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INVENIRE
io
Revista de Be s Cultu ais da Ig eja
INVENIRE é uma edição do Secretariado
Nacional para os Bens Culturais da Igreja,
organismo da Comissão Episcopal da Cultura,
Bens Culturais e Comunicações Sociais.
Di e to a Sandra Costa Saldanha
Coo de aç o deste ú e o
Fernanda Maria Guedes de Campos
Co iss o Cie íi a Catarina Barreira;
Fernanda Maria Guedes de Campos;
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Cola o a
este ú e o Alícia Miguélez
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Desig e o posiç o SNBCI
I p ess o e a a a e to Sersilito
Dist i uiç o Vasp
ISSN 1647-8487
Editorial
Fer a da Maria Guedes de Ca pos
Fiat Lu
Maria ádelaide Mira da
Co e t rio aos Livros de Reis, de R
so era o rist o
Maria Coui ho
a o Mauro: u
a ual ajustado ao
O ilu i ado da Bi liote a Na io al de Portugal: u a Bí lia port il do sé ulo XIII
Luís Correia de Sousa
Os Beatos
áli ia Miguélez Cavero
Os livros das Se te ças de Pedro Lo
Catari a Barreira
ardo a Bi liote a de ál o aça
ás Ilustrações do C o : a propósito du
Hor io áugusto Pei eiro
Brevi rio e Missal de Sa ta Cruz
ás té i as e os esilos a ilu i ura da Cró i a Geral de Espa ha de
represe taç o da Igreja de Sa to Isidoro de Le o
Catari a Mari s Ti úr io
Ilu i ar o fe i i o: o s riptoriu
sé ulo XV
Paula Freire Cardoso
ea
do Mosteiro de Jesus de áveiro o i al do
E tre os Judeus Portuguezes e Espa hoes orriaõ algu as Tradu ções :
a Bí lia da ájuda, u
a us rito e ro a e de i i iaiva judai a
Tiago Moita
á Es ola de Lis oa de ilu i ura he rai a
Luís Ur a o áfo so
O ofre º : u livro de horas do Pal io Na io al de Mafra, aso de estudo
e de i terve ç o
á a Le os, Rita áraújo e Co eiç o Casa ova
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á i o ograia das arge s o Livro de Horas dito de D. Leo or
Del ira Espada Custódio
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Cultu ais da Ig eja
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tr s a us ritos jurídi os ilu i ados preservados e Portugal
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Palácio Nacional de Mafra
Capa: Livro de Horas dito de D. Leo or
Lis oa, BNP, Il.
, l. 99 v | Foto BNP
A iconografia das margens no
Livro de Horas dito de D. Leonor
INVENIRE
por Delmira Espada Custódio
IEM/FCSH-UNL
Resumo
Abstract
O artigo te
o o te a e tral o Livro de Horas dito de
D. Leo or e estrutura-se e dois po tos esse iais: u a
reve aprese taç o do a us rito, seguida da leitura i oogr i a das igurações argi ais, u dos aspe tos ais
sig ii aivos do ódi e. Ilu i ado o ter eiro uartel do
sé ulo XV, pelo la e go Wille Vrela t, o Livro de Horas
dito de D. Leo or é u a das peças ais i porta tes da
ole ç o da Bi liote a Na io al de Portugal e u e e plar
i o tor vel a o ra do seu ilu i ador. ás suas arge s,
povoadas por pe ue as iguras e e e utadas o elevada
estria, difere ia -se pela si gularidade, a u d ia e
ar ter arraivo das suas igurações argi ais. á leitura
ue propo os para estes ú leos iguraivos a o pa ha a
estrutura das se ções, pro ura do avaliar a sua relaç o
o os te tos ue a o pa ha .
The e tral the e of this arti le approa hes the Book of Hours
as ri ed to Quee Elea or a d its respe tive stru ture a ross
t o esse tial poi ts: a rief prese tatio of the a us ript,
follo ed
the i o ographi i terpretatio of its order
figuratio s, o e of the ost sig ifi a t fa ets of this ode .
