Rooms, de Anthony McCall
Daniel BradicaRooms, de Anthony McCall
Daniel Bradica

Exposições em Lisboa a não perder em Novembro

Artes plásticas, fotografia, documentais – há de tudo um pouco nas melhores exposições em Lisboa para ver em Novembro.

Helena Galvão Soares
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Novembro começa com um boa meia dúzia de novas exposições para ver nos principais museus de Lisboa. No MAAT, "Rooms", de Anthony McCall, e "Disco", de Vivian Suter, vieram juntar-se a William Klein e a "Black Ancient Futures". O Mude inaugurou a exposição permanente, de entrada grátis até 3 de Novembro. A Gulbenkian mostra a Veneza de Canaletto a Guardi. No MAC/CCB também há quatro novas exposições, uma das quais a partir da obra de Nan Goldin. A Narrativa também tem nova exposição, desta vez com a obra do vencedor do World Press Photo de 2020 na categoria de Assuntos Contemporâneos. E a Mostra de Fotografia e Autores propõe nada mais, nada menos, do que 20 exposições até Dezembro. Quer mais? Veja a nossa selecção de exposições de fotografia e de exposições documentais.

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Exposições em Lisboa a não perder este mês

  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Lisboa

É a primeira exposição individual de Anthony McCall em Portugal. O seu trabalho à volta da "luz sólida", que criou nos anos 70, foi interrompido nessa década e só regressou nos anos 2000. As suas obras estão num terreno entre o desenho, o cinema, a escultura e a instalação. Os desenhos de luz projectados criam esculturas opacas de luz e fumo imateriais mas que parecem tridimensionais. Só quando o espectador se desloca para dentro dessas formas é que fica a conhecer o seu lado interior, sendo envolvido por formas em lenta evolução. São cinco as peças que podem ser vistas no MAAT, duas de grande dimensão e duas com banda sonora. Obras intrigantes, lúdicas, sensoriais e belas.

Avenida de Brasília (Belém). Qua-Seg 10.00-19.00. Até 17 Mar. 11€ (grátis 10.00-13.00 no 1.º Dom do mês)/ 30€ passe anual. No sábado 23 de Novembro, às 17.00, há um concerto de David Grubbs, autor das bandas sonoras de duas peças de Anthony McCall, na Galeria 2

  • Arte
  • Belém

Em ano de celebração dos 50 anos do 25 de Abril, o colonialismo português em África era um tema incontornável. Não tanto a contribuição de peso que a Guerra Colonial teve para a revolução, mas antes a história do discurso da ideologia colonial. A exposição "Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades" contou com o trabalho de trinta investigadores e o contributo de várias instituições, nacionais e estrangeiras, que cederam a vasta documentação iconográfica apresentada nos painéis explicativos. A essa documentação acrescem as mais de 100 obras de arte africana expostas, das colecções do Museu Nacional de Etnologia. Leia a notícia completa aqui.

Avenida da Ilha da Madeira. Ter 14.00-18.00, Qua-Dom 10.00-18.00. Até 2 Nov 2025. 5€ (grátis ao abrigo das 52 entradas livres anuais para residentes em Portugal)

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  • Arte
  • Fotografia
  • Lisboa

A nova exposição da Narrativa, inaugurada a 1 de Novembro, dá a conhecer o mundo obscuro das feiras e exposições de armas. Entre 2016 e 2023, o fotógrafo russo Nikita Teryoshin foi a 16 feiras de armas para ficar a saber o que acontece antes de as guerras começarem. O trabalho que resultou disso, "Nothing Personal – The Back Office of War", venceu o World Press Photo 2020 na categoria de Assuntos Contemporâneos.

Rua Dr. Gama Barros, 60. Até 21 Dez. Qua-Sex 14.00-19.00, Sáb-Dom 14.00-17.00. Entrada livre

  • Arte
  • Fotografia
  • Lisboa

A Mostra de Fotografia e Autores – MFA Lisboa está de volta em Novembro e Dezembro, em 10 espaços culturais da cidade que vão acolher 20 exposições, de fotógrafos consagrados e emergentes. A iniciativa partiu da associação CC11 e tem por tema "Nós", com enfoque em projetos que abordam a noção de ligação, pertença e comunidade. Aém destas exposições, a MFA Lisboa promove encontros com os autores, debates e projeções que promovem uma reflexão artística sobre as diversas facetas do tema. Veja abaixo o resumo das datas e locais das exposições. A entrada é livre.

