Marta Senra
Archaeologist. Degree and Master Degree obtained at the University of Minho. My main research interest focuses on understanding how human relationships with other animals can shed a light, in a symbiotic relationship to each other, about collective and individual human views, in social, cultural, economical, political, and symbolic reflections. As animals, and what exists in the outer existence, were, and still are, a significant part of human living and, for that, can be a direct vehicle and work as a mirror of our own beliefs, in a specific site, chronological time, and through time. The way we eat, exploit and use resources, in our environment, are linked to our physical, mental, social and inner ambiance that lead to cultural constructions and conceptions.
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Papers by Marta Senra
Master Thesis by Marta Senra
Em termos geográficos, o sítio arqueológico referido localiza-se na região do Baixo Alentejo e assume uma cronologia que se estende desde o 3º até ao 2º milénios a.C. Em Portugal, estas balizas cronológicas inserem-se em momentos culturais referentes ao Calcolítico e à Idade do Bronze, respetivamente.
A metodologia desenvolvida privilegiou uma análise da fauna inter-relacionada com o contexto arqueológico. Neste sentido, consideram-se aspetos do foro zooarqueológico, como a frequência das espécies e das partes anatómicas representadas, a idade do abate e os aspetos tafonómicos, mas, também, as interações das acumulações faunísticas com as realidades estratigráficas e artefactuais dos contextos de proveniência em que se inserem.
A coleção faunística aqui analisada reporta-se, em grande maioria, a fauna mamalógica proveniente, exclusivamente, de estruturas negativas de tipo fossas e hipogeus, ou seja, de contextos não funerários e funerários.
O naipe dos mamíferos é pouco variado para ambas as cronologias, notando-se uma maior superioridade das espécies domésticas em detrimento das espécies selvagens. Deste modo, a presença de caprinos (Ovis/Capra) é claramente superior, seguida dos suínos (Sus sp), que poderão ser híbridos ou domésticos, e dos bovinos domésticos (Bos taurus). Com menor incidência, surgem os veados, as lebres e os coelhos. Os canídeos (Canis sp.) são um taxa específico da Idade do Bronze, neste local.
Foram, ainda, identificados exemplares de fauna malacológica, com maior frequência no período do Calcolítico, e que se reportam a bivalves de água doce, no caso dos Unio sp., e a gastrópodes terrestres, no caso do caracol-comum (Theba pisana e Rumina decollata).
As associações faunísticas com enterramentos humanos são exclusivas dos hipogeus da Idade do Bronze e constituem-se por segmentos dos membros dianteiros de bovinos domésticos (Bos taurus). Estas deposições intencionais parecem obedecer a normativas, intimamente relacionadas com os humanos inumados ao acompanharem as suas formalizações internas no interior das sepulturas.
Através de uma comparação sincrónica intra-sítio, foi possível reconhecer aspetos relacionados com a subsistência e com o mundo social e simbólico das comunidades do Calcolítico e da Idade do Bronze do Sudoeste da Península Ibérica. Numa comparação diacrónica foram individualizados comportamentos distintos entre os dois períodos cronológico-sociais, com especial destaque para os relacionados com os ritos funerários. Foi também possível perceber que a relação entre os seres humanos e os animais insere-se numa vasta e complexa rede de ações e de “usos” de carácter social e cultural, que vão além da perspetiva economicista e consumista dos animais por parte dos humanos.
A inserção destes dados à escala regional possibilitou, ainda, perceber um conjunto de regularidades e de especificidades, entre Torre Velha 12 e os restantes sítios arqueológicos da região, atribuíveis a etapas cronológico-culturais genericamente contemporâneas. De destacar a presença de especificidades, em termos das espécies mais consumidas no Calcolítico, e regularidades em termos de ritos funerários em hipogeus, na Idade do Bronze.
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This study aims to contribute the knowledge of sociocultural dynamics of prehistoric communities of the Southwest Peninsular, through analyzing faunal remains from Torre Velha 12 archaeological site, located in Serpa, Beja.
Geographically, the site is located in the region of Baixo Alentejo and is considered to be occupied through the 3rd until the 2nd millennium B.C. In Portugal, these chronological backgrounds refer to the cultural moments of Chalcolithic and Bronze Age, respectively.
In this study, we have focused on applying a zooarchaeological analysis interrelated with the archaeological context. In this sense, aspects of the zooarchaeological environment were considered, such as frequency of species and which anatomical parts are represented, age at death of the animals and taphonomic processes. However, these aspects were, also, analyzed in interaction with the stratigraphic and artefactual realities in which faunal remains where inserted.
