domingo, 27 de abril de 2025

FESTIVAL SANTOS DA CASA 2025





















De 21 de março a 13 de maio a espalhar novos sons nos palcos


O Santos da Casa, programa de música portuguesa da Rádio Universidade de Coimbra, que vai para o ar todos os dias entre as 19h e as 20h, em 107.9 ou www.ruc.fm, comemora 33 anos em 2025. O festival que o programa criou, com o intuito de dar a conhecer novas bandas à cidade, atinge este ano os vinte e sete anos de festival.

Os propósitos continuam a ser os mesmos. Mostrar em palco, bandas e artistas que regularmente são divulgados no programa, no blog e no facebook. Continuar a trazer artistas que nunca por aqui mostraram o seu talento. Sempre que possível apadrinhar o nascimento de novas bandas e apresentar novos espaços para a realização de concertos e debates e outras atividades.

Este ano o festival começa com a primavera e termina no dia 13 de maio sempre a mostrar música nova... Depois de em 2023 termos ido até Viseu e em 2024 termos ido ao Porto e regressado a a Cadima (Cantanhede), este ano vamos até à Pena (Cantanhede).

Continuamos com a intenção de provar a todos que existem boas bandas para ver e ouvir.

Começámos quando a rádio fazia 13 anos, com 13 bandas a tocar no antigo auditório Salgado Zenha na AAC. Concertos transmitidos em direto no programa. Algumas bandas a terminarem o ensaio de som já com o indicativo do programa no ar. Uma saudável pilha de nervos para todos. Mas o bicho ficou cá dentro a roer e nunca mais parámos de organizar coisas.

Depois, enquanto o Le Son foi vivo, fizemos desse espaço a morada do Festival. Assim que ele fechou portas, o Festival Santos da Casa tornou-se nómada e tomou de assalto todos os espaços da cidade onde era possível mostrar som. O corredor e terraço da nossa RUC, o Museu dos Transportes, o àCapella, a FNAC, a Via Latina, a Galeria Santa Clara, o Ar D’Rato, o Arte à Parte, o Salão Brazil, o States, o CITAC, o TEUC, o Aqui Base Tango, o Auditório do Conservatório de Coimbra, o Café Santa
Cruz, o Teatro Loucomotiva, em Taveiro, a Vinharia da Sé e o Pinga Amor, foram alguns dos espaços que acolheram as bandas por nós escolhidas. Esta itinerância tornou-se marca da casa.

Bandas? Tantas e sempre tão boas, por isso, as escolhemos. Muitas estreias, que com orgulho nosso se tornaram em certezas. Muitos grupos a regressarem a Coimbra para comprovar o seu talento. Algumas noites com casas de respeito.

Destaques? É sempre ingrato. Todos merecem o nosso carinho e admiração. Contudo, se vos falarmos de A Naifa, Paus, Anaquim (que tocaram pela primeira vez na vida no nosso Festival), Sam The Kid, Linda Martini, Dealema, B Fachada, Capicua, Dead Combo, Samuel Úria, Balla, D’Alva, Valter Lobo, Maze, Miramar, A Cantadeira ou Bandua, os outros nos desculparão. Mas todos eles nos encheram as
medidas e se tornaram amigos do peito.

Se nos perguntam se continua a ser válido mostrar em palco alguns dos sons que divulgamos no nosso programa, blog e facebook, dizemos sem pestanejar que sim. Existem por aí muitas bandas a valerem este nosso esforço.

Este ano a festa volta a ser grande. Vão ser tardes e noites memoráveis com um naipe de bandas e artistas que nos enchem de vaidade. E muitos concertos de entrada livre.

Por isso, contamos com todos. O público é sem dúvida o prato forte deste festival. A vocês pedimos que apareçam para ver novas bandas ou daqui a uns meses lamentar-se-ão por terem deixado escapar um nome que poderiam ter visto quase em primeira mão.

FESTIVAL SANTOS DA CASA 2025 (21 de março a 13 de maio)


21/03/2025 (sex) 22h - mARCIANO – Salão Brazil
21/03/2025 (sex) 23h - Nuno Ávila dj set - Pinga Amor
03/04/2025 (qui) 22h – Tomé Silva + dj RUC – Casa das Artes Bissaya Barreto
14/04/2025 (seg) 18h – Ritos e Mitos de Dionísio – Corredor RUC
15/04/2025 (ter) 19h30 – P.S. Lucas – Café Concerto Convento São Francisco (Café Curto)
02/05/2025 (sex) 23h00 – Baleia Baleia Baleia + Santos da Casa dj set – CCR Pena
09/05/2025 (sex) 18h – Vitória Vermelho – Centro Cultural Penedo da Saudade
11/05/2025 (dom) 16h – RimaRussa + Balbúrdia (ensaio aberto) Sede ASMUSITEC (Music Light)
12/05/2025 (seg) 18h – Líquen – Corredor RUC
13/05/2025 (ter) 19h30 – Yosune conversa concerto – Café Concerto Convento São Francisco (Café Curto #200)

Sexta, 21 de março 2025 às 22H00
Salão Brazil
mARCIANO
Bilhete 7€


Após ter lançado os singles “Bissectriz (2021) ” e “Missão Amar-te (2023)” , 2 amigos são atraídos pelas forças gravitacionais de Marte. Entram então em 2023 para o projecto, Rui Geada (baixo) e Nuno Francisco (bateria), consolidando o grupo como um trio.

Agora, com “MISSÃO AMAR-TE”, o 2º disco, lançado a 14 de Fevereiro de 2025, a banda busca uma nova sonoridade portuguesa, ajudando Marciano a cantar a sua melancolia, esperando que ecoe profundamente no coração de quem ouve.

Sexta, 21 de março 2025 às 23H00
Pinga Amor
Nuno Ávila dj set
Entrada gratuita

Começa a ser tradição abrir o festival com uma festa recheada da melhor música portuguesa para dançar.

Quinta, 3 de abril 2025 às 21h00
Casa das Artes Bissaya Barreto
Tomé Silva + DJ RUC
Bilhete 4€

 
Tomé Silva é um produtor, compositor e instrumentista almadense. O seu trabalho define-se por uma falta de fronteiras estilísticas, que podem ir de música de dança e ambiente até à música improvisada ou canção.

Desde 2016, apresenta uma torrente de interessantes lançamentos, quer de forma independente no Soundcloud e Bandcamp, quer através de diversas editoras também independentes, como a Rotten \ Fresh, Angel, Fera Felina e surf. Trabalhou e trabalha intimamente em projetos com Farpas, Bejaflor e Maria Reis, sendo atualmente o baterista da formação ao vivo de Maria Reis e Panda Bear, o projeto a solo de Noah Lennox. Na relação com o meio artístico, Tomé Silva zela sempre pela procura do acidente, da fragilidade, do espiritual e da contradição como meios para um fim que seja simultaneamente desconhecido e familiar.

Segunda, 14 de abril 2025 às 18h00
Corredor da RUC
Ritos e Mitos de Dionisio
Entrada gratuita


Ritos e Mitos de Dionísio é um dos vários projetos a solo de Gil Dionísio, que conhecemos dos Criatura, dos Pás de Problème ou dos Contos e Lenga Lendas.

Estreia-se em Coimbra no nosso festival mostrando vários temas já lançados e outros que deverão fazer parte de um primeiro disco a sair.

Terça, 15 de abril 2025 às 19h30
Café Concerto do Convento São Francisco
P.S. Lucas
Café Curto
Entrada gratuita


PS Lucas começou a caminhar em casa própria no ano de 2021, após experimentações eletrónicas a partir do património oral dos Açores, com o projeto O Experimentar Na M’Incomoda, e do início de um percurso como compositor e produtor para o grupo Medeiros/Lucas. Depois de “In Between”, trabalho que lançou em 2021, quando o mundo era um sítio muito distante, “Villains & Chieftains” aparece, em 2024, como uma tranquila revolução, daquelas que fazem estremecer os corações de quem as escuta. Neste disco, onde Lucas escreve, canta, toca guitarras e até alguns sintetizadores, rodeou-se de novos e velhos amigos, tendo a multi-facetada Mariana Ricardo (Minta & The Brook Trouts, Lena d’Água) ao leme da produção.