Nos Jardins do Bombarda (2 Nov a 7 Dez):
 "Agenda 2030", colectiva,
“Menos que Nada Não É Igual a Tudo”, de João Mariano,
“Casulo”, de Vitorino Coragem,
“Bailarino Valentim de Barros”, exposição-homenagem.

No Mercado de Arroios (2 a 30 Nov):
“Ponto de Chegada”, de André Rodrigues,
“Filhos do Sol - A Busca do Idílico”, de Augusto Brázio,
“Paraíso”, de Lara Jacinto,
“Prospectus”, de Paulo Catrica,
e “Corações ao Alto”, de Valter Vinagre.

Na Biblioteca de São Lázaro (9 Nov a 7 Dez): “Auto Retratos”, de Carola Cappellari.

Na Galeria Anita Guerreiro (4 a 30 Nov): “Küss den Frosch”, de Polly Hummel.

Na Faculdade de Belas-Artes (5 a 29 Nov ):
“Na Hora da Verdade, Não Sabia Como Lê-las”, de Elisa Freitas,
“And the Shape of Things Disappeared for a While”, de Joana Dionísio.

Na Casa da Imprensa (28 Nov a 10 Jan): “O Lopes”, retrospectiva do fotojornalista Carlos Lopes.

Na ETIC (13 Nov a 17 Dez):

“Beautiful Disasters”, de Hugo David,
“Cor”, colectiva de alunos da ETIC.

Na Biblioteca de Alcântara (7 Nov a 6 Dez): “Imagem Foto Corpo Lugar”, de Lucília Monteiro.

No Mercado de Campo de Ourique (8 Nov a 8 Dez):
“O Algarve de Asta e Luís de Almeida d’Eça”
“Murcado da Balbúrdia”, de Vasco Célio.

Na Escola Superior de Comunicação Social (6 Nov a 20 Dez): “Margem Sul”, de Luís Ramos.

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

O ponto de partida da exposição agora apresentada na Galeria Filomena Soares foi o desaparecimento e morte do fotojornalista sul-africano Anton Hammerl na guerra civil líbia em 2011. Edgar Martins era amigo de Anton e quis saber o que lhe tinha acontecido. Começou assim um projecto documental de investigação. Partiu para a Líbia em busca de imagens da guerra civil e de vestígios do amigo, recolhendo fotografias e imagens de arquivo. Recorreu à dark web, a páginas de fotografias de mutilações e de corpos. Esse projecto deu origem à série fotográfica Our War, que valeu a Edgar Martins o Sony World Photography Award de 2023. Desta série surge em 2024 o livro Anton's Hand is Made of Guilt. No Muscle or Bone. He has a Gung-ho Finger and a Grief-stricken Thumb, que dá origem à presente exposição.

Rua da Manutenção, 80 (Xabregas). Até 26 Nov. Ter-Sáb 10.00-13.00/ 13.30-19.00

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Avenidas Novas

É a primeira exposição de Alexandre numa instituição desde 2023, quando foi o primeiro português a ter uma individual no MoMA. Alexandre Estrela regressa a linhas que são fortes na sua obra, como o uso de ilusões ópticas e a instabilidade que isso causa. Uma das 13 instalações é mesmo uma referência directa ao desenho do coelho e do pato, que talvez quase acabem por formar um monstro, um coelhopato. 

Rua do Arco do Cego, 50 (Campo Pequeno). Até 2 Fev. Ter-Dom 11.00-18.00. 5€

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  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Lisboa

Climacz, nome de um bar no Jardim Constantino, é um projecto de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, em torno do dia 28 de Junho de 1995, quando foi feita a primeira celebração pública do dia do orgulho LGBTQIA+ em Portugal.

Rua Acácio Paiva, 27 (Alvalade). Até 16 Nov. Ter-Sáb 14.00-19.00. Entrada livre (toque à campainha)

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

"Telúricos — do latim tellur, terra — capta a exploração de Aja Espil de paisagens desabitadas enquanto entidades poderosas. Tal como os pintores românticos, que viam na natureza uma força divina, o trabalho de Aja Espil procura evocar uma sensação de distanciamento da vida contemporânea. As suas paisagens são metáforas visuais que falam do sublime, do desconhecido e das forças indiferentes da natureza", descreve Pedro Magalhães, da Galeria Balcony. A exposiçãp mostra oito pinturas paisagísticas a óleo que reflectem a interação entre a natureza e o esforço humano — o tema central de "Telúricos".

