Boletim Analítico do Mercado da Soja by Nilson Luiz Costa
O Boletim Analítico do Mercado da Soja, 2019
O Boletim Analítico do Mercado da Soja é um newsletter do Núcleo de Pesquisas em Economia do Agro... more O Boletim Analítico do Mercado da Soja é um newsletter do Núcleo de Pesquisas em Economia do Agronegócio, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR) e ao Curso de Graduação em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Campus de Palmeira das Missões. O objetivo desta publicação é fornecer análises conjunturais periódicas para os interessados em acompanhar o comportamento do mercado da soja no Brasil e no Mundo. O Boletim Analítico do Mercado da Soja começou a ser publicado no mês de fevereiro do ano de 2018 e as edições são identificadas por volume (número sequencial do ano-calendário) e número (contado a partir do ano de fundação do boletim). Todas as edições publicadas estão disponíveis no sitio http://w5.ufsm.br/grupos-de-pesquisa/npea/indices/mercado-da-soja/.
A edição Jan-Fev/2019 do Boletim Analítico do Mercado da soja está sendo publicada em um momento ... more A edição Jan-Fev/2019 do Boletim Analítico do Mercado da soja está sendo publicada em um momento de indefinições sobre o desfecho nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Também, a quebra na safra Sul-Americana 2018/19 ainda não foi completamente mensurada e precificada e a taxa de câmbio R$/US$ tende a reagir conforme o andamento das reformas no Brasil. Em função disto, as projeções devem ser lidas e elaboradas com o necessário cuidado. Mesmo assim, a conjuntura do momento permite predizer que:
1. Existe uma boa possibilidade de a demanda doméstica exercer pressão de alta no preço da soja, principalmente entre os meses de fevereiro e abril de 2019.
2. O possível entendimento entre Estados Unidos e China resultará em menor procura pela soja brasileira, mas não no completo afastamento do importador chinês, pois mesmo com estoques elevados, os EUA não terão soja suficiente para atender ao mercado asiático.
3. A demanda interna por farelo e óleo de soja tende a contribuir para manter a liquidez da soja no mercado físico brasileiro. Este será um aspecto favorável para os preços pagos ao produtor brasileiro.
4. A tendência é de que a taxa de câmbio apresente níveis relativamente mais baixos, em comparação com 2018, sobretudo se as reformas propostas pelo Governo Bolsonaro forem implementadas. Isto poderá pressionar para baixo os preços da soja ao longo de 2019, mas existirão janelas com taxas mais elevadas, principalmente nos momentos que antecedem as reformas.
5. O fim da Lei Kandir se constitui como a maior ameaça para o produtor de soja neste momento. Além de resultar em perdas de até R$ 8,00/sc, para o produtor, pode prejudicar consideravelmente o sistema de concorrência no mercado físico brasileiro e deteriorar o ambiente competitivo da sojicultura brasileira.
6. A Política Externa do novo governo deve ser acompanhada pelo setor agropecuário, a fim de que o mesmo possa contribuir para a implementação de ações pragmáticas e independentes no campo das relações internacionais.
7. O produtor deve estar atento para as oportunidades de comercialização nestes primeiros meses do ano, principalmente se tem custeio para pagar a partir do mês de maio. No longo prazo, garantir o pagamento das dívidas e especular com o excedente nunca será um mau negócio.
Palmeira das Missões/RS, 18 de fevereiro de 2019.
A quinta edição do Boletim Analítico do Mercado da soja está sendo publicada em um momento de ext... more A quinta edição do Boletim Analítico do Mercado da soja está sendo publicada em um momento de extrema volatilidade, principalmente resultante pelo cenário eleitoral no Brasil. Entre os principais resultados, as análises mostram que: 1. A tendência é de que a demanda doméstica por grão, farelo e óleo exercerá pressão altista em 2019. 2. A Guerra Comercial EUA x China segue impactando os preços da soja no Brasil. Contudo, todo este conflito tende a ser resolvido em médio prazo e a recomposição das perdas do segmento nos EUA estará em pauta. Em um possível entendimento entre as potências, apesar da retórica de Trump, a tendência será de pressão baixista para os mercados de soja em grãos no Brasil e migração da demanda chinesa para os Estados Unidos. 3. Apesar das turbulências internacionais, as cotações no Brasil ainda se mantêm em patamares superiores a dez dólares por bushel e mesmo que a soja estadunidense apresente vantagem econômica para o importador chinês, este mostra-se alinhado com o governo e não voltará para Chicago até que as questões de natureza política se estabilizem. 4. Na China, a agroindústria processadora de soja não vive um bom momento. Os surtos de gripe suína têm provocado redução na demanda por farelo de soja e a agroindústria processadora passou a operar com margens negativas nos últimos meses. Este cenário deve ser acompanhado, pois se não for revertido pode resultar em pressão baixista sobre o preço da soja no Brasil. 5. O cenário atual traz desafios para o produtor gaúcho e brasileiro, pois os custos de produção aumentaram e existem incertezas sobre as cotações do mercado físico em 2019. 6. No curto prazo, a eleição de Jair Bolsonaro tende a causar uma redução na taxa de câmbio e, por consequência, pressões baixistas sobre o mercado físico de soja em grãos no Brasil. Se o objetivo é reduzir o risco da atividade, é prudente que este momento seja aproveitado para, pelo menos, garantir os custos de produção. Apesar de a taxa de câmbio ter recuado logo após o primeiro turno das eleições, é possível e provável oscilações, que tendem a refletir altas e baixas no preço do grão. Palmeira das Missões/RS, 15 de outubro de 2018.