Sexta, 2 de maio 2025 às 23h00
C. C. R. Pena
Baleia Baleia Baleia + Santos da Casa dj set
Entrada gratuita


Os BALEIA BALEIA BALEIA são uma dupla formada por Manuel Molarinho (baixo e voz) e Ricardo Cabral (bateria e voz), sediada no Porto.

Com um nome que é uma piada rodada, a banda surgiu em 2015 a partir de jams informais, no estúdio Quarto Escuro em Cedofeita. Hoje, têm já 2 discos editados, depois de um primeiro EP pirata.

Para além de várias salas de norte a sul, já passaram por festivais como Paredes de Coura, Bons Sons, Super Bock em Stock, Circuito Super Nova e ZigurFest.

Alicerçados no espírito DIY, o mote é simples: falar de assuntos sérios com leveza, inspirados na inesgotável fonte de ideias absurdas que a realidade contemporânea movimenta.

Sendo o palco o habitat natural do duo, estão permanentemente em andamento. A banda é uma das mais ativas no panorama underground português, contando com mais de 200 concertos e muitos quilómetros de estrada. As (muitas vezes longas) performances de energia e poesia visceral têm sido elogiadas constantemente pelo público e pela crítica, culminando frequentemente em momentos de sintonia e catarse.

Estão já a criar para um novo trabalho e poderá até haver material novo ao vivo.

Sexta, 9 de maio 2025 às 18h00
C. C. Penedo da Saudade
Vitória Vermelho
Entrada gratuita


Vitoria Vermelho, o nome artístico de Francisca Oliveira, emergiu no cenário artístico do Porto em 2023, apresentando o seu trabalho autoral.

Francisca começa a sua jornada com aulas de guitarra no Centro Comercial Stop e posteriormente com o Marco Nunes e mais tarde foca-se no canto na Escola de Jazz do Porto. Foi lá que desenvolveu a sua voz, o seu instrumento principal, e realizou apresentações mais sérias, como o festival Caldas Nice Jazz em 2019. Participou no The Voice Portugal 2021/2022 onde chegou a atuar na Semi-Final.

O nome “Vitoria Vermelho” é uma fusão do seu nome favorito e um sobrenome que foi deixado para trás pela sua avó, criando uma identidade sonante e forte. Em 2022/2023 realiza os seus primeiros concertos em Paris e no Porto, onde apresenta o seu álbum de estreia Homónimo. Este álbum é uma coleção de músicas que começaram como uma forma de terapia, um processo de confronto e aceitação de emoções intensas.

O disco foi editado em finais de 2024 pela Biruta Records e nele podemos encontrar temas como “Não Me o Dês” e “Always” (já com bastante rotação em algumas rádios como RUC, Antena 3 ou Smooth FM.

Domingo, 11 de maio 2025 às 16h00
Sede da ASMUSITEC (Music Light)
RimaRussa + Balbúrdia
Ensaio aberto
Entrada gratuita


Duas bandas da Confraria do Rock Tuga num ensaio aberto na Music Light

Os RimaRussa são uma banda independente que descende da cena cultural e artística da cidade do Porto. Afirmam-se como exploradores do carácter forte da língua portuguesa conduzida por turbulências sonoras e melódicas próprias do seu universo artístico tão introspectivo quanto interventivo.

Depois de diversos concertos ao vivo, estrearam-se em 2023 com seu primeiro single e videoclipe - Espiral, apresentando-se oficialmente ao mundo por via da abertura das suas plataformas streaming e redes sociais. No ano 2024, foram distinguidos com o 1o prémio no concurso de bandas da ASMUSITEC, ano em que lançaram os seus segundo e terceiro singles/videoclipes oficiais com os temas - Endorfina e Fora de Ti.

Balbúrdia, banda natural do concelho de Soure é, antes de mais, um grupo de amigo que se juntou em 1996 para criarem as suas próprias músicas, tendo sempre como linha mestra o rock, sem ligarem a modas ou estilos emergentes. Em termos de registos, os Balbúrdia editaram até à data 11 trabalhos individuais e contam ainda com a participação em várias coletâneas e compilações dedicadas ao rock português.

No que respeita a concertos, dentro das largas de espetáculos, podem-se destacar as “partilhas de palco” com bandas como Xutos & Pontapés, Fischer Z, UHF, Clã, Peste & Sida, entre outros. Mas o maior destaque vai para os espetáculos denominados “Philarbúrdia”, onde os Balbúrdia se juntaram aos mais de 100 músicos das centenárias Filarmónica Vilanovense e Banda do Cercal, para interpretar arranjos para alguns dos mais emblemáticos temas da sua carreira.

Segunda, 12 de maio 2025 às 18h00
Corredor da RUC
Líquen
Entrada gratuita


Líquen parte do imaginário e da expressividade de Constança Ochoa, cantora natural de Coimbra que, unindo a voz à poesia e às polifonias vocais, assume um projecto com uma identidade fluida, circulando através do pop, o jazz, a MPP e outras influências.

A co-criadora de Peixinhos da Horta e membro de Human Natures abraça, a composição a solo e mergulha numa estratégia colectiva de produção das suas canções, aliada a três músicos e produtores: Buga Lopes, Leonardo Patrício e Pepas.

Revoltas internas que se desenlaçam da tragédia humana, da mais pesada à mais corriqueira, da morte aos amores, dos vícios aos remédios, da paz ao desatino.

Terça, 13 de maio 2025 às 19h30
Café Concerto do Convento São Francisco
Yosune conversa concerto
Café Curto #200
Entrada gratuita

Yosune nasceu na Venezuela, mas vive em Portugal desde 2017. Em 2024 lançou “Madre Tierra”, um trabalho com a produção de Quico Serrano e que traz um apelo à nossa liberdade mais profunda, uma celebração da vida e da nossa breve passagem por este planeta, um elogio ao solo que nos sustenta a todos, um apelo à nossa natureza feminina divina e uma homenagem à mãe que tudo dá e nada pede em troca.

A 13 de maio mostra a sua música num evento que, simultaneamente, encerra o Festival Santos da Casa 2025 e que é a edição 200 do Café Curto. A performance musical é intercalada com conversa com o radialista Fausto da Silva, da Rádio Universidade de Coimbra, no dia em que comemora 42 anos de atividade radiofónica.

FESTIVAL SANTOS DA CASA - 4ª SEMANA

















Sexta, 2 de maio 2025 às 23h00
C. C. R. Pena
Baleia Baleia Baleia + Santos da Casa dj set
Entrada gratuita

Os BALEIA BALEIA BALEIA são uma dupla formada por Manuel Molarinho (baixo e voz) e Ricardo Cabral (bateria e voz), sediada no Porto.

Com um nome que é uma piada rodada, a banda surgiu em 2015 a partir de jams informais, no estúdio Quarto Escuro em Cedofeita. Hoje, têm já 2 discos editados, depois de um primeiro EP pirata.

Para além de várias salas de norte a sul, já passaram por festivais como Paredes de Coura, Bons Sons, Super Bock em Stock, Circuito Super Nova e ZigurFest.

Alicerçados no espírito DIY, o mote é simples: falar de assuntos sérios com leveza, inspirados na inesgotável fonte de ideias absurdas que a realidade contemporânea movimenta.

Sendo o palco o habitat natural do duo, estão permanentemente em andamento. A banda é uma das mais ativas no panorama underground português, contando com mais de 200 concertos e muitos quilómetros de estrada. As (muitas vezes longas) performances de energia e poesia visceral têm sido elogiadas constantemente pelo público e pela crítica, culminando frequentemente em momentos de sintonia e catarse.

