SIMON SCHWARTZMAN
Dinheiro jogado fora
e o governo federal
pretend e
r-~
sejam u sado s
para co mlJrar
votos. Se a famímesmo gastar
lia tem c ri ança
um monte de
pequena , mai s
dinheiro coiorazão ainda pae ando p o nto
ra dar uma ajuc letrôn ico cm
da. Ninguém
centenas de midiz que as apolhares de escosentadorias do
Quando
las pelo Brasil
lNSS para o traexiste escola,
afora, para veribalhador rura l
ficar se as criansao uma es moe funciona
ças do Bol s aIa, e é difícil enbem,
as
pais
Família estão
tender por que
náodeixam
um pequeno a uindo às aula s,
vai ser um belísxílio para fa míde levar
lias ca rent es
simo negócio
os
filhos
para quem emcom c rian ças
•
•
placar o contranão pode ser visto. Mas não va i dar certo. to da mesma manei ra.
E , se der, não vai servir paPor outro lado, e apesar
ra nada.
O BrasiJ tcm cerca de 100
mil escolas em áreas rurai s,
onde estão a s crianças mais
pobres do programa . Meta-
S
de dessas esco las tcm 20
alunos e m média e, possivel-
mente, somente uma professora sacrificada, a lém de
péssimas instalações; e 88
mil est udant es não vão
aJém da quarta sérico Será
que a prioridade é colocar
relógios de ponto co ntrolados por Bras ília em cada
uma delas?
Não há nada d e e rrado
no Programa Bolsa- Famíli a como política de renda
mínima, desde que os cadastros sejam razoáveis e não
de ta nto que se fala , os efeitos da Bolsa-Escola sobre a
educação das c rianças são
muito duvidosos e, provavelmen te, inexistentes, como mos tram Iodas as avaliaçõcs sérias que já consegui e ncontrar. Basta pensar
um pouco para en tender.
Mes mo e m famílias muito pobres, é muito raro que
c rian ças entre 7 e 9 anos
dei.xem de ir à escola po r
causa de dinheiro. Quando
existe escola, e ela fun ciona
bem , os pais não deixam de
levar os filh os, como mostram as estatís ticas: 98,3%
das c rianças de 9 anos matriculadas ( Pnad de 2002).
Aos 14 anos, a matrícula
cai para 93 ,6%, mas aí, em
muitos casos, a esco la só
tem cu rsos até a quarta série, ou a crian ça j á a abandonou por dific uldades de
aprender. E m 2001 , o lBGE pesquisou as razões de
faltar à escola, e ntre os matriculados. No deci l de renda mai s baixo, só 3,5% disse ram qu e faltaram para
trabalhar. Muito pio r é a
falta ou greve de professores, II %. A principal causa
é doença, 50%. Pode ser até
possível obrigar essas c rianças a fica rem na escola para ganhar a bolsa, mas continuarào tão semi-ana lfabe ias quanto antes, se a escola não melhorar.
A concl usão é clara: pa ra
melhorar a educação é preciso melhorar a s escolas e
torná-Ias mais dis poníveis,
in teressantes e atraentes para a s c rianças e suas famílias. PoLíticas d e re nda mínim a são importantes cm s i
mesm as, mas as tais "condicionalidades" precisam se r
re pe nsadas, e o dinheiro do
po nto eletrônico será muito
mai s bem e m pregado se
gasto no trans porte escolar,
na contratação e em melhores salários de professores e
em tanta s outra s co isas
mais úteis.
• Sinllm Se/I '4'(111;:1'11/11, stJCid/ogo, é direfOr-presidtlllfe dtJ I l/sl;f/lftJ de 1::5111-
do .• do 7'robnllm
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Sociedude (leIs)
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