Selma Uamusse
Selma Uamusse | |
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Nascimento | 24 de Dezembro de 1981 Maputo |
Nacionalidade | Moçambicana |
Ocupação | Cantora |
Selma Uamusse (Maputo, 24 de Dezembro de 1981) é uma cantora moçambicana. Destacou-se pela sua carreira multifacetada, abrangendo vários géneros musicais, e pelas suas fortes influências da música tradicional moçambicana.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em 24 de Dezembro de 1981, na cidade de Maputo.[2][3]
Veio para Portugal em 1988.[3] Inicialmente trabalhou como engenheira, mas depois enveredou definitivamente pela carreira musical,[3] tendo cantado de forma profissional desde a sua adolescência.[4] Estreou-se em 2018 com o álbum Mati, que foi apresentado em Portugal, em Espanha e no Brasil.[2] Em 2020 apresentou um novo álbum, Liwoningo.[1] Participou em diversas parcerias musicais, numa grande diversidade de géneros, como WrayGunn, Cacique’97, Gospel Collective, Rodrigo Leão,[4] Nu Jazz Ensemble, Sean Riley, Buraka Som Sistema[2] e Samuel Úria.[5] Foi considerada pelo jornal Diário de Notícias como a artista principal na edição de 2014 do Festival Música do Mundo, organizado na localidade de Porto Covo, no Alentejo.[6]
A sua carreira artística tem seguido um percurso muito diversificado, marcado principalmente pelas influências da música tradicional moçambicana, com utilização de ritmos e letras oriundos daquele país, além de instrumentos como o timbila e o mbira, em conjugação com música electrónica e outros géneros.[4] A aproximação à música tradicional moçambicana está particularmente expressa nos seus dois primeiros álbuns, onde canta nas línguas do seu país natal.[1] Com efeito, o título do seu primeiro álbum, Mati, é uma palavra no idioma changana, de Moçambique, que significa água.[5]
Colaborou igualmente em produções de teatro, cinema e artes visuais,[4] tendo em 2016 actuado na peça Ruínas, no Teatro São Luiz.[7] e em 2022 na peça Passa-Porte de André Amálio.[8] Colaborou igualmente na produção de Amores pós-coloniais, de André Amálio, que foi levada ao palco no Teatro Nacional D. Maria II, em 2019.[9] No cinema, participou nos filmes Cabaret Maxime, de Bruno de Almeida, e Fogo, de Pedro Costa, enquanto que nas artes visuais destaca-se a sua colaboração na instalação de Ângela Ferreira.[8] Também participou num debate durante o festival Music Industry Lisbon de 2023, onde discutiu um assunto de grande importância na indústria musical, os tours, e os seus efeitos na saúde mental dos artistas.[1] Em 2019 foi a principal responsável pela organização do concerto de solidariedade Mão dada a Moçambique, emitido pela Rádio Televisão Portuguesa, para apoiar as regiões de Moçambique que tinham sido atingidas pelo Ciclone Idai, e que contou com a participação de mais de cinquenta artistas nacionais e internacionais.[10]
Referências
- ↑ a b c d FARINHA, Ricardo (1 de Novembro de 2023). «Selma Uamusse: "É preciso haver um entendimento melhor daquilo que é a realidade da classe artística"». Bantumen. Consultado em 13 de Novembro de 2023
- ↑ a b c PACHECO, Nuno (31 de Janeiro de 2019). «Selma Uamusse vê cada concerto como "uma cerimónia única"». Público. Consultado em 14 de Novembro de 2023
- ↑ a b c «Selma Uamusse - Cantora, 1981». Calendário do Advento. Rádio Televisão Portuguesa. Consultado em 13 de Novembro de 2023
- ↑ a b c d «Informação». Festival de Setembro. Câmara Municipal de Ourém. Consultado em 13 de Novembro de 2023
- ↑ a b VEIGAS, Patrícia (30 de Junho de 2018). «Um cheirinho de Moçambique no Rock in Rio por Selma Uamusse». Diário de Notícias. Consultado em 14 de Novembro de 2023
- ↑ MARQUES, Joana Emídio (21 de Julho de 2014). «Selma Uamusse, a moçambicana que pôs a dançar o FMM». Diário de Notícias. Consultado em 13 de Novembro de 2023
- ↑ CAETANO, Maria João (6 de Janeiro de 2016). «Selma Uamusse a cantar nas "Ruínas" da guerra». Diário de Notícias. Consultado em 14 de Novembro de 2023
- ↑ a b «Conversas no Divã – Selma Uamusse». Instituto Superior de Psicologia Aplicada. 31 de Janeiro de 2023. Consultado em 14 de Novembro de 2023
- ↑ «Entre arte e activismo existem "Amores pós-coloniais"». Radio France Internationale. 21 de Fevereiro de 2019. Consultado em 14 de Novembro de 2023
- ↑ «Mão Dada a Moçambique - Concerto». Rádio Televisão Portuguesa. 2019. Consultado em 14 de Novembro de 2023