Estão já a criar para um novo trabalho e poderá até haver material novo ao vivo.

PROGRAMA DE 26/04/25

1 - Marta Pereira da Costa - Viagem
2 - Gisela João - Balada de outono
3 - Fábia Rebordão  - A voar por cima das águas
4 - Camané - Inquietação
5 - Jonas - Gula»
6 - Sérgio Onze - Sapatinhos
7 - Carlos Paredes - Fantasia nº2
8 - Stereosauro & DJ Ride - Prosa do meio dia

9 - MaZela - Naveguei (onde os outros vão)
10 - Márcia - Quem cá está (c/ Catarina Salinas)
11 - Samuel Úria - Quem me acende a voz
12 - Ladrão do Sado - Viver de lobo
13 - Adfectus - Raízes
14 - Homem em Catarse - Hipoteca
15 - Aníbal Zola - Liberdade mentirosa 
16 - Romeu Bairos - Jacinta



sábado, 26 de abril de 2025

PAGÃO EDITA "QUEIMAR A BANDEIRA"















© Rui Palma

Queimar a Bandeira é a primeira antecipação do disco de estreia de Pagão, um dos heterónimos musicais de Sebastião Pinto.

Fundador da Extended Records e responsável pela luz de vários espectáculos, assina como Lieben na pista e como Meia de Leite quando divide palco com Bernardo Bertrand (tcp Menino da Mãe).

Produzido por Bejaflor e Rodrigo Castaño, o álbum de Pagão chega nesta Primavera.

"Queimar a Bandeira é a primeira antecipação do disco de estreia de Pagão, um dos heterónimos musicais de Sebastião Pinto.
Fundador da Extended Records e responsável pela luz de vários espectáculos, assina como Lieben na pista e como Meia de Leite quando divide palco com Bernardo Bertrand (tcp Menino da Mãe).

Produzido por Bejaflor e Rodrigo Castaño, o álbum de Pagão chega nesta Primavera."

- Pagão


sexta-feira, 25 de abril de 2025

PROGRAMA DE 25/04/25

1 - Vítor Rua - Grândola vila morena
2 - Ligados às Máquinas - Acordar prá vida
entrevista Paulo Jacob (Ligados às Máquinas)*
3 - Ligados às Máquinas - Languidez voluptuosa
4 - Stereossauro & Dj Ride - Prosa do meio dia
5 - Carlos Paredes - Valsa
6 - Mão Morta - A liberdade
7 - Francis Salema - Maçãs podres
8 - Filipe Furtado - Cravos

*conversa a 6 de dezembro de 2024 na altura da saída do disco

NOVO ALBÚM DE JOÃO BARRADAS ABRE PRESPECTIVAS SOBRE A OBRA DE LUÍS TINOCO















O novo álbum do acordeonista João Barradas, “Unfolding”, é constituído exclusivamente por obras de Luís Tinoco, entre as quais Concerto para Acordeão e orquestra, composto para o músico que o estreou em 2023.
Barradas, em entrevista à agência Lusa, referiu-se a Luís Tinoco, Prémio Pessoa 2024, como “um mentor” e um dos “mais importantes compositores portugueses”.
O álbum, a editar este mês, é resultado de uma residência artística que João Barradas efetuou na Casa da Música, no Porto, e da qual resultará ainda um álbum de jazz, “Aperture”, a editar no próximo 10 de junho.
A encomenda, pelo Centro Cultural de Belém (CCB) e pela Casa da Música, ao compositor Luís Tinoco, de uma obra para acordeão e orquestra sinfónica, foi o ponto de partida deste álbum, tendo o concerto sido estreado na sala de Belém, em Lisboa.
Esta peça “espoletou todo o trabalho com o Luís Tinoco”, disse João Barradas.
Tinoco e Barradas conhecem-se há mais de uma década, como recordou o acordeonista à Lusa. “Eu conheço o Luís [Tinoco] há uns 15 anos. Ele é professor na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudei, e é o diretor do Prémio Jovens Músicos no qual participei, e estabeleceu-se logo uma amizade grande e ele veio a transformar-se num professor e num mentor que muito prezo”.
Luís Tinoco é “um dos compositores favoritos” do músico ao qual se referiu como “um orquestrador de mão cheia”.

Tinoco “escreve para o instrumento que tem à frente de uma forma muito correta e assertiva, e com conhecimento", disse Barradas. "A pesquisa que faz é incessante, e isso nota-se quando nos entrega o seu texto. Está tudo muito bem escrito para a formação [instrumental] que tem na mente”.

À exceção do "Concerto para Acordeão" (“Accordion Concert”), todas as outras obras de Tinoco foram transcritas para acordeão acústico, um trabalho conjunto do músico com o compositor.
Uma das obras adaptadas, “Mind the Gap”, foi originalmente composta para percussão, para o músico e regente Pedro Carneiro, e abre o álbum.

Outras peças escolhidas são “Ends Meet”, escrita para quarteto de cordas, e “Dreaming of the Unseen”, concebida para o Maat Saxophone Quartet.

A transposição de obras para nova instrumentação sustenta a abertura de outras perspetivas sobre a música, traduzida pelo título "Unfolding".

No álbum, João Barradas é acompanhado pela Orquestra Sinfónica do Porto, sob a direção da maestrina Joana Carneiro.

Nas notas que acompanham a edição física do álbum, o compositor Sérgio Azevedo afirma que ouvir a capacidade de Barradas para a improvisação é "surpreendente".

"Ouvi-lo transformar sonoridades complexas em interpretações translúcidas, num estilo melódico muito fluído, de contorno rico e sofisticado, cativa a minha atenção há mais de uma década", escreveu Azevedo. "Esta característica encaixa, a meu ver, de forma perfeita nas linhas melódicas de Tinoco, já que, também elas ricas e complexas no contorno, geram um resultado sempre muito natural, quase como se fossem improvisadas".

Para Azevedo, "estamos perante um projeto discográfico que alia a excelente e rigorosa interpretação de João Barradas a um conjunto de obras de grande mestria de Luís Tinoco".

João Barradas tem-se apresentado em projetos inscritos tanto na tradição clássica, como na música improvisada. Tocou em recitais em Wiener Konzerthaus, na capital austríaca, na Fundação Calouste Gulbenkian e no Festival d’Aix-en-Provence, em França.

O músico apresentou-se como solista com a London Philharmonic Orchestra, a Tonhalle-Orchester Zurich, a Sinfónica de Hamburgo e a Orquestra de Câmara de Colónia, sob a direcção de maestros como Edward Gardner, Alondra de la Parra, Sylvain Cambreling e Christoph Poppen.

No Jazz, tem trabalhado com músicos como Mark Turner, Peter Evans, Aka Moon, Greg Osby, David Binney e Gil Goldstein e a Brussels Jazz Orchestra.

Em 2019, fez parte da lista "Rising Star", da European Concert Hall Organization (ECHO). Recentemente foi distinguido com o Prémio Sir Jeffrey Tate, estabelecido pela Orquestra Sinfónica de Hamburgo.

O álbum “Unfolding” vai ser apresentado ao vivo no próximo dia 03 de setembro no Festival de Lausitz, na Alemanha.

NL // MAG
Lusa/Fim

PECULIAR REINVENTA "OS VAMPIROS" DE ZECA AFONSO

© artistatuga


















No seguimento daquilo que tem sido o ano de 2025 de Peculiar, uma temporada de vários lançamentos que resultarão no seu segundo EP, o artista lança uma versão de ‘Os Vampiros’ de Zeca Afonso neste dia tão especial e marcante, o 25 de abril.

A escolha de um dos temas mais marcantes da história e da música portuguesa vem do enquadramento místico e histórico que o artista tem vindo a retratar nas suas canções: a mitologia popular portuguesa. Assim, Peculiar decidiu não tentar criar algo novo para esta data, mas dar nova vida ao tema que tanto lhe diz e tanto marca os portugueses. No fundo, uma homenagem à liberdade e ao Zeca!