The set of mammals identified is little diverse for both periods. However, we can notice a clear superiority of domestic species rather than of wild species. Thus, the presence of sheep/goats (Ovis/Capra) is superior, followed by swine (Sus sp), which may be wilde or domestic species, or even hebrids, and by cattle (Bos taurus). With less incidence, we have identified the presence of deer (Cervus elaphus), hares (Lepus sp.) and rabbits (Oryctolagus cuniculus). Canids are specific in the Bronze Age contexts of this site.
Specimens of malacological fauna were also identified and appear to be more frequent on the Calcolithic. We have identified freshwater molluscs, in the case of Unio sp., and, also, terrestrial gastropods, in the case of the common snail (Theba pisana and Rumina decollata).
Faunal associations with human burials are exclusive to the Bronze Age hypogea and refer to segments of cattle front limbs (Bos taurus). These intentional depositions seem to obey to certain rules that are closely related to human’s depositions.
Through synchronous intra-site comparison, it was possible to recognize aspects related to the subsistence, social and symbolic world of Chalcolithic and Bronze Age communities of the South-West Iberian Peninsula. In a diachronic comparison, different behaviors were identified between the two chronological periods, especially those related to funeral rites. It was also possible to identify how complex may have been the relationship between humans and animals, as a part of a vast network of social and cultural "actions" and "uses" that go beyond the consumerist perspectives of animals.
Comparing this data on the regional spectrum, was also possible to perceive a set of regularities between Torre Velha 12 and the rest of archaeological sites from the same region. One of the most interesting aspects that were observed was a set of similarities, in terms of the frequency of species between Chalcolithic and Bronze Age, and about the standardization that seems to characterize the funerary rites developed in Bronze Age hypogea.
POSTERS by Marta Senra
As estruturas em negativo, abertas no subsolo, correspondem tanto a fossas de diversas tipologias, com ou sem enterramentos, como a hipogeus, que convivem no mesmo espaço. Os contextos que contêm deposições humanas são designa-dos como funerários por oposição aos que não têm deposições ou enterramen-tos humanos, que são designados como não funerários.
Foram analisados os dados faunísticos disponíveis provenientes dos sítios arque-ológicos de Montinhos 6 (Costa, 2013), Torre Velha 3 (Alves et al. 2010), Alto de Brinches 3 (Delicado et al. 2017), Outeiro Alto 2 (Costa e Cabaço, 2012) e Belme-que (Soares, 1994), localizados em Serpa, e Horta do Jacinto, em Beja (Costa, 2013). A par da recolha da bibliografia disponível, realizou-se uma análise preli-minar da coleção faunística de Torre Velha 12 (Serpa, Beja) e dos contextos não funerários de Montinhos 6 (Serpa, Beja), inéditos.
As estruturas em negativo, abertas no subsolo, correspondem tanto a fossas de diversas tipologias, com ou sem enterramentos, como a hipogeus, que convivem no mesmo espaço. Os contextos que contêm deposições humanas são designa-dos como funerários por oposição aos que não têm deposições ou enterramen-tos humanos, que são designados como não funerários.
Foram analisados os dados faunísticos disponíveis provenientes dos sítios arque-ológicos de Montinhos 6 (Costa, 2013), Torre Velha 3 (Alves et al. 2010), Alto de Brinches 3 (Delicado et al. 2017), Outeiro Alto 2 (Costa e Cabaço, 2012) e Belme-que (Soares, 1994), localizados em Serpa, e Horta do Jacinto, em Beja (Costa, 2013). A par da recolha da bibliografia disponível, realizou-se uma análise preli-minar da coleção faunística de Torre Velha 12 (Serpa, Beja) e dos contextos não funerários de Montinhos 6 (Serpa, Beja), inéditos.
Conference Presentations by Marta Senra
A leitura dos dados demonstra que entre o Neolítico Final e o Calcolítico, regista-se a deposição maioritária de canídeos (Canis sp.) em fossas de caráter funerário, conforme o verificado em Monte das Covas 3 (Miguel e Godinho, 2009), em Porto Torrão, em Ferreira do Alentejo (Pereira, 2016) e em Alto de Brinches 3, em Serpa (Alves et al., 2014; Porfírio e Serra, 2014; Inocêncio e Porfírio, 2014;).
Na Idade do Bronze, diversifica-se o conjunto de espécies, com a deposição de lebre (Lepus sp.), de corço (Costa, 2013), de canídeos (Alves et al., 2010; Delicado et al., 2017) e de suínos (Costa e Baptista, 2014; Delicado et al.,2017). Estas deposições ocorrem tanto no interior de fossas de caráter não funerário, como em fossas de caráter funerário e hipogeus, por oposição ao que decorre no Calcolítico.
Apesar das naturezas distintas identificadas entre as cronologias, registam-se continuidades no que respeita à frequência na deposição de animais associados a enterramentos de indivíduos humanos do sexo feminino, tanto no Calcolítico (Alves et al., 2014; Porfírio & Serra, 2014), como na Idade do Bronze (Alves et al., 2010; Baptista et al., 2012; Costa & Baptista, 2014).