A quarta edição do Boletim Analítico do Mercado da soja está sendo publicada em um momento em que... more A quarta edição do Boletim Analítico do Mercado da soja está sendo publicada em um momento em que diversos campos passaram a, simultaneamente impactar os mercados internacional, brasileiro e local de soja. Seja por questões de natureza política, econômica ou climática, a taxa de câmbio, as variações nas cotações em Chicago e os prêmios de exportação nos portos brasileiros estão impondo a necessidade de considerar uma análise conjuntural no processo de tomada de decisões sobre compra de insumos e venda de soja, sobretudo da safra nova. Este boletim se propõe a contribuir com esta análise e os principais itens a destacar são:
1. As tensões comerciais entre Estados Unidos e China derrubaram o suporte de mercado da soja em Chicago, de US$ 10,00/bu para US$ 8,27/bu. A resistência também foi reduzida, de US$ 10,61/bu para US$ 9,23/bu.
2. A força da demanda (chinesa) permitiu aos exportadores brasileiros a ampliação do prêmio e contribuiu para que as perdas verificadas em Chicago não fossem repassadas integralmente para o produtor brasileiro. Também, a valorização do dólar ajudou a manter as cotações em patamares elevados no Brasil. Em função disso, o produtor brasileiro está vendendo seu produto em uma situação bem mais confortável, quando comparada ao produtor estadunidense.
3. A expectativa de maior produção mundial para a safra 2018/2019 ajuda a pressionar para baixo as cotações nos EUA e também no Brasil.
4. Neste momento, as condições macroeconômicas no Brasil e no mundo, associadas às condições de política doméstica e de geopolítica internacional, apontam para a manutenção do câmbio em patamares elevados, fazendo com que gravite ao redor dos R$ 4,00/US$. Porém, a depender da conjuntura, é possível que o real se desvalorize ainda mais frente ao dólar. Por outro lado, se a conjuntura mudar, a taxa de câmbio pode ser pressionada para baixo. O momento é de incertezas e as projeções podem sofrer revezes, uma vez que as condições políticas são voláteis e é justamente esta a principal variável responsável por manter a taxa de câmbio acima dos R$ 4,00/US$.
Portanto, uma boa estratégia para gerenciar o risco de comercialização da safra nova é travar o preço da soja para, pelo menos, pagar os custos de produção. Se desejar especular, recomenda-se que o faça com o excedente da produção.
Palmeira das Missões/RS, 03 de setembro de 2018.
A terceira edição do Boletim Analítico do Mercado da soja está sendo publicada em um momento em q... more A terceira edição do Boletim Analítico do Mercado da soja está sendo publicada em um momento em que diversos campos passaram a, simultaneamente impactar os mercados internacional, brasileiro e local de soja. Seja por questões de natureza política, econômica ou climática, a taxa de câmbio, as variações nas cotações em Chicago e os prêmios nos portos brasileiros estão impondo a necessidade de considerar uma análise conjuntural no processo de tomada de decisões sobre compra de insumos e venda de soja. Em âmbito MICROECONÔMICO, as conclusões são de que: a. Nas últimas semanas, os futuros de soja em Chicago apresentaram tendência de baixa, mas dado o comportamento de médio e longo prazos e a solução das questões envolvendo China X EUA, a possibilidade de recuperação dos preços em Chicago não pode ser descarta. b. A demanda por soja segue forte e tende a continuar aquecida durante o ano. c. A atual Margem Bruta de Processamento (MBP) da agroindústria processadora de soja está entre as maiores do ano, fato que cria condições para que as esmagadoras aceitem preços mais elevados em Chicago. d. No mercado físico da Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, as cooperativas e empresas que atuam como reguladoras de preço estão acompanhando as variações de Chicago e na Taxa de Câmbio, de modo a ofertar para o produtor um preço devidamente alinhado com as condições do mercado internacional. Em âmbito MACROECONÔMICO, as conclusões são de que: e. No Brasil, a inflação está controlada, mas a valorização do dólar frente ao real e o aumento no preço do petróleo tendem a gerar pressões de aumento nos preços; o nível de desemprego segue elevado e o crescimento no nível de atividade econômica segue baixo, puxado pelo fraco desempenho do setor industrial. Nestas condições, o provável é a manutenção da taxa de juros entre 6,25% a.a. e 6,50 % a.a. f. As atuais condições da economia dos Estados Unidos configuram um cenário de fortalecimento do dólar. O cenário de valorização da moeda norte-americana é global. g. A atual Taxa de Câmbio de Paridade do Poder de Compra, considerando-se como base o início do Planto Real, foi estimada em R$ 3,8105. Deste modo, as cotações de mercado atuais (ao redor de R$ 3,75/US$) ainda mantém o Real sobrevalorizado. Nesta condição, pressupõe-se a existência de suporte macroeconômico para a manutenção de taxas em níveis mais elevados do que os verificados nos últimos meses. Em relação ao cenário POLÍTICO no BRASIL as conclusões são de que: h. O mercado financeiro entende que o controle da inflação e do déficit tende a ser alcançado se amplas reformas forem realizadas, em especial as reformas tributária e previdenciária. Em função disto a projeção