UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
ESCOLA DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA
FACULDADE DE AVIAÇÃO CIVIL
DISCIPLINA DE PLANEJAMENTO DE TRANSPORTE AÉREO
DANIELLE FUJISAKI
GUILHERME PEREIRA GOEIS
JOÃO ALEXANDRE GOMES
OSWALDO GOMES BAPTISTA
VITOR AUGUSTO SOUZA
AVIAÇÃO REGIONAL: ESTUDO DA VIABILIDADE OPERACIONAL
ENTRE OS POLOS PETROLÍFEROS DO RIO DE JANEIRO E
ESPÍRITO SANTO.
São Paulo - SP
2013
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Aviação regional: estudo da viabilidade operacional entre os
polos petrolíferos do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Daniele Fujisaki
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Guilherme Pereira Goeis
João Alexandre Gomes
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Oswaldo Gomes Baptista
Vitor Augusto Souza
4
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Carlos Melchiori Ferreira Couto
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Resumo
Este trabalho apresenta a aplicabilidade do modal aéreo, através da operação de
uma pequena companhia regional que opere entre as cidades de Macaé – RJ e São
Mateus – ES, fazendo uso de uma aeronave com baixo custo e focado nas
necessidades do mercado petrolífero do sudeste brasileiro e seu potencial
desenvolvimento. Para tanto, foi utilizado como base, o estudo da demanda que hoje
é deficientemente atendida via modal terrestre entre as estas cidades, sendo por sua
vez ineficaz para as indústrias petrolíferas da região. Além de fomentar o turismo de
negócios, a criação desta frequência aérea pode alavancar o turismo de lazer na
região, favorecendo não somente o desenvolvimento industrial, mas também o
desenvolvimento social e cultural da região. Por fim, o objetivo deste trabalho, é
mostrar que a operação entre estas duas cidades pode ser muito rentável de acordo
com o equipamento a ser operado, tendo em vista a atual situação de investimento e
desenvolvimento para ambas as regiões.
Palavras chave: Aéreo. Petrolíferas. Desenvolvimento. Regional.
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UAM. Escola de Engenharia e Tecnologia. Aluna da disciplina Planejamento de Transporte Aéreo, do Curso de Aviação Civil.
E-mail danifujisaki@gmail.com.
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UAM. Escola de Engenharia e Tecnologia. Aluno da disciplina Planejamento de Transporte Aéreo, do Curso de Aviação Civil.
E-mail gui_gpg@hotmail.com.
3
UAM. Escola de Engenharia e Tecnologia. Aluno da disciplina Planejamento de Transporte Aéreo, do Curso de Aviação Civil.
E-mail joaoalexgomes@yahoo.com.br.
4
UAM. Escola de Engenharia e Tecnologia. Aluno da disciplina Planejamento de Transporte Aéreo, do Curso de Aviação Civil.
E-mail aviador.gomes@gmail.com.
5
UAM. Escola de Engenharia e Tecnologia. Aluno da disciplina Planejamento de Transporte Aéreo, do Curso de Aviação Civil.
E-mail vitoraugustocs1994@gmail.com.
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UAM. Escola de Engenharia e Tecnologia. Professor da disciplina Planejamento de Transporte Aéreo do Curso de Aviação
Civil, Especializado em Transporte Aéreo e Infra Estrutura Aeroportuária, Mestre Profissionalizante em Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais e Doutorado em Comando de Estado Maior. E-mail cmelchiori@uol.com.br.