Este cenário parece indiciar uma relação complexa entre as comunidades humanas e os animais que ultrapassa as visões economicistas tradicionais, fomentando a inclusão dos animais tanto no âmbito das práticas quotidianas como no universo cosmogónico e no cenário simbólico das comunidades pré-históricas do Alentejo Interior.
Em termos geográficos, o sítio arqueológico referido localiza-se na região do Baixo Alentejo e assume uma cronologia que se estende desde o 3º até ao 2º milénios a.C. Em Portugal, estas balizas cronológicas inserem-se em momentos culturais referentes ao Calcolítico e à Idade do Bronze, respetivamente.
A metodologia desenvolvida privilegiou uma análise da fauna inter-relacionada com o contexto arqueológico. Neste sentido, consideram-se aspetos do foro zooarqueológico, como a frequência das espécies e das partes anatómicas representadas, a idade do abate e os aspetos tafonómicos, mas, também, as interações das acumulações faunísticas com as realidades estratigráficas e artefactuais dos contextos de proveniência em que se inserem.
A coleção faunística aqui analisada reporta-se, em grande maioria, a fauna mamalógica proveniente, exclusivamente, de estruturas negativas de tipo fossas e hipogeus, ou seja, de contextos não funerários e funerários.
O naipe dos mamíferos é pouco variado para ambas as cronologias, notando-se uma maior superioridade das espécies domésticas em detrimento das espécies selvagens. Deste modo, a presença de caprinos (Ovis/Capra) é claramente superior, seguida dos suínos (Sus sp), que poderão ser híbridos ou domésticos, e dos bovinos domésticos (Bos taurus). Com menor incidência, surgem os veados, as lebres e os coelhos. Os canídeos (Canis sp.) são um taxa específico da Idade do Bronze, neste local.
Foram, ainda, identificados exemplares de fauna malacológica, com maior frequência no período do Calcolítico, e que se reportam a bivalves de água doce, no caso dos Unio sp., e a gastrópodes terrestres, no caso do caracol-comum (Theba pisana e Rumina decollata).
As associações faunísticas com enterramentos humanos são exclusivas dos hipogeus da Idade do Bronze e constituem-se por segmentos dos membros dianteiros de bovinos domésticos (Bos taurus). Estas deposições intencionais parecem obedecer a normativas, intimamente relacionadas com os humanos inumados ao acompanharem as suas formalizações internas no interior das sepulturas.
Através de uma comparação sincrónica intra-sítio, foi possível reconhecer aspetos relacionados com a subsistência e com o mundo social e simbólico das comunidades do Calcolítico e da Idade do Bronze do Sudoeste da Península Ibérica. Numa comparação diacrónica foram individualizados comportamentos distintos entre os dois períodos cronológico-sociais, com especial destaque para os relacionados com os ritos funerários. Foi também possível perceber que a relação entre os seres humanos e os animais insere-se numa vasta e complexa rede de ações e de “usos” de carácter social e cultural, que vão além da perspetiva economicista e consumista dos animais por parte dos humanos.
A inserção destes dados à escala regional possibilitou, ainda, perceber um conjunto de regularidades e de especificidades, entre Torre Velha 12 e os restantes sítios arqueológicos da região, atribuíveis a etapas cronológico-culturais genericamente contemporâneas. De destacar a presença de especificidades, em termos das espécies mais consumidas no Calcolítico, e regularidades em termos de ritos funerários em hipogeus, na Idade do Bronze.
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This study aims to contribute the knowledge of sociocultural dynamics of prehistoric communities of the Southwest Peninsular, through analyzing faunal remains from Torre Velha 12 archaeological site, located in Serpa, Beja.
Geographically, the site is located in the region of Baixo Alentejo and is considered to be occupied through the 3rd until the 2nd millennium B.C. In Portugal, these chronological backgrounds refer to the cultural moments of Chalcolithic and Bronze Age, respectively.
In this study, we have focused on applying a zooarchaeological analysis interrelated with the archaeological context. In this sense, aspects of the zooarchaeological environment were considered, such as frequency of species and which anatomical parts are represented, age at death of the animals and taphonomic processes. However, these aspects were, also, analyzed in interaction with the stratigraphic and artefactual realities in which faunal remains where inserted.
The set of mammals identified is little diverse for both periods. However, we can notice a clear superiority of domestic species rather than of wild species. Thus, the presence of sheep/goats (Ovis/Capra) is superior, followed by swine (Sus sp), which may be wilde or domestic species, or even hebrids, and by cattle (Bos taurus). With less incidence, we have identified the presence of deer (Cervus elaphus), hares (Lepus sp.) and rabbits (Oryctolagus cuniculus). Canids are specific in the Bronze Age contexts of this site.