Com uma sonoridade urbana e contemporânea, mas fortemente inspirada pela tradição da cantiga de intervenção, o artista recria, dentro da sua peculiar sonoridade, a crítica social e política original de Zeca Afonso, uma das suas maiores influências.

A nova interpretação mantém o simbolismo da metáfora dos “vampiros” — figuras de poder que exploram os mais vulneráveis —, transportando a mensagem para o contexto atual de polarização, repressão e desigualdade, amplificados pelas redes sociais e pelo clima político global. Para Peculiar, esta homenagem é também profundamente pessoal: os seus avós tiveram um papel ativo na resistência à ditadura, tornando o 25 de Abril uma data com significado íntimo e histórico.

O single integra o segundo EP do artista, “E No Sétimo Dia Deus Criou”, sendo já a quarta faixa a ser revelada. Os lançamentos anteriores — ‘Mão Morta’, ‘Adamastor’ (tema participante no Festival da Canção) e ‘João Pestana’ — somam mais de 236 mil streams. O projeto culminará com o lançamento do seu novo EP, previsto para o último semestre do ano.

Para ‘Vampiros’, Peculiar volta a juntar-se a Maria Beatriz Castelo e apresentam um vídeo que traduz visualmente a força simbólica da música, explorando a tensão entre escuridão e resistência de forma criativa e impactante.

A estreia ao vivo desta nova versão acontecerá em três concertos consecutivos, inseridos nas celebrações do 25 de Abril: no Festival Vivacidade (Funchal, Madeira), no Palácio de Estoi (Algarve) e no Pinhal Novo (Margem Sul).

Mais do que um lançamento musical, ‘Os Vampiros’ de Peculiar é um manifesto artístico que honra o passado, reflete o presente e convoca à ação — mantendo vivo o espírito do 25 de Abril. Encontra-se agora disponível em todas as plataformas digitais.

NARY FAQUIRÁ COM NOVO DISCO





















Nayr Faquirá
partilha “Brinde”, o terceiro e último single de antecipação para o seu álbum de estreia, “Entrelinhas”, com lançamento agendado para o final de maio. Depois de “On & On” e “Tua”, a artista apresenta agora um grito de urgência e liberdade.

Num gesto simbólico e pessoal, o tema é lançado no dia 25 de abril como forma de homenagem à liberdade conquistada e à liberdade ainda por alcançar — especialmente para tantas mulheres cuja voz continua a ser subestimada ou silenciada. “Não é fácil ser livre e ter voz, mas é urgente”, afirma Nayr.

“Brinde” é, acima de tudo, esse manifesto: um ato de coragem, uma tentativa de dar luz às próprias sombras e, quem sabe, também às de quem escuta. As palavras chegam afiadas e meditadas, como um brinde ao que fomos, ao que somos e ao que ainda temos de conquistar.

“Entrelinhas”, o aguardado primeiro álbum da artista, será editado no final de maio. Ao longo de 14 faixas, Nayr Faquirá apresentará um registo profundamente pessoal e honesto, onde canta tudo o que tantas vezes fica por dizer. Através da fusão entre géneros e de uma escrita lírica e confessional, a artista constrói um espaço de liberdade criativa e emocional, firmando-se como uma das vozes mais relevantes da nova geração da música lusófona.

“Brinde” já se encontra disponível em todas as plataformas digitais. 

SALÂO BRAZIL ABRE PORTAS DIA 30 DE ABRIL





















A sala de Coimbra abre as portas para um DIA ABERTO para pensar coletivamente o futuro do Salão Brazil e que assinala, também, o 22º aniversário do Jazz ao Centro Clube e o Dia Internacional do Jazz.

Foi a 30 de Abril de 2003 que o JACC - Jazz ao Centro Clube formalizou a sua constituição enquanto Associação Cultural Sem Fins Lucrativos. Numa altura em que Coimbra acolhia a primeira Capital Nacional da Cultura, o JACC surgia como o culminar dos esforços de um conjunto alargado de pessoas.

De lá para cá, a Associação tem vindo a somar projetos, dentre os quais merecem especial destaque a revista jazz.pt, a editora discográfica JACC Records, o Serviço Educativo JACC, os festivais Dar a Ouvir e XJazz e a iniciativa Fora dos Eixos.

Em 2012, o JACC adquiriu o trespasse do Salão Brazil e fez dele uma casa para a música no coração da Baixa de Coimbra. Ao abrir a programação a todos os géneros musicais, foi possível atrair públicos diversos e demonstrar o papel importante que salas de pequena dimensão têm no contexto do setor da música, mas também para o seu entorno urbano, o que no caso de Coimbra tem vindo a ser muito relevante, fruto das transformações urbanas que levaram a uma subalternização da Baixa no conjunto das novas (e múltiplas) centralidades.

Se os primeiros anos não foram fáceis, foi sempre evidente para algumas pessoas que o Salão Brazil poderia desempenhar o papel de âncora na Baixa de Coimbra, sendo que, nesse mesmo ano (2012), o estudo das Áreas de Reabilitação Urbana (parte do Plano Estratégico de Reabilitação Urbana) referia a necessidade de “expansão dos usos e funções sócio-culturais” do edifício.

Foi somente em 2019, e face à iminência da transação do edifício para novos investidores privados - que ditaria, por certo, o seu definitivo afastamento dos referidos “usos funções sócio-culturais” - que o Município de Coimbra decidiu pela aquisição do edifício.

Mais recentemente, no final de 2024, o Salão Brazil juntou-se ao universo dos Equipamentos Culturais Municipais e o Jazz ao Centro Clube celebrou com o Município de Coimbra um Protocolo de Gestão e Programação do Salão Brazil.

É sobre este pano de fundo que chegamos aos dias de hoje, com um cenário que permite imaginar novos futuros para o Salão Brazil, numa altura em que estão prestes a completar-se 100 anos após a primeira ocupação comercial de que há registo, a da Panificação de Coimbra, que se instalou no andar térreo do edifício em 1926.

O DIA ABERTO serve, precisamente, para juntar todas as partes interessadas em pensar sobre os próximos 100 anos do Salão Brazil, e será o primeiro momento público no contexto de um processo participativo que se irá estender até ao mês de junho, e que tem como objetivo reunir contributos para o desenho de um programa preliminar que, desejavelmente, o Município de Coimbra levará em conta aquando da preparação dos procedimentos necessários para dar início ao projeto de requalificação do edifício do Salão Brazil.

O programa de iniciativas deste dia foi desenhado no âmbito do projeto EMCCINNO [www.emccinno.eu], financiado pela União Europeia ao abrigo do programa Horizonte Europa. Visando apoiar as organizações culturais e criativas na sua viagem rumo à sustentabilidade social e ecológica, o projeto EMCCINNO teve início a 1 de Fevereiro de 2025 e terá a duração de 36 meses. Conta com um consórcio de 12 entidades parceiras, entre as quais encontramos o Jazz ao Centro Clube e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC).

Na equipa do CES-UC associada ao projeto EMCCINNO - cuja investigadora responsável é a professora e socióloga Sílvia Ferreira - o arquitecto Gonçalo Canto Moniz concebeu o processo participativo que terá um dos seus momentos fundamentais no dia 30 de Abril e que fará uso da experiência do investigador do CES e professor do Darq em projetos como o que irá conduzir à reabilitação da Escola Secundária José Falcão (do qual é co-coordenador) e o projeto europeu URBINAT, que terminou recentemente e que teve a sua coordenação.