Illu i ated i the third uarter of the th e tur
the
Fle ish artist Wille Vrela t, the Quee Elea or Book of
Hours is u dou tedl o e of the ost i porta t orks held
the Natio al Li rar of Portugal a d a u paralleled e a ple of
the ork of its author. Its orders, ro ded
s all figures
a d e e uted ith great aster , sta d out for their
u i ue ess, a u da e a d arrative hara ter of these
order figures. The readi g e propose for these figurative
lusters tra es the stru ture of the se tio s tr i g to evaluate
their relatio ship ith the te ts.
Ao lado: Livro de Horas dito de D. Leo or , l. 97 v
Lis oa, BNP, Il.
Fotos Luís Correia de Sousa
INVENIRE
O
Livro de Horas dito de D. Leonor, mulher do rei D. João
II, data do terceiro quartel do século XV e é uma das
obras mais significativas da colecção da Biblioteca Nacional de Portugal. É um manuscrito absolutamente notável, de uma
qualidade ímpar, a nível do que melhor se produziu na Flandres
deste período. Totalmente iluminado em grisalha e ouro, com
apontamentos pontuais de cor, é também um dos exemplos mais
significativos do corpus do seu iluminador, o flamengo Willem
Vrelant, um artista de renome oriundo de Utreque, que desenvolveu a parte mais significativa da sua obra em Bruges, onde dirigiu
um proeminente ateliê, cuja produção deixou uma marca significativa na iluminura flamenga do terceiro quartel do século XV.
Brilhantemente executado, com vista a uma figura régia
ou nobilitária de elevado prestígio social, conserva apenas
seis iluminuras de página plena, executadas em fólio solto:
Visitação (fl. 53v), Anúncio aos Pastores (fl. 65v),
Circuncisão (fl. 72v), Matança dos Inocentes (fl. 76v),
Juízo Final (fl. 99v) e Cerimónia Fúnebre (fl. 114v).
Além da inegável qualidade plástica destes fólios, é
notável a luz que os seus fólios libertam; a alvura do
velino, que o iluminador sabiamente preservou por entre
a ornamentação delicada, aliada ao brilho do ouro brunido, fazem deste códice uma obra de inestimável valor
artístico.
Constituído por 166 fólios, cuidadosamente empaginados, a sua atribuição à rainha fundamenta-se na pertença
firmada no fólio de abertura1 e na sua proveniência do Mosteiro da Madre de Deus de Xabregas. Sabe-se, através da
correspondência publicada por Gabriel Pereira em 1910,
que o códice deu entrada na Biblioteca Nacional a 26 de
Janeiro desse mesmo ano, estando anteriormente depositado no Arquivo da Imprensa Nacional (Pereira, 1910).
Um dos aspectos mais significativos deste Livro de Horas é a singularidade, abundância e carácter narrativo das
figurações marginais, sem paralelo no corpus do seu iluminador. Sem que os temas fujam ao repertório de outros
códices, diferenciam-se pelo carácter narrativo que incorporam. Numa escala que raramente ultrapassa os 25 milímetros, as personagens não surgem isoladas; movimentam-se
e interagem entre si, produzindo um efeito que vai muito
além da ornamentação. O desenho é vigoroso, detalhado e
muito preciso, revelando um pleno entendimento estrutural
das formas. Os rostos são expressivos e individualizados, as
poses diversificadas e imbuídas de movimento. Embora a
escala seja muito reduzida, o iluminador não sacrificou os
detalhes da representação, aplicando tons rosados nas partes
descobertas do corpo e recorrendo ao ouro para diferenciar
objectos.
FIAT LUX
Livro de Horas dito de D. Leo or
ls. 99 v e
Lis oa, BNP, Il.
INVENIRE
Livro de Horas dito de D. Leo or , ls.
Lis oa, BNP, Il.
