Tenente Galinha
Tenente Galinha | |
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Tenente Galinha | |
Nome | João Antonio de Oliveira |
Data de nascimento | 3 de maio de 1871 |
Local de nascimento | São Paulo, Província de São Paulo Império do Brasil |
Data de morte | 23 de abril de 1913 (41 anos) |
Local de morte | Rua Ana Nery, n.°14, Mooca, São Paulo Brasil |
Causa da morte | quatro tiros: dois na cabeça e dois no tórax |
Residência | Rua Ana Nery n.°14 (hoje 128), Mooca |
Nacionalidade(s) | brasileiro |
Apelido(s) | Tenente Galinha |
Ocupação | Oficial da Força Pública Chefe do Serviço de Capturas |
Situação | assassinado |
Esposa(s) | Benedicta de Oliveira |
Filho(s) | Pretextado |
João Antonio de Oliveira (São Paulo, 3 de maio de 1871 — São Paulo, 23 de abril de 1913) foi um oficial da Força Pública do Estado de São Paulo, popularizado na crônica policial como Tenente Galinha. Tornou-se célebre devido à brutalidade que empregava no combate ao crime no interior do estado no começo do século XX, quando atuou no comando de destacamentos responsáveis pela proteção a propriedades ameaçadas por bandoleiros e ladrões de cavalos.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Analfabeto funcional, Oliveira alistou-se na força policial da província em 1888. Desertou duas vezes e era alvo frequente de ações disciplinares, mas apesar disso cumpria a contento as funções a que era designado, tornou-se alferes em 1901, sendo promovido a tenente em 1909.[1]
Com o desenvolvimento de São Paulo em direção ao interior e consequente aumento na criminalidade, as autoridades formaram o Serviço de Capturas, conhecido simplesmente por "captura" ou "volante", para repressão ao banditismo nessas áreas. O tenente foi designado então para o comando de uma tropa formada por aproximadamente dez soldados — força ampliada em cada cidade por mais dois ou três moradores locais, os "pombeiros", que serviam como guia e indicavam os locais de ação dos criminosos.[2]
Diz-se que o chefe da volante considerava mais fácil e menos oneroso ao estado que ele executasse os bandidos a submetê-los ao processo legal, e em suas incursões ele e seus homens eliminaram diversos criminosos. Entre os vários sinais da brutalidade então empregada estava a prática de decepar a orelha das vítimas e enviá-las para a capital do estado. O poder outorgado ao tenente acabou levando a outras formas de abuso e desrespeito à lei, como estupro, assassinato de ciganos e espancamento de inocentes que desagradassem de alguma forma os soldados.[1]
Galinha sobreviveu a todos os riscos envolvidos nas missões em que participou, apenas para ser assassinado em 1913 em casa e na própria cama pelo amante de sua esposa.[1]
Referências
- ↑ a b c São Paulo in the Brazilian Federation, 1889-1937. Joseph LeRoy Love. Stanford University Press. ISBN 9780804709910 (1980)
- ↑ "Tenente Galinha e a Captura". Nossa Taquaratinga