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1. Introdução
A exploração petrolífera é sem dúvidas um dos grandes fatores que afetam o
desenvolvimento e a economia de uma região e seu País; em uma recente pesquisa,
publicada em 27 de junho de 2013 pela revista Exame.com, o Brasil foi apontado
como o 13º País que mais produz petróleo no mundo; logo, dentre os estados
brasileiros que produzem petróleo, Rio de Janeiro e Espírito Santo ocupam
respectivamente o primeiro e o segundo lugar na produção nacional, em ambos os
estados, a Petrobrás é a responsável por tal atividade, o que acaba por gerar uma
demanda entre deslocamento de funcionários, entre as bases petrolíferas de MacaéRJ e São Mateus-ES, porém, para quem depende da aviação comercial, estes dois
estados são ligados somente pelas suas capitais, outra particularidade é que o
aeroporto de Macaé é quase exclusivo para a operação de Helicóptero, e o
aeroporto de São Mateus, ainda não dispõe de toda a infraestrutura necessária para
suportar uma grande operação, sendo assim, para não deslocar a frota offshore,
muitas vezes esta ligação entre Macaé e São Mateus é realizada via terrestre, pela
BR-101, justamente em um dos piores trechos da rodovia, o que torna esta viagem,
uma verdadeira peregrinação de aproximadamente onze horas de viagem, sendo
totalmente desconfortável e de pouca assertividade para aquele que muitas vezes
necessita fazer esse trajeto de maneira mais rápida, eficiente e que lhe de um
conforto maior. Em meio a essa lacuna, surge uma grande oportunidade para a
aviação regional, e de acordo com o estudo, a aeronave ideal para operar o trecho
deveria ser versátil, robusta, ter capacidade de pouso e decolagem em pistas curtas
e um custo operacional baixo, dadas tais necessidades, o Pilatus PC-6 Turbo Porter
foi a aeronave escolhida para compor a operação neste potencial mercado.
2. Dois Potenciais Mercados Regionais, Macaé-RJ e São Mateus-ES
A cidade do Rio de Janeiro, hoje é a principal produtora de petróleo do Brasil, e para
prestar o devido suporte à esta demanda de traslado de equipes Terra x Plataforma,
a Petrobrás conta com uma operação “Offshore”, tendo sua base instalada no
aeroporto de Macaé funcionando 24 horas, já em 1983, quando a Petrobrás iniciou
suas operações neste aeroporto, o número de movimentação de passageiros
dobrou, estando diretamente relacionado com as operações na bacia de Campos.
Hoje, Macaé além de ser uma cidade estrategicamente vital para a economia
brasileira, é também chamada de “Capital do Petróleo” no Estado do Rio de Janeiro,
através da Lei Estadual Nº 6081 de 21/11/2011. Todo o desenvolvimento deste
aeroporto, está intimamente ligado à descoberta de petróleo pela Petrobrás na Bacia
de Campos, hoje é considerada como a maior base de operação no ramo petrolífero
segundo a Infraero, com 60.000 movimentos de pouso e decolagem com um total de
450.000 passageiros anualmente, sendo 98% do total desse número responsável
pela operação “Offshore”, ou seja, é um aeroporto pouco suprido por aeronaves “asa
fixa” e desde o ano 2000, o Aeroporto de Macaé vem desenvolvendo ações junto às
escolas do seu entorno, com o objetivo de promover a integração da comunidade ao
sistema de infraestrutura aeroportuária.
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A cidade de São Mateus, no Espírito Santo, é a segunda maior produtora de
petróleo e gás natural do Brasil, sendo responsável por 15% do volume nacional e
foi nesta cidade que pela primeira vez se confirmou a presença de petróleo no
Estado, possuindo grandes perspectivas uma vez que as condições geológicas são
similares às da Bacia de Campos. São Mateus atingiu seu recorde de produção no
ano de 2012, produzindo cerca de 360 mil barris de petróleo por dia com uma
capacidade de entrega de 10 milhões de metros cúbicos por dia. Estima-se que até
2015, esta produção suba para 500 mil barris por dia. Somente neste ano, a
Petrobrás já investiu cerca de R$ 11.350.000.000,00 em infraestrutura e tecnologia
para esta região.
Em 15 de julho de 2010 a Petrobras anunciou oficialmente, o inicio da produção no
Pré-Sal no Campo de Cachalote e no ano de 2012 ocorreu o lançamento da
produção no pré-sal no litoral Sul do Estado, no Parque das Baleias, tendo uma
capacidade de até 100 mil barris de petróleo e 3,5 milhões de m3 de gás.