de candidatos que trazem consigo propostas reformistas atuam como elementos estabilizadores de curto prazo e o crescimento de candidatos, geralmente de esquerda, com outras estratégias estabilizadoras potencializam a depreciação do real frente ao dólar; Em relação ao cenário GEOPOLÍTICO INTERNACIONAL as conclusões são de que: i. Tal como ocorreu no conflito diplomático com a Coréia do Norte, o desfecho do desentendimento comercial entre China e Estados Unidos reforça o acerto da política comercial e estratégia de negócios para o exterior do governo Trump. A tendência é de que os EUA alcancem o objetivo inicial de reduzir o déficit comercial via ampliação das exportações para a China, a começar pelas exportações do agronegócio. Neste momento, a adoção de tarifas ao comércio está suspensa. j. Em relação ao NAFTA, considerando os últimos êxitos da política externa norte-americana, é provável que o cenário evolua em direção a um novo acordo, pois o duro discurso de Donald Trump parece ser um padrão estratégico para vencer o status quo e forçar a abertura de negociações. Num segundo momento, os EUA cedem um pouco, angariam vantagens e a contraparte tende a fechar o acordo para minimizar perdas. Mesmo assim, esta é uma questão que segue em aberto e o impacto da mesma, para a agricultura brasileira está condicionado ao tipo de acordo que será fechado. A apreciação do dólar frente ao Real verificada nas últimas semanas reforça a necessidade de planejamento na aquisição de insumos para a próxima safra, pois níveis mais elevados nas taxas de câmbio e nos preços da soja tendem a resultar em aumento nos preços dos fertilizantes, defensivos e combustíveis (em especial o óleo diesel). Este é um momento adequado para avaliar a relação de troca soja/insumos e adquirir pelo menos os fertilizantes, seja pelo período de entressafra ou pelas cotações do grão (que podem crescer pelo aumento na taxa de câmbio, mas neste caso, o preço dos insumos também sofrerá altas). Prof. Dr. Nilson Luiz Costa Economista, Dr. em Ciências Agrárias Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) E-mail: nilson.costa@ufsm.br Cel.: (55)9.9990-3424
A segunda edição do Boletim Analítico do Mercado da Soja, publicado pelo Núcleo de Pesquisas em E... more A segunda edição do Boletim Analítico do Mercado da Soja, publicado pelo Núcleo de Pesquisas em Economia do Agronegócio (NPEA), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR) e ao Curso de Graduação em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Campus de Palmeira das Missões, traz análises e projeções em um período em de alta volatilidade do mercado.
O Boletim Analítico do Mercado da Soja é uma newsletter no Núcleo de Pesquisas em Economia do Agr... more O Boletim Analítico do Mercado da Soja é uma newsletter no Núcleo de Pesquisas em Economia do Agronegócio, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Agronegócios (PPGAGR) e ao Curso de Graduação em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Campus de Palmeira das Missões. O objetivo desta publicação é contribuir com o processo de tomada de decisões em estratégias de comercialização de soja a partir da análise de informações de natureza macro e microeconômica e de geopolítica internacional.
Tese de Doutorado UFRA/EMBRAPA by Nilson Luiz Costa
O presente estudo foi realizado para avaliar em que medida as estratégias para manter e ampliar o... more O presente estudo foi realizado para avaliar em que medida as estratégias para manter e ampliar o poder de mercado e a governança ao longo da cadeia produtiva da soja resultam em sucesso, captação do excedente do produtor rural de soja e competitividade da agroindústria processadora no comércio internacional de grão, farelo e óleo. Mensurou-se a concentração de mercado em todos os segmentos da cadeia produtiva da soja através do Market Share, da Relação de Concentração e do Índice de Herfindahl-Hirschmann. Confirmou-se a hipótese de que o mercado que fornece insumos para os produtores rurais de soja está altamente concentrado, principalmente nos segmentos de sementes transgênicas, defensivos, fertilizantes e máquinas agrícolas. A hipótese de elevada concentração no segmento de aquisição e processamento da soja também foi confirmada. Através da estimação de três modelos econométricos, para as exportações de soja em grãos, farelo de soja e óleo de soja, calculou-se as elasticidades-preço, renda e cruzada da oferta. Os resultados mostraram que as exportações de soja em grãos e de farelo de soja são inelásticas a preço, o que favorece o exercício do poder de mercado pelas tradings do agronegócio. Também se mensurou a importância do câmbio, da renda interna e da renda externa para as exportações do complexo soja. Concluiu-se que o produtor rural de soja encontra-se em situação de fragilidade econômica, pois: 1) adquire insumos em mercado oligopolizado e vende a produção em mercado oligopsonizado, 2) seu produto é inelástico à preço e, 3) as empresas dominantes estão protegidas por barreiras à entrada. Diante disto, recomendou-se que o Estado brasileiro utilize mecanismos de política econômica para planejar o desenvolvimento regional e mitigar as imperfeições de mercado que constrangem o processo de acumulação de capital do produtor rural de soja.
