». LNEG – Laboratório Nacional de Geologia e Energia IP. Comunicações Geológicas (98): 99-108. Consultado em 2 de março de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 14 de dezembro de 2014 
  7. a b c Stuart, A. J. (1999). «Late Pleistocene megafaunal extinctions: a european perspective». En: McPhee, R. D. E.; Ross, D. E. y Sues, H.-D. (eds.) Extinctions in Near Time: Causes, Contexts, and Consequences. Advances in Vertebrate Paleobiology, 2: 257-270 (pág. 262)