ANTROPOLOGIA CULTURAL DO ESTADO 2019-2

DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA CULTURAL DO ESTADO SEMESTRE: 2º semestre de 2019 CARGA HORÁRIA: 45 horas/aula CRÉDITOS: 03 HORÁRIO: 13h50 – 16h20 (terça) CÓDIGO DIT080 PERÍODO: 6º CURSO: Ciências do Estado PROFESSOR: MARCO ANTÔNIO SOUSA ALVES CONTATO: marcofilosofia@gmail.com EMENTA: Estado e Cultura. Organizações políticas comparadas. O Estado ocidental frente aos Estados orientais. O problema da universalização da experiência político-jurídica ocidental. Ocidentalismo, multiculturalismo e universalismo. UNIDADES DE ENSINO: 1. Questões introdutórias de Antropologia Cultural do Estado 1.1. Antropologia cultural, filosófica e jurídica 1.2. Estado e Cultura 1.3. A problematização antropológica do Estado 1.4. Fundamentos de uma antropologia do Estado 2. Temas em Estado, Cultura e Civilizações 2.1. Organizações políticas primitivas 2.2. O político nas civilizações orientais 2.3. O colonialismo 2.4. O Estado ocidental moderno 2.5. Cultura estatal brasileira 2.6. Desafios do Estado-Nação: globalização e multiculturalismo 2.7. Conflitos civilizacionais contemporâneos CRONOGRAMA DE ATIVIDADES: 1. Data 06/08 Dia Terça Temas Apresentação do curso e aula expositiva de introdução: Antropologia cultural, filosófica e jurídica; Estado e Cultura; A problematização do Estado. 2. 13/08 Terça Aula expositiva de introdução: Fundamentos de uma Antropologia do Estado; Cultura estatal brasileira. 3. 20/08 Terça Aula expositiva e seminário 1: Cultura, diferença e identidade 4. 27/08 Terça Aula expositiva e seminário 2: Multiculturalismo 5. 03/09 Terça Aula expositiva e seminário 3: Cultura, povo e Nação 6. 10/09 Terça Aula expositiva e seminário 4: Liberalismo, etnocentrismo e Relativismo Bibliografia Leituras complementares e de apoio: • ABRAMS, Philip. Notes on the difficulty of studying the State (1977). Journal of Historical Sociology, vol. 1, n. 1, 1988, p. 58-89. • ABÉLÈS, Marc. State. In: BARNARD, Alan; SPENCER, Jonathan (ed.). Encyclopedia of social and cultural anthropology. London/New York: Routledge, 2002, p. 793-797. • SHARMA, Aradhana; GUPTA, Akhil (eds.). Introduction: Rethinking theories of the state in an age of globalization. In: _____. The Anthropology of the State: a reader. Victoria, Australia: Blackwell Publishing, 2006, p. 14-41. • FELDMAN-BIANCO, Bela. Introdução. In: ______. (org.). Antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo: Global, 1987, p. 745. • WEBER, Max. A política como vocação. In: _____. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1970, p. 55-124. Leituras complementares e de apoio: • ABÉLÈS, Marc. La antropología política: nuevos objetivos, nuevos objetos. In: ESPINOSA, Aurora Marquina (coord.). El ayer y el hoy: lecturas de antropología política - Vol. 1: Hacia el futuro. Madrid: UNED, 2004, p. 5172. • SCHAVELZON, Salvador. Antropología del Estado, su lugar y algunas de sus problemáticas. Publicar, VIII, n. IX, 2010, p. 73-96. • BEVILÁQUA, Ciméa; LEIRNER, Piero de Camargo. Notas sobre a análise antropológica de setores do Estado brasileiro. Revista de Antropologia, 43(2), 2000, p. 105-140. • CARVALHO, José Murilo de. Conclusão: a cidadania na encruzilhada. In: _____. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p. 219-229. Leitura obrigatória: • KUPER, Adam. Cultura, diferença, identidade. In: _____. Cultura: a visão dos antropólogos. São Paulo: EDUSC, 2002, p. 285-309. Leitura obrigatória: • HALL, Stuart. Questão multicultural. In: SOVIC, L. (org.). Da diáspora, identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003, p. 51-100. Leitura obrigatória: • GEERTZ, Clifford. O mundo em pedaços: cultura e política no fim do século. In: _____. Nova luz sobre a antropologia. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 191-228. Leitura obrigatória: • GEERTZ, Clifford. Os usos da diversidade. Horizontes Antropológicos, n. 10, 1999, p. 1334. 