Os núcleos figurativos situam-se, maioritariamente, nas
cercaduras ornadas completas que introduzem as principais
secções: dois na orla que circunscreve a miniatura (margens
de pé e goteira) e três na que envolve o texto (margens de
cabeça, pé e goteira). A ornamentação das margens internas, mais estreitas que as restantes, inclui apenas elementos
da flora, pontualmente inseridos em jarras. Além destas,
destacamos também as
cenas que acompanham
o calendário e as figuras
antropomórficas incluídas nas tarjas dos fólios
82v, 88, 88v e 97v.
A figuração marginal é uma das principais
características do trabalho de Vrelant e conquanto não tenhamos
encontrado nenhum
outro manuscrito que
lhe seja comparável,
estamos em condições
de afirmar que as margens deste iluminado
são de sua autoria; não
apenas pela excepcional
qualidade dos elementos
representados, como
também pela sua afinidade formal com outros
manuscritos do corpus.
O levantamento sistemático destes núcleos
evidência uma grande
diversidade de figuras e
poses que confirmam o
recurso a modelos - utilizados indiscriminadamente tanto nas margens
como nas miniaturas - e
a sua manipulação na
construção de múltiplas
variantes, por forma a
,
v e 97 v
evitar repetições evidentes. Num total aproximado de 135
figurações não detectámos uma única duplicação e a sua
execução apresenta um elevado grau de diferenciação, em
especial se atendermos à escala em que foram representados.
As temáticas são bastante diversificadas, podendo dividir-se em três grupos: animais (reais e imaginários), seres
compósitos e seres humanos. Num total de dezoito figurações, os animais reais
apresentam uma grande
variedade de espécies:
três aves, uma raposa,
um veado, um urso, um
macaco, cinco cães e seis
cavalos, figurando, maioritariamente, em cenas de
caça (caça ao urso e ao
veado com a ajuda de
cães) ou em ambiente de
corte (figuras montadas a
cavalo). Conquanto evoquem o universo de lazer
da nobreza, estas representações adquirem, em
casos particulares, um
significado simbólico. As
aves (f. 17v, 25 e 72v),
por exemplo, de presença
discreta, dir-se-ia mais
ornamental que simbólica, encontram significado
na sua articulação com o
texto e restantes elementos figurados. Pelo contrário, o macaco mitrado
colocado na margem de
pé do fólio 25 assume,
claramente, um papel de
sátira social.
Entre os animais fantásticos identificam-se
quatro tipologias: um unicórnio2, um cavalo dotado
de chifre3, dois dragões
Livro de Horas dito de D. Leo or , l.
Lis oa, BNP, Il.
Livro de Horas dito de D. Leo or , l.
Lis oa, BNP, Il.
categorias. O mais significativo, que marca a ambiência do
códice, é constituído por cenas de luta, onde os soldados
combatem corpo a corpo. As margens, repletas de pequenas
figuras, são percorridas por arqueiros, homens com espada,
lança e até camponeses desarmados, deslocando-se por entre as folhagens. Representam-se também cenas alusivas à
vida de corte: o romance cortês, caçadas, uma coroação e
tarefas administrativas. A música marca uma presença não
menos significativa, estando representada em vários momentos da vida de corte, mas também em situações de carácter religioso, onde estabelece uma relação directa com os
textos que acompanha. Identificámos duas trompas ou corno de caça, quatro harpas, dois trompetes, três charamelas,
uma trombeta com estandarte, um triângulo, dois órgãos
portativos, um saltério e três alaúdes, perfazendo um total
de dezoito instrumentos9. Por último, há ainda a assinalar
figuras e narrativas do Antigo e Novo Testamentos, bem
como um grupo de seis carpideiras, em directa articulação
com o texto que acompanham.
A leitura que seguidamente apresentamos, pensada no
contexto específico deste manuscrito, segue a estrutura das
secções, procurando avaliar a relação que os núcleos figurativos
FIAT LUX
(f. 82 e 93v) e dois animais de grande porte servindo de
montada (f. 53v e 146). As duas últimas, muito comuns ao
corpus do iluminador, revestem-se, nas palavras de Bernard
Bousmanne, de significado moral (Bousmanne, 1997). Os
primeiros, com as suas asas membranosas, evocam seres
maléficos e os segundos, tomando o lugar dos cavalos, parodiam o orgulho da nobreza.
