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Processos Criativos e Dança: diálogos em movimento

2018, Processos Criativos em Arte/educação: dos contextos educacionais à cena performativa

O objetivo é explorar conexões entre yoga, processos de criação em dança, improvisação, performance e o que denomino de ‘in-ex-corporação’, uma proposta artístico-investigativa com ênfase na complementariedade, que busca unir ao invés de separar, tendo em vista que o termo ‘Yoga’ tem em si o radical ‘Yuj’ que significa unir. Para unir dentro-fora, no Yoga, na vida, nos processos de criação em perfomance e em dança, podemos acionar nossas percepções a fim de haja uma ligação indissolúvel nas trocas constantes entre o conhecimento que se processa no corpo pessoal e o conhecimento processado nas trocas com outros corpos, humanos e não humanos, vivos e não vivos, e com o ambiente. Sugiro que para ampliar possibilidades de que conhecimentos construídos na criação e improvisação em dança e performance se tornem significativos, ou seja, sejam embodied/‘in-ex-corporados’, no seu processo criativo haja profunda conexão interna-externa (incluindo fluxos de sensações, sentimentos, emoções, energias e estados corporais com os de outros corpos e com o meio). Esses conhecimentos são frutos de sinergias, trocas, não necessariamente em harmonia, mas como se o conhecimento fosse formado por um corpo de saber ou uma unidade que contém muitas partes diferenciadas. Corpo único, pois cada corpo de saber se constrói de forma diferenciada dos demais de acordo com inúmeros fatores (e.g., história, valores, crenças). Em processos de criação em dança e performance, principalmente se lidamos com improvisação, movimentamos de forma intuitiva ou pré-reflexiva gerando conhecimentos que tem grandes chances de serem ‘in-ex-corporados’/embodied quando acionamos nossas múltiplas maneiras de perceber, fazendo conexões e mediando diferentes caminhos, formas, possibilidades. Assim, podemos abrir espaços e canais para in-ex-corporar (embody) conexões no grau máximo. Ao abraçarmos ‘conexões’ como parte do processo de embodiment, temos que considerar que essas estão em um ‘contato-improvisação’ constante. Portanto, podem se tornar parte, mesmo que provisoriamente, do nosso ser, mas assim como mudamos em termos físicos, fisiológicos, cronológicos e assim por diante, também se transformam conexões já construídas, in-ex-corporadas. Ou seja, entendo que não há mundo estável. Sob esta perspectiva, embodiment se cria, se materializa, se (re)constrói, 'dança' e se faz ‘artista’ de acordo com a intermitência co-existencial.

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