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ÍNDIOS URBANOS
ALFONS HEINRICH ALTMICKS1
UCSal
RESENHA
COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO. A cidade como local de afirmação
dos direitos indígenas. São Paulo: Centro Gaspar Garcia de Direitos
Humanos, 2013. 110 p.
O livro é dividido em duas seções, compostas por pesquisas
independentes, realizadas por equipes distintas de integrantes da
Comissão Pró-Índio de São Paulo. A temática em comum é a presença
de indígenas em zonas urbanas. A Comissão Pró-Índio de São Paulo é
uma organização não governamental que pleiteia e defende direitos de
minorias étnicas desde a década de 1970, tendo ajudado inúmeros
grupos indígenas e quilombolas paulistas em conquistas sociais
expressivas. Em 2005, a Comissão Pró-índio publicou o livro Índios na
Cidade de São Paulo2, importante documento norteador para as ações
afirmativas do Estado na proteção aos direitos dos indígenas residentes
em áreas urbanas.
1
Graduado em Comunicação Social pela Universidade Católica de Salvador (UCSal) e em Pedagogia
pela Faculdade Zacarias de Goés (FAZAG). Especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior
pela UCSal, em Educação e Novas Tecnologias pela Escola Superior Aberta do Brasil (ESAB) e em
Ludopedagogia pela Faculdade de Educação e Tecnologia da Região Missioneira (FETREMIS). Mestre
em Ciências da Educação pela Universidad San Carlos (USCar - Paraguai). Mestrando em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Social (UCSal). Docente integrante dos quadros da UCSal. E-mail:
alfons.altmicks@ucsal.br .
2
Cf. COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO (2005).
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A primeira seção do livro, intitulada Índios na cidade e políticas
públicas, tem como coordenadores a antropóloga Lúcia M. M. de
Andrade, a advogada Carolina Kaori Ikawa Bellinger e o sociólogo Otávio
Camargo Penteado. Estes foram encarregados de sistematizar o produto
de uma investigação realizada por dez pesquisadores brasileiros3 em
parceria com o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e em
colaboração com a Oxford Committee for Famine Relief4 (OXFAM). A
pesquisa teve parte dos seus custos financiada pela União Europeia. A
segunda seção, A São Paulo dos indígenas, contém o produto da
investigação realizada pelas pesquisadoras Andrezza Meiko Richter
Lourenço, Carolina Rocha Silva e Kárine Michelle Guirau – com a
colaboração de Maria Carolina T. Ferro, Renê Ivo Gonçalves e Luiz
Kohara – sobre os grupos indígenas residentes na capital paulista.
Na
introdução
da
primeira
seção
do
livro,
os
autores5
disponibilizam alguns dados obtidos junto ao Programa das Nações
Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), segundo os
quais metade das populações originais no mundo habita áreas urbanas.
Na América Latina, aproximadamente doze milhões de indígenas
residem em cidades. No Brasil, este número representa cerca de
trezentos e vinte e cinco mil indivíduos. Essa acintosa urbanização das
populações indígenas aponta para dois fenômenos socioespaciais,
instaurados no século XX: por um lado, houve forte migração indígena
em direção às cidades, movida, sobretudo, pela busca de melhores
condições de vida – embora muitas populações indígenas tenham sido
simplesmente expulsas das suas terras originais por latifundiários ou
pelo próprio poder público. Por outro lado, algumas cidades cresceram
desmesuradamente e terminaram por engolir aldeias próximas de si.
De acordo com os autores, o processo de urbanização indígena é
irreversível; portanto, ações afirmativas para a melhoria das condições
de vida dos indígenas habitantes das cidades devem ser efetivamente
3
Lúcia M. M. de Andrade (antropóloga); Carolina Kaori Ikawa Bellinger (bacharel em Direito); Evorah
Cardoso (doutora em Filosofia e Teoria Geral do Direito); Diogo Soares (bacharel em Ciências Sociais);
José Agnello A. D. de Andrade (mestre em Antropologia Social); Rodrigo Valentim Chiquetto (bacharel
em Ciências Sociais); Otávio de Camargo Penteado (bacharel em Ciências Sociais); William Santana
Santos (estagiário); Luísa Paiva Bernardes (estagiária); Júlia Carvalho Navarra (estagiária).
4
Em português, Comitê de Oxford de Combate à Fome. Com sede em Oxford, Inglaterra, a Oxfam é uma
confederação que reúne 13 organizações atuantes em prol dos direitos humanos em todo o planeta.
5
Lúcia M. M. de Andrade, Carolina Kaori Ikawa Bellinger e Otávio Camargo Penteado.
