Solar do Barão Rodrigues Mendes
Solar do Barão Rodrigues Mendes | |
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Informações gerais | |
Tipo | Museu |
Estilo dominante | Neoclássico |
Arquiteto | Louis Léger Vauthier |
Proprietário atual | Academia Pernambucana de Letras |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Recife |
O Solar do Barão Rodrigues Mendes, também chamado de Solar de Ponte d'Uchoa, foi a residência da família do barão João José Rodrigues Mendes durante o século XIX na cidade do Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco. Desde 1966, é a sede da Academia Pernambucana de Letras.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A propriedade foi adquirida por volta de 1870 pelo português João José Rodrigues Mendes (1827-1893) que tinha o título de barão e era um próspero comerciante no Recife do século XIX. O solar foi projetado pelo engenheiro Louis Léger Vauthier, responsável por reformar a casa de acordo com o estilo neoclássico.[2][3]
Considerado o mais perfeito exemplar de residência classicista do Brasil Império, a casa tem fachada coberta com azulejos portugueses, pisos revestidos com mosaico inglês e assoalhos em madeira de lei, sala de jantar com móveis de carvalho da Áustria, cômodos iluminados por lustres da França e paredes decoradas com desenhos do pintor francês Eugéne Lassailly.[4]
Quando sua esposa Eugênia Francisca da Costa morreu, em 1878, Rodrigues Mendes entregou o palacete à filha e se mudou para um quarto que ficava em uma torre no quintal da casa que servia de apoio para a caixa de água da residência e lá ficou de luto até a sua morte.[4] O casarão ficou abandonado até ser desapropriado em 1966 pelo governador Paulo Pessoa Guerra e doado para a Academia Pernambucana de Letras, se tornando sede permanente da instituição em 1973, durante o governo de Eraldo Gueiros.[1]
Acervo
[editar | editar código-fonte]A casa abriga um acervo de mobiliário, pinturas, gravuras, desenhos, esculturas, porcelanas, livros e imagens religiosas, entre outros objetos, que mostram a riqueza e o apogeu da nobreza pernambucana diretamente ligada à cultura canavieira.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Palacete de veraneio do Barão de Beberibe
- Mansão Henry Gibson
- Casa de Ferro Família Brennand
- Centro Histórico do Recife
Referências
- ↑ a b Aguiar, Juliana (26 de janeiro de 2021). «Academia Pernambucana de Letras celebra 120 anos como guardião do saber literário». Diario de Pernambuco. Consultado em 26 de março de 2021
- ↑ Alves, Cleide (14 de junho de 2015). «Um passeio pelas casas neoclássicas do Recife». JC. Consultado em 26 de março de 2021
- ↑ Alves, Cleide (21 de setembro de 2014). «A presença de Vauthier em Pernambuco». JC. Consultado em 26 de março de 2021
- ↑ a b Alves, Cleide (31 de maio de 2015). «Os românticos do Recife do século 19». JC. Consultado em 26 de março de 2021
- ↑ «Secretaria de Educação de Pernambuco». www.educacao.pe.gov.br. Consultado em 26 de março de 2021