Rua Coronel Bento Roma, 12 A (entrada pela Estados Unidos da América, tocar à campainha). Ter-Sáb 14.00-19.30. Até 23 Nov. Entrada livre

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  • Arte
  • Baixa Pombalina

Em "Para que servem as coisas?" – interpelação que não é para levar à letra – é proposta uma viagem por 120 anos de design através do acervo do Mude, nas vertentes da moda, produto, design gráfico e matéria documental. Hoje, o Mude conta com cerca de 17.000 itens e um conjunto de colecções transversais a muitas áreas do design, incluindo as de maior especificidade como o design gráfico ou o design de cena. Ao longo de 19 núcleos, distribuídos por mais de três mil metros quadrados, o visitante é levado a serpentear por entre décadas, movimentos, discursos e inovações. Observar a evolução do design desde 1900 até aos nossos dias é uma das leituras possíveis, tal como compreender a história através dos objectos, ver como as mulheres saltaram para a fila da frente as opções curatoriais ou ainda comparar o contexto internacional com o passo português, uma completa novidade na exposição que se quer como "coluna vertebral" do Museu do Design. No quarto piso, o Mude deu lugar ao processo a montante, com quatro casos práticos de como o design se relaciona de forma orgânica com áreas como a música, o cinema e o teatro.

Rua Augusta, 24. Ter-Qui e Dom 10.00-18.00, Sex, Sáb 10.00-20.00. 11€ (visita guiada +2€). Grátis Sex 17.00-20.00 e Dom 10.00-14.00 para residentes no concelho de Lisboa. Entrada livre até 3 Nov (Dom)

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

O termo “cegueira das plantas” foi cunhado por J. H. Wandersee e E. E. Schussler em 1999 e refere-se à nossa incapacidade de reconhecer o papel das plantas na Terra e à crença de que elas são inferiores aos animais.

“No trabalho de Weismann há muito que se tenta encorajar a “cegueira humana”: as figuras têm funcionado caracteristicamente mais como figurantes do que como personagens principais. São normalmente obscurecidas ou cortadas e, nesta exposição, estão escondidas atrás de troncos ou folhas. As plantas de Weismann encontram-se lado a lado com os seres humanos e, nalgumas pinturas, as árvores são dotadas de uma agência metafórica e são representadas a salvar a vida de seres humanos de carros em despiste”, lê-se na folha de sala. Esta é a terceira exposição individual de Willem Weismann na galeria e segue-se a “Flotsam & Jetsam”, uma exposição dupla com Hugo Canoilas em 2022.

Rua Reinaldo Ferreira, 20 A (Alvalade). Ter-Sáb 14.00-19.00. Até 23 Nov. Entrada livre

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  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Lisboa

A pintura de Vivian Suter é predominantemente abstracta e executada no exterior, onde fica sujeita à acção dos elementos, dos insectos e dos três cães (o mais cachorro e traquinas chama-se Disco, como a exposição). As telas não são assinadas nem datadas e, nas exposições, são tratadas de forma flexível: montadas nas paredes, suspensas, expostas na horizontal ou vertical, por vezes com frente e verso igualmente à vista, individualmente ou como parte de conjuntos.

Depois de um hiato de cerca de 20 anos, em que continuou a sua prática artística mas longe dos circuitos expositivos, Vivian Suter foi redescoberta e a sua obra está a ser exibida em circuitos internacionais. "Disco" apresenta 500 pinturas dos últimos 10 anos, tem um número significativo de obras inéditas e é uma co-produção com o Palais Tokyo, Paris, instituição para onde seguirá e será apresentada no Verão de 2025. 

MAAT. Avenida de Brasília (Belém). Qua-Seg 10.00-19.00. Até 17 Mar. 11€ (grátis 10.00-13.00 no 1.º Dom do mês)/ 30€ passe anual. Na quinta-feira, 30 de Outubro, às 18.00, decorre uma conversa com Vivian Suter e Sérgio Mah na Galeria Oval.

  • Arte
  • Lisboa

A disciplina do Desenho começou tardiamente a ser cultivada em Portugal e foi no Porto que teve o seu início, pela mão do pintor real João Baptista Ribeiro (1790-1868) no Museu Portuense, embrião do futuro Museu Soares dos Reis. Outro passo decisivo é dado em 1836 com a criação das Academias de Belas Artes de Lisboa e Porto. A colecção do MNAC tem muitas obras dessa tradição académica, que, depois de mais de um século guardadas nas reservas do museu, foram estudadas e preparadas para serem expostas. No momento em que o MNAC prepara a reabertura da exposição de longa duração da colecção, estes primeiros trabalhos vão ser também expostos, juntamente com outros, contemporâneos, na Ala Capelo Sul.