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implantadas, não apenas para prover-lhes dignidade social, mas
também para que lhes sejam oferecidas condições para o pleno
desenvolvimento do seu manancial étnico, cultural e religioso.
No capítulo intitulado Metodologia da pesquisa, os autores
explicam o objetivo e os termos metodológicos da sua investigação. A
pesquisa que resultou na publicação deste livro compreendeu, pois, o
período entre os anos de 2011 e 2013. O seu objetivo foi:
[...] identificar políticas, iniciativas, legislação e
jurisprudência voltadas aos índios que vivem em
cidades para construir um panorama sobre as
alternativas que estão sendo construídas pelo Poder
Público para atender as reivindicações e assegurar os
direitos dessa população (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE
SÃO PAULO, 2013, p. 10).
Os procedimentos adotados para a investigação compreenderam
uma pesquisa documental, na qual foi levantada a legislação vigente e
as políticas públicas concernentes aos indígenas no espaço urbano; uma
pesquisa sobre a jurisprudência orientadora das decisões judiciais sobre
o assunto; e uma pesquisa de campo, em que foram ouvidos lideranças
indígenas e agentes públicos de quatro capitais brasileiras: São Paulo,
Campo Grande, Porto Alegre e Manaus. Compondo a pesquisa de
campo, houve, ainda, visitas a aldeias no espaço urbano dessas capitais,
além da observação de reuniões dos conselhos indígenas.
No capítulo Terra & moradia, os autores discutem as políticas de
demarcação de terras e de acesso à moradia para indígenas nas quatro
capitais pesquisadas. Salientam que, em nível estadual, apenas o
governo do Mato Grosso desenvolveu um plano de acesso à moradia
especificamente voltado às populações indígenas. No âmbito municipal,
os autores identificaram algumas ações pontuais, no sentido de garantir
o direito indígena às terras – no caso das populações indígenas rurais –
e à moradia urbana – para os índios habitantes das cidades. No entanto,
advertem para o fato de que são ações isoladas, não constituindo uma
política
de
governo.
Denunciam
também
que
essas
ações
são
heterogêneas e muito díspares entre si, envolvendo desde a inserção
das comunidades indígenas em planos habitacionais convencionais,
Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 270-278, jan./jun. 2016.
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voltados para populações carentes, até a formulação de projetos que
atendam às especificidades culturais indígenas.
No capítulo Educação, os autores ressaltam que a educação de
melhor qualidade consta entre os principais atrativos para a vinda das
populações indígenas para as cidades. Aos índios, é garantido, por força
de lei federal, o acesso a uma educação diferenciada, bilíngue e
intercultural. No entanto, as escolas indígenas mantenedoras dessa
proposta educativa são mais comuns nas aldeias. Nas cidades, os índios
terminam sendo matriculados em escolas comuns, o que pode vir a ser
desastroso para a construção da sua identidade. Dentre os municípios
pesquisados, os autores citam apenas Manaus e São Paulo como
detentores de iniciativas pedagógicas efetivas para a educação indígena
urbana.
Em Saúde indígena, os autores inferem sobre a relação entre o
sistema de saúde do país e as populações indígenas. A partir de 1999, o
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, componente do Sistema Único
de Saúde (SUS), passou a prestar serviços aos grupos indígenas
brasileiros. Com a extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em
2010, esses serviços passaram à responsabilidade da Secretaria Especial
de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde.
Os autores sustentam que o acesso aos serviços de saúde
indígena é mais difícil para os índios que habitam as cidades, uma vez
que as suas demandas específicas são escamoteadas diante das
exigências cotidianas dos demais usuários dos sistemas de saúde
urbanos. Das capitais pesquisadas, apenas São Paulo conseguiu
implementar um Programa de Saúde da Família (PSF), voltado às
populações indígenas.
No capítulo intitulado Etnodesenvolvimento, Trabalho e Renda,
são discutidos os problemas que envolvem a assunção da identidade
indígena e a necessidade de subsistência no meio urbano. Segundo os
autores, é necessário que se crie novas possibilidades de trabalho, que
não obriguem os indígenas desaldeados a abdicar da sua cultura e da
sua forma original de produção. De uma maneira geral, as populações
indígenas que habitam cidades sobrevivem de confecção de artesanato,
apresentações culturais, empregos sazonais e esmolas. Muitos estão
inscritos no Programa Bolsa Família.