Dissertação de Mestrado UFPA/NAEA by Nilson Luiz Costa
Partindo do instrumental teórico schumpeteriano e da modelagem econométrica, a presente pesquisa ... more Partindo do instrumental teórico schumpeteriano e da modelagem econométrica, a presente pesquisa faz uma análise sobre a expansão da cadeia produtiva da soja no cerrado brasileiro e os impactos por ela provocados no Pólo de Desenvolvimento Integrado Sul Maranhense. Nesse processo, observou-se que ação institucional, a evolução científica e tecnológica e o fluxo migratório foram os determinantes da expansão da cadeia produtiva da soja nos municípios localizados no cerrado brasileiro. Em função disso, a economia, a sociedade e o meio ambiente foram significativamente impactados, de modo que, no Pólo Balsas, verificaram-se taxas de crescimento econômico sem precedentes, o mercado de trabalho formal cresceu expressivamente, o índice de concentração de renda aumentou e o meio ambiente sofreu modificações, até hoje suportada pelos ecossistemas. Também se observou que a cadeia produtiva da soja estimulou o crescimento do setor de comércio e serviços, mas é necessário que a economia seja diversificada, pois se algum problema afetar a performance da soja, tendencialmente, a sócio-economia local irá mergulhar em grave crise. Portanto, as políticas públicas deverão estimular, além da cadeia produtiva da soja, o desenvolvimento de atividades como pecuária, ovinocultura, fruticultura, suinocultura e instalação de indústrias para beneficiar a produção primária.
Artigos Publicados em Periódicos Científicos by Nilson Luiz Costa
Nucleus, 2019
RESUMO: Nesta pesquisa teve-se o objetivo de analisar as percepções dos consumidores de leite do ... more RESUMO: Nesta pesquisa teve-se o objetivo de analisar as percepções dos consumidores de leite do município de Panambi/RS, após as fraudes constatadas no segmento do leite no estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados nos meses de maio e junho de 2015, a amostra é composta de 389 observações, estatisticamente significativa, considerando os consumidores de leite no município de Panambi/RS. Para análise dos dados foi utilizado a técnica multivariada de Análise Fatorial Exploratória (AFE). Entre os principais resultados, destacam-se as preocupações dos consumidores em relação à qualidade do leite; o possível retorno a padrões de consumo antigos através da preferência pelo leite não processado, as falhas e ilegalidades ao longo da cadeia produtiva e a preocupação com a saúde. Entre os principais desafios para o segmento, destaca-se a importância de (re)construir a reputação da cadeia produtiva e garantir a qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul. SUMMARY: The objective of this research was to analyze the perceptions of milk consumers in the municipality of Panambi/RS, after the frauds detected in the milk processing segment in the state of Rio Grande do Sul. The data were collected in May and June of 2015, the sample is composed of 389 observations, statistically significant, considering milk consumers in the municipality of Panambi /RS. The multivariate exploratory factor analysis technique was used to analyze the data. Among the main results, the consumers' concerns about milk quality stand out; the possible return to old patterns of consumption through preference for unprocessed milk, failures and illegalities along the production chain and concern for health. Among the main challenges for the segment, the importance of (re) building the reputation of the production chain and guaranteeing the quality of the milk produced in Rio Grande do Sul stands out. INTRODUÇÃO O leite é um produto agropecuário que, além de ser essencial para a saúde humana, representa a geração de emprego e renda ao longo da cadeia produtiva. A atividade leiteira se constitui em "uma atividade básica para grande parte dos agricultores das regiões em que predomina a produção familiar, especialmente aqueles que dispõem de pequenas e médias unidades de produção" (SILVA NETO; BASSO, 2005, p. 59).