O grupo dos seres compósitos constitui uma das categorias privilegiadas das representações marginais do corpus
Vrelant; apesar da estranheza da sua combinação, apresentam formas bem estruturadas e uma boa articulação entre
as partes. No seu todo, o manuscrito engloba onze figurações que optámos por dividir em cinco categorias: dois seres maléficos, cuja estrutura é formada pela aglutinação de
vários seres, com a presença de asas membranosas e cascos
fendidos4; cinco seres formados a partir da reunião de um
busto humano com uma parte inferior animal5; dois seres
que lutam contra a própria cauda6; um anjo7 e, por último,
um ser que resulta da justaposição de uma jovem com um
ser antropomórfico8.
O terceiro grupo, que reúne os seres humanos, é, entre todos, o mais abrangente, subdividindo-se em várias
Livro de Horas dito de D. Leo or , ls.
Lis oa, BNP, Il.
ve
INVENIRE
estabelecem com os textos que acompanham. Identificámos,
assim, três tipos de relação entre texto e imagem. Primeiro,
uma complementaridade directa entre o tema da miniatura
e as representações marginais; segundo uma relação indirecta, por vezes com introdução de narrativas paralelas e,
por último, uma ausência de relação (ou relação ainda não
identificada), sugerindo uma função ornamental. Neste último caso incluem-se as criaturas antropomórficas dos fólios
82v, 88, 88v e 97v que encontram muitas semelhanças formais com outras representações do corpus Vrelant.
Como já anteriormente firmámos, as margens do nosso
iluminado estão repletas de seres que lutam entre si, temática que atravessa a quase totalidade do códice. O fólio de
abertura das Horas da Paixão de Nossos Senhor Jesus Cristo (f. 3-24v), introduzido imediatamente a seguir ao Calendário, fornece disso um bom exemplo: na margem de cabeça
um soldado, munido de espada e escudo enfrenta um unicórnio; na margem de pé, uma figura antropomórfica é ameaçada por um arqueiro; e a margem de corte é dominada pela
luta travada entre um ser antropomórfico e um arqueiro,
que em conjunto defrontam um ser bicéfalo de asas membranosas e cascos fendidos. A sua leitura global aponta para
uma disputa entre o bem e o mal, sugerindo uma personificação dos cristãos na sua luta contra os infiéis, aqui representados sob a forma de um híbrido - uma figura maléfica,
associada a um ser demoníaco pela presença das já citadas
asas membranosas e cascos fendidos. O peixe, símbolo dos
primeiros cristãos, agregado a esta figura de guerreiro personifica a luta pela conversão dos povos e estabelece uma
relação de complementaridade com o texto que acompanha.
Num segundo nível de leitura, pensado no contexto exclusivo deste manuscrito, aceitamos que este ser híbrido possa
aludir à narrativa secular que propomos para as Horas da
Virgem, evocando o delfim Carlos, que deste modo se equipara a Cristo na luta que ambos travaram contra os seus
inimigos.
Seguindo a mesma linha de pensamento, os núcleos das
margens de cabeça e pé do fólio 3, permitem-nos também
entrever dois níveis de leitura. Na margem de cabeça um
unicórnio enfrenta um soldado munido de espada e escudo;
no extremo oposto, na margem de pé, um ser antropomórfico
intimida o arqueiro que o ameaça. Atendendo à leitura que
propomos para os núcleos de figuração marginal que acompanham as Horas da Virgem, aceitamos que estas duas cenas
possam ser uma alusão a Joana d'Arc. A individualização e
particularidades desta criatura compósita fundamentam a
nossa a leitura. O tronco, visivelmente feminino, está protegido por armadura e segura uma lança com flâmula. O chapéu pontiagudo e o cabelo comprido, repetem-se nas figuras
dos fólios 53v e 62 onde identificamos uma mulher guerreira,
VII, na luta que ambos travaram contra os seus inimigos;
temática que encontrará o seu desenvolvimento ao longo
das Horas da Virgem - a parte mais significativa do Livro
de Horas - onde o iluminador desenvolve, uma história
profana, de carácter biográfico, cuja relação com os textos
apenas se faz de forma indirecta.