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No capítulo Estrutura Administrativa, os autores revelam como os
indígenas que vivem nas cidades pesquisadas se organizam e dialogam
com os órgãos oficiais do Estado. As cidades de São Paulo e Porto
Alegre possuem Coordenações Técnicas Locais (CTL), responsáveis pelo
atendimento às suas populações indígenas. Em Manaus, não há CTL,
mas os indígenas residentes na cidade contam com Gerência de
Educação Escolar Indígena, na Secretaria de Educação; com a Gerência
de Promoção dos Direitos das Minorias Étnicas, na Secretaria Municipal
de Assistência Social e Direitos Humanos; e com a Gerência de
Qualificação e Inserção das Minorias e Gênero, na Secretaria Municipal
de Trabalho e Desenvolvimento Social.
Iniciando a segunda seção do livro, intitulada A São Paulo dos
indígenas, as autoras6 desenvolvem o capítulo introdutório, O Brasil e a
São Paulo dos Indígenas, uma introdução, no qual apresentam alguns
dados quantitativos, retirados do último censo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, 324,8 mil indígenas
vivem em áreas urbanas. No estado de São Paulo, as populações
indígenas somam 41,8 mil indivíduos. Deste número, 39,2 mil
indivíduos vivem fora dos Territórios Indígenas ou em cidades. O Censo
IBGE 2010 estima que, na cidade de São Paulo e na sua zona
metropolitana, residam aproximadamente 12,4 mil indígenas, dos
quais, 1,4 mil são guarani.
No capítulo Trabalho desenvolvido e metodologia da coleta de
dados, as autoras apresentam o objetivo da pesquisa, a circunscrição da
população investigada e os instrumentos utilizados para coletar os
dados. À guisa de objetivo, as autoras enunciam:
[...] produzir um diagnóstico sobre como as etnias
Guarani e Pankararu, que vivem na cidade de São
Paulo, relacionam-se e como gostariam de se relacionar
com a cidade, visando fortalecer esses indígenas para
incidência em políticas públicas (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO
DE SÃO PAULO, 2013, p. 88).
Como alertado no objetivo, as etnias selecionadas para estudo
foram Guarani e Pankararu, por serem numericamente mais expressivas
na cidade de São Paulo. O recorte idealizado para a pesquisa foi o
6
Andrezza Meiko Richter Lourenço, Carolina Rocha Silva e Kárine Michelle Guirau.
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acesso ao direito à saúde, à moradia, à educação, ao trabalho e à
geração de renda. Como instrumentos de coleta de dados, as autoras se
utilizaram de aplicação de questionários qualitativos junto a indivíduos
pertencentes às duas etnias, além de pesquisa bibliográfica e entrevistas
semiestruturadas aplicadas a especialistas.
No capítulo Direito à cidade e Direito dos Povos Indígenas: como
promover o diálogo entre ambos?, as autoras advertem que, ao longo do
século XX, a política indigenista esteve mais preocupada com o
reconhecimento e com a demarcação de terras indígena, do que,
especificamente, com as questões identitárias e socioculturais. O
problema é que os temas territoriais perdem sentido quando as
populações indígenas migram para os centros urbanos; ao passo que
identidade, pertencimento e manancial cultural voltam a compor as
demandas indígenas, com as quais o estado deve lidar.
Em Políticas públicas para os povos indígenas no espaço urbano:
perspectivas indígenas, as autoras discutem o posicionamento dos
indígenas sobre os temas: moradia, educação, saúde e trabalho e renda.
Tendo o cuidado de consultar uma e outra etnia, as autoras compilaram
as suas opiniões e as trouxeram para o texto da pesquisa.
No quesito moradia, os Guarani afirmaram que a moradia é algo
mais complexo do que o local físico em que o índio habita. Em verdade,
“[...] representa um espaço de liberdade, onde se constroem relações
sociais e cosmologias da cultura” (COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO,
2013, p. 97). Os Pankararu indicaram a importância da moradia urbana
para
o
estreitamento
desterritorializado,
dos
laços
comunitários.
Para
um
grupo
as redes comunitárias são essenciais para a
manutenção da sua identidade e das suas tradições.
Sobre educação, os Guarani apontaram o desafio de conciliar dois
modelos pedagógicos – indígena e não indígena – numa instituição
educativa que, em princípio, não é indígena. Também abordaram o
problema do preconceito que crianças e adolescentes indígenas
enfrentam nas escolas. Para os Pankararu, mesmo que a escola conviva
com os índios há algum tempo, ainda não está preparada para receber
os alunos indígenas.