Desta forma, vizinhos, comerciantes, artistas, ativistas, escolas e entidades parceiras serão convidadas a participar de um programa (abaixo, de forma completa) a decorrer ao longo de todo o dia e que vai contemplar: uma oficina lúdica, sobre a visão da cidade por parte das crianças que frequentam as EB1 vizinhas; caminhadas (walkthroughs) que permitirão aos participantes levantar questões acerca do Salão e do seu entorno; um almoço-conversa com entidades parceiras, do universo da economia social e solidária, em torno de questões sócio-ecológicas; visitas guiadas ao Salão; entre outras atividades.

Contributo igualmente importante será o dos alunos da Licenciatura em Sociologia da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra que, no âmbito da disciplina de Sociologia Aplicada (e sob orientação docentes Cláudia Carvalho e Rosa Monteiro) irão realizar entrevistas a várias grupos que experimentam o impacto da atividade do Salão Brazil.

Realizando-se este programa no Dia Internacional do Jazz, é natural que a música tenha também um lugar central, com dois momentos: ao final da tarde, às 18h30, apresenta-se o projeto 6 Violas, onde pontua o músico José Valente, com fortes ligações à cidade de Coimbra. Depois, à noite, a festa faz-se com a comunidade jazzística da cidade, onde assume particular importância o Curso Profissional de Instrumentista de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra.

Todas as atividades são de entrada gratuita. No entanto, todas elas têm lotação limitada, pelo que se pede a todos os interessados que contactem o Salão Brazil, através do endereço de e-mail salaobrazil@gmail.com, a fim de assegurar o seu lugar.

PROGRAMA

09h00 - 15h30 | Visitas guiadas ao Salão

A equipa do Salão mostra o espaço e partilha pistas para compreender, de forma integrada o uso atual, as potencialidades e os desafios do espaço. Pelo caminho até à varanda, os visitantes são convidados a visitar a instalação presente num dos quartos e a partilhar sugestões e informações relevantes acerca do seu uso do Salão.

09h30 - 10h30 | Oficina com crianças

Coletar contribuições espontâneas e simbólicas das crianças, que possam inspirar diretrizes de projeto mais inclusivas, humanas e significativas para o processo de reabilitação urbana do Salão Brazil. Esta atividade também pretende fortalecer o vínculo da escola e dos alunos com o próprio Salão, de modo a estimular a expressão criativa, a educação para a cidadania cultural e urbana, bem como fomentar a participação cidadã desde a infância, o sentimento de pertencimento ao território e o reconhecimento do espaço como um bem coletivo.

11h00 - 12h30 | Caminhada (Walkthrough), 1ª sessão

A intenção é promover um diálogo entre os participantes para levantar problemas e sugestões de melhorias para o prédio e também para o entorno imediato. Durante a caminhada, os participantes devem observar aspectos como a infraestrutura da edificação, acessibilidade, conforto (térmico, acústico e lumínico), impacto no bairro e usabilidade do espaço para atividades que nele são desenvolvidas.

13h00 - 14h00 | Almoço-conversa com entidades parceiras

Fomentar o conhecimento das linhas de trabalho das entidades dos setores social e solidária, responsáveis por respostas sociais existentes na Baixa e alimentar uma conversa entre os participantes sobre as atividades culturais e sociais em relação à sustentabilidade ambiental.

14h30 - 16h00 | Caminhada (Walkthrough), 2ª sessão

A intenção é promover um diálogo entre os participantes para levantar problemas e sugestões de melhorias para o prédio e também para o entorno imediato. Durante a caminhada, os participantes devem observar aspectos como a infraestrutura da edificação, acessibilidade, conforto (térmico, acústico e lumínico), impacto no bairro e usabilidade do espaço para atividades que nele são desenvolvidas.

18h00 - 18h30 | Questionários / interpelação do público do concerto

Adaptação da metodologia “photo elicitation” com o objetivo de recolher opiniões e sugestões do público presente sobre o que gostam no Salão e o que gostariam que o Salão oferecesse, remetendo também ao pensamento acerca dos largos contíguos e de outros espaços da Baixa de Coimbra.

18h30 - 19h30 | Concerto 6 Violas

Em “Águas paradas não movem moinhos”, 6 VIOLAS homenageia José Mário Branco, um dos maiores nomes da música portuguesa. Com Direção Artística de José Valente, o sexteto de violas d’arco estabelece um inesperado vínculo entre a música erudita e a canção de intervenção.

21h30 - 22h00 | Questionários / interpelação do público do concerto

Adaptação da metodologia “photo elicitation” com o objetivo de recolher opiniões e sugestões do público presente sobre o que gostam no Salão e o que gostariam que o Salão oferecesse, remetendo também ao pensamento acerca dos largos contíguos e de outros espaços da Baixa de Coimbra.

22h00 - 01h00 | Concerto de celebração do 22º Aniversário do Jazz ao Centro Clube e do Dia Internacional do Jazz, em parceria com o Curso Profissional de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (CPJazz-EACMC)

Desde que a UNESCO instituiu o dia 30 de Abril como Dia Internacional do Jazz, o JACC tem celebrado a feliz coincidência com uma festa que visa juntar a comunidade jazzística da cidade e região de Coimbra. Nos últimos anos, a festa tem sido coorganizada com o CPJazz-EACMC, uma escola que tem dado um significativo contributo para o desenvolvimento do Jazz na Região.

quinta-feira, 24 de abril de 2025

PROGRAMA DE 24/04/25

1 - Cara de Espelho - Elefante no hemiciclo
2 - Retimbrar - Só ouve o brado da terra
3 - Montanha Mágica - Verão  de 2019
4 - Capicua e Gisela João - Danúbio
5 - Márcia com Catarina Salinas - Quem cá está
6 - Al Guitar Duo ft Ivo Martins - Rumbassa
7 - Ricardo Gordo & Samuel Lupi - Verdes anos
8 - Carlos Paredes - Valsa
9 - Stereossauro & Dj Ride - Prosa do meio dia
10 - Yosune - Madre tierra
11 - Líquen - Frases (entrelinhas) com Malva
12 - Boémia - Com passaporte de coelho
13 - Manuel Freire - Livre
14 - Paulo de Carvalho - O facho
15 - José Afonso - Menina dos olhos tristes

RODRIGO LEÃO APRESENTA O RAPAZ DA MONTANHA





















Um disco, mais português que nunca, onde as melodias se tornam urgência e as palavras ganham chão – com coros, percussão e cumplicidades antigas a traçar o retrato de um país real e íntimo.

O nome do compositor Rodrigo Leão é conhecido do público português desde os tempos da banda Sétima Legião. Posteriormente, integrou os Madredeus, projeto com o qual reforçou a sua visibilidade. Em 1993, lançou o primeiro disco em nome próprio, Ave Mundi Luminar, iniciando uma carreira a solo que viria a incluir uma discografia extensa, onde constam também bandas sonoras e colaborações com artistas como Ryuichi Sakamoto, Neil Hannon (Divine Comedy), Beth Gibbons (Portishead) ou Michelle Gurevich.

Agora, trinta e dois anos depois da estreia como músico a solo chega este O Rapaz da Montanha. E não há como evitar o adjetivo: o novo disco de Rodrigo Leão é surpreendente, quer em termos musicais quer até em termos de carreira do compositor. O próprio o reconhece: “Foi um disco inesperado. Há três anos que o tinha na cabeça e fui construindo-o de forma muito focada, de uma maneira diferente da que aconteceu nos anteriores, em que a composição saía sem tempo ou intenção determinada. Aqui, a partir daquela frase da Ana Carolina [Costa] ‘Se Deus perdoa a quem engana/quem é que perdoa a Deus ?’ [incluída no tema Cadeira Preta] comecei logo a pensar no que iria fazer. E agora que está acabado acho que é o disco mais português que fiz até hoje”.

Esta noção de identidade é verdadeira: percorre mais intensamente vários discos do compositor e estão visíveis na compilação Os Portugueses (2018). E com efeito este novo disco pode caber nessa identidade que de um modo ou outro sempre esteve presente na obra de Leão.