A sátira social encontra espaço no fólio 25 do nosso
iluminado11, onde um macaco mitrado reproduz um gesto
humano abençoando um cão. Pela sua proximidade física
com o homem e pelo dom de imitação que possui, o macaco
é frequentemente utilizado com propósitos satíricos, incorporando muitas vezes a imagem do homem degradado pelos seus próprios vícios. A cena representada na margem
de pé deste fólio parodia a má reputação de alguns clérigos
e mostra um sinal de reprovação àqueles que, enquanto
representantes de Deus na Terra, condenaram Cristo à
morte.
Embora as aves tenham uma presença muito discreta no
nosso iluminado, elas representam, segundo Bernard Bousmanne, uma das categorias mais importantes do ponto de
vista dos elementos figurados na ornamentação marginal
de Vrelant (Bousmanne, 1997: 129); assumindo, no manuscrito em análise, uma simbólica que não é imediatamente
perceptível. Na iconografia cristã a ave representa a alma e
tem um papel mediador entre o mundo terreno e o celeste.
FIAT LUX
no primeiro caso, associada a um cavalo com chifre. O animal que lhe está associado, intimidando com ar feroz o arqueiro que o procura atingir, lembra o unicórnio - expressão
de força e de pureza - pela presença de um único chifre na
cabeça. O licorne representado na margem superior desse
mesmo fólio, enfrentando também uma figura armada de
escudo e espada, reforça o significado simbólico destas
representações.
Na iconografia cristã, o licorne que adormece no regaço
de uma Virgem, abandonando-se assim à morte, está directamente relacionado com a figura de Cristo; todavia, no
contexto deste manuscrito, a sua repetida associação a uma
figura feminina sugere uma possível ligação à heroína francesa10. O licorne é também entendido como a presença do
divino na criatura e o seu chifre equivale à espada de Deus.
Joana d'Arc age em nome de Deus, considerando-se uma
mensageira divina. Assim, esta dupla presença do licorne e
a sua justaposição à figura feminina poderá ser entendida
como a força de Cristo que guiou a Virgem francesa no seu
combate contra os ingleses, construindo uma analogia entre o sacrifício de Cristo pela salvação da humanidade e a
luta travada pela reconquista dos territórios franceses. Em
última análise, podemos inferir, a partir dos núcleos de figuração marginal do fólio 3, a construção de uma narrativa
que visa estabelecer um paralelo entre Cristo e o rei Carlos
Livro de Horas dito de D. Leo or
Lis oa, BNP, Il.
Ao lado e as pági as a teriores: l.
Na pági a segui te: l. 77
Cristo é o tema central da narrativa12, revelam uma figuração marginal, de carácter simbólico, que estabelece uma
relação indirecta com os textos que acompanham.
As secções seguintes13 são dominadas pelas vivências do
mundo profano, nomeadamente a guerra e a vida cortesã. O
romance cortês domina as figurações do f. 33, onde na margem de cabeça figuram dois bustos enquadrados por duas
grandes rosas entrelaçadas. Na margem de corte, outra
cena de galanteio, representando uma figura feminina a
dedilhar uma harpa, enquanto um jovem ajoelhado lhe estende uma flor. Por último, na margem de pé, o mesmo
casal passeia a cavalo. No fólio 40, embora a temática da
INVENIRE
De igual modo, as Horas da Santa Cruz assinalam o
ponto intermédio entre estes dois mundos, narrando o
momento em que Cristo se liberta da sua carnalidade,
transformando-se em espírito através da morte na Cruz. Ao
avaliarmos a sua colocação dentro do manuscrito verificamos que as duas primeiras aves acompanham os textos
directamente relacionados com a Paixão de Cristo. Na tarja
do fólio 17v a presença da ave coincide com o início da
Hora Noa, precisamente a Hora em que Jesus expirou; no
fólio 25 é representada na margem de cabeça do fólio de
abertura da secção, estando prestes a ser sacrificada. Analisadas em conjunto, estas duas secções onde a figura de
Livro de Horas dito de D. Leo or , ls.