MNAC. Rua Capelo, 13. De 25 Out até 26 Jan. Ter-Dom 10.00-18.00. 8€ (entrada livre para residentes em Portugal ao abrigo das 52 visitas grátis anuais)

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  • Arte
  • São Sebastião

Veneza era, no século XVIII, um dos centros da Europa. Cidade de comércio intercontinental, mas também das artes e da celebração nas ruas, foi retratada por muitos pintores, entre os quais se destacam dois mestres venezianos da época – Canaletto e Francesco Guardi. A partir da própria colecção, mas também com obras emprestadas pelo Museu Thyssen-Bornemisza, em Madrid, o Museu Calouste Gulbenkian exibe o virtuosismo pictórico destes dois nomes, numa rara oportunidade de ver de perto as desafogadas vistas da cidade – veduta – que estes retrataram, mas também aprender mais sobre as fulgurantes tradições que animavam a cidade.

Avenida de Berna, 45 (Praça de Espanha). Qua-Sex, Dom 10.00-18.00. Sáb 10.00-21.00. Até 13 de Janeiro. 6€

  • Arte
  • Belém

Raúl Hestnes Ferreira está em destaque no piso 0 do MAC/CCB. Até 13 de Abril, pode visitar a exposição que se debruça sobre o processo de trabalho do arquitecto português, em particular sobre o desenho a carvão e pela constante experimentação da arquitectura. "Trata-se de um método profundamente disciplinar no qual as decisões de projecto emergem nas manchas carregadas dos traços firmes. Formas puras e tipologias clássicas enredam-se neste modo de fazer, sedimentando-se numa arquitetura robusta que explora as qualidades dos materiais na sua expressão natural, sem quaisquer filtros ou artifícios", pode ler-se no texto de apresentação. A exposição é organizada pela Fundação Instituto Marques da Silva e tem curadoria de Patrícia Bento d’Almeida, Paulo Tormenta Pinto e Alexandra Saraiva. Esta última fará uma visita guiada já no sábado, 19 de Outubro, às 16.00.

Praça do Império. Ter-Dom 10.00-18.30. Até 13 Abr. 12€/7€ para residentes em Portugal (grátis ao Dom até às 14.00)

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  • Arte
  • Belém

Em 1985, Nan Goldin apresentava The Ballad of Sexual Dependency no MoMA, em Nova Iorque. No ano seguinte, a série fotográfica chegava na forma de livro e com o mesmo título. Composto por mais de 700 imagens, captadas entre 1979 e 1986, o trabalho permanece até hoje como um dos retratos mais íntimos da subcultura queer da Nova Iorque pós-Stonewall. A intimidade, omnipresença na lente da fotógrafa norte-americana, foi trazida para o centro da nova exposição do MAC/CCB. "Intimidades em fuga. Em torno de Nan Goldin" parte de 126 fotografias, expostas lado a lado numa única parede, procura outras reflexões em torno deste conceito através de obras de outros 35 artistas, portugueses e internacionais.

Praça do Império. Ter-Dom 10.00-18.30. Até 31 Ago. 7€ residentes (Dom até 14.00 grátis para residentes)

  • Arte
  • São Sebastião

Junto à nave principal do CAM, encontramos a exposição "O Calígrafo Ocidental. Fernando Lemos e o Japão", que tem como base a viagem de seis meses do artista ao Japão, em 1963, para aprender caligrafia japonesa com uma bolsa da Gulbenkian. A fotografia e o desenho estão na base da exposição, complementados por um conjunto de estampagens japonesas da colecção do Museu Calouste Gulbenkian e por um painel de azulejo da Ratton. Pode ser visitada até 20 de Janeiro de 2025.

