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Scolopendra

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaLacraia
Scolopendra gigantea
Scolopendra gigantea
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Quilópodes
Ordem: Scolopendromorpha
Família: Scolopendridae
Género: Scolopendra
Nome binomial
Scolopendra
(Linnaeus, 1758)

Scolopendra é um gênero de lacraias (família Scolopendridae).

O gênero "Scolopendra" é representado por muitas espécies nos trópicos do mundo e em áreas temperadas mais quentes, variando consideravelmente em termos de coloração e tamanho. Em geral, "Scolopendra" são centopéias muito grandes, com até mesmo o menor exemplar capaz de atingir pelo menos 10 cm (3,9 in) na maturidade. As maiores espécies encontradas em climas tropicais podem exceder 30 cm (12 in) e são as maiores centopéias vivas do mundo.[1]

As lacraias do gênero Scolopendra são predadoras ativas, alimentando-se principalmente de insetos e outros invertebrados. Espécimes maiores foram observados atacando rãs, tarântulass, lagartos, pássaros, serpentes, roedores e até morcegos.[2] Uma espécie do sudeste asiático, S. catarata, é anfíbia e nada e caminha debaixo d'água.[3][4]

História taxonômica

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Scolopendra foi um dos gêneros criados por Carl Linnaeus em sua décima primeira edição de 1758 do livro Systema Naturae, que foi o livro usado como o ponto de partida para a nomenclatura zoológica. Apenas duas das espécies originalmente atribuídas ao gênero permanecem assim: Scolopendra gigantea e S. morsitans; sendo este último renomeado pela Comissão Internacional sobre Nomenclatura Zoológica,[5] anulando uma designação anterior de Pierre André Latreille, na qual ele escolheu Scolopendra forficata de Linnaeus (agora Lithobius forficatus).


O veneno não é medicamente significativo para a maioria das espécies, no entanto, as mordidas da espécie Scolopendra subspinipes são relatadas como causadoras de dor e inchaço extremos, e causaram uma fatalidade relatada.[6]

Verificou-se que o veneno de certas espécies de Scolopendra contém compostos como serotonina, fosfolipase hemolítica, uma proteína cardiotóxica, e uma citolisina.[7]

O gênero contém as seguintes espécies:[8][9]

Referências

  1. R. M. Shelley & S. B. Kiser (2000). «Neotype designation and a diagnostic account for the centipede, Scolopendra gigantea L. 1758, with an account of S. galapagoensis Bollman 1889 (Chilopoda Scolopendromorpha Scolopendridae)» (PDF). Tropical Zoology. 13 (1): 159–170 
  2. J. Molinari, E. E. Gutiérrez, A. A. de Ascenção, J. M. Nassar, A. Arends & R. J. Márquez (2005). «Predation by giant centipedes, Scolopendra gigantea, on three species of bats in a Venezuelan cave» (PDF). Caribbean Journal of Science. 41 (2): 340–346. Arquivado do original (PDF) em 9 de outubro de 2010 
  3. Holmes, O. (1 de julho de 2016). «Giant swimming, venomous centipede discovered by accident in world-first». The Guardian. Consultado em 1 de julho de 2016 
  4. Bates, M. (26 de junho de 2016). «'Horrific' First Amphibious Centipede Discovered». National Geographic. Consultado em 1 de julho de 2016 
  5. R. M. Shelley & S. B. Kiser (2000). "Neotype designation and a diagnostic account for the centipede, Scolopendra gigantea L. 1758, with an account of S. galapagoensis Bollman 1889 (Chilopoda Scolopendromorpha Scolopendridae) "http://www.fupress.net/index.php/tropicalzoology/article/view/43
  6. S. P. Bush, B. O. King, R. L. Norris & S. A. Stockwell (2001). «Centipede envenomation». Wilderness & Environmental Medicine. 12 (2): 93–99. PMID 11434497. doi:10.1580/1080-6032(2001)012[0093:CE]2.0.CO;2 
  7. Robert L. Norris (19 de novembro de 2008). «Centipede Envenomation». eMedicine. Consultado em 29 de outubro de 2010 
  8. «Scolopendra Linnaeus, 1758». ChiloBase. Università di Padova. Consultado em 29 de outubro de 2010. Arquivado do original em 22 de julho de 2011 
  9. a b Siriwut, Warut; Edgecombe, Gregory D.; Sutcharit, Chirasak; Tongkerd, Piyoros; Panha, Somsak (17 de maio de 2016). «A taxonomic review of the centipede genus Scolopendra Linnaeus, 1758 (Scolopendromorpha, Scolopendridae) in mainland Southeast Asia, with description of a new species from Laos». ZooKeys. 590: 1–124. doi:10.3897/zookeys.590.7950