Lis oa, BNP, Il.
e9
trotear do cavalo, o som do corno de caça, a respiração ofegante dos cães ou o rastolhar do campo à passagem dos animais. De acordo com a leitura que temos vindo a apresentar
aceitamos que os núcleos figurativo dos fólios 33 e 40 possam
retratar o delfim Carlos e sua esposa Maria de Anjou. Não se
trata, evidentemente, de retratos fieis; muito pelo contrário,
são figurações que representam figuras de um determinado
estatuto social, idênticas a tantas outras que, no contexto específico deste códice, podem ser associadas a figuras reais. Os
mesmos temas repetem-se no fólio 96, que introduz a Missa
da festa de Santo André, onde as figurações marginais incluem cenas de galanteio, uma justa e uma caçada ao urso.
FIAT LUX
guerra seja já introduzida na margem de cabeça, é a caça que
predomina. Os dois bustos representados nos extremos da
margem interna, o masculino no canto superior esquerdo e o
feminino no inferior, seguem o desenvolvimento da acção.
Enquanto o primeiro comanda e observa a cena de luta que se
desenvolve na margem de cabeça, a figura feminina, de mãos
postas em oração, acompanha atenta a partida do jovem que
sai para uma caçada. A representação, fortemente expressiva e
detalhada, inclui o jovem montado no seu cavalo de lança em
punho, o tocador de buzina e dois cães perseguindo um veado.
A narrativa é de tal forma expressiva que nos induz à reconstituição dos cheiros e dos sons que envolvem a acção: o
Livro de Horas dito de D. Leo or , ls.
Lis oa, BNP, Il.
v, 7 v e
Livro de Horas dito de D. Leo or , l.
Lis oa, BNP, Il.
A presença da música é significativa ao longo do manuscrito, estando representada com maior destaque no fólio
que introduz as variações textuais para as Horas da Virgem
(f. 86) e no duplo fólio que assinala o início dos Salmos Penitenciais (f. 99v e 100), estabelecendo, nestes casos, uma
relação directa com o texto que acompanham. De igual
modo, o duplo fólio que introduz o Ofício dos Defuntos (f.
114v-145v) apresenta uma complementaridade entre o texto e a figuração marginal, maioritariamente, marcada pela
presença dos seis enlutados que ornamentam as margens.
Com base na organização do códice estimamos que
faltem dez iluminuras de página plena14, em fólio solto,
INVENIRE
Os restantes fólios das Horas da Virgem, com excepção do
fólio 77 que vai buscar a sua temática à miniatura do fólio precedente, são povoados por pequenas figuras que lutam entre si,
concertadas com cenas da vida de corte. No seu conjunto narram
uma temática muito específica, provavelmente relacionada com a
vontade do mecenas encomendante do manuscrito, que procura
estabelecer ligações com as cenas bíblicas das miniaturas. Acreditamos ter reunido factos que comprovam a hipótese da leitura
conjunta destes núcleos poder apresentar a história do rei de
França, Carlos VII, com especial enfoque na intervenção de
Joana d’Arc, no episódio que inverteu o resultado da Guerra
dos Cem Anos e colocou termo ao conflito (Cf. Espada, 2010).
Livro de Horas dito de D. Leo or , l.
Lis oa, BNP, Il.