Rua Marquês de Fronteira, 2 (São Sebastião). Até 20 Jan. Qua-Seg 10.00-18.00 (Sáb até 21.00). 12€ (entrada livre ao domingo depois das 14.00)

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  • Arte

O Centro de Arte Manuel de Brito (CAMB) mostra parte da sua colecção com a exposição “Os Artistas Surrealistas na Coleção Manuel de Brito”, comemorando o centenário da publicação do Manifesto Surrealista de André Breton, em 1924, e os 75 anos da primeira exposição d'Os Surrealistas, anti-grupo surrealista português, fundado por Mário Cesariny e Cruzeiro Seixas. A exposição apresenta obras dos maiores representantes do movimento surrealista em Portugal, realizadas entre 1940  e 84, e também cartazes originais das três exposições, publicações, convites, catálogos, fotografias, livros. A folha de sala de Maria Arlete Alves da Silva traça uma breve história do movimento em Portugal e das suas sucessivas dissidências.

Campo Grande, 113 A. Ter-Sáb 10.00-13.00, 14.00-19.00. Até 4 Jan. Entrada livre (toque à campainha)

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

Exposição de fotografia de retrato, com obras sobretudo inéditas, a cores, e uma sala onde passa uma colecção de fotografias, já não só retratos, e vídeos, datados de 1970 até hoje. A propósito do título, diz o curador, Óscar Faria, que "a exposição pode ser descrita como um tratado do amigo e do amado, na senda do texto escrito pelo catalão Ramon Llull, no século XIII". Os retratos são de familiares e amigos do fotógrafo e relacionam-se com o lugar onde são tirados. O espelho é um tema que percorre a exposição.

Avenida da Índia, 170. Até 22 Dez. Ter-Dom 10.00-13.00, 14.00-18.00. Entrada livre

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  • Arte
  • Belém

Artistas e cineastas, Ila Bêka e Louise Lemoine viajam pelo mundo desde 2017 para explorar a ideia de cidade como ecossistema, sempre observando o comportamento da espécie que designam como Homo Urbanus. Desse processo resultaram as 13 horas de filmes de 13 diferentes cidades, entre elas Tóquio, Mumbai/Bombaim, Rabat e Veneza, agora no MAC/CCB, naquela que é a maior apresentação do projecto até à data. Em cada uma das cidades, a rua é o grande palco onde as acções do quotidiano se desenrolam. No museu, uma "épica instalação de vídeo de uma pura observação cinematográfica convida o visitante a participar numa longa viagem pelo espaço urbano global." Com curadoria de Justin Jaeckle, a exposição pode ser vista até 20 de Abril de 2025.

Para dia 9 de Novembro, às 16.00, está marcada uma visita. A exposição será ainda acompanhada de um ciclo de cinema no Pequeno Auditório do CCB, com sessões a 3 de Dezembro, 7 de Janeiro e 13 de Fevereiro. Na Cinemateca haverá outras três sessões, a 11, 12 e 14 de Março. A dupla encontra-se a produzir um filme sobre Lisboa para juntar ao leque de cidades já percorridas. Será apresentado a 5 de Março, às 19.00, no CCB.

Praça do Império. Ter-Dom 10.00-18.30. Até 20 Abr. 12€ / 7€ para residentes em Portugal (grátis ao Dom até às 14.00). Visita guiada 9 Nov 16.00: gratuita, com inscrição prévia pelo e-mail servico.educativo.museu@ccb.pt e aquisição de bilhete de entrada no museu

  • Arte
  • São Sebastião

É a primeira grande exposição a ocupar a nave principal do renovado Centro de Arte Moderna Gulbenkian. Leonor Antunes, artista portuguesa fixada em Berlim, tira partido do monumental pé-direito para apresentar um conjunto de 30 peças escultóricas, suspensas sob uma superfícies em cortiça. Uma alusão à verticalidade dos corpos, mas também um questionamento da subalternização das mulheres na história da arte moderna. No mezzanino, a reflexão continua, agora em diálogo com a colecção do CAM. As obras escolhidas por Leonor Antunes enfatizam o papel das mulheres na produção artística nacional ao longo de todo o século XX, aqui representada por figuras esquecidas ou obras menos conhecidas de nomes sonantes – Maria Keil, Guida Fonseca e Helena Almeida, de quem se expõe uma peça nunca antes mostrada, entre muitas outras. A exposição "da desigualdade constante dos dias de leonor*" pode ser visitada até 17 de Fevereiro de 2025.

