divendres, 18 d’abril del 2025

Fado Proença

 


Aquela névoa

Tiago Torres da Silva / Júlio Proença *fado proença*
Repertório de António Pinto Basto

Quem sabe se já morri
Ou se fiquei preso a ti
Numa praia, ainda à espera
Que, do denso nevoeiro
Possa inventar-se, em Janeiro
Um dia de Primavera

A tua saudade levo-a
Agarrada àquela névoa 
Que nos deixa ficar sós
Eu, um rio à minha sorte
A correr cego e sem norte 
Sem saber se tenho foz

E tu, que és só um adeus
Faz dos meus olhos os teus 
Do meu, o teu coração
E diz-me, que eu não me lembro
Se posso ver em Dezembro 
Um dia quente de Verão
Sempre obrigado a FadoTV i a José Fernandes Castro

divendres, 7 de març del 2025

Último poema

Manuel Mendes, l'autor de la música, cap als anys 80 del segle passat cantava e la Taverna D'El Rey al barri d'Alfama. Una nit el poeta Vasco de Lima Couto, que frecuentava el local, va escriure en un tovalló uns versos, i el dia següen va morir.
Aquells versos que havien quedat sense títol va ser musicat per Manuel Mendes i li va donar aquest títol.

ÚLTIMO POEMA



Último poema

Vasco Lima Couto / Manuel Mendes
Repertório de Ricardo Ribeiro 

Então até amanhã meu dia triste
Na taverna da noite do meu fado
Onde canto o amor que não existe
Neste meu amanhã abandonado

Grito dentro de mim a noite e o dia
Nesta hora do sonho mais profundo
Que regressa na voz da despedida
Com que te vejo por estar no mundo

Nas palavras amadas que perdi
O ontem que tu foste já me foge
Então até amanhã, disseste, e eu vi
Que o amanhã não chega ao ontem de hoje