Umberto Mozzoni
Umberto Mozzoni | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Presidente da Comissão de Cardeais para os Pontifícios Santuários de Pompeia, Loreto e Bari | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Nomeação | 19 de junho de 1974 |
Predecessor | Silvio Angelo Pio Cardeal Oddi |
Sucessor | Opilio Cardeal Rossi |
Mandato | 1974 - 1983 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 14 de agosto de 1927 Roma |
Nomeação episcopal | 13 de novembro de 1954 |
Ordenação episcopal | 5 de dezembro de 1954 Roma por James Charles Cardeal McGuigan |
Nomeado arcebispo | 13 de novembro de 1954 |
Cardinalato | |
Criação | 5 de março de 1973 por Papa Paulo VI |
Ordem | Cardeal-diácono (1973-1983) Cardeal-presbítero (1983) |
Título | Santo Eugênio |
Brasão | |
Lema | Duc in altum |
Dados pessoais | |
Nascimento | Buenos Aires 29 de junho de 1904 |
Morte | Roma 7 de novembro de 1983 (79 anos) |
Nacionalidade | argentino italiano |
Funções exercidas | - Núncio Apostólico na Bolívia (1954-1958) Núncio Apostólico na Argentina (1958-1969) Núncio Apostólico no Brasil (1969-1973) |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Dom Umberto Mozzoni (Buenos Aires, 29 de junho de 1904 — Roma, 7 de novembro de 1983) foi cardeal da Igreja Católica argentino. Serviu como núncio apostólico na Bolívia, na Argentina e no Brasil, e foi elevado ao cardinalato em 1973.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nasceu em Buenos Aires, Argentina, filhos de pais italianos naturais de Macerata, para onde a família retornou posteriormente.
Ingressou no Seminário de Macerata e, posteriormente, em Roma, obteve os títulos de doutor em Filosofia e Teologia. Diplomou-se ainda em Direito Canônico e Civil.
Foi ordenado sacerdote em 14 de agosto de 1927, em Roma. Exerceu o ministério na Diocese de Macerata e foi professor no seminário local de Teologia e Direito Canônico.
Iniciou sua carreira diplomática em 1935. Serviu, sucessivamente, como secretário e auditor nas delegações apostólicas do Canadá e da Grã-Bretanha e na nunciatura de Portugal.
Em 13 de novembro de 1954 foi nomeado arcebispo titular de Sida e núncio apostólico na Bolívia. Recebeu sua sagração episcopal em 5 de dezembro seguinte, das mãos do cardeal James Charles McGuigan, arcebispo de Toronto, tendo Antonio Samorè, arcebispo titular de Tarnovo, e Silvio Cassulo, bispo da Diocese de Macerata, como co-consagrantes, na capela do Pontifício Seminário Romano.
Durante seu mandato como núncio apostólico na Bolívia, trabalhou pela proteção de missionários estrangeiros. Em 20 de setembro de 1958, foi designado para nunciatura da Argentina. Aí presenciou o golpe de estado que instaurou a ditadura militar naquele país. Atendeu ao Concílio Vaticano II, de 1962 a 1965. Participou ainda da assembleia plenária da Conferência do Episcopado Argentino, que estudou as conclusões da Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, antes de ser transferido para o Brasil, em 19 de abril de 1969. Aí chegou em 16 de junho seguinte.[1].