Rua Marquês de Fronteira, 2 (São Sebastião). Até 17 Fev. Qua-Seg 10.00-18.00 (Sáb até 21.00). 12€ (entrada livre ao domingo depois das 14.00)

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  • Arte
  • Belém

O museu recebe aquela que é a primeira exposição de Fred Sandback em Portugal. "A última exposição com esta escala, na Europa, foi feita há mais de 20 anos", assinala a curadora Lilian Tone. Nas amplas salas do piso -1, há 16 peças do escultor minimalista para ver de perto, cinco das quais exposta pela primeira vez fora do atelier. Ver as obras de perto é, aliás, a forma desejável de visitar a exposição "Fred Sandback: Alinhavando o Espaço". Além de ter sido um dos precursores da arte minimal dos anos 60 e redefinido os limites da escultura na época, tomou como material de trabalho o próprio espaço ocupado pelo observador.

Praça do Império. Ter-Dom 10.00-18.30. Até 9 Mar. 7€ residentes (Dom até 14.00 grátis para residentes)

  • Arte
  • São Sebastião

O renovado Centro de Arte Moderna Gulbenkian dedica uma das suas galerias, no piso subterrâneo, a expor peças do próprio acervo. Em "Linha de Maré. Coleccção do CAM", são mostrada cerca de 80 peças, tendo o 25 de Abril de 1974 como ponto de partida temporal, para sublinhar a relação de artistas com o mundo natural e, em particular, com as ameaças ao planeta.

Rua Marquês de Fronteira, 2 (São Sebastião). Até 11 Mai 2026. Qua-Seg 10.00-18.00 (Sáb até 21.00). 12€ (entrada livre ao domingo depois das 14.00)

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  • Exposições
  • Lisboa

Dando continuidade às celebrações que tem feito do 75º aniversário da primeira exposição do anti-grupo "Os Surrealistas", onde pontuavam nomes como Mário Cesariny, Pedro Oom e Cruzeiro Seixas, entre outros, a Perve Galeria faz agora uma retrospectiva da obra de João Artur da Silva, o último fundador vivo desse grupo.

Rua das Escolas Gerais, 17-23 (Alfama). A 30 Nov. Ter-Sáb 14.00-20.00. Entrada livre

  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Lisboa

A exposição, curada por Brandy Carstens, tem como título um termo cunhado pelo artista japonês Kishio Suga que significa “intervalo” ou “espaço entre”. Conceitos idênticos existem em outras latitudes e são expostos pelos vinte artistas presentes na exposição, provenientes da América do Sul, Médio Oriente, Leste Asiático, Europa e Estados Unidos, que trazem consigo memórias da escravatura e do período colonial, de guerras ou de migrações em massa.

Rua do Patrocínio, 67 E (Campo de Ourique). Ter-Sex 10.00-13.30, 14.30-19.00, Sáb 14.30–19.00. Até 16 Nov. Entrada livre (tocar à campainha)

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  • Exposições
  • Belém

Anunciada pelo MAAT como "a mais ambiciosa exposição da obra de William Klein no continente europeu, depois do seu falecimento", "O Mundo Inteiro é um Palco" – título tirado a Skakespeare, que Klein andava a reler – tem a curadoria de David Campany, conhecido investigador contemporâneo na área da fotografia e amigo do fotógrafo norte-americano (1926-2022).

Avenida de Brasília (Belém). Até 3 Fev. Qua-Seg 10.00-19.00. 11€ (grátis 10.00-13.00 no 1.º Dom do mês)/ 30€ passe anual

  • Arte
  • Belém

"Foi difícil chegar a um nome para esta exposição", explica Camila Maissune, curadora, juntamente com o director do museu, João Pinharanda, de "Black Ancient Futures", com onze artistas de várias nacionalidades, parte dos quais a expor pela primeira vez em Portugal. "Não queríamos um título com as palavras 'África', 'africano' e 'diáspora'. Não queríamos um nome de quem quer ajustar contas. Queríamos um título esperançoso, de futuro. Sem amnésia sobre o passado, mas a propor novos lugares", continua. A espiritualidade e o misticismo africano, o "Ancient" do título, estão nas obras destes novos artistas que criam narrativas mágicas e de ficção científica, que pensam futuros utópicos e distópicos, propícios a mudanças de pontos de vista, a outros olhares. 

Avenida de Brasília (Belém). Até 17 Mar. Qua-Seg 10.00-19.00. 11€ (grátis 10.00-13.00 no 1.º Dom do mês)/ 30€ passe anual

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  • Exposições

Nesta sexta edição, o festival tem por tema as alterações climáticas e lança alertas contra a rápida degradação do planeta e a necessidade de mudança como condição decisiva para salvar a humanidade. Conte com nove exposições, conferências, debates e documentários, até Dezembro (notícia detalhada aqui).