Agora, em 2025, O Rapaz da Montanha apresenta de facto uma mudança de forma e substância. Musicalmente , a utilização de coros (em que o próprio compositor participa), que reforça um sentimento coletivo, e uma marcada percussão em alguns temas evoca desde logo alguns cantatautores portugueses da década de 1970, algo que Leão reconhece.

A nível da lírica também se percebe uma mudança de abordagem: os sentimentos etéreos e melancólicos que tão bem estão representados na obra de Leão dão aqui lugar a uma linguagem mais direta, que dialoga com uma realidade dificil mas verdadeira. As palavras mostram homens “presos naquela engrenagem” (O Rapaz da Montanha), mulheres subjugadas e com vontade de libertação (Guarda-te), gente à procura de si mesma (Andava Eu, Estranho Imperfeito), a dura faina no mar (Lobos do Mar) ou personagens que se debatem com a sua mortalidade e são reféns no mais terrível dos territórios – o país do “Se”, do que ficou por fazer (Madrugada). Como é hábito, Ana Carolina Costa é a autora da maioria das palavras, com as exceções de Gito Lima (Estranho Imperfeito), Francisco Menezes (Esperança) e João Pedro Diniz (Vento Sem Fim). No final o que fica é um apelo à ação, a um libertar das grilhetas dos dias, uma luta que vale a pena enfrentar mas que nunca prescinde do céu da esperança. “Lá em baixo não há nada/ mas há tanto p’ra fazer!”, canta-se em O Rapaz da Montanha.

O mundo da criação de Rodrigo Leão vive desde sempre intimamente ligado aos afetos, quer seja através da família ou dos amigos. Sem surpresas aparecem neste disco cúmplices novos e mais antigos, como Pedro Oliveira (amigo de infância, cantor da Sétima Legião, co-produtor do álbum com Leão e João Eleutério e interveniente como músico em vários temas e cantor em Esperança) ou um amigo e cúmplice de vários projectos (Sétima Legião, Madredeus e Os Poetas): o acordeonista Gabriel Gomes. Há lugar também para convidados como José Peixoto (guitarra clássica), Carlos Poeiras (acordeão), Francisco Palma (voz) ou o ilustrador Tiago Manuel, que sem esforço passam a cidadãos honorários da obra de Leão. A sua família próxima também colabora : para além da autora das palavras e sua mulher Ana Carolina Costa, os filhos Sofia, Rosa e António estão presentes ao longo do disco. Mesmo os músicos que Leão chamou para este disco refletem anos de trabalho e cumplicidade: a cantora Ana Vieira - a voz principal do disco - ,Viviena Tupikova (violino), Bruno Silva (viola), Celina da Piedade (acordeão), Carlos Tony Gomes (violoncelo e autor dos arranjos de cordas), João Eleutério (guitarra, baixo e sintetizador), António Quintino (contrabaixo) e Frederico Gracias (bateria e percussão).

Seria errado dizer que O Rapaz da Montanha significa uma revolução no universo musical de Rodrigo Leão. É antes uma evolução consequente, que mesmo trazendo mudanças não abandona um milímetro da identidade musical do compositor. Com uma já longa e notável carreira, a inquietação e a curiosidade permanece viva em Rodrigo Leão.

DEEJAY TELIO EDITA NOVO ÁLBUM "RESERVADO" DIA 09 DE MAIO


Após sucessos estrondosos como “Que Safoda” e “After Party”, Deejay Telio prepara-se para lançar o tão aguardado novo álbum, “RESERVADO”, uma obra que marca uma nova fase na sua carreira, com edição agendada para dia 09 de maio. Com uma sonoridade única que mistura Afrobeat, Hip-Hop, R&B e outras influências, o álbum reflete a versatilidade e a constante reinvenção de Telio como produtor e artista.

Em “RESERVADO”, Deejay Telio revela um lado mais íntimo e pessoal, explorando emoções e pensamentos que até agora estavam guardados. Este álbum não é apenas uma coleção de músicas, mas um convite exclusivo ao público para conhecer a evolução artística do artista e a sua maturidade, através de um som que combina o melhor da sua capacidade de criar hits com uma profundidade nunca antes explorada.

Já são conhecidos dois dos singles que fazem parte deste novo projeto: “Buquê” e “Filme”, com a colaboração de Irina Barros. Certo é que o álbum contará com colaborações de peso que prometem surpreender e elevar ainda mais as expectativas.

Deejay Telio continua a conquistar o público nacional e internacional com o seu estilo único, e este álbum promete consolidar ainda mais o seu lugar como um dos nomes mais influentes da música urbana lusófona.

O álbum “RESERVADO” será editado dia 09 de maio com o selo da Sony Music.

CATARINA CASTANHAS COM NOVO SINGLE

 



















Uma artista em ascensão, irreverente e confiante – “Eclipse” confirma Catarina Castanhas como uma das grandes promessas da pop urbana nacional.

Depois de surpreender com os singles “À Deriva” e “Filha de Lisboa”, Catarina Castanhas eleva agora a fasquia e apresenta o seu primeiro EP, “Eclipse”: um trabalho que marca um novo capítulo na sua carreira, onde a reinvenção artística, a afirmação pessoal e a sensualidade se encontram sem medos.

O EP é lançado com o single “Malibu”, uma canção que chega carregada de atitude e que se assume como o cartão de visita desta nova fase. Em “Malibu”, a artista não deixa espaço para dúvidas: é dona de si, consciente do seu valor, e explora a metáfora da independência emocional com ironia, ousadia e muita presença.

O videoclip de “Malibu”, já disponível no YouTube, reforça esta mensagem de poder e autoconfiança, com uma Catarina Castanhas sensual e intensa, num registo visual que espelha na perfeição o espírito do tema.

“Eclipse” é um EP de crescimento, raízes e identidade: o reflexo de um caminho de autodescoberta e amadurecimento. Reúne os dois singles já conhecidos do público, “À Deriva” (o primeiro passo desta reinvenção sonora) e Filha de Lisboa (uma homenagem às suas origens lisboetas e cabo-verdianas), e apresenta três novos temas, entre os quais se destaca “Malibu”.

A sonoridade do EP continua a cruzar o universo urbano com elementos das raízes culturais de Catarina Castanhas, misturando pop, R&B, afrobeat e um toque de tradição, num equilíbrio entre a modernidade e a herança que marca a identidade artística de Catarina Castanhas.

Produzido por Guerra, com a colaboração habitual de Gonzalo Tau, Riic Wolf e da própria Catarina Castanhas na composição, “Eclipse” consolida a evolução da artista e aponta para um futuro em que a autenticidade e a força da mensagem são inegociáveis.

“Eclipse” já está disponível em todas as plataformas digitais. O videoclip de “Malibu” pode ser visto no canal oficial de YouTube da artista.

LISBOA MODS

 



















O Lisboa Mods Mayday nasceu à imagem do London Mods Mayday 1979.

O ano passado pela 1ª vez, no dia 19 de Maio, aconteceu em Portugal com as bandas The Pages (Almada), os The Neuras (Sevilha) e os Djs Merton, Daniel Alves e mod64, com apoio do VCL (Vespa Clube de Lisboa).

Em 2024 comemoravam-se os 45 anos do London Mods Mayday e nós não quisemos deixar de fora essa data por isso resolvemos ter o nosso Lisboa Mods Mayday que não deixou indiferente a comunidade mod internacional ao referir e recomendar, em alguns sites/blogs e páginas individuais, o nosso evento.

O Lisboa Mods Mayday 2025, será dia 17 de Maio, na ADF - Academia Dramática Familiar, Pedrouços-Lisboa, com as bandas The Pages, Lume Azul e os DJs Daniel Alves, Luís Futre e Mr. Groovie

DJ Set – Power Pop, Mod Revival, NordenSoul, R’B’, Mod Jazz, Garage Soul, Ska, Mod 60’s, …

Encontro de Scooters (Vespas e Lambrettas) pelo Vespa Clube de Lisboa (VCL).