Desenvolvimento em Questão, 2019
O objetivo do presente artigo foi caracterizar a socioeconomia do Território da Cidadania Noroest... more O objetivo do presente artigo foi caracterizar a socioeconomia do Território da Cidadania Noroeste Colonial RS e avaliar os níveis de participação institucional e de gestão social no âmbito das relações entre o Colegiado de Desenvolvimento Territorial e as instituições. Pretendeu-se, com isso, identificar se os atores estão aptos a liderar o processo de planejamento do desenvolvimento territorial. A caracterização socioeconômica foi realizada por meio da estatística descritiva e análise gráfica e os níveis de participação institucional e gestão social foram aferidos mediante a Análise Fatorial Exploratória. Um componente fundamental da pesquisa, com enfoque de cidadania, foi a busca por informações e diálogo com a sociedade política e a sociedade civil, bem como o seu entendimento e envolvimento com a política de desenvolvimento territorial e desenvolvimento sustentável. A pesquisa foi realizada em 21 dos 34 municípios do Território em questão e teve como público participante 116 pessoas integrantes de entidades como os Conselhos Municipais de Desenvolvimento – Comudes – entidade composta por agentes públicos – e instituições e pessoas da sociedade civil de cada município. Entre os principais resultados destacam-se a existência de assimetrias socioeconômicas entre os municípios do território e o surgimento de um elevado nível de consciência e engajamento em torno da política de desenvolvimento territorial
The aim of this study is to estimate the economic value and marketing margins of round wood from ... more The aim of this study is to estimate the economic value and marketing margins of round wood from managed areas. A positive economic value indicates economic viability of the activity. Besides generating a positive margin, in the case of this supply chain, the values are relatively higher than those generated by competing agricultural activities that are contributing to Amazonian deforestation. This result leads to the restructuring of the forest industry, by integrating the portfolios of decision makers and agencies. The results indicate that the average economic value of extraction and sale of standing timber, on the local market, is R$ 28.46/m3, which shows a minimum value of R$ 18.47/m3 for the species of the C4 category (white wood) and a maximum value of R$ 92.25/m3 for species of the C1 category (special wood). Thus, for a flow of 30 years and an extraction rate of 25 m3/ha, under the managed forest transition areas in the State of Pará, an average value of R$ 688.75/ha is expected. This result is relatively higher than the values obtained from extensive livestock farming (around R$ 180,00/ha) and grain crop cultivation (around R$ 420.00/ha), which are largely responsible for Amazonian deforestation. The results also show a higher profitability than for areas that have been reforested with paricá (Schizolobiumamazonicum (Hber) Ducke), that generates a value of R$ 192.26/ha. The marketing margin shows that about 12.4% of the economic value generated from the timber's supply chain transition contracts is appropriated by society. Additionally, the mean rate of unfolding of 36.2% (2.76 m3 of logs for each 1.0 m3 of lumber) indicates poor technological advancements, which threatens enterprises' market competitiveness.
CEREUS, 2017
O objetivo deste artigo é analisar a satisfação com o trabalho no serviço público. A investigação... more O objetivo deste artigo é analisar a satisfação com o trabalho no serviço público. A investigação foi feita na forma de pesquisa de campo, em uma instituição federal de ensino superior (IFES), no estado do Pará. A pesquisa, exploratória e descritiva, contou com 65 entrevistados em amostra não probabilística por acessibilidade. O tratamento de dados utilizou a estatística descritiva e paramétrica (teste T). O instrumento de coleta de dados foi desenvolvido por Quijano e Navarro (1999), e os resultados permitem afirmar que há evidências significativas da presença de satisfação com o trabalho no local da pesquisa, com destaque para aspectos como estabilidade, relacionamento interpessoal e oportunidades de capacitação e desenvolvimento profissional. Intermediariamente,
posicionaram-se questões relacionadas com instalações, equipamentos e benefícios sociais. Não foram identificadas diferenças significativas na satisfação com o trabalho entre as categorias investigadas.
O objetivo deste artigo é analisar as estratégias competitivas utilizadas pelas empresas de latic... more O objetivo deste artigo é analisar as estratégias competitivas utilizadas pelas empresas de laticínios do estado do Pará. A pesquisa, classificada como exploratória e descritiva, foi realizada na forma de censo e teve como universo as empresas fiscalizadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA) e Estadual (SIE/ADEPARÁ). Ao final da pesquisa, foram realizadas 30 entrevistas, com empresas que aceitaram responder ao questionário. A interpretação dos resultados utilizou indicadores, construídos por técnicas matemáticas e estatísticas, entre eles: o Índice de Desempenho Competitivo (IDC), que possibilitou ranquear as empresas e indicou que apenas 6,7% delas apresentava alta competitividade, e a análise fatorial, que explicou 80,46% da variância em quatro fatores denominados como: Estrutura de Produção (37,97%), Gestão Empresarial (15,89%), Ambiente Locacional (14,89%) e Desempenho Competitivo (11,89%). As conclusões revelaram que as empresas ganharam competitividade nos últimos anos tendo por base a busca por maiores volumes de produção, economia de escala e participações de mercado, estratégias alinhadas ao mercado de commodities e aos modelos de competitividade estruturalistas. Contudo, a manutenção desse processo demanda ações conjuntas da cadeia de produção e da implementação de políticas públicas destinadas, principalmente, às empresas de menor porte e de fiscalização estadual.