No Mercado da Ribeira pode ver até 15 de Novembro "Submerged Portraits", de Gideon Mendel. Na Sociedade Nacional de Belas Artes, a colectiva “A View from No-Place: Time in the Age of the Anthropocene” fica até 12 de Outubro. No Museu Nacional de Arte Contemporânea, até 8 de Outubro, Manuel Sendón, relembra a catástrofe ambiental do Prestige na Galiza, em “Cuspindo a Barlovento”, e o artista Yu Depeng, mostra “Cielo redondo y Tierra quadrada”. Até 2 de Novembro, "Por um fio", de Claudia Fischer, na Galeria Imago Lisboa, e, na Imago Garage, a colectiva "Action for a Green Future II". 

De 3 de Outubro até 2 de Novembro, na Galeria de Santa Maria Maior, pode ver-se "Ubiquitous anomaly – Revealing climate change", de Fabio Cian (imagem em destaque), sobre o modo como as alterações climáticas se têm revelado anomalias omnipresentes nos estudos científicos. De 10 de Outubro até 14 de Dezembro, no Instituto Cervantes, "La memoria del desierto", de Saleta Rosón. A encerrar a edição do Festival Imago 2024, a 28 de Outubro (e até 3 de Novembro), nas Carpintarias de São Lázaro a colectiva "Action for a Green Future II".

Vários locais. Set-Dez, vários horários. Mais informação em imago.lisboa.pt. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

António Costa Cabral, 4.º conde de Tomar, nasceu em 1901. A casa da sua família era, nada mais, nada menos, do que o Convento de Cristo, razão pela qual parte das suas fotografias são assinadas como RAMOT, um anagrama de Tomar. A exposição, com curadoria de Paula Figueiredo e Sofia Castro, privilegia a apresentação de provas de época e de provas atuais provenientes de negativos de 35 mm e diapositivos de cor. Para saber mais, não perder as visitas guiadas: 19 Out (Sáb) 15.00, 24 Out (Qui) 15.00 (com língua gestual portuguesa), 16 Nov (Sáb) 15.00. As visitas são livres mas sujeitas a marcação através de arquivomunicipal.se@cm-lisboa.pt ou +351 218 171 330.

Rua da Palma, 246 (Martim Moniz). Até 15 Mar. Seg-Sáb 10.00-18.00. Entrada livre

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  • Exposições
  • Lisboa

Com os soldados romanos, chegavam também à Península Ibérica as suas mulheres, escravas e amantes, de que a história pouco reza. Nesta exposição, os objectos encontrados no sítio arqueológico de Augusta Emerita - a actual Mérida, que era capital da província romana da Lusitânia, à qual Felicitas Iulia Olisipo/ Lisboa pertenceu administrativamente - permitem dar voz a estas mulheres e recuperar o rasto das suas vidas. Integrada na programação da Mostra España, esta exposição é uma parceria do Museu de Lisboa-Teatro Romano com o Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida, o Consórcio Ciudad Monumental de Mérida e o Museo Nacional de Arte Romano.

Rua de São Mamede, 3 A. Até 24 Nov. Ter-Dom 10.00-18.00. 3€ (entrada livre ao domingo até às 14.00 para residentes no concelho)

  • Arte
  • Estrela/Lapa/Santos

Estas não são umas estampas quaisquer. A mais recente exposição do Museu do Oriente enaltece a relação entre duas das mais proeminentes artes japoneses, a xilogravura e o Kabuki, uma forma de teatro popular. A mostra exibe 91 estampas e 11 objectos do acervo da Fundação Oriente nunca antes mostrados, numa viagem pelos bastidores desta expressão cultural, desde meados do século XVIII ao início do século XX. A preparação dos actores, o estatuto de celebridade que tinham na época, a estrutura dos palcos, instrumentos musicais, trajes e adereços. Estão também previstas quatro visitas guiadas pelas comissárias da exposição, Hannah Sigur e Beatriz Dantas (27 Set, 25 Out, 15 Nov e 13 de Dez). 

Avenida de Brasília, Doca de Alcântara. Até 29 Dez. Visitas guiadas: 15 Nov e 13 de Dez. Ter-Dom 10.00-18.00, Sex 10.00-20.00 (entrada gratuita das 18.00-20.00). 8€

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Marvila

"Conforme sugerido pelo título, RITORNARE, a exposição reflete sobre questões de revisitação e reinvenção identitária, convocando para esse exercício o imaginário visual e conceptual da ideia de diva e da própria obra do artista. Numa exposição composta por escultura, vídeo, instalação e fotografia, Vasco Araújo remete para o passado como esteira para pensar o presente, aliado à transformação e liberdade", resume de forma muito esclarecedora o texto que apresenta "RITORNARE", de Vasco Araújo.

