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Tetraz de Justedalen

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Tetraz de Justedalen
Justedalsrypen
Rypen i Justedalen

Autor(es) Henrik Ibsen
Idioma norueguês
País  Noruega
Gênero teatro
Cronologia
Túmulo de Gigantes[1]
Olaf Liljekrans

Tetraz de Justedalen (Justedalsrypen[2], ou Rypen i Justedalen[3]) é uma peça teatral do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, que foi iniciada em 1850, mas ficou inacabada.[4] Posteriormente, serviu de tema para a peça Olaf Liljekrans, escrita em 1856.

Henrik Ibsen fotografado por Gustav Borgen.

Ibsen começou a escrever “Tetraz de Justedalen” em Christiânia, em 1850, em versos[2] e, apesar de ter sido planejada para ter quatro atos,[5] terminou no meio do segundo ato, ficando inacabada,[4] e permanecendo como um fragmento de 20 páginas.[6] Ibsen contratara o compositor Martin Andreas Udbye para escrever a música,[7] mas a peça não chegou a ser representada, na época.

Seis anos depois, em 1856, voltou a trabalhar sobre a peça, porém não a terminou, e acabou incluindo o tema em Olaf Liljekrans, apesar de nenhuma linha de “Tetraz de Justedalen” ter sido reconhecida na segunda peça.

Em 18 de abril de 2009, 150 anos depois, o Grusomhetens Teater, em Oslo, encenou finalmente a peça inacabada, sob o título “Fjeldfuglen” (“O Pássaro da Montanha”)[7] no estilo de uma “ópera romântica”, em confronto com o gênero costumeiro de Ibsen.[8] Foi produzida sob direção de Lars Øyno, composição de Filip Sande, produção de Nils Ivar Martila, e com os atores Hege Tunaal (Fjeldfuglen), Miguel Emilio Dobrodenka Steinsland Knut), Odille Heftye Blehr (Ingeborg), Jimmie Jonasson (Ivar), Kjærsti Odden Skjeldal (elfo), Stig Zeiner-Gundersen (Svend), Silje Breivik (elfo) e Hanne Dieserud (elfo).

Tetraz de Justedalen foi inspirado em uma história de Andreas Faye, de uma coleção norueguesa, e trata-se de uma fábula ingênua[9] sobre uma menina que mora na fazenda "Birkehaug", em Justedalen. Ela foi a única sobrevivente, no Vale da Peste Negra, e quando, depois de muito tempo, as pessoas vieram da paróquia vizinha e a encontraram, ela tinha se tornado "tímida e selvagem como um pássaro", em sua solidão, e assim foi chamada "Tetraz de Justedalen" (ou "Pássaro da Montanha").

Na versão de Ibsen, a moça é descoberta na floresta por um jovem, que está prestes a fazer um casamento arranjado com uma garota na sua aldeia. O jovem se paixona por ela, mas o povo da aldeia, liderado por um rico fazendeiro, fica horrorizado com o desejo do jovem e pelo abandono da noiva prometida. O casamento segue como planejado e, no final da ação, Ibsen deixa a obra inacabada: prepara-se a festa de casamento, enquanto os noivos esperam os cavalos. Na conclusão, vemo-los presos no tempo, em um texto inacabado: não há um fim puro.[10]

  • Fjeldfuglen ("Pássaro da Montanha")
  • Knut Skytte
  • Ivar
  • Ingeborg
  • Svend
  • Thorgeir
  • Elfos

Referências

  1. "Justedalsrypen" foi iniciada em 1850, porém só seis anos depois, em 1856, foi retomada, sem ser acabada, dando lugar a Olaf Liljekraus; portanto se situa entre essas datas
  2. a b Carpeaux, Otto Maria. Estudo Crítico Henrik Ibsen. [S.l.]: Editora Globo. 51 páginas 
  3. Henrik Ibsen
  4. a b Fatos sobre Olaf Liljekrans
  5. Archive.org
  6. Grusmheten Teater
  7. a b Ibsen.net
  8. Grusomhetens Teater
  9. «Otto Heller». Consultado em 8 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de janeiro de 2012 
  10. The Mountain Bird

Referências bibliográficas

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  • CARPEAUX, Otto Maria (1984). Estudo Crítico Henrik Ibsen. Rio de Janeiro: Editora Globo. n.c. In IBSEN. Henrik. O Pato Selvagem. [S.l.: s.n.] 
  • HELLER, Otto (1912). Henrik Ibsen, Plays and Problems. Boston and New York: Houghton Mifflin Company/ The Riverside Press Cambridge. n.c. Digitalizado pela Microsoft. [S.l.: s.n.] Consultado em 8 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de janeiro de 2012