Specimens of malacological fauna were also identified and appear to be more frequent on the Calcolithic. We have identified freshwater molluscs, in the case of Unio sp., and, also, terrestrial gastropods, in the case of the common snail (Theba pisana and Rumina decollata).
Faunal associations with human burials are exclusive to the Bronze Age hypogea and refer to segments of cattle front limbs (Bos taurus). These intentional depositions seem to obey to certain rules that are closely related to human’s depositions.
Through synchronous intra-site comparison, it was possible to recognize aspects related to the subsistence, social and symbolic world of Chalcolithic and Bronze Age communities of the South-West Iberian Peninsula. In a diachronic comparison, different behaviors were identified between the two chronological periods, especially those related to funeral rites. It was also possible to identify how complex may have been the relationship between humans and animals, as a part of a vast network of social and cultural "actions" and "uses" that go beyond the consumerist perspectives of animals.
Comparing this data on the regional spectrum, was also possible to perceive a set of regularities between Torre Velha 12 and the rest of archaeological sites from the same region. One of the most interesting aspects that were observed was a set of similarities, in terms of the frequency of species between Chalcolithic and Bronze Age, and about the standardization that seems to characterize the funerary rites developed in Bronze Age hypogea.
As estruturas em negativo, abertas no subsolo, correspondem tanto a fossas de diversas tipologias, com ou sem enterramentos, como a hipogeus, que convivem no mesmo espaço. Os contextos que contêm deposições humanas são designa-dos como funerários por oposição aos que não têm deposições ou enterramen-tos humanos, que são designados como não funerários.
Foram analisados os dados faunísticos disponíveis provenientes dos sítios arque-ológicos de Montinhos 6 (Costa, 2013), Torre Velha 3 (Alves et al. 2010), Alto de Brinches 3 (Delicado et al. 2017), Outeiro Alto 2 (Costa e Cabaço, 2012) e Belme-que (Soares, 1994), localizados em Serpa, e Horta do Jacinto, em Beja (Costa, 2013). A par da recolha da bibliografia disponível, realizou-se uma análise preli-minar da coleção faunística de Torre Velha 12 (Serpa, Beja) e dos contextos não funerários de Montinhos 6 (Serpa, Beja), inéditos.
As estruturas em negativo, abertas no subsolo, correspondem tanto a fossas de diversas tipologias, com ou sem enterramentos, como a hipogeus, que convivem no mesmo espaço. Os contextos que contêm deposições humanas são designa-dos como funerários por oposição aos que não têm deposições ou enterramen-tos humanos, que são designados como não funerários.
Foram analisados os dados faunísticos disponíveis provenientes dos sítios arque-ológicos de Montinhos 6 (Costa, 2013), Torre Velha 3 (Alves et al. 2010), Alto de Brinches 3 (Delicado et al. 2017), Outeiro Alto 2 (Costa e Cabaço, 2012) e Belme-que (Soares, 1994), localizados em Serpa, e Horta do Jacinto, em Beja (Costa, 2013). A par da recolha da bibliografia disponível, realizou-se uma análise preli-minar da coleção faunística de Torre Velha 12 (Serpa, Beja) e dos contextos não funerários de Montinhos 6 (Serpa, Beja), inéditos.
A leitura dos dados demonstra que entre o Neolítico Final e o Calcolítico, regista-se a deposição maioritária de canídeos (Canis sp.) em fossas de caráter funerário, conforme o verificado em Monte das Covas 3 (Miguel e Godinho, 2009), em Porto Torrão, em Ferreira do Alentejo (Pereira, 2016) e em Alto de Brinches 3, em Serpa (Alves et al., 2014; Porfírio e Serra, 2014; Inocêncio e Porfírio, 2014;).
Na Idade do Bronze, diversifica-se o conjunto de espécies, com a deposição de lebre (Lepus sp.), de corço (Costa, 2013), de canídeos (Alves et al., 2010; Delicado et al., 2017) e de suínos (Costa e Baptista, 2014; Delicado et al.,2017). Estas deposições ocorrem tanto no interior de fossas de caráter não funerário, como em fossas de caráter funerário e hipogeus, por oposição ao que decorre no Calcolítico.
Apesar das naturezas distintas identificadas entre as cronologias, registam-se continuidades no que respeita à frequência na deposição de animais associados a enterramentos de indivíduos humanos do sexo feminino, tanto no Calcolítico (Alves et al., 2014; Porfírio & Serra, 2014), como na Idade do Bronze (Alves et al., 2010; Baptista et al., 2012; Costa & Baptista, 2014).
Este cenário parece indiciar uma relação complexa entre as comunidades humanas e os animais que ultrapassa as visões economicistas tradicionais, fomentando a inclusão dos animais tanto no âmbito das práticas quotidianas como no universo cosmogónico e no cenário simbólico das comunidades pré-históricas do Alentejo Interior.