O aeroporto de São Mateus foi recentemente desinterditado, após passar por um
período de obras que incluiu a pintura e reforma da pista, instalação de cerca e
placas de identificação para garantir as operações de pouso e decolagem com maior
segurança. Segundo o Secretário de Planejamento da Prefeitura de São Mateus, as
negociações com as empresas aéreas que passarão a operar já estão em fase
inicial além da instalação de um aeroclube, ainda segundo o Secretário, a liberação
do aeroporto é vitalícia não somente para o setor petrolífero, mas para diversas
empresas da região, que vem se desenvolvendo industrialmente, o que foi
comprovado pela presença dos empresários na desinterdito do aeroporto. Ainda
segundo Luiz Alberto – Coordenador da Associação Empresarial do Norte do Estado
(ASSENOR) esta é uma porta vitalícia, que possibilita o surgimento de novas
oportunidades para o desenvolvimento do município, agindo como um facilitador do
desenvolvimento empresarial da região proporcionando uma melhor logística. O
Atual prefeito de São Mateus, Amadeu Boroto, diz que a liberação do aeroporto é de
suma importância para atrair mais empresas ao município, pois empresários dos
grandes centros teriam um meio mais prático de se deslocar até São Mateus, investir
e implantar suas empresas, será um aeroporto estratégico na captação de novas
empresas e no fomento do setor petrolífero, como destaca por fim Genildo Borba,
Diretor do Ativo Norte Capixaba da Petrobrás, que para se haver um
desenvolvimento, são necessários alguns pontos básicos, sendo um deles a
infraestrutura, considerando o aeroporto como um ponto chave para atrair maiores
atenções e consequentemente maiores investimentos para o município.
São Mateus vem ganhando tamanho potencial de desenvolvimento que até o
Príncipe Saudita Khaled Bin Alwaleed, participou de uma reunião com o governador
do Espírito Santo, Casagrande, juntamente com o prefeito de São Mateus dentre
outras autoridades. Na reunião, foi confirmado o investimento, por parte do príncipe,
na construção do terminal portuário de PetroCity, no distrito de Urussuquara, com
um investimento de 1 bilhão.
Além deste investimento, a reunião estreitou ainda mais os laços entre o Estado e a
Arábia Saudita, sendo o príncipe um grande investidor na área imobiliária, fundos de
investimento e principalmente, na petroquímica, óleo e gás.
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Isto tudo já exposto, justificamos nossa escolha por operar uma rota entre estes dois
aeroportos, tendo visto o grande exponencial de crescimento e desenvolvimento
industrial que está previsto para o setor, recebendo incentivos e investimentos do
governo, da Petrobrás, de outros empresários e até do exterior, como no exemplo da
Arábia Saudita, uma vez que são os dois maiores polos petrolíferos de nosso país,
gerenciados pela mesma empresa – Petrobrás – e que com certeza facilitará o
deslocamento de equipe e material necessário para a boa gestão. Temos como
público alvo o mercado Petrolífero, porém atentando-nos às necessidades do
mercado, uma vez que fomentará a atração de novos investidores, de diferentes
indústrias, já que principalmente São Mateus encontra-se num processo de
desenvolvimento muito sólido. Por fim, queremos atrair àqueles que, estando numa
posição estratégica da empresa, não podem efetuar esse trajeto em 9 a 11 horas de
viagem terrestre, oferecendo um produto com maior custo-benefício concorrente ao
helicóptero, para o modal aéreo.
3. Ligação dos Aeroportos
Agora que está compreendida a relação estratégica entre ambas as cidades,
abordaremos o meio de transporte utilizado atualmente nesta ligação, sendo servida
regularmente por uma empresa de ônibus, num trajeto que dura de nove horas e
meia a onze horas, ilustrando a rota terrestre efetuada e logo em seguida, nossa
proposta de alternativa aérea.
A) Distâncias:
Distância em linha reta: 454 Km.
Distância por estradas: 564 Km.
Fig. 1 – Rota Terrestre via BR-101, realizada atualmente. (Fonte: https://maps.google.com/ Acesso em 07/11/2013)
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B) Rota Proposta Macaé (SBME) x São Mateus (SNMX)
SBME DCT VIX DCT SNMX.