7. 17/09 Terça Aula expositiva e seminário 5: Estado e Nação 8. 24/09 Terça 9. 01/10 08/10 Terça Terça Aula expositiva: Governamentalização do Estado – governo e população Não tem aula Aula expositiva e seminário 6: Governamentalização do Estado – o poder pastoral 10. 15/10 Terça Aula expositiva e seminário 7: Nação, identidade e preconceito 11. 22/10 Terça Aula expositiva e seminário 8: Poder e Estado nas sociedades primitivas 12. 29/10 Terça Aula expositiva e seminário 9: O oriente 13. 05/11 Terça Aula expositiva e seminário 10: Biopolítica, Necropoder e colonialidade 14. 12/11 Terça Aula expositiva e seminário 11 (extra): O Estado como problema das ciências sociais 15. 16. 19/11 26/11 Terça Terça 17. 03/12 Terça Prova Final (40 pontos) Devolução e revisão da prova final Exame Especial Leitura obrigatória: • ELIAS, Norbert. Processos de formação de Estados e construção de nações. In: _____. Escritos & Ensaios 1: Estado, processo, opinião pública. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006, p. 153-165. Leituras obrigatórias: • FOUCAULT, Michel. Aula de 1º de fevereiro de 1978. In: _____. Segurança, Território e População: Curso no Collège de France (19771978). Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 117-154. • FOUCAULT, Michel. Aula de 8 de fevereiro de 1978. In: _____. Segurança, Território e População: Curso no Collège de France (19771978). Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 155-180. Leitura obrigatória: • BUTLER, Judith. O não pertencimento em nome da normatividade. In: _____. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Tradução de Sérgio Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017, p. 197-232. Leituras obrigatórias: • CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. In: _____. A sociedade contra o Estado: investigações de antropologia política. Tradução de Bernardo Frey. Porto: Afrontamento, 1979, p. 183-211. • CLASTRES, Pierre. A questão do poder nas sociedades primitivas. In: _____. Arqueologia da Violência: pesquisas de antropologia política. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Cosac&Naify, 2004[1980], p. 100-105. Leitura obrigatória: • SAID, Edward. Introdução. In: _____. Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente. Tradução de Tomás Rosa Bueno. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 13-39. Leitura obrigatória: • MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte & Ensaios: Revista do PPGAV/EBA/UFRJ, n. 32, 2016, p. 123-151. Leituras obrigatórias: • BOURDIEU, Pierre. Espíritos de Estado: Gênese e estrutura do campo burocrático. In: _____. Razões práticas: sobre a teoria da ação. 9ª ed. Campinas: Papirus, 2008, p. 91-124. Leitura complementar: • BOURDIEU, Pierre. Curso de 18 e de 25 de janeiro de 1990. In: _____. Sobre o Estado: cursos no Collège de France (1989-92). Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 29-79 [pdf 2476]. SISTEMA DE AVALIAÇÃO: 1) Seminários: Cada aluno(a) deverá realizar as atividades descritas abaixo: • • • Selecionar dois temas (entre os dez primeiros seminários previstos no cronograma) para realizar uma apresentação de até 30 minutos, individualmente ou em dupla, no qual deverá desenvolver algum aspecto trazido pelo texto e colocar uma pergunta ou problema para debate em sala de aula. 1. A apresentação do seminário e a condução do debate será avaliado em 12 pontos (24 pontos no total, 12 para cada seminário). Formular uma questão baseada no texto para ser respondida pelos colegas. Será avaliada a qualidade da questão elaborada, levando-se em consideração se é interessante e também se explora bem o conteúdo tratado. 