História
O desafio de uma época
A principal referência temporal de criação da Universidade Federal de Pernambuco é a criação dos cursos jurídicos em 1827, que deu origem à Faculdade de Direito do Recife. Já no dia 11 de agosto de 1946, foi criada a Universidade do Recife (UR), por meio do Decreto-Lei da Presidência da República nº 9.388, reunindo um conjunto de escolas de nível superior existentes em Pernambuco:
Faculdade de Direito do Recife (fundada em 1827); Escola de Engenharia de Pernambuco (1895); - Escola de Farmácia (1903);
- Escola de Odontologia (1913);
Faculdade de Medicina do Recife (1915); Escola de Belas Artes de Pernambuco (1932); e Faculdade de Filosofia do Recife (1940).
Joaquim Amazonas foi além da ideia de um centro acadêmico, e de forma precursora conclamou seus professores, gestores, técnicos e estudantes para participarem do projeto de uma verdadeira Cidade Universitária.
A construção do campus do Recife começou em 1948, após uma longa discussão sobre a localização da obra. Entre os lugares cogitados estavam terrenos nos bairros de Joana Bezerra, Santo Amaro, Ibura, Centro do Recife, e um loteamento na Várzea, onde funcionou o antigo Engenho do Meio.
E foi esse terreno do Engenho do Meio o escolhido para a construção do campus Recife, chamado posteriormente Campus Joaquim Amazonas.
Em 1967, a UR foi integrada ao grupo de instituições federais do novo sistema de educação do País, recebendo a denominação de Universidade Federal de Pernambuco, autarquia vinculada ao Ministério da Educação. A O governo federal reestrutuou as universidades federais brasileiras por meio dos Decretos-Leis nº 53/66 e nº 252/67.
Os recursos usados na aquisição e implantação do campus universitário foram provenientes do Governo do Estado, que alocou 0,10% dos impostos de vendas e consignações para a edificação do projeto.
Os primeiros prédios construídos no campus foram o Biotério, espaço destinado à criação de animais, que ficou localizado na área onde atualmente estão o Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde. A concepção do projeto arquitetônico do campus foi do arquiteto veneziano Mário Russo.
Prédio da Reitoria da UFPE, em construção
Galeria de Reitores
- Joaquim Ignácio de Almeida Amazonas – agosto de 1946 a agosto de 1959
- João Alfredo Gonçalves da Costa Lima – agosto de 1959 a junho de 1964
- Newton Maia – julho de 1964 a agosto de 1964
- Murilo Humberto de Barros Guimarães – agosto de 1964 a agosto de 1971
- Marcionilo de Barros Lins – agosto de 1971 a agosto de 1975
- Paulo Frederico do Rego Maciel – setembro de 1975 a setembro de 1979
- Geraldo Lafayette Bezerra – dezembro de 1979 a abril de 1983
- Geraldo Calábria Lapenda – abril de 1983 a novembro de 1983
- George Browne do Rêgo – novembro de 1983 a novembro de 1987
- Edinaldo Gomes Bastos – novembro de 1987 a novembro de 1991
- Éfrem de Aguiar Maranhão – novembro de 1991 a novembro de 1995
- Mozart Neves Ramos – dezembro de 1995 a fevereiro de 2003 (dois mandatos)
- Geraldo José Marques Pereira (Vice-Reitor no exercício da Reitoria) – fevereiro de 2003 a outubro de 2003 (concluiu o segundo mandato de Mozart Neves Ramos)
- Amaro Henrique Pessoa Lins – outubro de 2003 a outubro de 2007 (primeiro mandato) / outubro de 2007 até outubro de 2011 (segundo mandato)
- Anísio Brasileiro de Freitas Dourado - outubro de 2011 a outubro de 2015 (primeiro mandato) /outubro de 2015 a outubro de 2019 (segundo mandato)
- Alfredo Macedo Gomes - outubro de 2019 a outubro de 2023 (primeiro mandato), outubro de 2023 até agora (segundo mandato).
Desafios no século 21 - interiorização
Em 2006, a UFPE iniciou um vigoroso processo de interiorização com a construção simultânea de dois novos campi, um no município de Caruaru, distante 130 quilômetros do Recife, e outro no de Vitória de Santo Antão, a 55 quilômetros da capital, unidades chamadas, respectivamente, de Centro Acadêmico do Agreste (CAA) e Centro Acadêmico de Vitória (CAV). A partir de 2025, a UFPE chega em Sertânia, no Sertão do Estado, oferecendo seis cursos de graduação.
Em 2025, a UFPE é formada por uma comunidade de, aproximadamente, 35 mil estudantes de graduação e de pós-graduação, 3 mil docentes e 4 mil servidores técnico-administrativos.