SBME até VIX: 149,70 Nm.
VIX até SNMX: 95,37 Nm.
Total: 245,07 Nm (446 Km).
São Mateus (SNMX)
VOR VIX
Macaé (SBME)
Fig. 2 – Rota Proposta.
C) Dados Técnicos Macaé (SBME):
Siglas IATA/ICAO: MEA/SBME;
Sítio Aeroportuário: 480.000m²;
Pátio de Aeronaves: 80.957m²;
Pista (dimensões – comprimento x largura): 1.200 m x 30 m;
Terminal de Passageiros: 539,57m²;
Capacidade/ano: 135.000 passageiros;
Estacionamento de Veículos – Capacidade: 78 veículos.
D) Dados Técnicos São Mateus(SNMX)
Sigla ICAO: SNMX;
Pista (dimensões – comprimento x largura): 1.350 m x 30 m
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4. Escolha da Aeronave
Estando ciente da rota traçada, buscamos uma aeronave que atendesse à
necessidade com baixo custo, logo, nossa escolha se deu pelo Pilatus PC-6 Turbo
Porter, a qual possui a versatilidade como característica marcante, devido a grande
possibilidade de ter que transportar não somente passageiros, mas possíveis
equipamentos também. Seu desempenho permite uma vasta área operacional,
devido sua categoria STOL – Short Take-off and Landing – podendo acessar lugares
de difícil operacionalidade, pousando em pistas extremamente curtas, terrenos
despreparados e em altas altitudes, se for necessário porém com segurança. Sua
cabine possui 3 metros cúbicos, com poder de carga de até uma tonelada, permite
fácil acesso à cabine através de duas portas grandes que deslizam lateralmente, o
que facilita não somente o embarque de passageiros, mas carregar e descarregar
objetos na aeronave. Caso seja necessário, os bancos dos passageiros podem ser
removidos rapidamente e guardados num compartimento específico no interior,
atrás da cabine, ou seja, você pode ir somente com carga, e voltar apenas com
passageiros, reconfigurando em questão de minutos. A aeronave é equipado com
um motor Pratt & Whitney Canada’s PT6A-27, possibilitando uma tração de 680
Shp. Por fim, na versão escolhida, poderão ser transportados até 10 passageiros em
três fileiras de bancos, ou sete em bancos separados. O valor médio para compra
dessa aeronave fica à margem de U$$ 1,85 Milhão.
Fig. 3 – Painel do Cockpit, sistemas de fotogrametria, disposição dos assentos e visão de perfil da
aeronave. (Fonte: Revista Aero Magazine, Junho, 2010)
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5. Operação, Custo Operacional e Rentabilidade.
Sabemos que, conforme descrito anteriormente, a distância pela rota aérea
proposta, é de 245,07 nm ou 446 km; o Pilatus PC-6 Turbo Porter, voa a uma
velocidade média de cruzeiro de 119 kt, o que nos dá aproximadamente, um tempo
estimado de vôo em 02:00 para cada trecho do voo (SBME-SNMX / SNMX-SBME),
totalizando uma viagem de aproximadamente 04:00 ida e volta.
Analisando o Gráfico 1 – Percentual de viagem por trecho em relação ao terrestre,
verificamos que a viagem pelo modal aéreo, dentro do que foi apresentado até
então, corresponde a 15% do total do tempo feito pelo modal terrestre, ou seja,
estes 85%, para um empresário, poderão ser muito mais úteis, sendo utilizado em
suas atribuições, e não “perdendo tempo” numa viagem terrestre.
De acordo com a pesquisa, há viabilidade para ter dois voos diários de segunda à
sexta, ida e volta, sendo um pela manhã e um no final da tarde, e apenas um voo de
ida e volta, no período da tarde aos sábados e domingos.