Fez parte do grupo de conciliadores que intercederam pela libertação de Ehrenfried von Holleben, embaixador alemão no Brasil, que, em 11 de junho de 1970, foi sequestrado por grupos guerrilheiros da Ação Libertadora Nacional e da Vanguarda Popular Revolucionária. Os sequestradores exigiram, em troca, a libertação de quarenta presos políticos, os quais foram enviados de avião para a Argélia. O cônsul foi libertado 23 horas após a chegada dos presos.[2]
Em 1972, Mozzoni e o cardeal Dom Vicente Scherer denunciaram o teólogo Leonardo Boff à Congregação para a Doutrina da Fé, por seu livro Jesus Cristo Libertador[3] Em 28 de junho do mesmo ano, por iniciativa do deputado Darci Rangel, recebeu da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro o título de Cidadão da Guanabara.[4]. Também por esse tempo, houve as transferências das embaixadas estrangeiras, incluindo a nunciatura apostólica, do Rio de Janeiro para Brasília, e Dom Umberto teve posição de destaque como porta-voz das exigências dos diplomatas nesta questão.[5]
Em 22 de junho de 1973, foi condecorado com a grã-cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, que lhe foi conferida pelo então Ministro das Relações Exteriores, Mário Gibson Barbosa.[6]
O papa Paulo VI nomeou-o cardeal-diácono de Santo Eugênio no Consistório de 5 de março de 1973, ocasião em que também foram elevados ao cardinalato os brasileiros Dom Avelar Brandão Vilela, primaz do Brasil, e Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo de São Paulo. Em 19 de junho de 1974, foi eleito presidente da Comissão de Cardeais para os Santuários de Pompeia e de Loreto. Foi um dos cardeais eleitores, da ala conservadora, que tomou parte nos conclaves de agosto e de outubro de 1978, que elegeram, respectivamente, os papas João Paulo I e João Paulo II.
Em 15 de junho de 1980, Mozzoni era o cardeal-protodiácono e, em 2 de fevereiro de 1983, escolheu tornar-se cardeal-presbítero e sua diaconia foi elevata a título pro hac vice.
Faleceu aos 79 anos, numa clínica de Roma após desmaiar durante a celebração de uma missa.[7].
Referências
- ↑ «Mozzoni, o núncio que chega. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 18 de junho de 1969, 1.º Caderno, p. 17». memoria.bn.br
- ↑ «Bonn fará tudo para libertar seu embaixador. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 13 de junho de 1970, 1.º Caderno, p. 3». memoria.bn.br
- ↑ «ARAÚJO NETO. Documento confirma que Dom Vicente denunciou Boff. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 5 de maio de 1980, 1.º Caderno, p. 4». memoria.bn.br
- ↑ «D. Umberto ganha título de Cidadão. Jornal do Brasil, 29 de junho de 1972, 1.º Caderno, p. 4». memoria.bn.br
- ↑ «Embaixadores estrangeiros decidem em reunião pedir aluguel barato em Brasília. Jornal do Brasil, 18 de julho de 1972, 1.º Caderno, p. 21». memoria.bn.br
- ↑ «Núncio hoje ganha Ordem do Cruzeiro. Jornal do Brasil, 22 de fevereiro de 1973, 1.º Caderno, p. 3». memoria.bn.br
- ↑ «Falecimentos. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1983, 1.º Caderno, p. 12». memoria.bn.br
Precedido por Antonio Bacci |
Cardeal-Presbítero de Santo Eugênio 1973 - 1983 |
Sucedido por Paul Joseph Jean Poupard |
Precedido por: Sergio Pignedoli |
Cardeal Protodiácono 1980 - 1983 |
Sucedido por: Opilio Rossi |
Precedido por: Silvio Oddi |
Presidente da Comissão de Cardeais para os Pontifícios Santuários de Pompeia, Loreto e Bari 1974 - 1983 | |
Precedido por Sebastiano Baggio |
Núncio Apostólico no Brasil 1969 - 1973 |
Sucedido por Carmine Rocco |
Precedido por Mario Zanin |
Núncio Apostólico na Argentina 1958 - 1969 |
Sucedido por Lino Zanini |
Precedido por Sergio Pignedoli |
Núncio Apostólico na Bolívia 1954 - 1958 |
Sucedido por Carmine Rocco |
Precedido por Federico Lunardi |
Arcebispo Titular de Sida 1954 - 1973 |
Sucedido por sé vacante |
- Nascidos em 1904
- Mortos em 1983
- Naturais de Buenos Aires
- Argentinos de ascendência italiana
- Núncios apostólicos na Bolívia
- Núncios apostólicos na Argentina
- Núncios apostólicos no Brasil
- Cardeais da Argentina
- Cardeais nomeados pelo papa Paulo VI
- Cardeais protodiáconos
- Grã-cruzes da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul
- Participantes do Concílio Vaticano II