This article discusses the decision-making process of Wine Producers Association of Altos Montes,... more This article discusses the decision-making process of Wine Producers Association of Altos Montes, at Serra Gaúcha/Rio Grande do Sul/Brazil (APROMONTES) winegrowers and winemakers, in their process of adopting innovations to increase their competitiveness. To do that, we used the Prospect Theory. Data collection was conducted through interviews with 12 wineries, 25 winegrowers of APROMONTES wineries, and, as witnesses, seven winegrowers, members of the Rural Labor Union (STR), from Flores da Cunha, Rio Grande do Sul/Brazil. The results point to the fact that both the wineries and winegrowers support their decisions on heuristics of judgment, and, wine producers use mainly the affect, representative, anchoring and adjustment heuristics, while the wineries used representative and affect heuristics. In this perspective, we identified winegrowers as "affective decision makers" whose decisions are based primarily on emotional aspects. On the other hand, the wine makers as "copier decision makers" whose decisions are supported primarily by observing the decisions of other wine producers: The practice of overflow.
The objective of this research is to estimate the value of the canga vegetation in the Carajás Fl... more The objective of this research is to estimate the value of the canga vegetation in the Carajás Flona, which includes rare and endemic species. An economic and ecological approach was used to selectthe explanatory variables of the integrated contingent valuation method (ICVM), specified by the equations willingness to pay (WTP) for the preservation and willingness to accept (WTA), and the canga´s indemnity. The mean values of WTP and WTA were R$ 4,073.84/ha and R$ 4,415.56/ha, respectively. The difference between these average values was only 8.39%, attributed to the clarifications made to the interviewees regarding the characteristics and economic and ecological potentialities of canga. The values of WTP and WTA were composed by the economic dimensions of 52.1% and 59.5%; sociodemographic of 11.7% and 10.2%; ecosystem services of 20.05% and 16.8%; and tacit dimension of 15.7% and 13.6%. Copyright©2017, Antônio Cordeiro de Santana et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
A destruição dos recursos naturais na Amazônia, causada pela abertura de estradas e da implantaçã... more A destruição dos recursos naturais na Amazônia, causada pela abertura de estradas e da implantação de grandes projetos agropecuários, madeireiros, de extração mineral e produção de energia, não promoveram o desenvolvimento socioeconômico e ambiental nos locais onde foram implantados. As reservas de castanheiras no estado do Pará foram vítimas dessa política de desenvolvimento, em que a produção média entre os períodos 1970/73 e 2007/10 caiu de 27.663.500 kg para 7.246.250 kg e a sociedade não foi efetivamente compensada por essas externalidades. Nesse trabalho, estimou-se o sistema de equações de oferta e demanda de castanha-do-brasil por meio do método dos momentos generalizados, com vistas a analisar o mercado e determinar o custo socioambiental de sua destruição. Os resultados mostraram que a oferta de castanha tornou-se perfeitamente inelástica e a demanda mais elástica a preço e renda no período estudado. A abertura de estradas e o preço das terras de mata produziram impactos significativos, respectivamente, negativo e positivo na produção de castanha-do-brasil. Os benefícios socioambientais da produção e comercialização da castanha caíram de R$ 34,87 milhões para R$ 13,26 milhões, o que resultou no custo socioambiental de R$ 21,61 milhões por ano entre 1990 e 2010. Finalmente, o valor total da compensação pelos danos ambientais foi estimado em R$ 540,25 milhões.
The objective of the present paper is to characterize the Soybean Production Chain in Brazil, acc... more The objective of the present paper is to characterize the Soybean Production Chain in Brazil, according to the activity codes of the Brazilian National Classification of Economic Activity (CNAE) and to measure the generation of formal jobs in Rio Grande do Sul State/Brazil. Proposes to identify the formal jobs generated along the soybean production chain to contribute to the performance of the formal labor market and to an economy of the municipalities. The definition of the productive chain has as its point Starting the PENSA (Agribusiness Knowledge Center) method and quantifying the results through the Programa de Disseminação de Estatísticas do Trabalho (PDET) from Brazilian government. Among the main results, we can mention the growth without number of jobs in the farm production and a great participation of the inputs to farming, responsible for providing seeds, machinery, fertilizers and other inputsfor a soybean crop. The study concludes that the production chain in question is importantto generation of formal employment of many municipalities in the Rio Grande do Sul State, Brazil. Copyright©2017, Angélica Cristina Rhoden et al. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
O objetivo do artigo foi analisar a viabilidade econômica de implantação de uma unidade de armaze... more O objetivo do artigo foi analisar a viabilidade econômica de implantação de uma unidade de armazenamento com capacidade de 40 mil sacas de soja através de financiamento com recursos do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns – PCA. Os dados analisados foram coletados junto à documentos oficiais e projeto de financiamento encaminhado para uma agência bancária no Município de Palmeira das Missões/RS. Entre os indicadores de rentabilidade e risco, foram construídos e analisados o Valor Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o índice de Relação Beneficio/Custo (RB/C). Com um fator de atualização de 6% ao ano, a TIR do projeto situou-se em 11,18% e o VPL foi de R$ 459.879,08, o que indica a viabilidade econômica do investimento. A Relação Benefício Custo (RB/C), no patamar de 1,1586, indica que a soma das receitas atualizadas foram maiores que o total dos custos atualizados. Portanto, constatou-se a viabilidade econômica do investimento e a adequação do programa PCA às necessidades dos produtores rurais.