Quanto aos custos da operação, foi levado em consideração as taxas
aeroportuárias, combustível e salário de tripulação, as quais seguem
detalhadamente abaixo:
5.1 Taxas Aeroportuárias:
O Aeródromo de São Mateus, segundo administração do mesmo, não possui
taxas devido aguardar homologação da Anac para o balizamento, então, por
enquanto não haverá cobrança de taxas para operar neste aeródromo.
Quanto ao aeroporto de Macaé, para que seja efetuada a operação, serão
cobradas as seguintes taxas, de acordo com o tarifário da Infraero para
aeroportos de 2ª Categoria e Classe 2:
- Tarifa de Pouso + Embarque: R$ 110,45 + 35,9% (ATAERO);
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- Tarifa de Pátio de Manobras (MAN): R$ 14,94;
- Tarifa da Área de Estadia (por hora na área de Manobras): R$ 1,11;
- Tarifa de Proteção ao Voo (PAN): R$ 56,60;
- Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios-Rádio à Navegação Aérea
em Área de Controle de Aproximação (TAT APP): R$ 45,07;
- Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios-Rádio à Navegação Aérea
em Área de Controle de Aeródromo (TAT ADR): R$ 72,31;
5.2 Combustível:
Não temos serviço de abastecimento de aeronaves em São Mateus,
somente em Macaé, prestado por dois fornecedores: BP Brasil e a BR
Aviation (Petrobrás), por questões técnicas, optamos pelo abastecimento da
BR Aviation, cujo Jet-A custa R$ 5,49 por litro. Para realizar uma etapa do
voo, é gasto aproximadamente 303,4 litros, o que nos dá uma média de R$
1.665,66 por trecho operado, referente à gastos com combustível.
5.3 Salário do Tripulante Técnico:
Visando o porte da empresa, a média baixa de vôos e o equipamento a ser
operado, fica determinado como salário do tripulante técnico na faixa de R$
5.000,00, operando com 2 pilotos, que tendo por base a média de 96 vôos
mensais, nos gera um custo de R$ 104,16 por voo, referente aos honorários
da tripulação técnica.
5.4 Custo Total:
Somando todos os custos, chegamos à conclusão que, cada trecho da viagem,
custará em média R$ 2.108,84, desconsiderando a tarifa da área de Estadia, por
esta se tratar de uma variável. Como podemos ver no Gráfico 2 – Percentual por
fator de custo, o combustível equivale a 79% do total dos custos da operação.
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Para calcular os indicadores, agora que temos os custos aproximados da nossa
operação, foi considerado uma média de sete passageiros transportados, levando
em consideração que para 10 assentos ofertados, poderá ter dias em que sejam
transportados apenas 2 ou 3 e poderão ter dias em que serão transportados os 10
passageiros. Desta forma, obtivemos os seguintes indicadores, considerando a
operação por trecho e fixando o valor da passagem em R$ 421,76 por cada trecho:
ASK: = 10 x 446 = 4460
(Assento Ofertado x Km)
RPK: 7 x 446 = 3122
(Passageiro Pagante x Km)
Custo Total: R$ 2.108,84
Load Factor: 3122/4460 = 0,7 x 100 = 70%
(RPK/ASK)
CASK: 2108,84/4460 = 0,4728
(Custo/ASK)
Receita: 421,76*7 = R$ 2952,32/Voo
RASK: 2952,32/4460 = 0,6619
(Receita/ASK)
YIELD: 2952,32/3122 = 0,9456
(Receita/RPK)
BELF: 0,4728/0,9456 = 0,5 x 100 = 50%
(CASK/YIELD)
Resultado: 2952,32 – 2108,84 = R$ 843,48
(Receita Líquida – Custo Total)
Rentabilidade: (843,48 / 2952,32) * 100 = 28,57 %
(Resultado / Receita Líquida * 100)
Levando em consideração que este trecho é atendido precariamente por uma linha
de ônibus, cujo valor da passagem custa em média R$ 104,00 e a viagem tem uma
duração de 11 horas, nossa alternativa se apresenta viável para os empresarios e
para a indústria da região, pois custando aproximadamente R$ 317,76 a mais, o
passageiro tem um custo benefício muito maior, encurtando um total de 9 horas de
sua viagem, conseguindo ter maior produtividade para o fim que o mesmo deseja.