Pré-Venda 8€ | No dia 12€
Link: https://forms.gle/7CXLXLoFXa1NTbRf7

Abertura de Portas: 17h00

DJ Set Daniel Alves | Luís Futre | Mr. Groovie: 18h00

Concentração VCL: 19h00

Lume Azul: 21h00
The Pages: 22h00

DJ Set Daniel Alves | Luís Futre | Mr. Groovie: 23H

Encerramento: 1h00

ADF - Academia Dramática Familiar
Rua Praia de Pedrouços, 76
1400-280 Lisboa

MÁRCIA E CATARINA SALINAS (BEST YOUTH) JUNTAS EM TEMA DO DISCO "ANA MÁRCIA"





















"Quem Cá Está" é o primeiro dos três duetos de "Ana Márcia" a ser lançado nas plataformas digitais. Recorde-se que o álbum, que já está integralmente disponível em formato físico na Loja do Bairro e nas Lojas FNAC, tem sido desvendado canção a canção nas plataformas digitais.

"Quem cá está é uma canção que escrevi há muitos anos. Fala sobre aprender a reclamar o poder pessoal e a reconhecer o contributo de quem está presente e nos ajuda a edificar o nosso caminho; os pares, os parceiros e (na esfera artística) o público atento.

Convidei a Catarina Salinas por identificação enquanto cantora e mulher na música, e também por admiração; já que tem no seu conjunto com Ed Rocha (Best Youth) uma das mais sofisticadas e aprimoradas abordagens artísticas no nosso País. "

Márcia

"Acima de tudo, sempre admirei a escrita da Márcia, identifico-me bastante com ela, na sua introspecção e no seu "blues", por isso, quando recebi este convite foi irrecusável, de repente estava a ser convidada para entrar naquele mundo que tão bem conheço, por vezes, pelos meus próprios pensamentos! A canção foi a cereja em cima do bolo, adoro a sensação de "push & pull" que a secção ritmíca sugere e a forma como a letra, nesse ram ram, navega e conta a história."

Catarina Salinas

"Ana Márcia" divide-se em três capítulos, explora o lugar da infância do passado no primeiro; a jovem que encontra o amor e desamor no segundo, e que descobre, na maternidade, o regresso à sua própria infância através da magia da infância dos filhos. Volta assim à sua criança interior, recomeçando o caminho e recriando os passos, refazendo os seus ensinamentos numa viagem circular entre o presente, o passado e o futuro, percebendo que caminha para a criança que foi.

Catarina Salinas foi convidada para acompanhar a jovem que se desengana, como amiga e cantora contemporânea.

Seguir-se-ão os duetos com Sérgio Godinho, e depois, já no início do verão, Jorge Palma, que aparecem a convite para assumir a posição de mentores ou modelo a seguir.

AGENDA

26. ABRIL. 2025 - 21:30 > Centro de Artes de Ovar
Bilhetes

31. MAIO. 2025 - 21:00 > Teatro Sá da Bandeira, Porto
Bilhetes

RETIMBRAR HOMENAGEIAM ZECA AFONSO















SÓ OUVE O BRADO DA TERRA - DE JOSÉ AFONSO

Em aquecimento para o concerto que vai levar o Tugabeat ao coração da cidade do Porto, no próximo dia 25 de Abril, o coletivo portuense partilha “Só ouve o brado da terra”, uma gema escondida do reportório de José Afonso, que estava por retimbrar.

SÓ OUVE O BRADO DA TERRA - DE JOSÉ AFONSO

Com grafismo e ilustrações de Miguel Ramos para a videoarte de João Cruz, “Só ouve o brado da terra” reacende, por meio de palavras e gestos musicais, o grito a que os tempos incitam, em clima de revolução e luta contínuas. Há uma memória que dá espessura ao canto e não dá descanso. Uma repetição na engrenagem do ritmo que encoraja o trabalho e não dá descanso.

E é marcados pela temperatura de balanços como este e movidos de esperança, que os oito músicos assentam a sua pegada como coletivo e celebram a diversidade, a retimbrá-la da raíz até à copa. Infinitamente agradecidos a José Afonso pela obra, a Fausto Bordalo Dias pela direção musical e a José Brandão, pela arte da capa - no álbum "Coro dos Tribunais" de 1974, onde está editada a canção. A pretexto da partida recente de ambos, um sentido agradecimento.

Trago na bandeira as cores
Que alegram esta rua
Qual é coisa, qual é ela
Que é tão minha como é tua?
- A liberdade!

No dia 25 de Abril, celebra-se a Revolução dos Cravos com os Retimbrar no maior palco da cidade, a Avenida dos Aliados. Para o colectivo portuense, o momento não é só de celebração. É também de
reflexão e de escuta - uma escuta sensível ao presente - a bordo dos sonhos e inquietações da humanidade.

Festeja-se a Liberdade com a promessa de revisitar pérolas escondidas de compositores como José Afonso e Carlos Paredes e, convidam-se os demais para o baile como quem faz uma revolução e lhe dá um nome - TugaBeat - um movimento vivo e audaz, ancorado nas tradições musicais portuguesas.
Apuram-se as palavras, os timbres, as batidas e também se desvendam pistas para o que há de ser o futuro dos Retimbrar, depois de terem lançado em 2022 o seu segundo álbum, Levantar do Chão.

Para que a festa seja ainda maior, neste concerto especial os Retimbrar convidam os Mareantes do Rio Douro, as Suspiro e o Grupo de Percussão da Escola Cardo-Amarelo

ACERCA DE RETIMBRAR

RETIMBRAR é um vibrante movimento, orquestrado por 8 músicos que procuram pensar e criar a sua música, a partir das tradições musicais portuguesas. Querem um nome para elas e chamam-lhes o TugaBeat - composições que estão enraizadas na diversidade do folclore nacional, na poesia popular e na oralidade. Partem do ritmo para dar voz e corda às palavras e falam de um quotidiano transformado com a identidade de quem gravita entre a ruralidade e o passo viajado de outras geografias.

Com o marco de criações como Arraial, lançaram o álbum Voa Pé em 2016. Em 2022, apresentaram Levantar do Chão, apoiados pela Antena 1, a SPA e a Universidade de Aveiro. Entre 2023 e 2024 lançaram ainda Retimbrar pelos Cotovelos - uma série de podcasts e Retimbrar de Trás p’ra Frente - o
documentário.

O álbum Levantar do Chão entrou nas duas mais reconhecidas tabelas de world music, a Transglobal World Music Chart e a World Music Charts Europe, tendo nesta entrado directamente para 3o lugar. Pelo caminho, a canção “Maçãzinha” foi distinguida com o prémio “aRi[t]mar - Galiza e Portugal” para Melhor Canção Portuguesa 2022 e a canção “Maneio” foi reeditada como single pela célebre editora de world music Putumayo.

Da passagem por festivais como: Womex 2021, FMM Sines, Maré de Agosto - Açores, Ulicnih Street Arts Festival - Sérvia, Expo Dubai, Jazz Sous Les Pommiers - França, MUMI - Músicas do Minho - Espanha; Festival da Canção 2024; Folk Alliance International - Canadá; ou colaborações que vão do rock e do fado à eletrónica com nomes como Jorge Cruz, Teresa Salgueiro, Marta Pereira da Costa, Sopa de Pedra, Manel Cruz, Uxía ou Papercutz - levam o desejo de continuar a desbravar caminho na busca de novos horizontes.

PRÓXIMOS CONCERTOS

6 DE JUNHO - FESTIVAL GIACOMETTI , FERREIRA DO ALENTEJO

28 DE JUNHO - MOSAICO SOCIAL, SANTA MARIA DA FEIRA

JOÃO REIGADO COM NOVO SINGLE





















“Cheias de abril” é a segunda canção, das 15 que compõem o disco de estreia de João Reigado, a merecer destaque. Depois do single de estreia, “Karma”, a canção agora escolhida revela uma das traves-mestras do álbum, a relação entre o cantautor, o piano e as palavras.