Ao concluir, gostaríamos de firmar dois pontos que
nos parecem essenciais na leitura iconográfica destas margens. Por um lado, colocar em destaque a singularidade do
seu carácter marcadamente narrativo, sem paralelo no
corpus do seu iluminador, que aliada a um desenho de qualidade excepcional fazem deste manuscrito uma obra de
elevado valor patrimonial, artístico e histórico. As suas
temáticas, fortemente marcadas pelas actividades quotidianas da nobreza - a música, o amor cortês, caçadas e torneios, entre outros temas - proporcionam uma visão das
mentalidades da época, conciliando o universo das devoções religiosas com as vivências e gostos das famílias reais
e estratos sociais mais elevados. Por outro, salientar que o
extravio de 10 fólios iluminados, correspondentes a vinte
núcleos de figuração marginal, representa uma perda de
informação avultada, cuja recuperação poderá comprometer ou reforçar algumas das leituras propostas. Pelo que é
nosso anseio que o estudo agora apresentado possa contribuir para a localização de algum desses fólios - à guarda
de instituições públicas ou entidades privadas -, cuja divulgação viabilizará um conhecimento mais aprofundado
deste precioso legado.
1. Fólio não numerado: Este livro foi da rainha dona lianor não se
pode dar de fora so pena de escomunhão.
2. Margem de cabeça, f. 3.
3. Margem de pé, f. 53v.
4. Margens de pé e goteira, f. 3.
5. Margens de pé e goteira, f. 3; margem de corte, f. 66 e 82v;
margem de goteira, f. 114v.
6. Margem de goteira, f. 88 e 88v.
7. Margem de goteira, f. 25.
8. Margem de goteira, f. 97v.
9. Agradeço ao meu colega Luís Correia de Sousa a identificação
dos instrumentos musicais.
10. A leitura que propomos para estas figurações é igualmente sustentada por outros dados históricos, nomeadamente a importância que Joana d'Arc tem no período de execução deste Livro de
Horas, a sua representação em manuscritos iluminados e noutras formas de expressão artística coevas e ainda a hipótese já
levantada por outros investigadores da presença de Vrelant em
França no período que antecede a sua instalação em Bruges.
11. Apenas três (f. 17v, 25 e 72v).
12. Horas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (f. 3-24v) e
Horas da Cruz (f. 25-29v).
13. Missa da Bem Aventurada Virgem Maria (f. 33-35v) e Horas
da Bem Aventurada Virgem Maria (f. 40-93).
14. Antecedendo os fólios 3, 25, 33, 40, 62, 69, 82, 86, 96 e 146.
FIAT LUX
correspondentes a vinte núcleos de figuração marginal; conservando, actualmente, sessenta e cinco núcleos com mais de
cento e trinta elementos representados. Das secções que inicialmente compunham o manuscrito, apenas três não incluem
ornamentação figurada: Missa da Santa Cruz (f. 29v-31v),
Missa de Nossa senhora (f. 31v-32v) e Perícopes Evangélicas
(f. 36-39v). Destacamos também as figurações incluídas nas
tarjas que acompanham o calendário (f. 1-2v) - de que restam
apenas dois fólios -, abarcando um ciclo iconográfico bastante
comum. Embora os temas representados se reportem aos
trabalhos dos meses, com as habituais cenas do mundo rural,
apresentam a singularidade de estar incluídos na ornamentação marginal sem qualquer enquadramento. A circunstância
do verso dos fólios não ter recebido tarja ornada leva-nos a
equacionar a hipótese de aí se prever introduzir os signos do
zodíaco; solução muito frequente nesta tipologia de livro.
As figurações marginais que acompanham as Horas da Paixão
de Nosso Senhor Jesus Cristo e as Horas da Cruz, estabelecem uma
relação indirecta com texto; introduzindo simultaneamente uma
narrativa paralela, que se desenvolve ao longo das Horas da
Virgem, proporcionando interessantes ligações entre a missão
salvífica de Cristo e os feitos históricos de Carlos VII. Nas restantes
secções, como tivemos oportunidade de analisar, verifica-se uma
relação directa, de complementaridade com o tema da miniatura.
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