Perspectivas de mercado e importância da conjuntura macroeconômica nacional e internacional para ... more Perspectivas de mercado e importância da conjuntura macroeconômica nacional e internacional para a formação do preço da soja no Rio Grande do Sul
Article · July 2017
1st Nilson Luiz Costa
7.13 · Universidade Federal de Santa Maria
Abstract
O artigo apresenta uma análise da importância da soja para o agronegócio do Rio Grande do Sul e das perspectivas de mercado frente a conjuntura macroeconômica nacional e internacional.
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Boletim Analítico do Mercado da Soja by Nilson Luiz Costa
1. Existe uma boa possibilidade de a demanda doméstica exercer pressão de alta no preço da soja, principalmente entre os meses de fevereiro e abril de 2019.
2. O possível entendimento entre Estados Unidos e China resultará em menor procura pela soja brasileira, mas não no completo afastamento do importador chinês, pois mesmo com estoques elevados, os EUA não terão soja suficiente para atender ao mercado asiático.
3. A demanda interna por farelo e óleo de soja tende a contribuir para manter a liquidez da soja no mercado físico brasileiro. Este será um aspecto favorável para os preços pagos ao produtor brasileiro.
4. A tendência é de que a taxa de câmbio apresente níveis relativamente mais baixos, em comparação com 2018, sobretudo se as reformas propostas pelo Governo Bolsonaro forem implementadas. Isto poderá pressionar para baixo os preços da soja ao longo de 2019, mas existirão janelas com taxas mais elevadas, principalmente nos momentos que antecedem as reformas.
5. O fim da Lei Kandir se constitui como a maior ameaça para o produtor de soja neste momento. Além de resultar em perdas de até R$ 8,00/sc, para o produtor, pode prejudicar consideravelmente o sistema de concorrência no mercado físico brasileiro e deteriorar o ambiente competitivo da sojicultura brasileira.
6. A Política Externa do novo governo deve ser acompanhada pelo setor agropecuário, a fim de que o mesmo possa contribuir para a implementação de ações pragmáticas e independentes no campo das relações internacionais.
7. O produtor deve estar atento para as oportunidades de comercialização nestes primeiros meses do ano, principalmente se tem custeio para pagar a partir do mês de maio. No longo prazo, garantir o pagamento das dívidas e especular com o excedente nunca será um mau negócio.
Palmeira das Missões/RS, 18 de fevereiro de 2019.
1. As tensões comerciais entre Estados Unidos e China derrubaram o suporte de mercado da soja em Chicago, de US$ 10,00/bu para US$ 8,27/bu. A resistência também foi reduzida, de US$ 10,61/bu para US$ 9,23/bu.
2. A força da demanda (chinesa) permitiu aos exportadores brasileiros a ampliação do prêmio e contribuiu para que as perdas verificadas em Chicago não fossem repassadas integralmente para o produtor brasileiro. Também, a valorização do dólar ajudou a manter as cotações em patamares elevados no Brasil. Em função disso, o produtor brasileiro está vendendo seu produto em uma situação bem mais confortável, quando comparada ao produtor estadunidense.
3. A expectativa de maior produção mundial para a safra 2018/2019 ajuda a pressionar para baixo as cotações nos EUA e também no Brasil.
4. Neste momento, as condições macroeconômicas no Brasil e no mundo, associadas às condições de política doméstica e de geopolítica internacional, apontam para a manutenção do câmbio em patamares elevados, fazendo com que gravite ao redor dos R$ 4,00/US$. Porém, a depender da conjuntura, é possível que o real se desvalorize ainda mais frente ao dólar. Por outro lado, se a conjuntura mudar, a taxa de câmbio pode ser pressionada para baixo. O momento é de incertezas e as projeções podem sofrer revezes, uma vez que as condições políticas são voláteis e é justamente esta a principal variável responsável por manter a taxa de câmbio acima dos R$ 4,00/US$.
Portanto, uma boa estratégia para gerenciar o risco de comercialização da safra nova é travar o preço da soja para, pelo menos, pagar os custos de produção. Se desejar especular, recomenda-se que o faça com o excedente da produção.
Palmeira das Missões/RS, 03 de setembro de 2018.
Tese de Doutorado UFRA/EMBRAPA by Nilson Luiz Costa
Dissertação de Mestrado UFPA/NAEA by Nilson Luiz Costa
Artigos Publicados em Periódicos Científicos by Nilson Luiz Costa
posicionaram-se questões relacionadas com instalações, equipamentos e benefícios sociais. Não foram identificadas diferenças significativas na satisfação com o trabalho entre as categorias investigadas.
Article · July 2017
1st Nilson Luiz Costa
7.13 · Universidade Federal de Santa Maria
Abstract
O artigo apresenta uma análise da importância da soja para o agronegócio do Rio Grande do Sul e das perspectivas de mercado frente a conjuntura macroeconômica nacional e internacional.
1. Existe uma boa possibilidade de a demanda doméstica exercer pressão de alta no preço da soja, principalmente entre os meses de fevereiro e abril de 2019.