O tema vem acompanhado por um videoclip, publicado no dia 25 de abril, com realização e montagem da também cantora Ana Caldeira que, com a sensibilidade que traz do seu percurso musical, retrata em imagens uma canção cujas palavras, já de si, contêm uma grande carga cinematográfica.

Com muita mestria e uma boa dose de surrealismo, o artista canta-nos um mundo que parece girar desgovernadamente, mas que ao mesmo tempo ainda mostra sinais de beleza capazes de nos reconfortar.

“Tentei um retrato do tempo que hoje vivemos, em que o caos e a beleza andam lado a lado e onde as notícias correm mais depressa do que o vento, e o cimento, os painéis e as centrais fotovoltaicas parecem querer engolir os campos. O texto fala desse momento em que a vida parece caótica e desordenada, mas que carrega em si a promessa de renovação. É a minha homenagem ao poder das transformações, como aquelas que nos trouxeram liberdade num certo abril passado e que será sempre presente.”, explica o autor.

Abril é o mês das águas mil, dos cravos, da força das canções, da luta pela democracia e da primavera, tudo isto no meio de um rodopio quotidiano que quase nos manda para fora de combate; mas depois há a esperança que nos dá alento e a beleza das coisas simples. Eis o que aparece retratado no videoclip, totalmente idealizado por Ana Caldeira, intercalado com imagens da apresentação ao vivo do tema e retratos da cidade que ilustram bem as palavras escritas e cantadas pelo artista.

O single fará parte do alinhamento do próximo espetáculo, agendado para 24 de maio às 17:00 no Até Jazz Bar, em Odivelas. João Reigado apresenta ao vivo as canções do álbum “Rascunho” tal como vieram ao mundo, em formato voz e piano, com a participação de alguns dos convidados de estúdio. Neste concerto, o artista apresenta ainda temas inéditos que provavelmente farão parte de um próximo disco.

SINGLE DE ESTREIA DE ESQUERDA















Sangue Menstrual é o grito cru e sonoro com que ESQUERDA se apresenta ao mundo.

Formada por Carolina Chora (voz), Idalécio Francisco (guitarra), Nuno Rancho (baixo) e Rafael Traquino (bateria), ESQUERDA nasce de um impulso coletivo: fazer música de intervenção para os tempos de agora, ocupando o Balneário Studio, localizado no Serra - Espaço Cultural, Leiria.

Com riffs e palavras cortantes e um ritmo que não pede desculpa, ESQUERDA estreia-se com um tema que sangra, incomoda e celebra.

"Sangue Menstrual" é uma denúncia ao estigma em torno do corpo feminino, uma chamada à ação contra o apagamento e a vergonha.

Este single de estreia é resistência, raiva e esperança posta num só refrão.

Já podes ouvir em todas as plataformas digitais.

Segue-nos nas redes sociais e junta-te ao movimento.

BATEU MATOU COM NOVO SINGLE

 



















Fotografia: Paulo Segadães

Bateu Matou editam esta quinta-feira o novo single “Pomperó”(link), uma crítica social que estreia justamente na véspera do 25 de Abril.

Numa crítica sagaz à forma como os migrantes são desrespeitados e cada vez mais mal tratados na sociedade, Bateu Matou criaram uma música inclusiva na palavra e na dança, que lembra que todos temos direito à dignidade e à comunidade.

“São tempos violentos estes que vivemos e, por isso mesmo, o Baile, mais do que nunca, tem de ser casa e causa. Venham de onde vierem, vão para onde forem, aqui ou dançam todos ou não dança ninguém. Os migrantes têm sido mal tratados e mal representados, transformados numa ameaça para criar uma ilusão de medo que convém a quem lucra com um Baile e um país divididos. Somos todos migrantes na dança de procurar dignidade, beleza, amor e progresso, para nós e para as nossas comunidades.» partilha a banda.

Este single inicia o caminho para o terceiro longa duração da banda de Ivo Costa, RIOT e Quim Albergaria. Bateu Matou continuam, canção a canção, concerto a concerto, a construir um baile aberto, solto e novo, de todos e todas, para todos e todas, porque sermos felizes juntos é um ato de resistência.

“Pomperó” já pode ser ouvida em todas as plataformas digitais.

VÍDEO DE CAPICUA E GISELA JOÂO REVELADO HOJE





















Na véspera do 25 de Abril, Capicua disponibiliza o vídeo da canção “Danúbio” com a participação de Gisela João, uma canção uma canção actual e necessária que alerta para os perigos do regresso das ideias retrógradas e opressoras dos anos mais negros do século passado, que faz parte do recente álbum “Um Gelado Antes do Fim do Mundo”.
A par deste lançamento, Capicua actua hoje mesmo nas celebrações do aniversário da Revolução dos Cravos na Avenida dos Aliados, no Porto. No sábado, dia 26 de abril actua em Fafe, na Praça 25 de abril.

“Danúbio” nasce de uma notícia de jornal. Há três verões a seca assolou o centro da Europa e as águas do Danúbio desceram tanto, que as carcaças dos velhos navios nazis, afundados propositadamente durante a Segunda Guerra para tornar o rio inavegável, vieram à tona como fantasmas de uma história que ameaça repetir-se.

As fotografias daqueles monstros metálicos, ferrugentos e sinistros, sugeriram a imagem perfeita para falar sobre o recrudescimento da extrema-direita, que volta a ameaçar a velha Europa. Aqueles barcos, ainda carregados de explosivos, armadilhados pelo ódio, voltaram à tona prontos para cumprir a ordem e para nos lembrar que “temos o passado todo pela frente” caso nos deixemos afundar com eles.

Não há quem não sinta um cheiro a anos trinta no ar e, na voz grave e profunda de Gisela João, a letra de “Danúbio” relembra que o presente foi embrulhado no jornal de ontem, num refrão com guitarra de Pedro Geraldes que alude ao Fado e um assobio lúgubre que nos remete para um "western spaghetti" à portuguesa.

Num tempo em que as nuvens ameaçadoras que pairam sobre as nossas cabeças são cada vez mais densas, este quarto “single” de “Um Gelado Antes do Fim do Mundo” chega como uma alfinetada. É tempo de recusar a aparente inevitabilidade repetitiva da História, sobretudo na semana em que celebramos a democracia e a liberdade.

Depois de ter estreado “Um Gelado Antes do Fim do Mundo” com casas cheias no Teatro Tivoli BBVA e na Casa da Música em duas noites inesquecíveis para o público presente, Capicua continua a digressão do novo álbum pelo País, que passará pelo NOS Alive dia 11 de Julho, pelo Festival Músicas do Mundo dia 27 do mesmo mês e pelo Festival Paredes de Coura dia 13 de Agosto.

Letra: Capicua
Voz: Capicua e Gisela João
Assobio: Gisela João
Produção: Luís Montenegro
Máquina de Ritmos, Design de Som, Teclados e Piano: Luís Montenegro
Guitarra Elétrica e Teclados: Pedro Geraldes
Autoria: Letra de Capicua, Música de Capicua, Pedro Geraldes e Luís Montenegro
Lyric Video: André Tentugal

AGENDA

PORTO
24 de Abril - Avenida dos Aliados

FAFE
26 de Abril - Praça 25 de Abril

AVEIRO
28 de Abril - Semana do Enterro

CASTELO BRANCO
17 de Maio - CT Avenida

SEIXAL
31 de Maio - Festival do Maio

LISBOA
11 de Julho - NOS Alive

SINES
25 de Julho - Festival Músicas do Mundo

MÊDA
26 de Julho - Festival Mêda +

PAREDES DE COURA
13 de Agosto - Festival Paredes de Coura