Sobre saúde, os Guarani creem na existência de dois tipos de
doenças: as doenças dos brancos, a quem chamam de juruá, e as
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doenças próprias dos indígenas, que só podem ser curadas pelos
próprios índios, através da figura do seu xeramõi, espécie de xamã. O
sistema público de saúde só seria necessário, portanto, para tratar as
doenças dos brancos. Diferente dos Guarani, os Pankararu não tiveram
direito a atendimento de saúde diferenciado – intercultural. Assim,
restam-lhes duas opções: ou são atendidos nos núcleos convencionais
de saúde, ou fazem uso dos seus próprios conhecimentos medicinais.
No que diz respeito ao trabalho e à geração de renda, tanto os
Guarani quanto os Pankararu foram obrigados a abdicar dos seus
sistemas originais de produção – iminentemente agrícola –, sobretudo
porque as suas terras foram acachapadas pelo crescimento da cidade.
Como alternativas, passaram a desenvolver artesanato e a ocupar
subempregos no mercado informal.
No
derradeiro
capítulo,
Considerações
finais,
as
autoras
arrematam a sua pesquisa, alertando a sociedade para a necessidade de
incluir as populações indígenas tanto nas políticas publicas quanto na
dinâmica da sociedade.
A despeito da riqueza das informações apresentadas nas duas
pesquisas que compõem o livro A cidade como local de afirmação dos
direitos indígenas, há que se atentar para a recorrência das análises
jurídicas (o que, em alguns momentos da leitura, termina por ofuscar
possíveis – e desejáveis – inferências de naturezas sociológica ou
antropológica). Pagliaro, Azevedo e Santos (2005) alertam para o fato de
que a heterogenia cultural indígena traz implicações epistemológicas
para a pesquisa sobre os processos de integração do indígena à
sociedade de entorno. A opção dos autores do livro resenhado por
aproximarem-se das leis comprometeu, de certa forma, a compreensão
sobre esta heterogenia.
A
heterogenia
supramencionada
é
subscrita,
inclusive,
às
concepções sobre a maneira como os indígenas se apropriam das
instituições não indígenas, ressignificando-as. Embora não estejam
plenamente inseridos na sociedade não indígena, os indígenas se
relacionam e, em certa medida, incorporam as suas instituições,
desenvolvendo estratégias de convívio, resistência e ressignificação,
conforme o alerta Oliveira (1999). Ao abordarem temas como escola,
saúde, moradia, trabalho, os autores do livro resenhado não esclarecem
Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 270-278, jan./jun. 2016.
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como tais estratégias são engendradas e utilizadas pelos índios
habitantes das cidades. Como consequência, é passada a impressão de
que os índios urbanos são vítimas passivas do cotidiano das cidades, o
que não é exatamente verdadeiro.
Outrossim, o livro resenhado careceu de menção aos problemas
enfrentados
pelos
indígenas
urbanos
do
nordeste
brasileiro.
Notadamente, os índios do Nordeste são os que mais enfrentam
problemas em relação à manutenção da sua identidade étnico-cultural –
por conta de processos históricos muito particulares (ALMEIDA et al.,
2007). Muitos indígenas do Nordeste habitam cidades, inclusive há
registros de grupos indígenas nordestinos vivendo na cidade de São
Paulo7.
Estes
indivíduos
mereciam
ser
analisados
em
suas
idiossincrasias, posto que atrelam a sua identidade e pertencimento aos
rigores da vida urbana.
Referências bibliográficas
ALMEIDA, Luiz Sávio de et al. (Org.). Resistência, memória, etnografia. Maceió:
EDUFAL, 2007. (Col. Índios do Nordeste, temas e problemas; v. 8).
COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO. Índios na Cidade de São Paulo. São
Paulo:
Comissão Pró-Índio
de São
Paulo, 2005. Disponível
em:
www.cpisp.org.br/pdf/indios1.pdf. Acesso em: 18 mai. 2016.
______. A cidade como local de afirmação dos direitos indígenas. São Paulo: Centro
Gaspar Garcia de Direitos Humanos, 2013.
OLIVEIRA, João Pacheco de. A viagem de volta: etnicidade, política e reelaboração
cultural no nordeste indígena. Rio de Janeiro: Contra Capa, 1999.
PAGLIARO, Heloísa; AZEVEDO, Maria Marla; SANTOS, Ricardo Ventura (Org.).
Demografia dos povos indígenas no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz/Abep, 2005. (Col.
Saúde dos Povos Indígenas).
SOUZA, Bruno Sales de. Fazendo a diferença: um estudo da etnicidade entre os
Kaimbé do Massacará. Salvador, 1996. 164 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, [1996].
7
Cf. Souza (1996).
Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 270-278, jan./jun. 2016.
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Recebido em: 25/07/2016 * Aprovado em: 02/06/2016 * Publicado em: 30/06/2016
Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 10, n. 1, p. 270-278, jan./jun. 2016.