Rua Capitão Leitão, 76. Até 16 Nov. Ter-Sex 12.00-19.00, Sáb. 14.00-19.00. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lisboa

Luisa Cunha é uma artista conhecida pelas suas instalações com som e texto, em que fragmentos de frases, contidos e subtilmente articulados, sugerem uma abordagem por vezes absurda, ou mesmo humorística, dos contextos em que as suas obras são apresentadas. Para as desafiantes condições físicas do espaço Lumiar Cité a artista criou novos contextos para duas das suas obras.

Rua Tomás Del Negro, 8A (Alta de Lisboa). Até 22 Dez. Qua-Dom 15.00-19.00. Entrada livre

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  • Coisas para fazer
  • Caminhadas e passeios
  • Lisboa

Em "Just let them come, visit, like birds", Carlos Alexandre Rodrigues parte da ideia de criar uma cor para um sentimento ou emoção; através da vivência da paisagem, habitual no seu trabalho, procura imaginar uma determinada cor, num determinado momento e local. Como que para suspender um momento, cristaliza em pinturas o tempo dessas paisagens. Esta é a segunda exposição individual do artista na galeria Salgadeiras Arte Contemporânea.

venida Estados Unidos da América, 53 D (Alvalade). Até 16 Nov. Qua-Sáb 14.30-19.30. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lumiar

Um edifício conta muitas histórias. Ainda mais quando esse edifício – o Teatro Nacional D. Maria II – viveu umas quantas e fez subir ao palco muitas mais. Com curadoria de Tiago Bartolomeu Costa, a mostra tem fotografias, maquetes, trajes, desenhos e tudo o que se possa imaginar, e é uma oportunidade para ver curiosidades como um palco com os figurinos que fizeram parte da encenação de Auto da Alma, por Almada Negreiros, ou um cartaz com o desenho técnico da construção do fosso de 20 metros de profundidade onde foi instalado o palco giratório nas obras de 1964-78. 

Estrada do Lumiar, 10. Até 29 Dez. Ter-Dom 10.00-13.00, 14.00-18.00. Próximas visitas comentadas: 7 Dez (Dom). 5€ (entrada livre ao abrigo dos 52 dias de visitas grátis)

 

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • São Vicente 

Uma exposição a assinalar os 110 anos do nascimento de João Hogan, através de uma pareceria entre Panteão e Culturgest. São 12 obras de diferentes tipos (óleos sobre tela, xilogravura, águas-tintas e águas-fortes) da autoria de Hogan e um pequeno filme/ documentário produzido pela Fundação Calouste Gulbenkian. Use o seu passe de 52 visitas anuais e passe por lá porque vale a pena conhecer a variedade da obra de João Hogan.

Campo de Santa Clara. Ter-Dom 10.00-18.00. Até 1 de Dez. Entrada livre para residentes em Portugal ao abrigo das 52 visitas grátis

Arte em Lisboa

  • Museus

Há museus em Lisboa onde pode entrar – sempre – sem gastar dinheiro. Outros há em que se paga bilhete, excepto num ou outro dia da semana ou do mês. É que nem precisa de mexer na carteira. Seja ao domingo, na última quinta-feira do mês ou depois ou antes de uma certa hora. E há ainda os museus em que passou a poder entrar usando um dos seus 52 dias anuais de entradas livres – só tem de estar atento e apontar na agenda. Aproveite este guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa.

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  • Arte
  • Arte urbana

Vhils, Bordalo II, Aka Corleone, Smile, ±MaisMenos±, Tamara Alves ou Mário Belém são alguns dos nomes mais sonantes neste roteiro de arte urbana em Lisboa. A eles juntam-se artistas de todo o mundo, que escolhem Lisboa para servir de tela aos mais variados estilos e mensagens. Se por um lado Lisboa está em guerra com taggers com pouco talento para a coisa – e que fazem questão de espalhar assinaturas por tudo quanto é sítio –, por outro a cidade é cada vez mais um museu a céu aberto de belíssimas obras de arte urbana. Embarque connosco num passeio alternativo pela cidade.

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