Como vimos, com apenas 50% da aeronave ocupada, já conseguimos alcançar
nosso ponto de equilíbrio para apresentar lucro, que almejamos atingir através da
disseminação cultural em efetuar este percurso de aeronave, com uma diferença
que possa custar 3 vezes mais a passagem de onibus, porém, que você
economizará 85% do tempo de viagem, podendo aplica-lo já nos objetivos
desejados ao fim, pelo qual o transporte torna-se apenas um meio de viabilizar e
agilizar seu desfecho.
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Por fim, elevando os indices aqui alcançados, para a operação mensal, chegamos a
valores instigantes para operacionalizar a rota, podemos verificar conforme mostra
abaixo:
Operação Média Mensal: 96 Voos;
Receita Mensal: R$ 283.422,72;
Custo Mensal: R$ 202448,64
RESULTADO MENSAL: R$ 80.974,08
Analisando os números, fica claro que a operação – desde que mantida com a
média de 7 passageiros transportados por voo – é rentável, mostra um resultado
positivo mostra um mercado ainda não explorado pelas grandes companhias aéreas,
com potencial possibilidade de crescimento e expansão e que ainda pode ser
subsidiado pelo governo com fins de fomentar a expansão industrial, não somente
petrolífera, mas de diversos outros setores da indústrial na região.
6. Conclusão
Devido a grande defasagem na ligação entre os dois maiores polos petrolíferos do
país, nós criamos uma rota que oferece um produto com alto custo benefício,
principalmente na redução de tempo do deslocamento de um ponto ao outro; através
das pesquisas de mercado atual e potencial de mercado, optamos por um avião
ideal para a realização da operação de acordo com o numero de pessoas que
pretendemos atender e o custo operacional do avião. A operação se mostrou
satisfatoriamente rentável e com resultado positivo, através do qual, esperamos
alavancar o fluxo de equipamentos, cargas e passageiros de um polo ao outro,
fomentando o desenvolvimento econômico, cultural, social e industrial, onde
acreditamos possuir fortes possibilidades do governo municipal, estadual e até a
própria Petrobrás, injetarem capital nos investsimentos necessários para garantir
uma boa operação, bem como na exoneração de alguns impostos e taxas, como por
exemplo já está sendo praticado por São Mateus. Uma vez que a indústria
petrolífera é um dos principais “players” do Estado do Espírito Santo e Rio de
Janeiro, acreditamos que a operação será plausível e que poderá se tornar ainda
mais rentável, caso o governo e a Petrobrás realize os apoios estratégicos
esperados em nossa empresa.
Referências Bibliográficas
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http://www.aeroportosdobrasil.com.br/espirito_santo_es/sao_mateus_es/aeroporto_sao_mateus_es.p
hp. Acesso em 01 nov 2013.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Hartung visita feira do petróleo no Rio de Janeiro. Disponível em:
http://www.es.gov.br/Noticias/115479/detalhes.htm. Acesso em 01 nov 2013.
EXAME.Os 20 países que lideram a produção de petróleo no mundo. Disponível em:
http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/os-20-paises-que-lideram-a-producao-depetroleo-no-mundo. Acesso em 07 nov 2013.
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INFRAERO. Aeroporto de Macaé. Disponível em:
http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/rio-de-janeiro/aeroporto-de-macae.html Acesso
em 07 nov 2013.
PREFEITURA DE SÃO MATEUS. Desinterdição do aeroporto municipal. Disponível em:
http://www.saomateus.es.gov.br/site/noticia-detalhe.aspx?id=1129 Acesso em 07 nov 2013.
PILATUS AIRCRAFT. PC-6 TURBO PORTER: anywhere, anytime, in any environment. Disponível
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SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DO ESPÍRITO SANTO. Petróleo e gás natural. Disponível
em: http://www.sedes.es.gov.br/index.php/setores-produtivos/petroleo-e-gas-natural Acesso em 07
nov 2013.
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