#carteldapoesia

@carteldapoesia / carteldapoesia.tumblr.com

Somos um lar para escritores e divulgamos autorias de escritores desconhecidos há mais de 6 anos. Tenha suas autorias divulgadas pelo projeto, marcando a nossa tag #carteldapoesia.

A tudo existente (poesia, março 2025)

Há quem diga ser somente através da dor

Ao mundo poético ser permitido o acesso

Qualquer sentimento pode ser inspirador

E o sofrimento não é seu único ingresso!

Toda emoção é uma musa em potencial

Durante a alegria não é comum refletir

Nos perdemos acreditando ser normal

Mas ao sofrer é que paramos pra sentir

Enquanto nós sorrimos a mente esvazia

Vivemos tão intensamente o momento

Sem parar para pensar nessa anomalia

Quando tudo funciona em alinhamento

Não é apenas o relato do sobrevivente

Assim como o violino dança e marcha

E as tintas a tela branca e vazia marca

A poesia declara amor a tudo existente

Ainda não consegui partir, mais eu sinto que cada pedacinho seu dentro de mim está se esvaindo aos poucos, como poeira no vento, ainda me sinto ligada em você, e talvez sempre estaremos assim, mas meu bem, não consigo mais te olhar como a primeira vez, quando meus olhos brilhavam em direção aos seus, quando eu passava horas admirando seu sorriso, suas falas, cada detalhe que acelerava meu coração, hoje eu te olho e sinto dor, dor por ver algo que poderia ser eterno se acabando em meio às dúvidas, e não me culpe, você sabe que eu lutei mais do que tudo para permanecer ao seu lado, e construímos uma vida juntos, mas seu vício acabou com tudo, acabou com nos, com a confiança que eu tinha em você, na verdade tudo isso acabou comigo, o fato de você não se importar é o que mais me destrói. Na verdade você me destruiu, e infelizmente apesar de tudo e todo sentimento eu preciso ir!

Carolina Alves

não é que você não seja a mulher dos meus sonhos. você definitivamente é. a questão é que eu acho que eu me cansei de sonhos. o mundo é real, palpável, triste e guiado por um sistema de produção decadente e solitário. o capitalismo nos atomizou de uma forma tão arrebatadora que eu me acostumei com a solidão. passar horas sem falar com ninguém, fazer cárdio ou yoga sozinho em casa, brincar com meu cachorro, fumar meu baseado e assistir o jogo na tv. a felicidade absoluta de uma mente derretida. o genuíno sentimento de completude da solidão. e não me venha com solitude. eu odeio essa palavra e tudo que a representa e todos os seus defensores. eu odeio neologismos. a não ser que você seja o Guimarães Rosa. mas você não escreveu Grande Sertão: Veredas. você é só uma mulher mimada que não conseguiu superar a adolescência e acha que fazer birra comigo vai compensar o divórcio dos seus pais e o tratamento frio que você recebeu deles. em tese, você é perfeita. inteligente, sexy, divertida, interessante e com o melhor par de pernas que eu já vi. mas eu acho que me cansei. me cansei da falta de emoção. me cansei da falta de frio na barriga. me cansei de você ameaçando ir embora. quem se importa se você vai embora? a emoção acabou. ela sempre acaba, mais cedo ou mais tarde. talvez não acabe para aqueles casais perfeitos de comercial de margarina, mas comigo sempre acaba. não é você, sou eu. é uma desculpa, claro. mas também é verdade. é meu tédio, meu vício. desde que eu estou limpo tem algo no cheiro de ar puro matinal que me causa náuseas, e você gosta de correr na pista de manhã. é triste admitir, mas eu não te quero mais.

02/04/25 – 10:42

Me peguei aqui querendo simplesmente achar um poema nesse livro maldito que tivesse a ver com você.

Só para te mandar, você se encontrar nele e saber que eu lembrei de você.

Como se precisasse mesmo da porra de um poema para me lembrar de você.

Eu não te esqueço nunca.

Tem pessoas que chegam na nossa vida para nos ensinar, não a amar, mas para aprender sobre amar, e sobre o verdadeiro significado de se sentir amado. Pessoas que nos ensinam em meio a dor a reconhecer o nosso valor, a se olhar com mais cuidado, e perceber que somos valiosos demais para receber o pouco do outro, ou me afoga com a intensidade ou melhor nem se atrever a molhar os pés. É tudo ou nada, e se o que tem a me oferecer é pouco eu não quero, porque eu mereço muito!

Carolina Alves

Anonymous asked:

Consegue escrever algo mais feliz?

"Numa psicanálise, descobre-se que a vida adulta é sempre menos adulta do que parece. Ela é pilotada por restos e rastros da infância".

Contardo Galligaris

Minha doce criança assustada pilota-me pelas estradas do crescer

Pulando calçadas e correndo

Tropeçando, caindo, ralando seu joelho

Minha pequena criança me guia, com medos bobos e sonhos mais altos que o céu

Minha vida não é tão adulta como parece

A minha criança segue cantarolando pelos cantos

Brincando com as coisas

Eu não ando reto pelas calçadas

Eu vejo os desenhos e riu

Eu como chocolate e me sujo

Minha amada criança me leva

Ela não me deixou

Fico feliz de ainda poder andar com ela

Lado a lado

Eu não sou tão adulta como as vezes pareço

Eu sou uma criança boba

Eu sou uma adulta séria

Por essa longa jornada

Trilhando meu destino, por vezes chorando, outras rindo de coisas bobas

Eu amo isso

Eu amo essa criança

Eu me amo. 🥺❤

(Feliz e fofa ❤️‍🩹🥰🫂)

caoswriter

Avatar
Teu silabário sensual

Embora eu fosse, por natureza, um falante nativo de inglês, você sabia, mais do que eu mesmo, que o inglês nunca foi a minha língua materna.

Pois, quando estou diante de você, quando me perco na vastidão da sua presença, não existem palavras — existe apenas o que não sei dizer.

Esse é a minha língua materna.

A maneira como meus dedos buscam o contorno do teu rosto, como se clamassem por algo esquecido no escuro.

E isso, também, é uma língua que conheço.

A maneira como me dissolvo, silenciosamente, nos mares invisíveis do teu coração, como se eu fosse mel se misturando em uma xícara de leite morno.

Esse foi, é, e sempre será a minha língua nativa.

@dervishlatino | NNF نشوان نازاريو فيريرا ✦r
You are using an unsupported browser and things might not work as intended. Please make sure you're using the latest version of Chrome, Firefox, Safari, or Edge.