1. A questão será escrita no quadro e os demais alunos deverão responder individualmente ou em dupla e entregar ao final da aula, contando com até 20 minutos para tal. 2. Os próprios propositores da questão ficarão responsáveis pela correção dos trabalhos, que deverão ser entregues ao professor na aula seguinte com as devidas notas. 3. A elaboração da questão e a correção das mesmas será avaliada em 6 pontos para cada seminário (total de 12 pontos). Todos os alunos devem participar dos seminários e responder, a cada vez, à questão proposta. A participação e a realização dos trabalhos nos seminários também serão objeto de avaliação. 1. Cada resposta será avaliada em 3 pontos por seminário (24 pontos no total). 2) 19/11 - Prova Final: individual e sem consulta (valor: 40 pontos). Informações sobre provas de 2ª chamada e Exame Especial: • • Não haverá provas de 2ª chamada ou trabalhos substitutivos para quem perder os seminários ou deixar de realizar as atividades correspondentes. No caso da prova final, o aluno poderá, mediante justificativa, realizar o exame especial em substituição à prova final, com igual valor. O exame especial destina-se aos alunos frequentes (com mais de 75% de presença) que não obtiveram os 60 pontos necessários para aprovação, mas obtiveram no mínimo 50 pontos (abaixo disso o aluno é reprovado diretamente). O exame especial será individual, sem consulta, com matéria cumulativa e terá o valor de 100 (cem) pontos. Para ser aprovado, o aluno deverá obter um mínimo de 60 pontos mais a quantidade de pontos que faltou para ser aprovado regularmente. Quando aprovado, a nota final do aluno será 60 pontos, independentemente do resultado obtido no exame especial. A data de aplicação do exame especial será 03/12. Material do curso disponível em: http://abre.ai/antropologia BIBLIOGRAFIA: ABÉLÈS, Marc. La antropología política: nuevos objetivos, nuevos objetos. In: ESPINOSA, Aurora Marquina (coord.). El ayer y el hoy: lecturas de antropología política - Vol. 1: Hacia el futuro. Madrid: UNED, 2004, p. 51-72. ABÉLÈS, Marc. State. In: BARNARD, Alan; SPENCER, Jonathan (ed.). Encyclopedia of social and cultural anthropology. London/New York: Routledge, 2002, p. 793-797. ABRAMS, Philip. Notes on the difficulty of studying the State (1977). Journal of Historical Sociology, vol. 1, n. 1, 1988, p. 58-89. BEVILÁQUA, Ciméa. Se esconder o leão pega, se mostrar o leão come: um estudo antropológico do imposto de renda. Paraná, dissertação de mestrado, Universidade Federal do Paraná, 1995. BEVILÁQUA, Ciméa; LEIRNER, Piero de Camargo. Notas sobre a análise antropológica de setores do Estado brasileiro. Revista de Antropologia, 43(2), 2000, p. 105-140. BOURDIEU, Pierre. Espíritos de Estado: Gênese e estrutura do campo burocrático. In: _____. Razões práticas: sobre a teoria da ação. 9ª ed. Campinas: Papirus, 2008, p. 91-124. BOURDIEU, Pierre. Curso de 18 de janeiro de 1990 / Curso de 25 de janeiro de 1990. In: _____. Sobre o Estado: cursos no Collège de France (1989-92). Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 29-79. BUTLER, Judith. O não pertencimento em nome da normatividade. In: _____. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Tradução de Sérgio Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017, p. 197-232. CALDEIRA, Teresa do Rio. “Para que serve o voto? As eleições e o cotidiano na periferia de São Paulo. In: LAMOUNIER, B. (org.). Voto de desconfiança – eleições e mudança política no Brasil. 1970-1979. Petrópolis, Vozes, 1980. CALDEIRA, Teresa do Rio. Cidade de Muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Ed. 34, 2000. CARVALHO, José Murilo de. Conclusão: a cidadania na encruzilhada. In: _____. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, p. 219-229. CASTRO, Celso. O espírito militar: um estudo de antropologia social na Academia Militar das Agulhas Negras. Rio de Janeiro: Zahar, 1990. CLASTRES, Pierre. A questão do poder nas sociedades primitivas. In: _____. Arqueologia da Violência: pesquisas de antropologia política. Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Cosac&Naify, 2004[1980], p. 100-105. CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. In: _____. A sociedade contra o Estado: investigações de antropologia política. Tradução de Bernardo Frey. Porto: Afrontamento, 1979, p. 183-211. COSTA, Maria Cecília Solheid da. Os caminhos da Casa: um estudo antropológico do Congresso Nacional. Rio de Janeiro: dissertação de mestrado, Museu Nacional, 1981. ELIAS, Norbert. Processos de formação de Estados e construção de nações. In: _____. Escritos & Ensaios 1: Estado, processo, opinião pública. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006, p. 153-165. FELDMAN-BIANCO, Bela. Introdução. In: ______. (org.). Antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo: Global, 1987, p. 7-45. FOUCAULT, Michel. Aula de 1º de fevereiro de 1978. In: _____. Segurança, Território e População: Curso no Collège de France (1977-1978). Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 117-154. FOUCAULT, Michel. Aula de 8 de fevereiro de 1978. In: _____. Segurança, Território e População: Curso no Collège de France (1977-1978). Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008, p. 155-180. GEERTZ, Clifford. O mundo em pedaços: cultura e política no fim do século. In: _____. Nova luz sobre a antropologia. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 191-228. GEERTZ, Clifford. Os usos da diversidade. Horizontes Antropológicos, n. 10, 1999, p. 13-34. GOLDMAN, Márcio. Como funciona a democracia: Uma teoria etnográfica da política. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2006. HALL, Stuart. Questão multicultural. In: SOVIC, L. (org.). Da diáspora, identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003, p. 51-100. HEREDIA, B., TEIXEIRA, C., BARREIRA, I. Como se fazem eleições no Brasil. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2002. KANT DE LIMA, R. A polícia da cidade do Rio de Janeiro: Seus dilemas e paradoxos. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1995. KELLY, José Antônio. Notas para uma teoria do "virar branco". Mana, Vol. 11, abril, No 1. Rio de Janeiro, 2009. KUPER, Adam. Cultura, diferença, identidade. In: _____. Cultura: a visão dos antropólogos. São Paulo: EDUSC, 2002, p. 285-309. LEIRNER, P. C. Meia-volta, volver: um estudo antropológico sobre a hierarquia militar. Rio de Janeiro: FGV/Fapesp, 1997. MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte & Ensaios: Revista do PPGAV/EBA/UFRJ, n. 32, 2016, p. 123151. RUI, Taniele. Nas tramas do crack: etnografia da abjeção. São Paulo: Terceiro Nome, 2014. SÁ, Maria Auxiliadora Ferraz de. Dos velhos aos novos coronéis: um estudo das redefinições do coronelismo. Recife, UFPE/PIMES, 1974. SAID, Edward. Introdução. In: _____. Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente. Tradução de Tomás Rosa Bueno. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 13-39. SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 9ª ed. Coimbra: Almedina, 2013. SCHAVELZON, Salvador. Antropología del Estado, su lugar y algunas de sus problemáticas. Publicar, VIII, n. IX, 2010, p. 73-96. SHARMA, Aradhana; GUPTA, Akhil (eds.). Introduction: Rethinking theories of the state in an age of globalization. In: _____. The Anthropology of the State: a reader. Victoria, Australia: Blackwell Publishing, 2006, p. 14-41. SOUZA LIMA, A.C. de Um Grande cerco de paz: poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Rio de Janeiro: Vozes, 1995. TEIXEIRA, Carla Costa. A honra da política: decoro parlamentar e cassação de mandato no congresso nacional (1949-1994). Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1999. WEBER, Max. A política como vocação. In: _____. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1970, p. 55-124. * * *