A paz de não saber e não querer saber de nada.
L I B E R T A D O R
mais uma batalha perdida. eu jurei que não faria, mas fiz. e não que meu problema seja mentir pras pessoas. eu sou tão bom nisso. minto com uma naturalidade que, sinceramente, eu nem gosto. mas nesse caso, não. eu não menti para ninguém porque eu não falei publicamente. o combinado era interno. as minhas personalidades se reuniram e disseram: essa semana você vai ficar de boa. em casa, sóbrio, produtivo. mas eu não falei sobre isso. esse foi mais um assunto sobre o qual eu não falei. eu não falei sobre isso assim como eu não falei sobre ter voltado a escrever, sobre meu medo do vício ser mais forte que eu, sobre o fato de que eu estou cansado e infeliz. eu simplesmente nunca falo sobre nada. eu sou fraco, medroso, desatento, protelador e não-confiável. eu fujo de responsabilidades, não assumo compromissos e simplesmente deixo a vida seguir sem tentar interferir. como um barco à deriva. como uma bolha de sabão. como a fumaça que me venceu.
eu continuo e às vezes continuar não faz sentido.
e se algum dia eu desistir não foi por fraqueza, foi cansaço. eu estou exausto...
Hoje eu pensei nela com saudades e meu coração se encheu de tristeza; e a dor fez as lágrimas transbordarem pelos meus olhos. Mas não há nenhuma novidade nisso, porque eu pensei nela ontem, e anteontem, e todos os dias desde que se foi. Eu penso e em silêncio a chamo, mas infelizmente tudo que me resta são memórias, imagens gravadas na minha mente e amor no meu coração. E eu a amo a cada flash e a cada batida, sem interrupção e para sempre.
F, @purificai-vos.
“Uma mensagem sua me salva de qualquer dia ruim.”
— Carpinejando.
(dele/ele)