Pedro de Alcântara (compositor)
| Pedro de Alcântara | |
|---|---|
| Nome completo | Pedro de Alcântara |
| Nascimento | 21 de agosto de 1866 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
| Morte | 29 de agosto de 1929 (63 anos) Sete Lagoas, Minas Gerais |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Ocupação | Compositor e flautista |
Pedro de Alcântara (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 21 de agosto de 1866 – Sete Lagoas, Minas Gerais, 29 de agosto de 1929) foi um flautista e compositor brasileiro. Ficou conhecido pela polca Choro e Poesia, que ganhou o título Ontem ao Luar ao levar a letra de Catulo da Paixão Cearense.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Iniciou a carreira apresentando-se nos cinemas do Rio de Janeiro, como o Odeon, Americano e Atlântico.[1] Compôs, em 1907, a música Choro e Poesia, que inicialmente era chamada de Dores do Coração.[1] A gravação veio em 1911, pela Casa Edison.[1]
Em 1913, a música recebeu a letra de Catulo da Paixão Cearense, à revelia de Alcântara, ganhando o título Ontem ao Luar.[2] A música foi gravada por Vicente Celestino, em 1918.[1]
Pedro fez em 1912 uma série de gravações ao lado de Ernesto Nazareth interpretando as polcas Choro e Poesia, de sua autoria, e Linguagem do Coração, de Joaquim Calado, e os tangos Favorito e Odeon, estas de autoria de Nazareth.[1] Faria apresentações até 1929, quando fez um recital em Sete Lagoas. Faleceu poucos dias depois dessa apresentação, na mesma cidade.[1]
O compositor só voltaria às manchetes na década de 1970, quando a imprensa percebeu a semelhança de Ontem ao Luar com o tema do filme Love Story. Após a revista O Cruzeiro publicar que a canção era de autoria apenas de Catulo da Paixão Cearense, a neta de Pedro de Alcântara, Heloísa Alcântara Bernardi foi à redação da publicação para esclarecer que a música tem a melodia de seu avô.[3]
Heloísa passou a lutar pelo reconhecimento da música, após José Martins de Moraes Guimarães, conhecido como Guimarães Martins, ter adquirido os direitos patrimoniais da obra de Catulo.[3] Em 1972, ela foi à Justiça para tentar reaver os direitos da música.[4] A Justiça restabeleceu a autoria da polca em 1976.[1]
Desde a década de 1970, Ontem ao Luar ganhou regravações, como nos discos de Fafá de Belém e Paulinho Nogueira.[5] A música também aparece na versão ao vivo do álbum Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, de Marisa Monte.[2]
Referências
- ↑ a b c d e f g «Pedro de Alcântara». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 17 de junho de 2023
- ↑ a b «Livro de memórias ilumina o mundo e o luar de Catulo da Paixão Cearense | G1 Música Blog do Mauro Ferreira». Mauro Ferreira. 23 de novembro de 2017. Consultado em 17 de junho de 2023
- ↑ a b «Love Story e Ontem ao Luar». O Cruzeiro: p. 110-113. 28 de julho de 1971. Consultado em 17 de junho de 2023
- ↑ «Neta de compositor volta à Justiça para reaver os direitos de Ontem ao Luar». Jornal do Brasil. 16 de agosto de 1972. Consultado em 17 de junho de 2023
- ↑ «Herdeira de parceiro quer parceria com herdeiros de Ontem ao Luar». Jornal do Brasil. 28 de abril de 1977. Consultado em 17 de junho de 2023