2. O possível entendimento entre Estados Unidos e China resultará em menor procura pela soja brasileira, mas não no completo afastamento do importador chinês, pois mesmo com estoques elevados, os EUA não terão soja suficiente para atender ao mercado asiático.
3. A demanda interna por farelo e óleo de soja tende a contribuir para manter a liquidez da soja no mercado físico brasileiro. Este será um aspecto favorável para os preços pagos ao produtor brasileiro.
4. A tendência é de que a taxa de câmbio apresente níveis relativamente mais baixos, em comparação com 2018, sobretudo se as reformas propostas pelo Governo Bolsonaro forem implementadas. Isto poderá pressionar para baixo os preços da soja ao longo de 2019, mas existirão janelas com taxas mais elevadas, principalmente nos momentos que antecedem as reformas.
5. O fim da Lei Kandir se constitui como a maior ameaça para o produtor de soja neste momento. Além de resultar em perdas de até R$ 8,00/sc, para o produtor, pode prejudicar consideravelmente o sistema de concorrência no mercado físico brasileiro e deteriorar o ambiente competitivo da sojicultura brasileira.
6. A Política Externa do novo governo deve ser acompanhada pelo setor agropecuário, a fim de que o mesmo possa contribuir para a implementação de ações pragmáticas e independentes no campo das relações internacionais.
7. O produtor deve estar atento para as oportunidades de comercialização nestes primeiros meses do ano, principalmente se tem custeio para pagar a partir do mês de maio. No longo prazo, garantir o pagamento das dívidas e especular com o excedente nunca será um mau negócio.
Palmeira das Missões/RS, 18 de fevereiro de 2019.
1. As tensões comerciais entre Estados Unidos e China derrubaram o suporte de mercado da soja em Chicago, de US$ 10,00/bu para US$ 8,27/bu. A resistência também foi reduzida, de US$ 10,61/bu para US$ 9,23/bu.
2. A força da demanda (chinesa) permitiu aos exportadores brasileiros a ampliação do prêmio e contribuiu para que as perdas verificadas em Chicago não fossem repassadas integralmente para o produtor brasileiro. Também, a valorização do dólar ajudou a manter as cotações em patamares elevados no Brasil. Em função disso, o produtor brasileiro está vendendo seu produto em uma situação bem mais confortável, quando comparada ao produtor estadunidense.
3. A expectativa de maior produção mundial para a safra 2018/2019 ajuda a pressionar para baixo as cotações nos EUA e também no Brasil.
4. Neste momento, as condições macroeconômicas no Brasil e no mundo, associadas às condições de política doméstica e de geopolítica internacional, apontam para a manutenção do câmbio em patamares elevados, fazendo com que gravite ao redor dos R$ 4,00/US$. Porém, a depender da conjuntura, é possível que o real se desvalorize ainda mais frente ao dólar. Por outro lado, se a conjuntura mudar, a taxa de câmbio pode ser pressionada para baixo. O momento é de incertezas e as projeções podem sofrer revezes, uma vez que as condições políticas são voláteis e é justamente esta a principal variável responsável por manter a taxa de câmbio acima dos R$ 4,00/US$.
Portanto, uma boa estratégia para gerenciar o risco de comercialização da safra nova é travar o preço da soja para, pelo menos, pagar os custos de produção. Se desejar especular, recomenda-se que o faça com o excedente da produção.
Palmeira das Missões/RS, 03 de setembro de 2018.
posicionaram-se questões relacionadas com instalações, equipamentos e benefícios sociais. Não foram identificadas diferenças significativas na satisfação com o trabalho entre as categorias investigadas.
Article · July 2017
1st Nilson Luiz Costa
7.13 · Universidade Federal de Santa Maria
Abstract
O artigo apresenta uma análise da importância da soja para o agronegócio do Rio Grande do Sul e das perspectivas de mercado frente a conjuntura macroeconômica nacional e internacional.
concorrentes pelo fator terras com o eucalipto. Assim, para avaliar o comportamento dinâmico dos preços das terras sob a influência dessas atividades e de outras variáveis econômicas, aplicou-se um modelo econométrico de cointegração e causalidade. A variável preço do boi gordo apresentou o segundo maior impacto positivo sobre os preços das terras de
lavoura, pastagem e mata. O crédito rural por área de pastagem e o crédito rural por área de lavoura causam impactos positivos e significativos sobre os preços das terras. Com relação à
interação dinâmica entre os preços das terras, tem-se que uma mudança no preço da terra de
lavoura causa alterações, na mesma direção, nos preços das terras de lavoura, pastagem e de
mata. Por outro lado, aumentos no preço da terra de pastagem produz impactos na direção oposta nos preços das terras de lavoura e de mata. Por fim, conclui-se que a expansão do
plantio de eucalipto está produzindo mudanças dinâmicas no comportamento dos preços das terras de pastagens, de lavouras e de mata.
Texto publicado no Jornal Correio do Povo, Caderno Correio Rural, página 4 do dia 18/06/2017.